Princess of Sky escrita por Writer, Apenas Ana


Capítulo 17
Ataque dos Monstros


Notas iniciais do capítulo

Ai vai mais um capítulo pra vocês. Aproveitem. Ele está bem grandinho, devido a história do Nico que ele contou.



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Bom, o sonho da Giovanna estava correto.

É, aquilo não foi legal de ouvir. Na verdade, foi dificil. Poderiamos odiar varias pessoas de lá, mas amávamos o acampamento. Não podiamos deixar ele ser destruído, sendo que tinhamos uma chance de salvá-lo. Ela era pequena. Mas mesmo assim era uma chance.

–E o que fazemos agora? - Perguntei triste com a notícia.

–Nós vamos tentar acabar logo com a missão, e ir o mais rapido possivel para o acampamento. - Annabeth falou decidida. Com uma posição de lider.

Saimos do hospital morrendo de fome. Passamos em uma lanchonete qualquer. Comemos bastante (bom, pelo menos eu comi. Pelo fato de mal ter comido nos dias que fiquei no hospital.) Annabeth mapeava nosso caminho até lá. Eu sugeri para apenas pegarmos um avião pra lá. Mas Percy me lembrou que meu pai não tem a mesma paciencia que o pai dele tinha. Então teriamos que ir por terra.
 Alugamos um carro, pra poder viajar livres. Tenho 99,9% de certeza, que o carro não vai ser devolvido inteiro. Ou nem ia ser devolvido. Mas não me importei muito com isso. Alugamos o primeiro carro que vimos, que podia suportar 5 jovens bagunceiros. Uma Dakar para 7 pessoas. Enquanto eles alugavam o carro, eu Ana e Nico decidíamos aonde iamos.

–Eu quero ir atrás. - Falei rápido antes de todos escolherem o lugar.

–Ótimo, o Nico vai com você atrás também. - Ana falou feliz. Não entendi o porque mas tá. Seria bom, ficar com Nico um pouquinho.

–Porque eu não posso escolher meu lugar? - Nico entrou na conversa.

–Então tá Nico. Onde você quer sentar? Com a sua futura namorada, ou com sua melhor amiga. - Assim que ela pronunciou as palavras "futura namorada" ele arregalou os olhos pra ela e olhou de cara feia. Ela apenas sorriu.

Será que ele vai ou ia me pedir em namoro? Senti meu rosto esquentar quando ele olhou pra mim.

–Prefiro ir atrás mesmo. E não garanto muito que você é a minha melhor amiga. - Ele falou e deu um leve tapa na cabeça dela. Ela protestou com um baixinho "Ai".

–Também adoro você Nico.

Ignorando o fato de que íamos em uma especie de porta mala, mas que você abre os assentos. Tinha bastante espaço lá.

Annabeth e Percy estavam decidindo qual dos dois ia dirigir. Eles vieram até nós que estávamos perto do carro esperando, e conversando. Annabeth que estava com a chave, jogou-a pra Percy.

–Entra. - Ambos falaram juntos.

–Abre a parte de trás fazendo favor. - Falei. Eles abriram, e eu e Nico nos jogamos (literalmente) dentro do carro.

–Porque não vão no banco? Ai é super desconfortável. - Ela falou, ja colocando o cinto.

–Fica quieta cunhada. Me deixa ser feliz com um banco só pra mim. - Ana falou como se estivesse brigando com uma criança.

Annabeth levantou os braços em sinal de rendição.

Percy ligou o carro e saiu dirigindo com a voz chata e enjoativa da mulher do GPS como fundo.

–Qual a nossa primeira parada? - Nico perguntou ao meu lado jogado no enorme porta malas.

Você deve estar pensando porque não abrimos os assentos. Porque a ideia de vir atras era pra isso. Ficar jogado no porta malas, pois o espaço era grande, cabiam duas pessoas deitadas escorridamente e esparramadas.

–Detroit. - Annabeth falou. - São mais ou menos 4:30 de viagem. Podem dormir se quiser. Ou se agarrar. Tanto faz pra mim. Contanto que eu não ouça nada, nem veja.

–Cala a boca Annabeth. - Falamos eu e Nico juntos. Nico pelo fato de ser quase transparente, estava parecendo uma pimenta. Acho que eu não estava muito diferente. Ana ria descontroladamente.

–Sua irmã fuma ou o que? - Perguntei ao Percy.

–Eu não sei. Mas acredite, esse é o normal dela.

Depois o silencio reinou no carro. A não ser pelo barulho do carro, os roncos baixinhos de Ana, e a voz chata da mulherzinha do GPS. Comecei a vasculhar a minha mochila pra ver se tinha algo que pudesse distrair meus ouvidos. Porque não aguentava mais ouvir: Vire para esquerda em quarenta metros, vire a esquerda em trinta metros, e por ai vai, em toda curva maldita que aparecia.
Achei as coisas mais inúteis que poderia achar. Menos algo que tenha musica.

–Algo que possa ter musica nessa coisa infinita não tem né? - Falei assustando Nico ao meu lado que quase dormia. Mas em compensação, algo surgiu magicamente na minha mão que estava enfiada na mochila. Puxei pra fora, e aproveitei e peguei dois travesseiros. Joguei um e acertei Nico em cheio no rosto. - Foi mal por te acordar.

–Eu nem tava dormindo.

–Claro. Assim como eu não estava brava por não achar nada que emita alguma musica.

O que eu havia achado era um Ipod cinza. Liguei-o e já estava com as musicas que eu gosto baixadas, e outras que eu achei legais. Atrás ao invés da maçã, tinha um H de Hefesto eu acho. Achei aquilo cômico. Dei um sorriso de lado. Nico notou que eu estava rindo e perguntou o que foi. Mostrei a ele e ele riu de lado e baixinho.

–Quer ouvir tambem? - Falei passando um fone pra ele.

–Pode ser. - Ele pegou o fone.

Nico reclamava em cada musica que eu colocava. Decidi passar o Ipod pra ele escolher as musicas. Ai ele só colocava e baixava musicas screamo. Cansei de ouvir as gritarias que ele chama de musicas. Tomei o Ipod dele e desliguei.

–Ei, eu tava gostando. - Ele reclamou.

–Isso não é musica, é gritaria.

–Não tenho culpa do meu gosto musical. - Aquilo soou incrivelmente sem sentido. Um sorriso brincava com seu rosto enquanto ele falava. Aquilo era lindo. Ele era lindo.

–É você que escolhe as musicas que ouve criatura. - Falei. Acho que eu to pegando a mania de chamar as pessoas de criaturas.

–Tem razão.

–Desculpe a pergunta, mas quando você falou que já havia perdido todas as pessoas que você ama, a quem você se referia?

Fiquem com peso na consciência por ter perguntado isso. Porque ele ficou com uma cara triste. Seus olhos pareciam perder o brilho, e o sorriso que se estampava alegremente em seu rosto sumiu.

–Desculpe. E-eu não queria te magoar. Muito menos ter dito isso.

–Tudo bem. Deve ter ficado curiosa. Assim como eu sou curioso pela sua história. Nunca soube. - Ele falou olhando pro chão.

–Porque não perguntou nada?

–Eu não sei. Então, já que estamos aqui e falando sobre esse assunto, conte-me sobre você.

–Tudo bem. Então. Eu nasci em Manhattan, no dia 17 de junho de 1998. Já estudei em cerca de 13 escolas. Tenho hiperatividade apenas. Já viajei muito. Mas nada de realmente interessante aconteceu comigo na minha vida. Moro com a minha mãe. Já corri muito perigo na minha vida toda. Eu acho que é só isso. E você? Agora é a sua vez de me contar sua história.

–Minha história é um pouco longa. E bizarra. Eu nasci em... - Sua voz morreu. - 1928.

Arregalei os olhos espantada. Ele não podia ter 84 anos.

–VOCÊ É UM VELHO. - Gritei. Mas não tão alto.

–Cala a boca Giovanna, deixa eu terminar. E não. Eu não sou um velho. Continuando. Eu nasci em 1928. Mas ai minha mãe morreu. Porque Zeus acertou um raio no hotel onde nós estávamos. Na tentativa de matar eu e a minha irma. Não deu certo. Então meu pai mando Alecto (a fúria que cuida dos assuntos dele aqui em cima) levar-nos para o Hotel e Cassino Lotus. Onde o tempo passa mais devagar, mas as vezes nem passa. Ficamos por um tempo que pra gente que estava lá dentro, um mês. Mas na verdade, ficamos presos lá por 70 anos. E então, novamente Alecto vestida de advogado nos tirou de lá, nos banhou no rio Lete, que pra você que não deve saber é um rio que apaga a memória das pessoas e seres vivos, e nos colocou em uma escola militar. Ficamos por apenas 1 ano lá, até Percy, Annabeth, Thalia e Grover nos salvaram e nos levaram ao Acampamento Meio-Sangue. Nesse meio tempo. Assim que saímos da escola minha irmã Bianca se juntou as caçadoras. Ela morreu na sua primeira missão. - Ele voltou a expressão triste. Senti vontade de abraçá-lo. - Ajudei Percy na guerra também. No ano passado.

–Sinto muito. Não sabia que a sua vida tinha sido tão difícil.

–Tudo bem. Já superei tudo isso.

Depois o silencio voltou novamente. Eu estava abraçada a Nico. Assim que notei, me separei dele. Mas ele insistiu e puxou meus braços devolta pra ele. E ficamos ali. Sentados abraçadinhos, encolhidos no porta malas de um carro.

Já estava ficando entediada e com dor na bunda quando o carro freiou bruscamente. Voei pra frente e bati com força a cabeça no banco. Senti uma dor de cabeça horrível.

–Qual é o problema? - Perguntei levemente irritada por ter batido a cabeça, e com Nico me acudindo procurando loucamente ambrosia e néctar. - Nico calma, eu só bati a cabeça.

–Você tem certeza que tá bem?

–É claro que eu to Nico. Que preocupação é essa?

–Eu não sei. - Ele falou já recomposto.

–Então, qual foi o problema ai? - Levantei e fiquei de joelhos pra poder vê-los.

–O problema querida prima, - Senti uma pontada de ironia nisso. Mas não falei nada. Eu sinto ironia em tudo. - são esses adoráveis e lindos seres mitológicos na frente do carro.

Olhei atentamente para a frente do carro. Lá haviam coisas metade mulher, metade cobra. Então, logicamente, elas se arrastavam rapidamente em direção ao carro. Aquilo era estranho. Mas nada de normal ocorre comigo. Apenas estranhas. Como por exemplo esse meu machucado que sumiu do nada. Puxei meu colar e ele se transformou na minha espada. Quando vi, todos nós estavamos com armas as mãos.

–Tem certeza que tá bem? - Nico perguntou me lançando um olhar preocupado.

–É claro que eu estou Nico. Se não á essa hora, eu estaria no hospital, ou indo pra casa. Não se preocupe comigo. - Respondi com convicção.

Nico insistiu pra mim segurar a mão dele. Ele me tratava como se eu fosse de porcelana. Não entendi nem um pouco porque ele estava assim. Depois ia perguntar. Mas tentei me focar na luta.

Contei as "coisas". Eram 12 no total. Estávamos em uma enorme desvantagem. Mas nem tanto. Pois Percy, tem uma especie de imortalidade, digamos. Ana podia se curar na agua. Nico podia invocar guerreiros esqueletos. Sim, eu sei muito sobre isso porque eu consegui com toda a correria, ler um pouco sobre poderes de semideuses. Descobri que eu posso manipular o ar, mexer com eletricidade, e mais umas coisas .

As "coisas" já estavam perto do carro.

Elas chegaram e começaram a nos atacar. Três vieram pra cima de mim. Tentei soltar desesperadamente da mão de Nico. Mas com um pouco de força dele ele consegue me vencer.

–ME SOLTA NICO. ASSIM NÃO DÁ PRA FAZER NADA DA VIDA. - Gritei com ele. Ele pareceu despertar de um transe e me soltou rapidamente.

Começamos a lutar. Estávamos perto de algum riacho. Então Percy e Ana afogavam as "coisas". Eu tentava lutar de um jeito que não estava ajudando nem um pouco á mim mesma. Decidi tentar deixar meus instintos mandarem. Afinal, é por isso que eu tenho a maldita hiperatividade. Consegui me concentrar por um segundo. Deixei os meus instintos mandarem em mim. Como era necessario. Fiz golpes realmente incriveis e que pareciam ser impossíveis pra mim. Decepei a cabeça de uma. Ainda faltavam três.

Mas algo estranho parecia estar ocorrendo. Ao longe vi siluetas se formando na frente do sol. Não via quase nada. Apenas sombras de pessoas ou coisas enormes.

Elas nos avistaram e a que estava na frente de todos gritou algo apontando pra nós. Correram com passos pesados até onde estávamos. As siluetas se tornaram mais visíveis, conforme a distância diminuia. Algo que parecia o Cérbero, e dois homens ou coisas gigantes. Aquilo não ia ser bom. Muito menos prestar. Os outros perceberam que eu olhava algo. Olharam e se espantaram.

Nesse meio tempo, restavam apenas 4 criaturas. Do nada, uma surgiu na minha frente. Pronta para me dar um golpe final, ela explodiu em pó dourado. Annabeth estava lá atrás de onde o monstro explodiu. Com um sorriso e um olhar triunfante.

–Obrigada. - Falei sorrindo junto com ela. Sim, eu sou uma pessoa retardada. Eu estou no meio de a luta, conversando e sorrindo.

–Não foi nada. - Ela respondeu. - Atrás de você. - Ela falou como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Fácil e habilmente joguei a espada e a peguei virada para o outro lado. Dei um golpe na coisa. Pude sentir a explosão de pó atras de mim. Aquilo já estava ficando chato. E sem graça.

Não havia mais nenhum monstro que havia nos atacado primeiro vivo. Agora esperávamos os próximos. Eles estavam bem perto, quando sairam de sua formação. Foi aí que eu vi que não eram duas coisas que pareciam homens gigantes. E sim 8. E os cães. Não era apenas 1. E sim 3.

Estavamos nos dando muito mal. O desespero pareceu invadir todos nós. Ninguem sabia exatamente o que fazer a não ser lutar. Eram 11 contra 5. Eles pareciam ser bem fortes. 8 ciclopes, e 3 cães infernais.

Rapidamente eles chegaram mais perto. E novamente começamos a lutar. Todos visivelmente esgotados. Decidi ao apelar aos meus poderes.

Levantei a minha espada aos céus, me concentrei. Esvaziei mimha mente, e imaginei um raio descendo até a minha espada. E foi exatamente o que aconteceu. O raio desceu dos céus, passou por toda a minha espada e se acumulou por lá. Parte da eletricidade veio até meu corpo e entrou dentro de mim. Me senti revigorada. Era a sensação mais incrível que eu havia sentido na minha vida. Senti a energia percorrer meu corpo, como um leve choque, e me senti nova.

Direcionei minha espada pra um cão infernal que irritava Annabeth e atirei. Assim que foi acertado ele voou longe e se dissolveu em pó. Acabei minha dívida com Annabeth. Senti que ainda havia eletricidade acumulada na espada. Então direcionei para os outros dois cães infernais e eles se foram em pó. Como habitualmente.

Agora eram 8 ciclopes gigantes pra derrotar.

Eles foram mais espertos que nós. Eles começaram a nos cercar. A cada passo que eles davam, mais perto da morte eu me sentia. Me sentia a pessoa mais minúscula do mundo. Do nada surgiram mais ciclopes. O desespero havia me envadido. E eu estava abraçada a Nico e Ana. Assim como Percy e Annabeth.

–Foi bom ter conhecido vocês. Vejo vocês no Hades. - Falei.

Mas o estranho foi que assim que eu disse isso, algo zuniu em meu ouvido como se fosse um mosquito, e uma flecha prateada surgiu em um dos ciclopes. Infelizmente ele não se dissolveu em pó. Apenas urrou de dor, e tirou a flecha. Annabeth disse algo baixinho, e tinha um olhar enigmático porem feliz.

–As caçadoras.


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Notas finais do capítulo

Deixem um review pra mim, me deixem felizes



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