Além Da Humanidade escrita por MariSB


Capítulo 3
O Desafio de Miguel - parte 3


Notas iniciais do capítulo

Ah só uma leitora??!! Acho que essa é a pior fic que já escrevi, mas vou tentar mais um pouco.
*Ainda é o Miguel narrando*
Espero que gostem



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- Muito tarde Jaqueline

Disse um homem alto e pálido os olhos escuros como a noite e os cabelos negros, elegante no jeito de andar e com expressão irônica no rosto, um homem que dava medo em qualquer pessoa, ele parou no meio da sala.

- O que você quer? – disse Jaqueline sem demostrar fraqueza, ela sempre foi forte, mas eu podia perceber seu nervosismo – Já me transformou, me fez pagar muito caro e ainda por cima transformou meu irmão, o que mais você quer? O que espera de mim? O que eu te fiz?

- Nada de mais, não está na hora de saber Jaqueline, apenas seu irmão deve saber tudo sobre você.

- Ele sabe! - disse ela encarando-o - O que mais quer de nós?! Esqueça-nos, eu não sei o que eu te fiz, mas porque tudo isso? Diga!

- Ora, pequeno Miguel - disse ele ignorando-a e se virando para mim - você sabia que Jaqueline é uma assassina e matou muitas pessoas na sua busca por sangue, ela era incontrolável!

- MENTIRA! – gritou Jaqueline segurando as lágimas – Eu nunca matei ninguém e você sabe! MALDITO! MENTIROSO!

- Quieta!

Ele fez algo com as mãos e ela grudou na parede se debatendo sem som algum. Ele me olhou com dor nos olhos e continuou:

- Foi ela que matou Cristine, ela odiava ter que dividir o irmão e dai a matou, ela matou a sua namoradinha.

- Não... – falei sem saber no que acreditar – Jaqueline gostava de Cristine, ela era sua amiga, muito amiga, jamais faria isso, Jaque não é má, você quer nos enganar, pare com isso, deixe minha irmã em paz.

- Me responda Miguel - disse ele ainda com uma expressão irritante no rosto - Cristine foi encontrada morta não foi? Com vários ferimentos?

- Sim, mas...

- E não encontraram o assassino, ou assassina nesse caso.

- Não encontraram, mas...

Por mais que eu não quisesse acreditar as coisas encaixavam e tudo aconteceu logo depois de Jaqueline parecer diferente, lembro que no inicio achei que ela estivesse usando drogas, mas não era nada mais nada menos do que ela sendo vampira, mas algo relampejou na minha mente e eu falei:

- Se ela fez tudo isso, então porque você me transformou em vampiro?

- Porque não fui eu, Miguel, foi ela.

As palavras chegaram como um choque em mim e falei automaticamente, mesmo sabendo a resposta:

- E porque ela me transformaria?

- Ela não iria aguentar viver a eternidade sozinha e você é a pessoa mais próxima dela.

Isso podia ser verdade, minha cabeça girava, olhei para Jaqueline que chorava muito na parede e fazia que não com a cabeça, apesar de tudo eu não sabia em quem confiar, mas ele continuou:

- Se não foi ela, então como ela sabia onde te encontrar?

- Certo, então foi minha irmã – disse me rendendo exausto.

Seria mesmo? Minha irmã chorava, mas até que faz sentido o que ele diz, podia ser, mesmo que eu não queira acreditar.

- Quer saber o que mais ela fez?

- Fale. - disse temendo

- Ela matou seus pais e matou os familiares de vocês também, ela odiava eles.

- Não Jaque não faria isso, Jaque não é tão má, ela é uma pessoa boa, é a minha irmãzinha, pare já com isso. - disse baixo temendo que não fosse verdade as minhas palavras

- pode acreditar que ela mudou, se tornar vampiro muda as pessoas.

- Mas quem é você? - disse retomando minha conciência

- Leandro Moura, caro Miguel Souza, me chamo Leandro Moura e sou um dos vampiros mais poderosos que existem, agora está na hora de matar a traidora, acho que você devia fazer as honras.

- Faço o que você quiser. - disse temendo pela vida de minha irmã - Sairei daqui e nem falo mais com ela se for necessário, mas esqueça dela, não há necessidade, ela já vai sofrer bastante sozinha, não precisa mata-la. - disse temendo

O homem olhou atentamente para Jaqueline como se mandasse um recado, ela não parava de chorar, algo estava errado, mas não podia pagar para ver, ainda mais se isso custasse a vida dela e não sabia se o que estava fazendo era certo, mas segui o homem que saia pela porta quando cheguei à porta ele fez um sinal e Jaqueline caiu no chão soluçando e olhou para mim:

- Miguel, por favor, Miguel, me escute, escute a verdade, ele está te enganando, ele vai fazer algo ruim. - eu quis voltar e abraça-la mas me mantive firme.

Virei o rosto e saí, agora me viraria sozinho, precisava pensar e analisar bem, e acima de tudo precisava protege-la, e precisava saber o que quero antes de continuar, e longe dela eu me protegeria e a protegeria também e eu segui o homem até a esquina e falei:

- Ótimo obrigado por tudo, mas se não quiser nada de mim, eu vou embora. Então se quiser fale de uma vez. - disse rispidamente 

- Vá, um dia eu cobro o favor - olhei para ele e ele sorriu

Eu saí dali e corri, todas as cenas na minha cabeça como flashs, voltei e espiei pela janela da casa de Jaqueline, ela ainda estava na mesma posição de quando eu saí chorando muito, então me virei e saí, saí da cidade.

Durante cinco anos rodei pelo mundo, aprendi outras línguas, conheci pessoas, e o mais importante é que eu não matei ninguém, consegui sangue do mesmo modo como minha irmã disse que conseguia, sinto saudades dela, nem sei como ela está, ela precisa saber que eu acredito nela, que sei que tudo que ela disse é verdade, eu acho que está na hora de voltar para casa, se ela ainda estiver lá, poderei vê-la, se ela não estiver, um dia eu a encontrarei, estou próximo, na entrada da cidade onde tem a placa com o nome onde estava escrito 'Bem Vindo a Bellaplace', eu entrei na cidade onde eu nasci e morri, corri e parei na frente da casa dela, entrei, estava tudo bagunçado e empoeirado, tinha lixo por todo o lugar, os livros que ela tanto gostava e que tanto cuidava estavam jogados pela casa, entrei na cozinha e fiquei surpreso ao vê-la empoeirada, como se não entrassem ali a anos, abri a geladeira e a encontrei vazia, voltei e fui em direção ao quarto dela, abri a porta, haviam roupas por todo o lado, livros espalhados e então tive coragem de olhar para a cama, ali estava ela, tremia e tinha manchas arroxeadas, a pele estava ressecada e eu sabia o que era, uma vez eu me deixei chegar a quase esse ponto, ela estava com falta de sangue e provavelmente a muito tempo pelo jeito que estava, eu fiquei dois anos sem tomar sangue e nem mesmo cheguei perto do jeito que ela estava, provavelmente ela está sem se alimentar desde que eu me fui, não sei quanto falta para ela morrer, nem sei se é possivel ela morrer, mas sabia que não podia deixar isso acontecer!


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Notas finais do capítulo

espero que gostem
Bjos MariSB



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