Início do sec. XIX, Inglaterra

Hoje é ano novo! E com isso entramos em um novo século, XIX.

Ano de 1801.

E hoje também vou ver o meu grande amor no baile de máscaras.

Eu o procurava por toda parte, mas não o via.

Onde ele estava?

Onde ele estava?

De repente, mãos cobriam meus olhos.

Me virei e lá estava ele com uma máscara branca e eu coloquei a minha, que não estava em meu rosto.

Nos curvamos.

“Srta. Alice?” Ele disse.

“Sr. McKnight.” Eu disse.

“Me acompanha até o jardim?” Ele me perguntou.

“Absolutamente.” Respondi.

No jardim conversávamos.

“Como a senhorita tem passado?” Ele me perguntou.

“Muito bem, Sr.” Disse.

“Gostaria de acabar com essas formalidades entre nós.” Ele disse “Vamos nos casar, não é mesmo?”

“Como?” Eu o perguntei.

“Por que não?”

“Meu pai jamais permitiria.” Respondi.

“Eu falo com seu pai.” Respondeu.

“Alice!!!” Minha mãe me chamava.

“Já deve ser quase meia-noite.” Ele disse “É melhor voltarmos.”

“Sim.” Disse.

Ele segurou em minha mão e depois a soltou.

“Feliz ano novo.” Ele disse “Queria ser o primeiro a dizê-la isso.”

“Então, feliz ano novo para o senhor também.” Disse, mas quando menos esperava seus lábios tocavam os meus.

Foi um rápido beijo, mas mesmo assim me pegou de surpresa.

“Roubei-te seu primeiro beijo como punição.” Ele disse.

“Punição?”

“Por ter dito ‘senhor’.” Ele disse “Já disse que quero que acabemos com as formalidades quando estivermos a sós.”

“Então vou chamá-lo de ‘senhor’ pelo resto da vida.” Disse beijando seus lábios e depois saí correndo em direção a festa.

Ele não veio atrás de mim.

Assisti ao espetáculo de fogos de artifício e pude ficar o olhando no meio da multidão de onde estava.

Quando o espetáculo acabara, ele passou por mim e sussurrou “Amanhã à tarde no casarão abandonado.”

Não respondi, mas obviamente iria.

No dia seguinte, fui à tarde até o casarão abandonado, meio que fugida de casa. Meus pais acham que estou por perto, mas estou longe.

Fiquei o esperando por um bom tempo, mas ele não aparecia.

Estava começando a perder a fé em tudo que ele havia me dito...

Mas de repente eu podia vê-lo correndo, naquele campo verde, em minha direção.

Desci as escadas correndo ao encontro dele e nos abraçamos.

Ele se ajoelhou, pegou um anel e proferiu as seguintes palavras.

“Casa-se comigo?”

Eu apenas sorri e respondi “Claro!! Mas é claro que aceito.”

Ele colocou o anel em meu dedo e me beijou, mas não foi como nosso primeiro beijo. Foi melhor. Acariciávamos nossas línguas.

“Eu falo com seu pai ainda hoje!” Ele disse “Nos casamos o mais rápido que pudermos e você será minha e eu seu para o resto de nossas vidas!”

“Será a maior alegria que poderei ter.” Disse “Mas ainda não sei se meu pai concordará com isso.”

“Sou rico! Que pai não casaria sua filha com um homem de posses?”

“Não se ele for americano.” Disse.

“Colocará sua felicidade de lado por causa de uma mera suspeita?” Ele me perguntou “Vamos ao menos lutar por ela.”

Eu olhei para o chão e depois o olhei “Vamos nos casar!”

Ele me abriu um lindo sorriso e me girou.

Sec. XXI, Estados Unidos

Me preparava para o baile da escola.

Hoje era o dia em que eu e Ryan entraríamos de mãos dadas pelo salão e todos na escola veriam que nos amamos.

Eu esperei por ele na varanda, mas ele estava demorando...

Eu começava a pensar se ele viria mesmo até que do alto de uma limusine branca ele estava segurando uma rosa, como se fosse meu príncipe montado no cavalo branco.

“É aqui que a linda April mora?” Ele me perguntou.

“Sim.” Respondi.

Ele desceu do teto solar, saiu do carro e abriu a porta do carro para mim. Ele fechou a porta do carro e entrou pelo o outro lado.

Dentro do carro, ele beijou a rosa vermelha e a me deu.

“Obrigada.” Eu disse lisonjeada.

“Temos uma festa inesquecível pela frente, não é mesmo?” Ele me perguntou.

“Nossa primeira festa juntos.” Eu disse.

“O dia em que o mundo nos conhecerá como um só.” Ele disse.

De repente comecei a me sentir como se estivesse em outro século.

Uns flashes passaram pela minha mente.

Eu estava com um vestido muito bonito, os cabelos amarrados e estava em um lugar esperando por alguém, mas esse alguém não chegava.

Mas de repente eu podia o ver correndo até mim, éramos eu e Ryan, mas em outra época.

Em outra vida?

Mas como?

Será que isso existe mesmo? Outras vidas?

Não importa isso agora. Hoje tenho uma festa para vivenciar com carinho.

Esse será um novo capítulo para minha vida. O capítulo onde serei eu e Ryan, apenas nós dois.