Love Story escrita por Bru20014


Capítulo 3
O Grande Baile




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Final do sec.XVIII, Inglaterra

Entramos no salão e meus olhos já o procurava sem que eu ao menos os ordenasse. Será que meu corpo o desejava a esse ponto?

Minha mãe logo nos disse “Se espalhem pela festa meninas! Quem sabe vocês não se esbarram com o marido de vocês?”

Quem me dera, esbarrar nele de novo.

Eliza percebeu minha aflição.

“Procurando por alguém, Alice?” Ela me perguntou.

“Sim!” Eu disse, mas Eliza queria mais “Digo, procuro por Charlotte.”

“Ela está ali.” Ela disse, mas não havia real necessidade porque eu sabia perfeitamente onde Charlotte estava.

“Ah,” Eu disse “Obrigada Eliza.”

“Juízo Alice.” Eliza disse.

“Por que diz isso? Não sou a mais ajuizada de nós três?” Eu a perguntei.

“Isso até você se apaixonar por alguém.” Eliza disse “A paixão desajuíza o mais ajuizado dos seres.”

“Fala experiência própria?” Lea se intrometeu.

“Falo em nome dos melhores autores da história inglesa.” Eliza respondeu Lea e uma discussão de fato se iniciaria então essa seria minha deixa.

Fui até minha amiga Charlotte que estava com Diana.

“Alice!” Charlotte disse.

“Charlotte.” Eu a cumprimentei “Diana.”

Ela também me cumprimentou.

“Você não sabe o que me aconteceu!” Charlotte disse.

“O que?” Eu a perguntei.

“Charlotte recebeu uma oferta de casamento!” Diana respondeu.

“Que fantástico!” Eu disse “Mas de quem?”

“Sr. LeFroy.” Charlotte disse.

“Thomas LeFroy?” Eu a perguntei.

“Exato!” Charlotte disse animada.

“Não dizem que ele não é de confiança?” Eu a perguntei “Lembro muito bem de ouvir rumores de que teve um caso com uma parenta minha distante do interior.”

“Jane Austen?” Charlotte me perguntou “Também já ouvi falar. Mas já acabou! O que importa é que agora se casará comigo!”

“Se pensa assim.” Eu disse “Não há nada que posso dizer, não é mesmo?”

“Isso mesmo.” Charlotte disse sorrindo “Mas eu posso lhe dizer uma coisa.”

“O que?” Disse sorrindo também.

“Há um distinto cavalheiro vindo olhando para você.” Charlotte disse “Não! Está vindo para cá.”

“O que?” Eu disse esperançosa e então me virei.

Ele se curvou e eu também me curvei.

“Senhorita Alice.” Ele disse “Me cede a próxima dança.”

“Sim.” Respondi.

Quando começamos a dançar era como um sonho. Assim que nossas mãos se tocaram era como se o mundo tivesse ficado ainda mais colorido e feliz.

“Não sei seu nome.” O perguntei enquanto dançávamos.

“Roy McKnight.” Ele disse “Também não sei seu sobrenome.”

“Austen.” Ele respondeu.

“Pelo sobrenome posso dizer que é americano, não é?” Eu o perguntei e a música acabou encerrando a contradança.

“Exato.” Ele me respondeu ao se curvar.

Eu fiz o mesmo “Foi o que pensei.”

Quando saímos da pista de dança ele sussurrou em meu ouvido “Te espero no jardim.”

Eu sorri e fui minutos depois.

“Aí está o senhor.” Disse ao vê-lo de costas.

Ele se vira e diz com um enorme sorriso em seu rosto “Sabia que viria.”

Alguns segundos depois ele perguntou:

 “Decepcionada?”

“Com o que?” Eu o perguntei.

“Com o fato de eu ser membro da família americana que está aqui para se ver livre da dependência com a Inglaterra.”

“Decepcionada?” Eu o perguntei “Jamais. Sempre odiei a escravidão e não acho certo países estarem presos a outro.”

“Sabe que me contento com essa hipocrisia toda?” Ele disse “No início não gostei de ter que vir para a Inglaterra para selar uma paz que jamais existirá. Mas agora... Só pelo fato de ter podido olhar nos seus lindos olhos azuis.”

Ele ficou a olhar os meus olhos “Deus! Eu poderia morrer agora que iria ser o ser mais feliz do mundo!”

“Não diga isso!” Eu o disse “Senão eu seria o ser mais infeliz do mundo.”

“Não vou morrer.” Ele disse “Só morro depois que tiver você pra mim.”

“Morrerá bem mais tarde.”

“Então aceita meu pedido de casamento?” Ele me perguntou.

Mas antes que pudesse responder ouvia minha mãe me chamando.

“Tenho que ir.” Disse.

“Espera!” Ele disse “Quando poderei vê-la novamente?”

“Amanhã haverá outro baile.” Eu disse “Apareça de novo.”

“Eu vou estar lá.”

“Agora tenho que ir.” Eu disse.

Quando fui até minha mãe ela me perguntou onde estava, então disse que precisava tomar um ar e por isso deixei a festa.

Minha mãe acreditou, mas Eliza ficou me mandando indiretas a noite inteira.

O que posso dizer? Eliza estava certa. O amor nos faz perder o juízo.

E eu estou perdidamente apaixonada por um americano.

 

Sec. XXI, Estados Unidos da América.

 

Quando cheguei à escola, um escândalo acontecia no meio do pátio.

“Como assim não vai me convidar para o baile?” Rachel perguntava a Ryan.

“Rachel, será que poderíamos conversar em outro lugar e sem fazer um escândalo?” Ryan a sugeriu.

“Como não farei um escândalo se meu namorado está me dando um chute a vésperas do baile de boas vidas, em?” Rachel o perguntou “O que nós tivemos nesses últimos três anos não valeram nada?”

“Claro que valeram, mas Rachel...” Ele tentava convencê-la, mas ela estava irredutível.

Eu estava espantada ao ouvir aquilo tudo, mas pelo menos via que Ryan tentava acabar com Rachel, mas ela não era a pessoa mais fácil do mundo.

Alex chegou até mim e disse “Rachel realmente sabe como fazer um barraco.”

“É, eu acho que sim.” Eu a respondi.

“Rachel realmente faz de tudo para não perder Ryan.” Alex disse “Você vai ver que daqui a pouco ela vai expor a vida sexual dela.”

E foi o que aconteceu.

“Eu sou a garota que você perdeu a virgindade e ainda pior! Com quem é que você transa a cada final de grande jogo, em Ryan?” Rachel disse.

“Viu?” Alex disse.

Mas enquanto isso Ryan cansou do chilique de Rachel.

“Era com você Rachel!” Ele disse “Eu estou apaixonado por outra garota.”

“E quem é essa garota?” Rachel o perguntou com raiva.

“Isso não é da sua conta.” Ryan disse “Não mais.”

E Ryan deixou Rachel falando sozinha e quando passou por mim, apenas sorriu.

“O que foi isso?” Alex, que percebeu, me perguntou.

“Digamos que eu sou a garota de quem ele estava falando.”

“Como você fez isso em um único dia?” Alex me perguntou.

“Não sei explicar.” Eu a respondi “Apenas aconteceu.”

Mas isso não ia convencer Alex. Ela iria continuar a me interrogar.

 

Na aula de História, meu parceiro era Ryan.

“Dúvidas?” Ele me perguntou.

“Digamos que eu tinha aula de história inglesa e não americana.” Eu disse “Bom, eu até que via alguma coisa de Estados Unidos em História geral, mas como eu disse é apenas ‘alguma coisa’.”

“Eu te ajudo.” Ele disse sorrindo.

“Obrigada.” Eu disse sorrindo também.

“Escuta, eu estou sem par para o baile de boas vindas como pôde perceber...”

“Já sei onde quer chegar.” Eu disse.

“E então?” Ele me perguntou.

“Eu aceito.” Disse sorrindo.

“Te beijaria agora, mas se eu fizer isso agora seremos expulso da aula.” Ele disse sorrindo.

“Então, deixemos os beijos para mais tarde.” Eu disse.

“Sabia que entenderia.”

Me perguntava o que realmente tinha acontecido entre eu e Ryan. Não é possível duas pessoas se apaixonarem assim que se vêem, ou é?

Ou será essa uma conexão mais profunda?

Só me resta viver esse grande amor.


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Notas finais do capítulo

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