Fiquei magoado, não por me teres mentido, mas por não poder voltar a acreditar-te.

Friedrich Nietzsche

– Capítulo Vinte e Nove –

Orgulho de Uma Malfoy

Draco estava sentado em seu escritório, repassando o plano que havia feito, os outros saíram do escritório, não resistindo o cheiro dos bolinhos de amoras da Sra. Weasley.

O Alica Virtus descansava em cima de um livro na escrivaninha, Draco fechou os olhos se lembrando de como Agatha o havia conseguido e de como ela cuidou dele todos esses anos, estaria ele sendo injusto com a sua futura ex-esposa?

- Entre. – disse Draco quando ouviu a porta bater, era Snape, dessa vez sem a cadeira, ele usava uma bengala e andava com um pouco de dificuldade. – Deixa que eu te ajudo.

- Pode ficar ai mesmo. – disse Snape seco – Eu posso fazer isso sozinho.

Draco continuou sentado, esperando que Snape se acomodasse em uma das poltronas.

- O que deseja Severo? – perguntou Draco pacientemente.

- Eu vim apenas te dizer o quanto você é tolo. – disse Snape calmamente.

- Tolo? – perguntou Draco indignado – Do que você está falando Severo? A morte te fez mal foi?

- Não seja insolente. – disse Severo irritado – Você está agindo feito uma criança mimada. Como pode querer se divorciar de Agatha depois de tudo o que ela fez?

- Foi exatamente o que ela fez. – rebateu Draco – Ela não confiou em mim.

- Não foi por falta de confiança Draco. – jogou Snape com a voz baixa – Foi precaução, ela só queria me proteger.

- Eu poderia ajudar...

- Ajudar como? – perguntou Snape sarcástico – Expondo a sua mente para o Harry?

Draco ficou em silêncio e mudou de assunto.

- Como soube?

- Pelo Harry, Agatha contou sobre o divórcio pra ele – respondeu Snape girando os olhos – Ele está irritado, e foi pedir minha ajuda.

- Que lindo, vocês se entenderam. – disse Draco sarcástico.

- Você é irritante. Uma mulher como ela você nunca mais vai encontrar. – disse Snape entre os dentes.

- Por que não fica você com ela? – perguntou Draco indiferente.

- Não seria má ideia. – disse Snape com um sorriso torto, o que irritou Draco – Ela já se apaixonou por mim uma vez...

Snape parou de falar quando a porta se abriu e Lúcio Malfoy com um sorriso triunfante entrou no escritório.

- Deixa comigo Severo. – disse Lúcio ajudando Snape a se levantar – Eu sei lidar com o meu filho, volte para a cama você está horrível e precisa cortar os cabelos.

Snape lançou a Lúcio um olhar assassino e saiu do local.

- Vai dizer que veio interceder pela sua querida nora? – perguntou Draco com um sorriso torto.

- Eu não intercedo por ninguém Draco. – disse Lúcio se sentando majestosamente em uma poltrona. – Apenas falo a verdade.

- E qual verdade você veio me contar? – perguntou Draco cruzando os braços.

- Como você pode ser tão cínico? – disse Lúcio naturalmente – Ok. Eu sei como você é assim, pois, pegou isso de mim.

- Explique melhor. – pediu Draco sério.

- Você pede confiança da parte de Agatha, e você mesmo não é confiável. – disse Lúcio balançando a cabeça.

- Eu não sei do que...

- Eu sei que você a traiu Draco. – disse Lúcio encarando o filho.

Draco paralizou, olhando para Lúcio.

- Como você soube?

- Por que a mulher com quem você teve uma noite, já esteve na minha cama. – disse Lúcio naturalmente – Ela comentou que foi uma experiência incrível ter pai e filho, foi hilário.

- Foi apenas uma vez e há muito tempo. – disse Draco respirando fundo – Agatha nunca para em casa, eu me senti sozinho e bebi muito... Eu nunca mais fiz isso.

- Eu sei. – disse Lúcio naturalmente – E Agatha também sabe.

Draco gelou, o que seu pai quis dizer com Agatha também sabe?

- Não precisa fazer essa cara. – disse Lúcio dando de ombros – Sim, ela já sabia.

- Mas como? – perguntou Draco baixinho.

- Eu soube quando eu fui buscar o Severo. – explicou Lúcio – O Dr. Hastings estava bem irritado, ai então ele começou a falar um monte de coisas ao mesmo tempo, então disse que você não a merecia, por que se a amasse de verdade não a teria traído daquela forma.

- Mas como ele soube? – perguntou Draco alterado.

- Foi à própria Agatha que contou a ele. – disse Lúcio – Pelo jeito o doutor tem sido confidente dela. Ela contou que você chegou de madrugada e bêbado, ela ajudou a tirar a sua roupa e adivinha? – perguntou Lúcio irônico, como Draco não disse nada ele continuou – Batom na roupa, perfume de mulher. Ela fez uma poção pra você dormir e um feitiço para tirar as marcas da sua roupa, ela não queria que você soubesse que ela sabia.

- Por que ela fez isso? – perguntou Draco passando as mãos nos cabelos.

- Ai é que está Draco. – disse Lúcio mais sério – Ela se culpou pelo o que ocorreu, ela sabia que isso ainda ia acontecer, por que ela não te dava atenção. Ela mal esperava que Snape saísse do hospital, para que pudesse reconstruir sua família.

Draco colocou sua cabeça entre suas duas mãos e fechou os olhos, decepcionado com ele mesmo.

- Não adianta se martirizar agora. – disse Lúcio indiferente – Você errou, mas, quer que ela seja perfeita, se ela quisesse te trair Draco, ela já teria feito, pois, pretendentes não faltam e o doutorzinho é um deles. Mas o único erro dela, foi ter salvo o Severo.

- Você está piorando as coisas. – disse Draco respirando fundo.

- Não gosta de ouvir a verdade? – perguntou Lúcio cínico. – E agora Draco? Está se sentindo um verdadeiro idiota, eu espero que sim, por que é o que você é.

- Eu realmente não mereço a confiança dela. – disse Draco com a voz baixa – Mas isso foi há tanto tempo, eu nem sabia o que estava fazendo direito.

- É, todos nós já passamos por uma noite assim. – disse Lúcio sonhador – Admita Draco, você não está decepcionado com a sua esposa, ao contrário você está orgulhoso por ela ter arquitetato tudo isso sozinha e tão bem. Você está satisfeito por que uma pessoa como ela tem o seu sobrenome.

Draco levantou a cabeça para encarar seu pai, e deu um sorriso torto em sinal de concordância.

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- Como que ele morreu? – perguntou Aleto em voz baixa para Rodolfo, eles estavam em outra parte da casa.

- Não me admira que ele realmente tenha se matado. – disse Rodolfo dando de ombros – Aqueles três são insuportáveis, principalmente aquele ruivo.

- Isso está estranho. – disse Aleto nervosa – Vamos terminar com isso logo.

- O que pensa em fazer? – perguntou Rodolfo calmamente.

- Vamos falar com o Yaxey. – disse Aleto pensativa – Para marcarmos logo o encontro com o Potter.

- E se ele não encontrou a pedra ainda?

- Vamos pressioná-lo. – disse Aleto – A gente manda uma carta marcando um encontro com ele em vinte e quatro horas, e se ele for sem a pedra os pirralhos morrem.

- Você está mesmo com medo dos fedelhos? – perguntou Rodolfo levantando uma sombracelha.

- E se eles herdaram os poderes dos pais e mataram o Rabicho? – disse Aleto rapidamente – Eles podem fazer o mesmo com a gente.

- Se eles tivessem herdado essas drogas de poderes já teriam fugido daqui faz tempo.

- E se eles não sabem que possuem esses...

- Chega de paranoia ok? – disse Rodolfo levantando e pegando a capa que estava pendurada em um cabideiro – Eu vou falar com o Yaxey e você vigia eles.

- Você vai me deixar aqui sozinha com esses malucos? – perguntou Aleto temerosa.

Rodolfo apenas balançou a cabeça e saiu da casa, desaparatando em seguida.