To Love Is To Destroy escrita por Polly Lovegood


Capítulo 11
10


Notas iniciais do capítulo

Sim, impressionantemente tem uma atualização antes daquele triangulinho laranja do mal aparecer! Uhuu! Bom, semana que vem eu volto pra escola então vai ser meio complexo evitar esse triângulo maldito dos 45 dias, mas vou tentar porque essas férias foram bastante produtivas hehe
Enfim, curti bastante esse capítulo, desculpem se tiver algum erro de gramática, as férias me fazem mal hahaha
Beijoooo e até mais!



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Aquilo era demais pra cabeça de Scorpius Malfoy, aqueles sorrisinhos toscos que não saíam do rosto da sua irmã quando ela estava do lado de Matt logo no café da manhã.

Matt, o amigo traidor que resolveu viver uma vida de segredo sem compartilhar nada com amigo nenhum. Aquilo estava esquisito, muito esquisito, ainda mais porque de repente ele parecia disposto a compartilhar bastante coisa com a loira.

Fazia uma semana já que aqueles dois estavam todos amiguinhos. Meados de outubro, Halloween se aproximando, e esses dois trocando sorrisos bobos.

Scorpius estava sentado ao lado de Andrômeda, que ignorava-o com maestria para conversar mais uma vez com o Zabine do outro lado dela. Ele estava praticamente sozinho e no presente momento sua única diversão (mais precisamente a única coisa que ele tinha para fazer) era observar a mesa da Grifinória.

Não só por Rose Weasley (mesmo que a garota mesmo sem fazer nada atraísse os olhos do garoto para si), mas também por Mackenzie que quase destruía um garfo por conta de seu ciúme de Alvo Potter.

Rose e Alvo só podiam ser completamente ignorantes ou completamente apaixonados para não perceberem os olhares de ódio que recebiam de Mackenzie e dele próprio (mas Scorpius jurava que não tinha uma linha de ciúme em seu rosto).

Dominique observava os quatro e seus olhares e tudo o que ela podia fazer era tentar não gargalhar. James e Fred ao seu lado não faziam a menor ideia do que era tão engraçado, e ela também não fazia a menor questão de explicar.

Bom, já fazia uma semana que esses olhares incessantes estavam acontecendo. Uma hora eles teriam que se tocar, pelo menos na opinião de Dominique.

— Alvo! - James chamou o irmão, tirando Dominique do seu mundinho de observação e fazendo a loira prestar atenção no que estava acontecendo ali. - Você vai treinar hoje?

— Pergunta pro tio Rony se ele quer comida - Alvo disse rindo e Rose revirou os olhos bufando de irritação. Ela já estava cansada das piadinhas sobre seu pai, já ouvia muitas delas em casa.

Scorpius, ao ver essa rolada de olhos, sorriu internamente.

— Já tem mais de duas semanas que eu saí da Ala Hospitalar, já podia ter voltado pro treino faz uns três dias - Alvo continuou e James concordou com a cabeça.

— Ok, vai ser às seis lá no campo - James disse se levantando indo em direção ao irmão para eles conversarem mais sobre o maldito quadribol. Rose e Domi olharam uma para a outra, olharam para seus pratos e, vendo que as duas tinham já terminado, saíram do Grande Salão sem nem falar nada com os outros.

A loira tinha algumas teorias sobre um determinado sonserino para contar para Rose.

*******

Daniel Longbottom estava andando meio apressado pelos corredores indo em direção à aula de Trato das Criaturas Mágicas com sua amiga Martha do quinto ano da Corvinal, uma garota meio baixinha de olhos azuis que estava indo para as estufas.

Eles estavam saindo do castelo quando Andrômeda Malfoy passou na direção oposta andando a passos rápidos, parecendo com pressa. Ele não queria, realmente não queria, mas não conseguia não olhar para a garota sempre que ela passava com seu nariz empinado e sua expressão de superioridade, que ele tinha certeza que não passavam de uma máscara mal encaixada no rosto da menina.

— Cara, isso já está ficando patético - Martha disse rindo e ele a fuzilou com os olhos. - Ia doer em você tentar se aproximar dela? Ela não é uma divindade nem nada, sabe?

— Pra você é fácil falar, não é você que tem medo de levar um dos foras dela - ele respondeu e Martha riu.

— Só se você for tonto que já vai chegar dando em cima. Você tem que ir comendo pelas beiradas ou vai queimar a língua.

— Detesto suas metáforas com comida, sabia?

— É, você já me disse isso - ela continuava com um sorriso no rosto. - Várias vezes - ela complementou quando eles passavam para o jardim. - Te vejo depois, loverboy — ela disse acenando e indo na direção das estufas, fazendo com que ele revirasse os olhos no meio de uma risada.

Ele não respondeu pois ela já estava bastante distante e continuou seu caminho sozinho para a aula. Ele não era exatamente o que se podia chamar de sociável. Ele tinha a amizade de Martha e era o suficiente.

Ele olhava distraído para o céu, mas viu pelo canto de olho quando Andrômeda passou de volta para a aula de Trato das Criaturas Mágicas que eles dividiriam, dessa vez segurando um livro. Certamente ela ainda não tinha conseguido dominar o feitiço convocatório.

Ele podia ajudá-la nisso.

Ele chegou perto do grupo bem depois de Andrômeda, que já estava falando com uma garota morena da sua casa. Quando a aula começou, eles estavam próximos e ele conseguia ouvir algumas coisas que ela falava, todas sobre aquele maldito Matthew Zabine, maldito sonserino do sexto ano. Eram aquelas coisas toscas bastante semelhantes a “ele é tão fofo” ou “não acredito até agora que ele fez isso” e essas coisas que deixam Daniel de certa forma enjoado.

Durante a uma hora que aquela aula durava ele não conseguia se forçar a ficar longe dela. Ele sentiu o olhar da garota sobre si uma ou duas vezes, mas fazia como se não fosse nada. Ele não ia ser um garoto patético apaixonado, de jeito nenhum ele se submeteria a uma posição ridícula dessas.

Quando a aula acabou, ele ficou enrolando um pouco para arrumar suas coisas para sair da sala com Andrômeda. Suas amigas acabaram antes e saíram em direção ao castelo para outra aula, deixando a Malfoy ali.

Accio mochila — Dan sussurrou segurando sua varinha na direção da mochila dela, que foi voando na direção dele. Ela olhou irritada na direção para a qual a mochila voou e, ao ver o moreno, fez uma expressão esquisita, na qual predominava a confusão.

— Ah, então você já sabe fazer esse? - ela puxou assunto com um tom de desdém. Andrômeda Malfoy, o que você pensa que está fazendo? Pega a sua mochila e vai embora.

— Faz parte da nossa matéria, mas eu peguei rápido mesmo a lógica desse - ele disse girando sua varinha com cara de desinteressado, devolvendo a mochila a ela. - Pensei que talvez você quisesse alguma ajuda para não ter que correr até as masmorras toda vez que esquece um livro - ele disse num tom zombeteiro e ela o fuzilou com os olhos.

— Eu não vou correndo até porra nenhuma - ela mentiu e ele a olhou com uma sobrancelha levantada. - Ok, talvez eu vá, mas isso não é da sua conta - ela guardou o livro e saiu da clareira onde estavam, sendo seguida por ele.

— Ah, então Andrômeda orgulhosa Malfoy vai admitir para seus amigos fofoqueiros sonserinos que ela não consegue fazer um feitiço? - ele cruzou os braços apoiado numa árvore e ela se virou como um furacão para ele.

— Eu não sou orgulhosa, muito menos não sei fazer um feitiço - ela disse andando de costas, virada para ele, o que fez ele rir fraco e ir em direção a ela, fazendo com que ela voltasse a andar de frente.

— Claro, claro - ele respondeu irônico.

— Eu nem sei o seu nome pra você vir me falando essas coisas! - ela tentou argumentar, já que ir pelo lado do “eu sei fazer o feitiço” não adiantaria.

— Isso já não é culpa minha - ele levantou as mãos em sinal de rendição e ela respirou fundo.

— Se você falar pra alguém, pode se considerar um lufano morto - ela disse falsamente irritada. Ela precisava aprender essa matéria e precisava descobrir quem era aquele garoto. Por que não unir o útil ao (quase) agradável? - Sábado às quatro na Sala Precisa.

— Pra mim está ótimo - ele disse com um sorriso de lado e ela saiu andando sem dizer mais nada. Aquilo tinha sido bem mais fácil do que ele achava. Martha ficaria orgulhosa.

*******

— Domi, eu tenho que ir pro treino - James disse faltando dez minutos para as seis. Os dois estavam fazendo o dever de poções na biblioteca.

A garota olhou para ele meio irritada, mas deu de ombros.

— Ok, me troca por aquele monte de bolas - ela se fez de irritada e ele revirou os olhos. - Não se preocupa, eu vou descobrir o princípio ativo das folhas de visgo do diabo mesmo sem a sua ajuda - ela continuou com o tom meio irritado, fazendo com que ele sorrisse.

— Se a gente não tivesse um jogo contra a Corvinal daqui duas semanas e meia eu ficaria aqui com você - ele disse indo até atrás da cadeira em que ela estava sentada. - E também se esse não fosse o primeiro treino do Alvo em muito tempo.

— Vai logo, James - ela falou segurando uma risada e ele se inclinou para dar um beijo na bochecha dela. - Se der o horário do jantar eu vou pro Grande Salão e a gente se vê lá, ok? - ela perguntou olhando pra ele e o garoto fez que sim com a cabeça. - Ok, agora vai lá treinar pra acabar com aqueles passarinhos e depois com as cobrinhas de jardim - ela disse rindo mexendo no cabelo dele e ele abriu um outro sorriso, dessa vez realmente indo embora.

Eles estavam sorridentes demais, mas aquilo não incomodava nenhum deles. Nem mesmo a ausência de Fred incomodava James mais.

Já no campo, James viu que o time inteiro estava no campo, menos Fred que estava no vestiário esperando o amigo com a expressão irritada.

— Você está atrasado, você sabe né? - o ruivo perguntou um pouco irritado e James bufou com metade do uniforme já vestido.

— Eu estava estudando, não vi a hora passar - James disse sem muitas emoções. Ele se sentia mal por estar atrasado, mas isso não era motivo para Fred estar daquela maneira.

— Você estava com a Dominique? - Fred perguntou quando James passou por ele pra chegar no campo.

— Sim - o Potter respondeu frio e saiu. Como todos já estavam no campo, James mandou eles subirem em suas vassouras e o treino começou.

Alvo levou algum tempo para voltar ao seu ritmo antigo, mas nada absurdo, só perdeu umas duas oportunidades de pegar o pomo, mas isso era aceitável, considerando o tempo na Ala Hospitalar.

Em um momento, ele viu o pomo e ele estava a pouco mais de um metro do chão, então Alvo mergulhou para pegá-lo, já tinha feito aquilo milhões de vezes. Ele foi lá, pegou o pomo e deu tudo certo.

E durante todo esse tempo os olhos de Mackenzie Longbottom não saíam do moreno de jeito nenhum.

O treino foi rápido. James fez um discurso interminável ao fim, ainda estranhando Fred e não querendo falar com o amigo irritado. James falava demais quando estava irritado e o irmão sabia disso.

Depois de cinco minutos inteiros falando sobre como eles tinham que treinar incansavelmente para vencer os "passarinhos" e as “cobrinhas de jardim”, ele deixou o time ir para o chuveiro.

Todo mundo foi para o vestiário e tomaram seus banhos. Mackenzie tomou o banho muito mais rápido do que faria normalmente, numa esperança meio tosca de falar com Alvo antes que ele fosse para a Torre com sua querida prima ladra de garotos Rose.

Ela estava na saída da sua tenda quando viu que ele saía também e viu naquele momento sua chance. Era tosco, mas era o que ela queria fazer. Ela juntou suas coisas e andou até chegar ao lado de Alvo.

— Como é voltar pro campo depois da Ala Hospitalar? - ela tentou começar um assunto e ele olhou para ela meio surpreso (afinal, ela só conversava com os amigos sonserinos dela) e sorriu meio sem jeito, mas um sorriso que derreteu Mackenzie que nem sorvete de mel no sol.

— É meio como se eu conseguisse respirar de novo, sabe?

— Sei bem - ela respondeu olhando diretamente pra ele e ele realmente não sabia como interpretar aquele olhar. Tipo, podia ser milhares de coisas, como ele ia saber o que ela quis dizer? - É tipo quando o mel acaba no café da manhã e os elfos repõe logo.

— Ahn, claro - ele respondeu meio duvidoso. Ele definitivamente não sabia falar sobre mel.

— Mas você sabe, o substituto não consegue chegar nem na unha do seu dedo mindinho do pé - ela continuou falando. - O pomo podia estar flutuando a dois palmos de distância que ele ia perder, uma vergonha viu.

— Ah, legal que eu não tenho concorrência - ele disse rindo e ela riu junto.

— O outro cara é ruim, vai por mim - ela deu um empurrãozinho leve de lado nele.

Eles já estavam chegando no castelo outra vez e isso era um alívio pra ela, menos momentos em que ela teria que controlar cada célula do seu corpo para não ficar vermelha feito um tomate na frente de Alvo Potter.

Eles continuaram andando lado a lado sem dizer muito mais coisa. Não se conheciam o suficiente para ter assunto, mas por incrível que pareça ele estava confortável ali com ela.

Quando eles já estavam passando pela porta, Alvo parou de andar de repente e se virou para Mackenzie.

— Ahn, então… - ele coçou a nuca e desviou o olhar dela para fora do castelo. - Eu… lembrei que ia esperar meu irmão depois do treino, acho melhor… voltar pra ver se ele ainda está lá - Alvo estava mentindo, isso ela tinha certeza, mas não ia parecer uma stalker e só disse um simples “ah, ok, até mais”.

Ela continuou andando sozinha, mas parou ao ver Scorpius sentado no fim do corredor ao lado de Rose Weasley, a garota que Mackenzie tanto detestava.

Aquela cena era completamente esquisita, eles estavam os dois sentados um do lado do outro, conversando numa boa. Ela estava sorrindo feito boba e ele olhava para ela como se nada importasse além daquele sorriso.

E assim Mackenzie Longbottom teve certeza que Scorpius realmente gostava dela. Em todos aqueles anos em que se conheciam ela nunca tinha visto ele olhar daquele jeito para ninguém, isso realmente era um fato.

— Partiu Operação Cupido - ela murmurou para si mesma e saiu em direção ao casal sentado mais para frente no corredor.


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Notas finais do capítulo

Você é uma pessoa incrível se chegou até aqui, juro.
Se curtiu deixa um joinha (também conhecido como review), espalha pros parças e é isso
vlw flw, até o próximo (que não faço a menor ideia de quando vem, só pra deixar claro)
beijoooo



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