To Love Is To Destroy escrita por Polly Lovegood


Capítulo 12
11


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Bom, era pra eu ter postado ontem (não que isso fosse fazer uma diferença absurda, acredito eu), mas não deu tempo, mas aqui está o capítulo! Espero que gostem dele, porque se tem uma cena que eu gostei de escrever foi essa do começo do capítulo hahaha vlws flws, até mais



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Rose já não tinha o que fazer naquela tarde de quarta feira. Já tinha feito todas as tarefas, até mesmo as extras, e todo mundo que ela conhecia naquele castelo (tudo bem que não era muita gente, mas mesmo assim) estava fazendo essas malditas ou estava treinando Quadribol.

Bem, não exatamente todo mundo.

Ela estava andando sozinha pelo castelo e estava a ponto de sair quando viu Scorpius Malfoy sentado encostado a uma parede com um livro enorme em suas mãos e uma ruga de concentração em sua testa. Ela com toda a certeza deveria estar louca, mas sentou ao lado dele.

– Olá, Malfoy - ela cumprimentou e ele levantou os olhos do livro com um leve ar de espanto.

– Olha só que avanço, nem precisei correr atrás de você hoje - ele provocou e ela revirou os olhos. Por que mesmo ela tinha sentado ali? - O que te trás aqui, Rose?

– Um surto de loucura - ela murmurou para si mesma, então virou para ele. - Falta do que fazer.

– Ah, então eu sou sua última opção? - ele perguntou com uma sobrancelha erguida, desejando com todas as suas forças que ela dissesse um sonoro “não”, mas tendo certeza absoluta que ela diria “sim”.

– Acho que não vem ao caso discutir qual opção você é, Malfoy - uau, isso tinha sido bem melhor do que ele esperava. - Lendo o que?

– Um romance trouxa - ele respondeu mostrando a capa para ela, ao mesmo tempo que punha o marcador de página.

– Você? Literatura trouxa? - ela perguntou fingindo estar surpresa e ele a fuzilou com os olhos. - É bom?

– Ainda não li nem um quarto do livro, como posso te dizer se é bom? - ele perguntou meio maroto e ela deu de ombros.

– Tem gente que com metade disso já diz se o livro é bom ou ruim - ela respondeu se virando de frente pra ele.

– Eu acho que a gente tem que saber um pouco mais da história pra dizer se o livro é bom ou não - ele disse olhando bem nos olhos dela.

– É isso que eu to tentando fazer - ela murmurou sem nem pensar e se aproximou dele inconscientemente. Ela precisava dar um jeito nos impulsos do corpo dela. Urgente.

– Uh, chegamos na fase das indiretas? Não sabia que o nosso amor já estava nesse ponto - ele provocou rindo um pouco e ela revirou os olhos, mas não conseguiu segurar uma risada também.

– Um - ela levantou um dedo -, isso aqui não é um amor. Dois - ela levantou outro dedo -, sim, já estamos na fase das indiretas.

– Ah, então isso aqui é alguma coisa - ele murmurou se aproximando mais dela. - Sabia que você não ia aguentar a distância da minha perfeição por tanto tempo.

– Meu Merlin, de onde você tira tanta auto-estima? - ela franziu a testa e ele gargalhou.

– Talvez de uma certa ruiva que eu vejo por aí - ele respondeu olhando dentro dos olhos dela e ela não pôde segurar um sorriso bobo. Tosco, mas incontrolável.

Se controla, Rose. Não é porque Dominique acha que vocês são um casal em potencial que vocês realmente são. Se controla.

– Ela deve te fazer um bem danado então - ela continuou com um sorriso bobo no rosto e ele fez que sim com a cabeça. O loiro abriu a boca para falar alguma coisa, mas foi interrompido por um grito no corredor:

– Weasley! - a ruiva pulou no lugar e olhou para onde o grito veio, abrindo a boca em surpresa ao ver Mackenzie Longbottom vindo na direção deles. - Sim, eu te chamei - ela respondeu a pergunta explícita na cara dos dois. - Preciso falar com você - a morena disse ao chegar mais perto dos dois e Scorpius, conhecendo a amiga, percebeu que era pra ele ir embora.

– Até mais, Kenzie. Até mais, Rose - ele disse se levantando e ajustando o livro em seus braços.

– Até - as duas responderam juntas. Rose não conseguia tirar o sorriso bobo do rosto, que mais tarde ela juraria ser só uma atuação muito boa, enquanto ele ia para o Grande Salão. - O que queria falar comigo, Longbottom? - Rose perguntou quando ele já estava fora de vista.

– Eu queria pedir desculpas por ter sido meio… babaca com você desde o primeiro ano - a morena falou e Rose a olhou completamente chocada.

– Uau - a ruiva disse completamente atordoada. Mackenzie Longbottom odiava ela, certo? Bom, em seis anos ela nunca fez questão de ter muita amizade com Rose e agora de repente, vinha pedir desculpas. Ok. - A que devo isso?

– Ao meu amigo completamente caidinho por você, resumindo bastante a situação - a morena deu uma pausa, então continuou como se lembrasse de alguma coisa. - E também à ótima amiga que eu sou.

– E humilde também - Rose murmurou e Mackenzie a fuzilou com o olhar. - Fale o que quiser, não vou ficar amiguinha sua só por causa de um garoto.

Mackenzie respirou fundo fechando os olhos e voltou a abri-los. Ela sabia que aquilo ia ser bastante complicado, Rose Weasley era muito teimosa, isso ela podia afirmar. Mas ok, se Scorpius precisasse da ruiva pra ser feliz, Mackenzie não ia ser um empecilho pra isso.

Ainda mais se com a Weasley “comprometida" Alvo parasse de correr atrás dela feito um primeiranista ridículo.

– Eu também não ia querer uma amizade por causa de um garoto - Mackenzie disse e Rose levantou uma sobrancelha. - Estou propondo uma trégua.

– Que eu saiba não estávamos em guerra - Rose murmurou rindo e Mackenzie a fuzilou com os olhos. - Ok, ok, aceito essa sua trégua – Rose disse num tom zombeteiro estendendo uma mão, que foi aceita pela morena.

– Trégua - a Longbottom concordou. - Te vejo depois, tenho que falar com o meu irmão - ela soltou a mão de Rose e saiu em direção às escadas que levavam à Lufa-Lufa.

Ela não tinha nada para falar com Daniel (nunca precisava, na verdade), mas não precisava passar mais tempo naquele awkward silence com Rose Weasley.

********

Quando deu a hora do jantar, Rose já estava sentada à mesa junto com seu irmão e Lily quando Mackenzie chegou parecendo apressada e procurando um lugar para se sentar. Os queixos dos dois mais novos quase caíram no chão quando a Longbottom pediu para sentar ao lado de Rose.

– Ahn… tudo bem - Rose respondeu estranhando a situação, mas não disse nada além disso. Os quatro tiveram um jantar agradável dentro do possível; Lily e Hugo fingiam não estar completamente apavorados e Mackenzie fingia não perceber isso.

A surpresa deles só não foi maior que a de Scorpius ao chegar no Grande Salão e ver as duas juntas, num clima de bom humor. Aquilo parecia muito errado para ele, mas muito errado. Elas não se davam bem e ele acreditava que nunca se dariam bem, mas parece que ele estava errado. Scorpius empalideceu ao ver Rose abrir um meio sorriso após Mackenzie dizer alguma coisa.

– Aquilo - ele apontou a mesa da Grifinória para Andrômeda - tá muito errado, eu tô alucinando, não tô?

– Do que… - ela começou, mas então viu o que ele apontava. - Não, você não tá alucinando. É verdade e eu tô achando que o fim está próximo - a loira murmurou de olhos arregalados e espantada.

– O que será que aconteceu? - ele perguntou e os dois se voltaram para seus pratos para comer.

– Bom, conhecendo a Mackenzie, acho que ela só tá tentando ser uma boa amiga pra você, já que inexplicavelmente aquela piriguete ruiva vale alguma coisa nessa sua cabeça.

– Ela não é uma piriguete… - Scorpius partiu em defesa da ruiva. - As roupas dela são maiores que as suas!

– Isso não quer dizer nada - a Malfoy desconversou, então enfiou uma colher inteira de purê na boca e fingiu que estava ocupada demais comendo para conversar com o irmão.

Aquilo está muito esquisito. Talvez Andy tenha razão, Scorpius pensou para si mesmo e fez como a irmã, encheu a boca de purê.

Quando Mackenzie acabou de comer, se despediu dos ruivos ao seu redor e saiu em direção ao seu dormitório como se nada esquisito tivesse acontecido, como se fosse completamente normal ela e Rose Weasley jantando juntas como amigas.

Rose continuou sentada no mesmo lugar, de frente para Hugo e Lily e para a mesa da Sonserina, ainda estranhando a situação. Os livros e filmes trouxas não davam a entender que esse tipo de reconciliação acontecia tão rápido, sempre pareciam ser processos de vários meses, aquilo realmente estava esquisito. Do outro lado do Salão, Scorpius tinha uma expressão de pura e completa confusão em seu rosto.

“O que foi que aconteceu?” ele gesticulou com os lábios e ela gesticulou discretamente que depois falaria, mas Lily viu e se virou para ver com quem a prima conversava.

Lily também falava com Dominique e, pior ainda, apoiava as teorias loucas da loira que diziam coisas absurdas do tipo “Scrorpius está apaixonado por Rose porque ele não tira os olhos dela em momento nenhum, quase tirando as roupas dela com os olhares e isso já tem bastante tempo”.

Aquilo era praticamente a morte pra Rose, que queria com todas as suas forças que sua vida amorosa (não que existisse uma, vamos deixar isso bem claro) não fosse o assunto principal de suas primas. Parecia que só porque ela parecia uma piriguete elas podiam supor paixões infundadas. Coisa sem sentido nenhum, na opinião de Rose.

– Que é que você tanto conversa com o Malfoy? - Lily perguntou num tom falsamente inocente e Rose arregalou os olhos ao mesmo tempo que Hugo engasgava com sua comida.

– Eu não estou conversando com o Malfoy, você está vendo coisas - Rose se defendeu, mas Lily começou a rir, só deixando Hugo mais confuso.

– Ah, por favor, vocês não enganam ninguém mais com esse discursinho de “nos odiamos” - Lily apoiou seus talheres na mesa. Vish, lá vem. - Domi disse que ouviu Mackenzie falando que viu vocês quase se agarraram lá na entrada do castelo hoje e nós duas só podíamos reagir com um “aleluia”. Fala sério, só vocês não vêem que estão mais ligados um ao outro do que sei lá o que.

– Lily, essa é minha irmã - Hugo ainda parecia estar raciocinando o que estava ouvindo. - Aquele é o Malfoy - ele apontou para a mesa da Sonserina atrás de si. - Em que mundo eles são um casal?

– Você é desligado, não vai entender nunca do que eu tô falando, só quando a sua irmã aparecer com uma criança loira em casa.

– Bate na madeira Lily, nunca que eu vou ter esse tipo de relacionamento com aquele garoto - Rose tentou disfarçar, mas quando a prima falou de crianças loiras uma coisa bastante esquisita surgiu dentro dela e, por menos que ela quisesse, ela gostou dessa coisa esquisita.

– Minha irmã não vai aparecer com uma criança loira em casa, só para registrar - Hugo fez questão de dar a última palavra e Rose se segurou para não rir dos ciúmes do irmão. - Se ela fizer isso o papai mata ela e o infeliz de quem engravidou. E isso com meu total apoio - o ruivo continuou irritado, o que fez Rose realmente gargalhar dessa vez, ao mesmo tempo que Lily revirava os olhos.

Irmãos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, essa cena Scorose no começo foi uma deles que eu mais gostei de escrever (até agora, nunca se sabe o que a fic te reserva). Então, apareçam nos comentários (ou não, ninguém vai ficar com raiva, a timidez/falta do que falar são respeitadas aqui haha) e espero ver vocês num futuro próximo :)
(próximo = antes do triângulo laranja dos 45 dias aparecer)
Beijoooooo e até o próximo



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