Princess of Sky escrita por Writer, Apenas Ana


Capítulo 11
Atacada pela moça do Starbucks e por pesadelos


Notas iniciais do capítulo

desculpa a demora. mas esse ficou bem grande dessa vez



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Dormi pouco aquela noite. Mas em compensação, não tive sonho algum. O que se tornara um pouco comum pra mim e era com o que eu estava acostumada.

Acordei com alguém batendo na porta irritantemente. Olhei no relógio e eram 6:00 da manha.

–Começou o meu maravilhoso aniversario. – reclamei comigo mesma. A pessoa continuou batendo na porta. – Já vou. – Gritei.

Caminhei com uma extrema lerdeza ate a porta. Pelo menos, a pessoa tinha parado de bater na porta por causa do meu grito. Destranquei a porta (sim, eu sempre tranco a porta para prevenir visitas indesejadas) e a abri.

Era Annabeth. Ela estava com um olhar impaciente, como se tivesse batido na porta por alguns minutos. Estava com o mesmo visual de sempre. Cabelos presos em um rabo, camiseta do acampamento, short, e um tênis.

–Não acha que ta muito cedo, pra me acordar em um dia de férias não? – disse levemente irritada, com uma cara de sono amassada.

–Bom dia. – ela falou como se eu não tivesse dito nada. – E não, não acho que ta muito cedo. Vamos. Precisa se arrumar para sairmos logo. O primeiro vôo é as 7:30.

–Bom dia Giovanna. Feliz aniversário. Desculpe por acordar você cedo assim, é que temos que sair cedo porque o primeiro vôo é as 7:30. – Murmurei mal-humorada fechando a porta e escutando Annabeth dando um leve riso.

Tranquei a porta novamente. Peguei minhas roupas, e me dirigi ao banheiro. Tomei um banho quente e depois fiz a minha higiene diária. O de sempre. Coloquei a roupa que meu pai tinha deixado pra fora da minha mala. Uma bermuda jeans, regata azul petróleo, e um All Star cano baixo. Prendi meu cabelo com uma piranha e não passei maquiagem ou algo do gênero por pura preguiça.

Sai do banheiro, peguei minha mochila, e olhei o chalé. Talvez fosse a ultima vez que eu o viria, ou não.

Sai do chalé cerca de 6:30. Passei pelo pavilhão. Queria tomar café, mas não queria ser o motivo de todos se atrasarem e perderem o vôo. Então ignorei a sensação enorme de fome. Não consegui muito resultado, mas deixei do jeito que estava.

Fui para a colina. Não havia ninguém lá. Então, como quase sempre, a fome tomou conta de mim e fui para o pavilhão. Ele estava vazio. O acampamento parecia estar vazio. No caminho todo que fiz, não vi ninguém, alguma sombra de vida, nada. Aquilo parecia um acampamento fantasma.

Então para o meu alivio, Percy e Annabeth entraram. Suspirei de alivio. Peguei meu prato cheio de panquecas, despejei algumas delas na fogueira, e me sentei na mesa de Zeus.

–Bom dia. – Percy falou.

–Bom dia. – respondi sem nenhum entusiasmo. Será que ninguém lembrava que era meu aniversario? Annabeth sussurou algo no ouvido dele.

–Feliz aniversario. – ele disse usando um tom simpático e sorrindo.

–Valeu.

Comi rapidamente pra acompanhar eles. Assim que acabamos fomos para a colina. Fiquei de vela do caminho ate lá. E por cerca de 5 minutos.

Nico chegou lá um pouco atrasado.

–Bom dia. – ele disse pra mim e me dando um (que estava se tornando habitual) beijo na bochecha. – Feliz aniversario. – ele sussurrou em meu ouvido e me entregou uma caixinha retangular preta.

  Abri-a. havia uma pulseira dentro. Ela era linda. Ela era prata-envelhecido, com pingentes que pareciam ser de cristais em vários formatos simples. Gota, coração, bolinha, estrela, e mais um monte. Mas o que mais chamava atenção era o pingente principal. Uma caveira da mesma cor que a pulseira, um pouco maior que os outros pingentes, mais delicada.

–Que lindo Nico. – falei admirando-a. – Obrigada. – falei com vontade de beijá-lo mas com uma enorme vergonha.

–Desculpe interromper esse momento fofo de vocês, mais precisamos ir. - Annabeth falou me trazendo de volta a realidade.

Não conseguimos nos despedir de Quiron, pois estávamos atrasados. Entramos na van do acampamento que era dirigida por Argos. Um monstro que tinha olhos espalhados por todo o corpo. Tentava não olhar pra ele, porque me dava um pouco de medo. Os outros pareciam vê-lo como uma pessoa comum.

Coloquei a minha pulseira nova enquanto estávamos na van. Percy pediu para ele acelerar um pouco já que estávamos atrasados. Pensei que ele não ouviria nada, já que ele tem olhos por todo o corpo ocupando todo o espaço possível. Mas ele entendeu. Acelerou e chegamos rapidamente ao aeroporto.

  O aeroporto internacional é muito corrido. Se você já visitou algum aeroporto internacional, deve entender o que eu estou falando. Parece que se alguma coisa, a menor que seja, desse errado, parecia que aquilo viraria um caos. Pessoas desgovernadas perambulando sem rumo, e tumultos na frente dos balcões. Nada agradável.

  Eram 7:15 então tivemos que nos apressar para não perder o vôo. Me certifiquei que minha carteira infinita (e incrivelmente maravilhosa, na minha opinião) estava na minha bolsa. Eu e Annabeth fomos comprar as passagens.

Chegamos ao balcão e o homem que atendia nos olhou com uma cara suspeita.

–Queremos quatro passagens para Vancouver no vôo das 7:30 por favor.

–Identidades, por favor. – O cara falou, e foi ai que eu me toquei que não havia trazido a minha comigo. Mas Annabeth parecia ter calculado tudo aquilo. Entregou duas identidades falsas a ele, que aceitou tranquilamente.

Ele fez no computador depois de entregarmos as identidades falsas. Ele perguntou se iríamos pagar com cartão ou em dinheiro, rapidamente disse dinheiro, peguei minha carteira antes que Annabeth falasse algo e paguei o homem. Antes de guardar, a carteira repôs o dinheiro gasto, deixando Annabeth ao meu lado, pasma. Pegamos a passagem e fomos em direção aos meninos.

–Como arrumou as identidades falsas?

–Chalé de Hermes. E qual é a da carteira esquisita?

–Ela é infinita, assim como a minha mochila. – falei como se fosse a coisa mais simples do mundo.

–Legal. – Ela falou entusiasmada.

Chegamos ate os meninos e entregamos as passagens deles. Percy parecia um pouco apreensivo. Assim como Nico.

–Qual é o problema de vocês? – perguntei para os meninos que estavam tendo um treco.

–1° Zeus não gosta do Percy, pelo fato de ele ter nascido durante o juramento dos três grandes. E 2° é o território. Zeus não gosta muito de ter um sobrinho invadindo o território dele. – Annabeth e explicou com calma e facilidade.

–Que frescura. – falei e um raio cortou o céu. – É verdade. – gritei para o teto, fazendo um monte de gente olhar para mim como se eu fosse doida.

   Ri sozinha como uma retardada.

  Fomos para o terminal. Até agora, nenhum monstro havia nos atacado. O que era bom, mas era particularmente suspeito. Passamos pelo detector de metais normalmente. Não apitou com a espada de Nico, ou a adaga de Annabeth. Como a nevoa é boa às vezes, pensei.

Faltavam cerca de 10 minutos para o vôo, e eu não estava nem um pouco a fim de ficar sentada. Droga de hiperatividade.

–Acho que vou comer alguma coisa. Alguém quer ir comigo?

–Você não comeu no acampamento? – Percy falou. Deduzi que ele não sabia que eu tinha fome o tempo todo.

–Como um pequeno café da manhã saciasse a fome dela. – Nico me julgou sentado escorrido na cadeira.

–Repetindo. Alguém quer ir comer alguma coisa comigo?

–Eu vou. – Falou Nico se levantando. – Mas não temos que maneirar nos gastos com o dinheiro?

–No caminho eu te explico. Mais alguém? – insisti. Ambos negaram com a cabeça. – Então tá.

Fomos caminhando pacientemente ate a Starbucks. Nico parecia estar mais calmo. Passei o caminho todo contando da minha nova e maravilhosa carteira infinita. Ele ficou empolgado, e prometi a ele que compraria algo que ele quisesse.

Cheguei lá e pedi um cappuccino de chocolate com chantilly, e Nico o mesmo.

A atendente era muito estranha. Suas pernas eram finas, os pés pareciam não couber nos sapatos, e os braços mal se mexiam. Não achei aquilo nem um pouco normal. Sua camiseta básica vermelha tinha um crachá com seu nome escrito em letras grosseiras. Karen.

Sentamos em uma das mesas para esperar nosso pedido e comer.

–Achou aquela atendente tão estranha, quanto eu achei? – Nico falou.

–Com certeza. – falei. – Será que vai demorar pra chegar? Eu estou com fome.

–Esfomeada. – Ele falou baixinho. – Mas eu também estou com fome, apesar de tudo.

Enquanto observávamos as coisas ao nosso redor, em silencio, a atendente incrivelmente estranha veio em nossa direção, carregando em uma bandeja, dois copos com cappuccino e chantilly.

Ela andava dura. Não mexia as pernas, como se não tivesse joelho. Tá bom, aquilo realmente estava muito estranho. Ela se aproximou da nossa mesa.

–Aqui esta. – Ela falou. Sua voz era estranha, como a de um papagaio. Ela continuava dura, na mesma posição que havia chegado. – Dois cappuccinos com chantilly, para dois semideuses.

  Eu e Nico nos entreolhamos. Ela era um monstro com certeza. Sua camiseta se transformou em uma roupa de penas, suas calças não estavam mais ali, muito menos os sapatos. Enquanto ela se metamorfoseava, arregalei os olhos.

Varias monstros assim como ela se juntaram a ela. Os mortais que estavam na loja, correram e gritaram ‘’pássaros loucos’’. Contei 10 ‘’pássaros loucos’’.

Em uma ação rápida, transformei meu colar em espada. Nico também tirou sua espada de não-sei-lá-de-onde. Coisas fervilhavam na minha cabeça. O que era aquilo? Foi ai que eu me toquei. Aquilo era uma Harpia.

  Pulamos das cadeiras e começamos a ser atacados pelas Harpias. A primeira tentou me atacar pela frente, dei um golpe certeiro em sua barriga, e a transformei em pó. Varias ficaram com raiva. Não tive tempo de ver como Nico estava se saindo, porque três de uma vez pularam em mim.

Elas me bicavam, e arranhavam, enquanto isso, eu desferia golpes no ar, acertando no máximo suas penas. Me concentrei. A partir daí, meus golpes saíram melhores. Acertei a numero 2, nas costas. Pó. Faltavam três ao meu redor. Já que uma havia se juntado.

Tive tempo de ver Nico. Ele estava cercado por duas harpias restantes. Ele se dava bem. Não estava com dificuldade, nem mesmo ofegante. Voltei a minha luta.

As três restantes se esquivavam bem. Tive uma idéia. Fui cercando-as ate chegarem a um canto de dentro do balcão. Peguei a primeira coisa liquida que vi. Abri o copo e joguei nelas. Elas gritaram de dor fazendo sons estridentes e desagradáveis. Aproveitei esse momento tentando ignorar o som, e dei apenas um golpe, acertando as três na barriga. Apenas duas viraram pó. Tossi com as explosões.

A que restara pra mim era a que nos atendeu. Seu pelo/camiseta ainda tinha o crachá com o nome Karen. Se não estivesse com perigo de morrer, teria rido da situação.

–Não vai escapar de mim tão fácil assim semideusa. Pode ter derrotado as minhas irmãs com muita facilidade, mais não me derrotará como elas. – Karen falou e pulou em cima de mim, me fazendo cair no chão.

Uau, como ela fedia. Cheirava a carniça. Quase vomitei com o cheiro, mas como fiz com as outras coisas na minha vida: ignorei. O que era bem difícil. Ela me atacava com suas asas fedidas, e as garras do pé.

Desferi um golpe na sua asa. Ela fez um som estranho que eu deduzi ser de dor, e se encolheu. Quando ia desferir um golpe final nela, ela explodiu em pó dourado em cima de mim. Não fui eu que tinha dado o golpe nela, deduzi que tinha sido Nico.

Nico estava brilhante com a quantidade de pó que havia caído nele durante a luta. Me levantei do chão e me sacudi. Abracei Nico agradecida. Eu não tinha risco algum de ser morta pela uma harpia fedida, mas mesmo assim fui grata por ele ter tirado aquela coisa fedida de cima de mim.

–Valeu. – falei me separando dele.

–De nada. Vem, vamos lá. – ele falou a ultima frase dando as mãos comigo.

–E eu continuo com fome. – Reclamei. E ele riu.

Peguei minha mochila que ainda estava na mesa em que sentávamos. E caminhamos ate onde Percy e Annabeth estavam quase dormindo. Assim que chegamos, fizeram o interrogatório sobre nosso estado, e explicamos o que aconteceu pra eles.

–O avião atrasou 20 minutos. Se quiserem podem ir ao banheiro se lavar e tirar esse pó. – Annabeth falou deitando no ombro de Percy.

–Ta bom. – falei e fui caminhando ate o banheiro.

–Me espera. – Nico falou correndo ate mim.

  Não falamos sobre nada enquanto caminhávamos para o banheiro. Queria poder saber o que se passava na cabeça dele. Não deveriam ser coisas muito simpáticas, ou algumas delas inteligentes.

Chegamos ao banheiro, e entrei no banheiro feminino. Fiquei feliz pelo banheiro ser limpo. Não estava a fim de tomar um quase-banho em um banheiro que fedia como os de postos de gasolina. Enfim, eu tomei meu quase banho. Arrumei meu cabelo, prendendo-o de novo. E troquei de roupa. Coloquei uma camiseta preta justa, um short claro, e uma sapatilha preta básica.

Sai do banheiro e Nico já me esperava na porta. Ele estava com uma roupa diferente. Camiseta, sua jaqueta estilo aviador, calça e tênis, tudo preto menos a jaqueta. Ele me analisou por um tempo.

–O que foi? – procurei algo em mim.

–Nada, só preferiria que fosse tudo preto. – ele comentou sobre minha roupa.

–Emo. - Murmurei e ele erguei uma sobrancelha pra mim. Eu apenas sorri falsamente. - Vamos.

Caminhamos alguns passos e decidi puxar assunto. Não me veio nada na cabeça, apenas coisas bobas. Aí achei algo pra puxar a conversa.

–Esta com medo de voar? – Perguntei.

–Um pouco. Seu pai não parece estar de bom humor depois do seu comentário sobre ele. – Ele me respondeu.

–Não se preocupe. Acho que ele não vai derrubar um avião, com a própria filha dentro. – Disse dando ênfase no 'acho'.

–Nossa isso me ajudou tanto. – Ironizou ele. Eu ri.

–Fique tranqüilo. – Tentei confortá-lo.

Chegamos ate Percy e Annabeth, que estavam na fila para embarque. Percy estava extremamente nervoso. Annabeth tentava confortá-lo desesperadamente. Disse a mesma coisa “acho que ele não vai derrubar o avião, com a própria filha dentro”. Isso pareceu acalmar um pouco ele. “obrigada” Annabeth disse sem som. “de nada” respondi do mesmo jeito que ela.

O cara que checava as passagens nos olhou com uma cara suspeita. A mesma que o atendente do balcão de vendas de passagem fez. Assim que ele checou nossas passagens, andamos quase calmamente pelo chato corredor que leva ate o avião. Percy estava quase tendo um treco, queria dar algo para fazê-lo dormir, só que Annabeth não deixou. Uma pena.

Entramos no avião. Nico estava calmo. O que era estranho, pois o primo dele estava quase tendo um ataque cardíaco. Eu e Nico sentamos na segunda fileira do avião. Os outros dois atrás. Sentei, coloquei o cinto, e rapidamente o avião decolou.

O avião estava tendo um pouco mais de turbulência que o normal. A cada turbulência que passava Nico e Percy tinham um mini-ataque cardíaco e agarravam o braço da poltrona como se fossem as suas próprias vidas. Já que não queria ficar vendo os dois tendo um treco, tentei dormir um pouco. E consegui. Mas o sonho que eu tive não foi nada divertido de ter.

Eu estava em uma cela. Estava de dia. A cela tinha paredes de rocha, escura, com um pouco de musgo, sangue. Mas ninguém que estava lá, estava acorrentado.

Todos os campistas capturados estavam lá. Ísis, Ana, Connor e Travis, e mais vários. Mas isso não vem ao caso. Queria poder correr e abraçar todos que estavam lá, estalar os dedos e livrá-los daquilo. Mas era impossível. Todos tinham leves machucados e arranhões, e alguns ate mais profundos.

–Ok, o plano vai ser esse mesmo. Me desejem sorte. – Ísis falou, abraçou algumas pessoas. Transformou a pulseira que o pai dela havia dado, em sua espada. E sumiu na primeira sombra que viu.

Minutos se passaram, e nada. Todos já estavam agoniados. A cada minuto, um no maior se fechava na minha garganta. O tempo passou rapidamente, como se alguém tivesse acelerado o sonho.

  O sonho voltou à velocidade normal. Ana estava chorando. Dylan de alguma maneira, parecia agoniado também, e já estava escurecendo. A porta da cela se abriu. Revelando um ciclope, segurando uma pessoa de cabeça para baixo, desacordada. Todos se levantaram exasperados. Não acreditei no que vi. Ela era Ísis. Ela estava ensangüentada, cortes rasgavam todo o braço esquerdo, e as pernas raladas e cortadas, como se alguém tivesse a arrastada, presa em um carro.

  O ciclope a jogou dentro da cela, e fechou a porta trancando-a. Todos olhavam para Ísis desacordada, pasmos. Ana correu ate ela, e pediu a ajuda de Dylan, já que ele era filho de Apolo, poderia ajudar.

Acordei assim que começaram a cuidar dela. Nico tentava me acordar, me cutucando. Meu rosto estava lavado de lagrimas. Os dois atrás de mim me olharam curiosos.

Comecei a chorar mais. Não podia perder minha melhor amiga. Não desse jeito. Queria perde-la apenas quando tivéssemos velhas. Abracei Nico, que tentava entender o que havia acontecido.

–O que foi? – ele falou me abraçando.

Contei o meu sonho a ele. Percy e Annabeth atrás de mim também ouviam. Nico ficou incrivelmente triste, e eu chorava tentando ser consolada por todos os três. Não estava mais com fome. Só queria achar meus amigos, e voltar para o acampamento. Ouvi o piloto falar que o avião logo aterrissaria. Então tentei me recompor da melhor maneira possível.

Olhei pela janela, e estávamos bem perto do chão. A pressão zunia em meus ouvidos. A pressão comigo é contraria, eu não sinto quando estou subindo, e sim descendo. Estava com dor de cabeça. Tudo o que eu queria era ir para o primeiro hotel bom que vir, e dormir.

Aterrissamos. Esse foi o pior aniversario que eu havia passado em toda a minha vida. Será que pode piorar? Mas é claro que sim. Quando se é meio-sangue, quase tudo é possível.



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