“Não esperei mais nenhuma palavra dele, fui para casa do Jacob e da Bruna, preciso de explicações sobre o Theodore e irá ser agora, nem que eu tenha que interromper o que eles estejam fazendo. “

3 dias depois *

Sexta-feira ultimo dia de aula, felicidade reina sobre mim e aproveitando a deixa me arrumo para ir ao colégio.

Normalmente eu iria de jeans azul despotado, all star, camiseta e uma jaqueta.

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Agora estou me olhando no espelho e vejo o quanto estou diferente, de um jeito melhor e maravilhoso é claro.

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Não sou muito de dar importância a essas coisas, mas depois da aula vou me encontrar com o Gabriel, como todos os dias a gente treina e joga conversa fora. Só em pensar nisso começo a dar um sorrisinho.

Final das aulas, passo em casa e noto que não tem ninguém, o que é estranho pois meus tutores sempre estão em casa essa hora, dou de ombros e saio de casa apenas com o celular para caso de emergência.

Corri como um borrão entre as árvores, pulei metros de distancia e por fim cheguei e notei que estava adiantada, sentei numa pedra grande e fiquei olhando as raízes de uma árvore próxima enquanto subitamente ouço passos de alguém.

– Que cara é essa Rita? Parece que não me esperava. – brincou o Gabriel.

– Não mesmo, estava esperando um panda zumbi aparecer. – respondi rindo e me levantando.

– Vem cá isso tudo é para mim? – falou apontando para minha roupa. – Ou você tem um encontro e eu não sei?

– Será que devo responder uma pergunta como essa?

– Claroooo, somos curiosos por natureza.

– Somos? No plural? Você trouxe alguém? – perguntei olhando para os lados e fungando o ar. NADA.

– Eu e você sua boba. Agora me responde.

– Hmmm... Bem hoje foi o ultimo dia de aula então eu me arrumei melhor, só isso. Agora me fala que cara é essa?

– Preocupações, até o Deus da Trevas tem, não sabia?

– Tô sabendo agora. – sorri e ele pegou minha mão para começar a nossa corrida diária.

Nosso treino era basicamente correr, tentar sumir, procurar rastos e se encobri na escuridão, tudo ao mesmo tempo.

Como ainda era noite, estamos na floresta eu e o Deus das Trevas, o caminho para usar os poderes é livre.

Já contei as regras?

Não???

Nossa como sou esquecida ou ocupada com meu novo amigo...

Bemm...

Regras:

1° Proibido revelar os segredos das especies a humanos.

2° Salvar os necessitados.

3° Não matar especies em extinção.

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E por ai vai...

Sei que a maioria delas e de fazer qualquer um rir, mas como já fiz isso, e muito quando me contam creio que já até perdeu a graça...

No momento estou tentando me focar na história antiga, algo como um mestiço que salvou o mundo.

Isso é meio difícil de acreditar, só que eu não estou mais em condições de julgar algo real ou fantasia no momento.

– Você se entretende muito nos pensamentos que esquece que estamos treinado suas habilidades. – diz Gabriel ao meu ouvido.

– Verdade. – tento me afastar da aproximação dele.

– Não faz isso... – ele olha triste quando me afasto.

– Fazer o que? Me afastar de ti? Não faz isso você! Não mistura as coisas. Somos amigos! – falei quase gritando de raiva.

– Você é cega? Nós temos uma química, somos feitos um para o outro. Nós dois juntos somos perfeitos, sempre sincronizados. – falou andando lentamente até a mim e passando a mão no meu rosto.

– Não inventa. NÃO SOU CEGA E NÃO TEMOS NADA HAVER! E PARA COM ESSA PORCARIA DE DECLARAÇÃO DE QUINTA QUE TÁ ME DANDO NOJO! – gritei com ele me virando e disparando com o vento até onde minha consciência me levar.

Basta, para mim não dar mais.

Já é difícil ter que aguentar todos esperando de mim algo de espetacularmente extraordinário.

Eita que hoje caprichei no vocabulário...

Soquei um árvore que se partiu no meio. PORQUE VOCÊ NÃO SAI DO MEU PENSAMENTO? PORQUE DEPOIS DE TUDO AINDA PENSO EM TI?

Porcaria de vida, nem para cuidar de assuntos importantes consigo.

Porque diabos briguei com ele mesmo? Porque deixei ele ir? NÃO, OU MELHOR, PORQUE EU DEIXEI VOCÊ SE APROXIMAR DE MIM THEODORE?!

Te odeio.

Respirei fundo para me acalmar e fui até a beira mar, sempre gostei de ver o mar quando estou assim.

Talvez a minha distração com o Gabriel não tenha sido uma boa idéia. Meu unico passatempo estava gostando de mim de um jeito que eu nunca iria corresponder, pois meus pensamentos reinava outro ser irritante.

Passei numa trilha e lá estava o tapete azul espumoso e cintilante.

Sim eu estava magoada com a subita viagem dele e pela falta de informações.

Isso dar me dando uma dor de cabeça daquelas...

Sentei na areia e deixei minha mente vagar em completamente nada.