Secret Love escrita por grazidiasss


Capítulo 25
FATOS ÁTIPICOS


Notas iniciais do capítulo

vocês também podem ler a fic, no blogger da fic: http://fanfic-secret-love.blogspot.com.br/



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/212677/chapter/25

Acordo submissa ao crepúsculo perfeito que se dissipa aos poucos lá fora. O frio constante, e a até então — desconhecida — dor nos ossos me fazem continuar na cama, fitando o teto, admiro o quanto estou sendo forte, e talvez isso me dê mais forças para hoje á noite.


HOJE à noite.


Desço da cama e vou à disparada para o banho, relaxo enquanto sinto o morno natural da agua escorrer por todo meu corpo. É desconcertante e até então um pouco inebriante, mas logo acordo de meu momento turn-off e visto uma roupa.


Apertados e confortáveis, meu all star cano longo fica em torno da calça escura que escolhi. Deixo os cabelos soltos pela blusa vermelho vinho e ponho um pouco de gloss, certamente esta será á noite que marcara muitas coisas. Principalmente — assim espero — á saída de Stefan daquele lugar.






Caroline dirigia tão mal que ficamos sem paciência. Damon segurava as pontas dos meus dedos – á segundos atrás ele estava beijando os nós – e a sensação era tão boa que deixei que ele o fizesse, o que o deu liberdade para descansar a cabeça nos meus ombros.


Finalmente chegamos, e eu estava agradecendo mentalmente por isso. O bar fechado e com poucas pessoas parecia um tanto sofisticado para alguém que iria jantar sozinha; então notei, ela com certeza não estará sozinha. Então com quem estaria? Não importava. Quando escolhemos nossa mesa, ela estava lá: Sorriso forçado, cabelos amarrados em um coque, conversando casual e sedutoramente com o lindo e podre de rico rapaz que estava com ela.


Demorou um pouco para que ela pudesse ver que nos á observávamos, ergueu a sobrancelha em espanto. Eu vi algo parecido com susto e medo em seus olhos. Rebekah levanta-se da mesa, olha para nós com desdém e vai até o banheiro. Observo os olhos de Damon grudados nos dela, intimidando-a. Daquela forma que só ele sabe como saber...


De repente ele se levanta, e eu e Caroline vamos atrás dele. Rebekah está correndo pela janela, mas nós a cercamos. E estamos apenas nós aqui. Na floresta, três pessoas completamente loucas pela adrenalina e raiva, e apenas uma garota loura, com uma insegurança medrosa pairando em seus lindos olhos azuis.


— Porque está fugindo de nós, Rebekah? — Damon repreendeu e ficou ao seu lado, de modo que, eu e Caroline impedisse que ela conseguisse fugir.


Rebekah riu ironicamente, tentando disfarçar o nervosismo, mas era possível perceber apenas em seu tom de voz que estava vibrando por dentro.


— Se me dão licença... — Ela tentou sair da roda que formamos ao seu redor, mas falhou. Damon a segurou pelos braços, e a colocou em seus braços. Alisou seus cabelos louros com ironia.


— Linda e apaixonada Rebekah... — Entoa, fazendo com que ela fique imobilizada. Apenas olhando em seus olhos, como se estivesse hipnotizada. E de cara eu sei qual é a sensação.


— Largue-me, Damon! — incomodou-me que Rebekah tivesse á força de fazê-lo parar com aquela angustiante e entranha forma de persuadir os outros. Ele solto-a meio á contra gosto quando vimos seu parceiro vir até nós. O rapaz bonito e alto, elegante, parecia assustado e desentendido.


— Mas o que diabos está acontecendo aqui...? — perguntou, Damon riu. Seu riso irônico e nada espontâneo fez borbulhar meu estomago. Como ele conseguia ficar tão frio nesse momento? Caroline segurou meu cotovelo.


— Assuntos pessoais, melhor voltar para o conforto quente e adorável de lá de dentro, não acha? — Damon disse, Rebekah fuzilo-o com os olhos. O rapaz deu mais um passo.


— Quero saber exatamente o que está acontecendo.


Foi demais.


Damon deu-lhe um enorme soco no meio do nariz. De repente, foi em câmera lenta e eu pude absorver todos os momentos. A mão grossa de Damon estava fechada, e ele mirou com tanta força no pobre rapaz que as gostas de sangue que pingavam nas pequenas raízes de capim aos seus pés pareciam injustas.


Rebekah correu para ele, gritando algo como “irmão” e eu tomei um susto. Aquele era o irmão de Rebekah? Não importava.


— Está ficando louco? — disparei para Damon, que por um momento arregalou os olhos para mim e deu-me as costas.


— Cuidado, Rebekah. Algo muito ruim está para vir a acontecer com aqueles que não têm coragem de assumir seus erros.




Caroline não parecia nem um pouco irritada, mas nós não conseguimos achar Damon, e relutante aceitei voltar para casa com ela.


Damon estava no seu quarto.


Tic Toc.


— Posso entrar? — sussurro sobre a porta, ele a abre no mesmo segundo.


— O que está fazendo aqui? — e sua pergunta parece uma ofensa.


Ignoro-o, entrando de vez em seu quarto.


Há!


Não é exatamente o que eu esperava, estava esperando por fotos de mulheres em motos com os enormes peitos encostados.


O que mais me surpreende é o microscópio parado casualmente em sua janela, como se ele estivesse acabado de usar. Isso é uma novidade, certo?


Coloco os olhos sobre as laminas, á ponto de contemplar quando o sol está começando a sair.


De certa forma, isso lembra-me Stefan. Esse parece um programa pelo qual poderíamos fazer juntos.


E existem tantas coisas. Eu sei que ás aulas já estão voltando, que meu pai está reagindo aos tratamentos, e ao menos no caso de Stefan, temos uma pequena revolução. Damon sabe de algo, e eu preciso desesperadamente que ele me conte.


Viro para observa-lo, ele está parado bem atrás de mim. Divertindo-se enquanto pareço uma idiota observando o céu.


— É engraçado vê-me olhar o por do sol? Damon? — tento parecer descontraída, sem sucesso.


— Um pouco, sim.


Ele parece mais relaxado agora.


— O que foi aquilo hoje? — Pergunto, abandonando o telescópio e indo em sua direção.


Ele se afasta, o que me incomoda um pouco.


— Assuntos do passado.


— Que tipo de passado, Damon?


Ele se enrijece.


— Se eu contasse, você sairia correndo por aquela porta — revelou tímido, e logo então arrependeu-se, pois deu para ver em meus olhos o espanto. Chega de se surpreender com as pessoas. Ao menos por hoje.


— As vezes acho que você subestima com o quanto de coisas sou capaz de lidar.


Ele olhou o longe, e lembrei-me vagamente de algo que havia aprendido “Se alguém olha para o lado esquerdo, é porque está tentando lembrar algo, se olhar para o direto, é porque está tentando criar”. Sua cabeça virou-se lentamente para o seu lado esquerdo, e ele enrijeceu novamente.


— Vá dormir, Elena. — murmurou, e eu me senti sozinha.


Você poderia me contar uma piada antes de dormir? Não estou com sono.


Eu não disse isso em voz alta, ao invés, fui até sua direção e segurei seu belo rosto com a ponta do dedo, fazendo com que ele encarasse-me. Damon assustou com meu contato, mas logo colocou á mão em meu pulso.


— O que está tentando fazer? — perguntou.


— Testando meus sentimentos.


Ele gemeu quando rocei com a unha em seu rosto. Foi automático, não dava para evitar. Existia um desejo enorme emanando de mim á ele, e era simplesmente tudo que exalava sobre aquela atmosfera de puro tesão e amor.


Eu poderia continuar negando o quanto fosse depois que as coisas realmente acontecessem, mas qual seria a garantia disso, se sempre que o via, a partir de agora, meu coração batia acelerado?


Eu pude sentir o desejo a flor da pele quando Damon colocou seus braços ao meu redor, quando lentamente deixou os lábios morrer nos meus. Foi tão quente que de minha virilha para baixo não se era possível sentir nada, ele mordeu meu lábio inferior e puxou meu cabelo, foi quando suas mãos habilidosas passearam animados por meus seios. E ele estava lambendo, e foi a sensação mais maravilhosa que tive.


Parecíamos dois amantes loucos fazendo amor á luz do sol. E era exatamente o que éramos.


Damon sussurrou meu nome mais uma vez enquanto meu coração espremia ao seu redor.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!