“– Primeiro, para de gritar no seu pensamento, você está me deixando confuso e com um baita nó na cabeça. – falou e olhou para Bruna logo em seguida. – Amor trás a comida dela. – voltou a me olhar. – Agora vamos. Irei de explicar tudo.”

Depois das explicações um pouco confusas do Jake fui para casa trocar de roupa, e claro que a Bruna foi me deixar no colégio.

Fiquei triste com duas coisas:

1- Theo sumiu e nenhum deles querem me falar para onde ele foi.

2- Tenho que me alimentar de sangue e andar ou melhor perambular pelo cemitério todas as madrugadas e SOZINHA, pois não podem interferi na minha formação.

Fui colocar meu caderno dentro da bolsa e um papel amassado cai no chão me fazendo lembrar do bilhete que encontrei em cima da minha cama na manhã anterior.

No bilhete tinha uma mensagem do Theo dizendo que se precisasse de alguma coisa podia ligar, e abaixo o seu numero.

E parece que estou sem parceiro nas aulas novamente.

Amasso o papel e jogo em algum lugar do quarto enquanto saio.

Suspiro e enfrento a minha manhã de aulas nas quais não estou muito afim de assistir, estou me sentindo agitada demais para ficar parada.

Os dias passam, as semanas vem e com elas aparecem os meses e meses, no total é três meses que não vejo o Theo e para ser sincera ainda não entendi muito bem o que aconteceu para ele ter desaparecido.

Depois das aulas passo o dia em casa arrumando as coisas e me preparando para mais uma madrugada no cemitério, o engraçado é que meu corpo não sente mais a mesma necessidade de ficar dormindo como antes, acho que isso quer dizer que estou me transformando né?

Porque fisicamente as mudanças já são visíveis, estou um pouco mais magra, fora que estou ficando deferente, isso quer dizer que estou deixando de ser feia.

Meia noite e sai do quarto sem fazer barulho e vou na velocidade da luz até o cemitério.

Novidades? Consigo dominar alguns dos meus poderes.

Hoje o ares aqui está diferente, tento farejar mais não encontro nada.

– O que uma moça tão linda faz aqui num cemitério a essa hora? – me viro para voz e me assusto ao ver um cara me encarando estranho.

– Da mesma maneira que você está aqui, perambulando. – falei e farejei. Nada.

– Pode tentar farejar, você ainda é nova demais para descobri por si só quem eu sou. – falou sorrindo enigmático.

– Certo, então eu não devo me apresentar já que você é velho o suficiente para saber quem sou. – falei sorrindo de volta e pulando numa lapide mais alta.

– Não brinque comigo, e sim eu sei quem você é e o que faz. – falou ao pular para meu lado.

– Não acha que você deveria equilibrar as coisas não?

– Acho que os rumores sobre você são verdadeiros e agora entendo o porquê o Theo proibiu qualquer um de se aproximar, imagino que você seja importante para Theo. – ele falou sorrindo de lado, isso me fez imaginar trevas e mais trevas envolta.

– Ótimo, que ele se dane não é? – perguntei ao me virar para o lado oposto.

– Raiva do seu ex?

– Ex o que seu idiota! Ele não é nada meu! – falei entre dentes.

– Não parece, você até se virou quando falei dele e está agindo como se fosse ex sim. – falou ele rindo.

– Pode parar, mais alguma coisa? Estou dando o fora daqui acho que uma hora faz efeito. – falei ficando de pé sobre a lapide.

– Não, parece que seu amado Theo virou para o lado negro. – falou ficando de pé também.

– Que emoção. – falei ao bocejar.

– Não brinca, isso não te preocupa? – arqueou uma sobrancelhas.

– Problema dele, sei que agora será difícil sem ele do nosso lado, mas ele fez a decisão dele e não serei eu a criticá-lo. – falei olhando intensamente para o cara que até agora não sei o nome.

– Não está mentindo o omitindo, gostei de você. – sorriu.

– Pena não dizer o mesmo não é? Afinal de contas você sabe sobre mim e eu nada sei de sua pessoa.

– Gabriel, Deus das Trevas, é um grande prazer te conhecer Rita. – falou ao entender sua mão para um comprimento amigável.

– Que seja. – falei ao apertar sua mão.

– Quer ajuda em alguma dominação de poder? Posso ser útil enquanto estiver por aqui.

– Claro, amanhã no mesmo horário?

– Sim, combinado.

Não esperei mais nenhuma palavra dele, fui para casa do Jacob e da Bruna, preciso de explicações sobre o Theodore e irá ser agora, nem que eu tenha que interromper o que eles estejam fazendo.