Assim que notei já estava lutando com... 2 ou 3 monstros de uma vez. Não consegui identificar o que eram. As cenas se passavam rapidamente. As únicas coisas que eu conseguia notar foram: eu estava indo pra colina, Percy e Ana lutavam perto da água, Nico e Ísis lutava nas partes escuras, e eu estava quase sendo atropelada por um porco gigante fazendo "hiiiiiiiiirk". O porco, ou javali tanto faz, corria muito. Me joguei pro lado, para não ser esmagada pelo animal gigante e gordinho.

Enfim, continuei a lutar novamente. Por alguma razão, eu estava com a mochila nas costas. Como eu estava perto do pavilhão, aproveitei e pensei em deixar a mochila lá. Entrei correndo no pavilhão e deixei-a lá. Mas antes, resolvi previnir algo. Pedi um arco, e uma aljava infinita. Coloquei ambos nas costas e sai.

Não vou ficar falando o que aconteceu durante toda a luta. Só vou contar as partes interessantes. E tristes.

Bom, essa primeira parte foi triste. Acho que não só apenas pra mim. Eu estava lutando perto da Casa Grande. Comecei a ouvir gritos. Não sabia exatamente o porque de tudo aquilo. Antes de tudo ocorrer.

O tempo pareceu passar mais devagar quando ocorreu. Enfim. Eu ouvi um grito. Especificando, era um grito de aviso de Ísis.

–MEDUSA! - Ela gritou. Ela estava mais a frente, na colina meio-sangue.

E em seguida, ela deu outro grito. Só que dessa vez, ele era de agonia e dor. E eu assisti, a minha melhor amiga ser transformada em pedra. Eu queria impedir. Mas não conseguia nem ao menos me mover. Me lembrei de fechar os olhos, felizmente, deu tempo.

Eu não sei o que aconteceu. Claro, eu estava de olhos fechados. Mas eu senti uma onda de energia muito forte. Não energia elétrica. Mas essa era inexplicável.

–Podem abrir os olhos. - Ouvi duas vozes conhecidas. Identifiquei como Quíron, e Ártemis. Confiei neles. Assim como muitos outros.

–O que aconteceu? - Perguntou algum capista.

–Eu revelei minha verdadeira forma. Era a maneira mais fácil de matar todos eles. - Ártemis explicou. Uma onda de desespero, raiva, e tristeza me invadiu.

–Porque não fez isso antes? Poderia ter salvo muita gente. - Tentei me segurar pra não gritar. Novamente neste dia, lágrimas caíram.

–Eu... Não pude. - Ela tentou explicar. Mas pela minha expressão, ela viu que eu realmente estava com raiva e triste. - Os deuses me proibiram. Eu não poderia fazer isso, até a profecia ser cumprida por completo.

–Todos vocês, podem ir descansar. O almoço será servido daqui a cerca de 1:30. - Quíron quebrou o clima, e lentamente todos sairam andando.

Percebi, que eu havia perdido minha melhor amiga. Ela estava morta. E também, meu pesadelo havia virado verdade.

Senti alguém me abraçar por trás. Sem mesmo olhar, eu sabia que era Nico. Ele estava com a pele quente e um pouco suado. Me afundei em seu ombro e chorei.

–Vem. Vou te levar pro seu chalé. - Ele falou, tirando meu rosto de seu ombro e limpando minhas lágrimas com seus polegares. Pude ver que seus olhos começam a se encher de água.

Caminhei lentamente com ele até o chalé. Eu continuei abraçada á ele, por todo o tempo. Chegamos a porta do chalé. Naquela hora, tudo me lembrava ela. Principalmente Nico.

–Descanse. Ok? - Ele falou, deu um beijo na minha testa e saiu. Quase não deixei-o ir. Mas lembrei que ele também deveria descansar.

Entrei no chalé, e larguei o arco e a aljava perto da minha cama. Coloquei meu colar, e fui tomar um bom e longo banho.

Depois, tive um pequeno momento de desespero ao lembrar que havia deixado minha mochila com as minhas roupas no refeitório. Depois lembrei que tinha roupas na cômoda. Vesti um pijama de passarinhos coloridos, contrariando tudo o que eu sentia.

Assim que me vesti, penteei meus cabelos molhados. Depois de joguei na cama. Pelo enorme cansaço, dormi instantaneamente.