Além Da Humanidade escrita por MariSB


Capítulo 4
O Desafio de Miguel - parte 4


Notas iniciais do capítulo

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Corri porta a fora e vi apenas uma mulher passando na rua, a puxei para um canto e tirei meia garrafa de sangue dela, então a fiz esquecer, quando ela foi embora logo, outra pessoa cruzou e eu completei a garrafa fazendo o mesmo processo, sabia que apenas uma garrafa não a ajudaria pelo jeito que ela estava, então corri até o hospital e roubei algumas bolsas de sangue, e logo estava na casa dela de novo, ela continuava do mesmo jeito na cama, eu a sacudi e a chamei, mas nada acontecia, ela não reagia, estou com medo de perde-la, segurei a garrafa e a segurei a fazendo beber, mas ela não teve quase nenhuma reação, então fiz ela beber as outras quatro bolsas de sangue, que também não fez muito efeito, havia apenas mais uma bolsa de sangue, era minha esperança, então a fiz beber, foi ai que ela perdeu o controle, as garras afiadas e os olhos vermelhos, a pele voltou ao normal, sumindo com o ressecamento e com as manchas, ela avançou sobre mim, mas ao perceber que eu era um vampiro se avançou em direção a sala para sair, eu não podia deixar ela ferir ninguém, me coloquei na porta antes que ela saísse e a segurei pelos braços e gritei:

- JAQUELINE!

Ela parou e levantou o rosto, os olhos voltaram ao normal e os dentes encolheram e ela caiu desacordada em meus braços, a segurei e larguei-a no sofá, arrumando a bagunça que a sala estava, quando coloquei o ultimo livro na estante, ouvi ela se mexer no sofá, me encostei na estante e virei para ela, ela abria os olhos e levou as mãos a cabeça, como se tivesse com uma forte dor de cabeça, ela me olhou e os olhos se encheram de lágrimas, eu sabia que teria que ter paciência, ela sempre foi muito sentimental com a família e ainda mais nessa situação, ela me olhou e falou:

- Por quê?

- Porque estava passando pela cidade e resolvi passar aqui.

- Por que me salvou?

- Por que eu não ia deixar você morrer.

- Mas eu queria.

Olhei para ela surpreso, ela não levantou a cabeça e nem me olhou apenas falou:

- Você foi embora e não ouviu a verdade, foi embora pensando que eu era um monstro, não queria viver com isso na cabeça.

As palavras dela entraram como facas em mim e eu falei:

- Qual a ultima data que se lembra?

- 23 de setembro de 2009

- Como? O que é isso Jaqueline, está me dizendo que dormiu por mais de dois anos?

- Como assim, mais de dois anos? – disse ela com uma expressão assustada no rosto

- Jaqueline, hoje é 15 de outubro de 2011.

- Isso é loucura.

- Eu que o diga, agora me diz, tudo o que você queria ter dito a cinco anos atrás.

- Eu jamais mataria alguém Miguel, eu jamais o transformaria, eu daria a minha vida por você.

- Eu sei, acabei de ver isso, mas calma Jaque, não fiquei brabo com você e depois de um mês decidi que tudo era mentira, mas a gente precisava de segurança e o melhor era ficar afastado um do outro, mas se eu soubesse que você ia fazer isso consigo mesma, nem tinha te deixado sozinha, desculpa Jaque, por não te dar noticias.

- Eu não matei Cristine, eu nunca matei ninguém, Miguel – disse ela chorando

Eu me sentei ao seu lado e a abracei, sabia que era o que ela queria, mas que ela não teria coragem depois de tudo, eu a deixei chorar, mesmo sabendo que isso a enfraqueceria, as lágrimas de sangue manchavam a minha roupa, ela chorou mais um pouco e então parou se acalmando, eu soltei-a e falei:

- Vou buscar mais sangue, volto mais tarde, descanse.

Ela assentiu e se aninhou no sofá e eu saí, voltei de noite com várias garrafas, ela lia um livro, convivemos normalmente o resto do ano normalmente, eu saia e ela passava a maior parte do tempo em casa, ela cuidava de mim, arrumava minhas coisas, fazia eu me alimentar, ela parecia querer se redimir, já estávamos no fim de fevereiro, quando eu a vi fazer algo inesperado pela primeira vez, ela estava vestida com uma calça Jeans e uma blusa com um casaco por cima, os cabelos penteados e uma maquiagem leve a fazendo parecer alguns anos mais velha do que realmente era, ou não, ela tinha 25 anos quando foi transformada e eu 16, mas ela parecia ter uns 30, mais ou menos o que ela realmente tem, ela sorriu para mim e falou:

- Vou sair algum problema irmãozinho?

- Nenhum maninha, mas você parece bem mais... Elegante e velha.

Ela riu e falou:

- Essa é a intenção.

- Posso saber por quê?

- Em breve saberá.

- Mais segredos?

- Ah, não faça isso, não é um segredo, é apenas uma surpresa.

- Vou confiar.

- Sempre.

Dizendo isso ela saiu e eu liguei a TV, quando ela voltou eu ainda estava deitado no sofá, ela olhou para mim e riu, então pegou as coisas que estavam fora do lugar e começou a arrumar, ela nunca foi muito organizada, mas a falta do que fazer a fazia ficar ligada,  então alguém bateu na porta e antes que eu levantasse ela estava na porta, quando olhei para ela, ela estava parada em choque e Leandro Moura entrava na porta, ele segurou ela e a empurrou na minha direção, em seguida puxou uma menina do lado de fora e jogou-a no chão, a menina chorava, Jaqueline estava em choque olhando para o homem, ele segurou-a pelos ombros e disse:

- Você vai se alimentar da menina.

- Não

Ele fez um corte na garota e olhou bem nos olhos de Jaque, falando:

- Faça isso agora.

Eu vi Jaqueline avançar por cima da garota e virei o rosto, então ouvi o corpo da menina cair no chão, eu sabia que não havia mais sangue, olhei para Jaque que estava suja e o homem olhou bem nos olhos dela e falou:

- Pode voltar ao normal.


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