My Paradise escrita por Morphine Princess


Capítulo 17
Doces Sonhos


Notas iniciais do capítulo

Eai meu povo o/ Sinto a leve demora, mas ta ai. O próximo cap sai até sábado. Prometo xD
AAh, vcs se lembram que eu falei da minha gatinha? Bem, ela morreu um dia depois daquele cap. Infelizmente o veneno foi mais forte y.y Bem, aproveitem o cap



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- Você não podia ser um pouco mais sutil?

  Quinn exclamou exasperada enquanto ajudava Brittany a segurar o peso morto de Santana colocando-a deitada na arquibancada com a cabeça no colo de Brittany.

- Você sabe muito bem que sutileza não combina comigo Quinnie – Sugar disse se aproximando de Santana começando a abanar o rosto da latina com o casaco de leopardo que usava – Ah apenas duas coisas na minha vida cuja quais não abro mão. Meu DVD de Mean Girls é claro, e a oportunidade de fazer minha entrada “chupem bitches, a fada mais foda daqui chegou”.

   Sugar concluiu com uma risada enquanto ainda abanava Santana.

- Adorei essa Sugar, claro que aquela do pônei voador foi melhor, mas essa fez você parecer uma ranger rosa. Dou nota 9 – Disse Brittany enquanto alisava os cabelos de Santana com carinho.

- Thanks Britt, agora deixe me ver uma coisa.

   Quinn então assistiu pasma enquanto Sugar tirava uma varinha rosa bebê por entre os seios.

- Como você...

- Segredos de fada madrinha garota pintuda, agora me deixe fazer meu trabalho.

   Antes que Quinn pudesse rebater, Sugar acenou a varinha duas vezes e fez um copo de água geladíssima surgir do lado de Brittany.

- Use isso pra acorda-la Britt.

- O que? – Quinn disse incrédula.

   Sugar entregou o copo de água a Brittany e ela tomou um gole.

- Tá ótima Sugs, do jeito que Sants gosta.

- Olha Britt, só jogue um pouquin...

   Quinn começou, mas foi interrompida de novo quando Brittany virou todo o conteúdo do copo de uma vez só na cara de Santana.

X

   Rachel estava na sala do coral, uma hora mais cedo como sempre. Mas desta vez ao invés de exercitar suas cordas vocais e praticar escalas, ela estava sentada no banco do piano, tocando algumas notas aleatórias. Seu pai e ela haviam tido uma conversa logo depois que Luke havia ido embora. Ele havia feitos às perguntas que qualquer pai faria.

“Quem era aquele garoto?”

“Você está gostando dele?”

“Mas e Finn?”

“Vocês não iam se casar?”

“Estrelinha, o que está acontecendo?”

  Rachel queria poder responder todas elas com convicção, “não é ninguém” “não, eu não gosto dele” “sim, nós vamos nos casar” “Não está acontecendo nada’”.  Mas as palavras ficavam presas na sua garganta. Ela havia se refugiado no seu quarto e chorado horas a fio e ela nem sabia o porquê, apenas... apenas eram emoções demais para ela suportar. Ela acabou adormecendo e tido um dos sonhos mais estranhos de sua vida.

  Ela estava no auditório do McKinley. Ele estava lotado de pessoas, todos querendo ver a sua estreia épica. Ela estava nervosa, mas estava pronta. Ela havia treinado desde quando estava no útero da sua mãe pra isso. Chamaram o seu nome, ela entrou e todos a aplaudiram. Ela estava tão feliz que podia explodir. Finn estava lá na fila da frente, sorrindo pra ela e a olhando como se ela fosse à única na sua vida. Então ela foi começar a cantar, a música da sua vida, ela sabia de cor e salteado.

  Mas não saiu um único som.

  Ela tentou, tentou e tentou de novo. Mas sua boca continuava silenciosa. Lágrimas saiam dos seus olhos e nada de sua voz. O cenário começou a mudar, as pessoas começaram a vaia-la, ridiculariza-la, a ofendê-la. Finn já não sorria. Apenas a olhou com vergonha e desprezo e foi embora. A multidão se transformou em monstros horríveis, daqueles que devoram seus sonhos e corroem sua alma. Rachel estava em estado de choque quando um tomate passou raspando por seu rosto.

  Todos estavam com slushies, tomates e ovos nas mãos, e a olhavam com perversidade.

- Por favor, não... – Ela sussurrou no único fio de voz que encontrou.

  Ninguém a ouviu, então ela fechou os olhos esperando pelo pior. Mas então ela estava envolvida em um calor. Alguém havia abraçado. Ela ainda podia sentir alguns slushies atingindo seus braços e alguns poucos locais de seu corpo, mas então ela não sentia mais nada.

  Alguém estava levando tudo no lugar dela.

  A multidão não parava e ela podia sentir a pessoa que a abraçava estremecendo. Rachel queria se afastar apenas pra que quem quer que fosse não se machucasse mais, mas a pessoa apenas a abraçou mais apertado e não vacilou um minuto se quer.

- Shh... está tudo bem Rach.

  Aquela voz... Era..era..

- Luke? – Rachel murmurou incrédula. Novas lágrimas escorrendo pelo seu rosto – Luke o que você está fazendo?

- Eu faria qualquer coisa por você Rachel.

  Rachel então se sentiu sendo levada do auditório. O desespero tomando conta do seu ser. Eles iriam o comer vivo.

- Luke... Luke!

  Rachel ainda sussurrava sem voz, tentando livrar-se do aperto de quem quer que a estivesse levando pra longe. Ela então olhou pra ele, pros seus olhos dourados que brilhavam como duas pedras preciosas, mas não era Luke que estava lá, parado, tremendo dos pés a cabeça e coberto de slushies e comida.

  Era Quinn.

- Eu faria qualquer coisa por você Rachel – Agora era a voz de Quinn ressoando por todo o auditório.

- Qualquer coisa.

  Ela a olhou por um momento, antes de virar-se pra multidão de bestas e abrir os braços. Entregando-se no lugar de Rachel pra ser devorada viva.

  Então Rachel finalmente encontrou sua voz em toda sua potencia quando gritou.

- Não!

 Mas a porta já estava fechada.

  Ela então acordou. O suor a cobrindo dos pés a cabeça. Ainda era madrugada e o sol mal havia surgido no horizonte. Mas ela não conseguiria dormir.

  Ela não conseguiria dormir por um bom tempo.

  As notas agora formavam uma canção qualquer. Ela estava tão entretida em seus pensamentos que não ouviu alguém entrar.     

- Você está fugindo dele.

  Kurt comentou ao mesmo tempo em que colocava sua bolsa no seu lugar de sempre e ia até a direção de Rachel.

- Não estou não.

  Rachel respondeu mesmo sabendo que não era uma pergunta.

- Esta sim, baby – Kurt disse se recostando ao piano, na parte mas próxima a Rachel – Você está fugindo dele como se ele fosse Gargamel e você o ultimo smurphy da Terra.

 Kurt disse cruzando os braços e a olhando com um sorriso.

- Você pode até ser pequena como um, mas não é azul e de Gargamel aquele loiro não tem absolutamente nada. – Kurt disse com um sorrisinho malicioso.

- Muito obrigada Kurt, neste exato momento ligarei para seu namorado e direi a ele palavra por palavra a sua nova opinião sobre loiros. – Rachel disse enquanto sacava seu celular.

- Opa, calma. – O garoto disse enquanto sentava-se no banco do piano também e abraçava Rachel de lado – Só estava tentando aliviar o clima.

- Pois eu dispenso, obrigada.

 Rachel então cruzou os braços e fechou a cara. Ela não repeliu Kurt, ela não estava realmente com raiva dele, ela só estava... ela precisava do seu amigo.

- Finn me implorou pra te pedir pela enésima vez pra que pelo menos ligasse pra ele. – Kurt começou depois de um longo suspiro. – Eu sei que as coisas estão confusas Rach, mas você precisa falar com ele.

 Ótimo, era tudo que Rachel precisava agora.

- Eu não quero falar com ele Kurt, não depois...

 A morena de repente emudeceu.

- Depois... ?

 Kurt insistiu.

- Depois... depois.. – Ela gaguejou, mas depois deu um longo suspiro. Ela teria que dizer a ele cedo ou tarde – Não depois do beijo.

 Rachel sussurrou, estremecendo mais uma vez perante as memórias que lhe viam a mente. A boca de Kurt formou um perfeito “o” de surpresa.

- Vocês se beijaram? Mesmo?

- Ele que me beijou – Rachel disse meio que tentando se justificar – Eu estava parada na porta da minha casa, quando do nada ele veio até mim e me agarrou, ele é mais forte que eu, não pude me safar com rapidez, então ele me beijou e me apertou. Eu claro fiquei sem reação, afinal, com que se reagi a isso? Você não espera um garoto do nada, te dar um beijo, mas ai...

- Péra, péra, para! Respira, ó, assim – Kurt disse interrompendo aquele vômito de palavras antes que o surtado fosse ele e começou a fazer aquela respiração cachorrinho.

  Rachel começou a imita-lo e a se acalmar um pouco. Ela não havia se dado conta do quão nervosa estava, até começar a falar e tentar por pra fora tudo que havia lhe acontecido.  Quando Kurt percebeu que a diva tinha finalmente se acalmado um pouco ele recomeçou a falar.

- Agora me conta essa história direito, e do começo.

  Rachel o olhou nos olhos por alguns segundos, mergulhando naquele azul pacifico que eram os olhos de Kurt antes de começar a contar todo o episódio omitindo a parte do sonho sem saber bem o porquê. Ela ainda não conseguia pensar direito naquilo.

  Kurt só conseguia pensar em uma coisa quando Rachel terminou de contar toda história Perfeição existe e o nome dela é Luke Fabray, mas ele não iria dividir isso com a diva, não quando era evidente no olhar dela que se o objetivo daquele garoto era conquistar Rachel Berry, ele havia conseguido com louvor. Ele não diria nada. Ele conhecia Rachel bem o suficiente pra saber que ela negaria até a morte caso ele dissesse isso na cara dela. Ela teria que perceber por si mesma.

  Ele só estava torcendo para que ela não demorasse tanto.

- Bem, é obvio que você ficou abalada. – Disse Kurt depois de um tempo de reflexão – E isso te deixou ainda mais confusa não foi?

   Rachel apenas acenou com a cabeça, seus olhos fixos nas teclas do piano. Kurt então pegou em ambas as mãos de Rachel e levantou puxando a diva consigo.

- Venha comigo. – Kurt disse com o sorriso travesso – Tenho a solução perfeita pra clareamento de pensamentos.

  Rachel franziu o cenho.

- Agora não é hora pra compras Kurt, temos glee esqueceu?

  Kurt apenas riu e a puxou pra fora da sala do coral.

- Não vamos às compras, bobinha, por mais que eu queira – Disse Kurt andando de mãos dadas com Rachel pelo corredor a fora.

- Vamos pra onde? – Disse Rachel arqueando uma sobrancelha

  Kurt apenas deu um sorriso misterioso.

- É uma surpresa!

X

  Ao invés de surtar ainda mais como Quinn previra que Santana surtaria após o desmaio e do despertar rude, Santana apenas se sentou na arquibancada ao lado de Brittany e ficou enxugando o rosto com a toalha que Sugar conjurara em silêncio.

  Por um momento ela apenas parou e ficou olhando de Quinn para Sugar e de Sugar para Quinn com uma expressão enigmática. Quando Quinn estava começando a se preocupar de que as coisas estavam realmente sérias e talvez Santana tenha sofrido de algum choque mental, a latina olhou para Brittany por um tempo e depois olhou de novo pra Quinn com o sorriso malicioso nos lábios.

  Quinn engoliu em seco.

- Então... você é um garoto agora Q.- Disse Santana lentamente.

- Sim, eu sou – Disse Quinn meio incerta do que deveria dizer.

  A latina lambeu os lábios e fez a pergunta que fez Quinn engasgar com a saliva e começar a tossir como louca.

- Eu posso ver?


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Notas finais do capítulo

EAI? Que sonho em? AUSH