WOW isso está sendo totalmente inesperado pensou Sugar ao ver a aproximação repentina de Rachel. Sua mente correndo a mil. Ela tinha que pensar rápido. Ela não queria beijar Rachel, nunca. Quinn a mataria e ainda por cima ela se mataria com medo de ter sido infectada por algum vírus hobbit de encolhimento. Jesus me ajude a apagar o fogo da Berry pensou Sugar desesperada. Rachel já estava quase roçando nos lábios dela. Sugar então entrou em pânico.

– AAAAh o que você tá fazendo? – Sugar disse segurando Rachel pelos ombros.

Mas assim que ela gritou uma torneira próxima estourou liberando um jato de água em cima das duas. Então as duas estavam gritando no banheiro.

X

–... isso é inaceitável Figgins como pôde...

– O que foi que aconteceu? Sugar, Rachel. Vocês estão bem?

Quinn de repente entrou na sala do diretor cortando a fala de Ms Shue no meio. Ela olha pras duas meninas com preocupação e enquanto Rachel está estranhamente amuada na cadeira, Sugar arregalou os olhos pra ela.

– Sugar? – Ms Shue perguntou confuso.

Quinn então se tocou do que tinha dito.

– Er... Quinn, eu quis dizer Quinn. – Quinn disse nervosa – Você está bem? O que aconteceu garotas? Por que as duas parecem saídas de um temporal?

– Sente-se e fique quieto, por favor, Sr Fabray – Figgins disse com tédio.

Quinn então se sentou no sofá mais próximo e ficou olhando Figgins a espera de uma explicação.

– Bem, como eu estava dizendo. – Começou Ms Shue – É inaceitável o fato de que você ainda não trocou os dutos e os canos dessa escola Figgins. Olha só o que aconteceu com as meninas!

Figgins apoiou uma das mãos no queixo e fingiu interesse.

– A revisão é sempre nos intervalos letivos Schuester, não é minha culpa se o as alunos utilizam as pias para fazer sabe lá Deus o que e assim prejudicam o encanamento.

– Mas Figgins, você já deveria...

– Cale a boca Shue, você não vai resolver nada hipnotizando a todos com as pequenas fadas dos biscoitos que habitam no seu cabelo.

Sue entrou de repente interrompendo Shue, que tinha sua fala cortada pela segunda vez.

– O que é isso Figgins? – Sue disse olhando diretamente nos olhos de Figgins com aquele arzinho irônico de sempre – Você está tentando criar um parque aquático em pleno McKinley?

Figgins então olhou para o teto como se pedisse “Deus, dai-me paciência” e depois os três começaram uma discussão acalorada com direito a tiradas sarcásticas atiradas por todos os lados (a maioria vinda de Sue), e todas as garotas ficaram observando a troca com um ar de tédio, afinal, isso não era novidade no McKinley High. Mas ninguém notou o olhar preocupado que Sue lançava a Sugar, acreditando que ela fosse Quinn, e o franzir de cenho que ela dirigiu à verdadeira. Ela não tinha a mínima ideia que Quinn tinha um primo até mais de uma semana atrás e agora o vendo cara-a-cara, ele, mas parecia ser seu irmão gêmeo ou um clone do sexo masculino. Sue estava confusa. Mas então ela viu Quinn novamente e decidiu cortar todo o papo furado de uma vez.

– Eu não quero saber se sua família tem um interesse estranho e perturbador no Sea World, Figgins. Resolva isso já e deixe essas garotas irem logo, olha só pra elas. Só de vê-las tremendo e se contorcendo como uma cobra morrendo o meu bebê, que ainda é um feto, começa a chorar. – Ela lançou um olhar de desprezo pras duas.

– Ok, Sue. Amanhã mesmo eu mandarei um encanador resolver o problema.

– Faça isso – E então foi embora lançando seu habitual olhar sarcástico a Ms Shue que havia sido esquecido em toda a discussão.

– Sr Figgins eu posso levar as duas para casa? Elas não estão mais em condições de assistir aulas hoje.

Quinn se voluntariou ao ver que ambas as garotas estavam tilintando de frio e se enrolando ainda mais nas toalhas dadas por Figgins. Figgins que já estava cansado de todo aquele drama, só queria poder voltar a jogar paciência na net em paz, acabou aceitando.

– Venham meninas.

Ela chamou a amuada Rachel e a estranhamente calada Sugar. Durante o trajeto Quinn notou que as duas ainda tremiam.

– Sabe, por que vocês duas não me abraçam enquanto caminhamos? – Ambas Rachel e Sugar, lhe lançaram olhares desconfiados – Juro que é com todo o respeito, só para aliviar o frio.

Quinn então deu a ambas seu melhor sorriso inocente. Rachel e Sugar se entreolharam e Rachel acabou afastando o olhar, envergonhada. Quinn franziu o cenho.

– Meninas?

– Certo garotão, mas não abuse ok? – Falou Sugar tentando aliviar o clima.

Ela então abraçou Quinn e extantâneamente sentiu o corpo grande e quente dela afastando o calor. Rachel ainda relutou um pouco.

– Eu não vou te morder Rach, eu prometo. – Quinn disse séria.

– Não... não é isso – Rachel disse culpando o frio pela gagueira – É só que, estou toda suja de slushie também e..

– Slushie? Como assim? – Quinn disse confusa.

Rachel não respondeu, mas então Sugar acabou contando toda a história (ocultando o momento estranho entre ela e Rachel, claro). Quinn estava lívida.

– Eu não acredito nisso.

– Pois é, fiquei do mesmo jeito quando soube – Disse Sugar.

Quinn de repente parou fazendo Sugar parar também. Rachel continuou andando.

– Rachel espere.

Rachel parou e se virou para Quinn, finalmente olhando Quinn nos olhos. Quinn então notou o quão frágil Rachel estava nesse momento, quão amuada e triste ela estava.

– Rachel, vem cá.

Quinn então abriu o braço livre e deu a Rachel um sorriso cálido. Rachel então se aproximou dela como uma garotinha de cinco anos.

– Eu não me importo se você está suja, sua boba. – Quinn disse quando Rachel abraçou sua outra metade e então apertou forte entre os ombros. – Pra mim você está linda.

Rachel então o olhou nos olhos estreitando ainda mais seu corpo ao do garoto tentando roubar todo o calor possível. Sentindo o quão macio, mas forte era o corpo de Luke.

– Verdade? – Rachel disse de repente se sentindo toda a sua insegurança a dominando.

Quinn então devolveu o olhar de Rachel na mesma intensidade, mergulhando naqueles olhos castanhos e brilhantes.

– Absoluta – disse Quinn com sua voz ainda mais grossa e profunda.

As duas então ficaram se olhando. Sugar sentindo que estava ficando gripada e muito impaciente pra ir pra casa decidiu tirar as duas do fantástico mundo faberry do amor brega no qual haviam se metido. Palavras dela, não minhas. (rsrs)

– Vamos, Luke? Rachel? – disse Sugar puxando o casaco letterman de Quinn. Acorda pra vida garota.

Rachel e Quinn finalmente saíram dos seus devaneios recomeçando a marcha. As três seguiram caladas até chegarem ao carro de Quinn. Sugar logo entrou no banco de trás.

– Você vai na frente Rachel – Ela disse já dentro do carro.

Antes que Rachel entrasse, Quinn a pegou pelo braço gentilmente.

– Ei Rach – Quinn disse a olhando profundamente nos olhos de novo. Rachel de repente sentiu seus joelhos fraquejarem e tremerem.

– Eu vou cuidar de você ok? Não vou deixar aquelas pessoas te perturbarem. – Quinn disse numa voz baixa e mais próxima de Rachel.

– Não... não precisa se incomodar Luke. – disse Rachel sentindo aquela estranha sensação de dejavú novamente.

Quinn então deu um suspiro e colocou uma mão na bochecha de Rachel. A morena então sentiu o quão quente eram as mãos de Luke, tão quentes quanto às de...

– Precisa sim. – Quinn disse num sopro.

Ela então se permitiu olhar nos olhos de Rachel mais uma antes de tirar seu casaco.

– Tome – disse Quinn lhe estendendo seu casaco letterman do McKinley – Você vai acabar congelando.

– Mas... mas e Quinn? – Rachel olhou pro casaco – Ela também está morrendo de frio e...

– Ela tem um casaco só dela dentro do carro – Quinn disse com um sorriso de lado – Qual é? Por acaso ele está fedorento? – Quinn então fingiu cheira-lo.

Rachel ficou a olhando por alguns segundos antes de rir.

– Eu não quis dizer isso, seu bobo – Ela então pegou o casaco e o colocou sentindo o calor agradável do garoto nele. – Obrigada.

– Tudo pela minha princesa – Quinn então abriu a porta do carro para Rachel que entrou com um sorriso divertido nos lábios.

Quinn então entrou no carro e levou suas queridas garotas molhadas.

X

Após se despedir de Quinn e Luke. Rachel entrou em sua casa e subiu correndo para seu quarto. Antes de tudo ela precisa de um bom banho quente, um chá verde e uma cama bem quentinha.

Depois de fazer o seu chá e se acomodar na sua cama foi que Rachel se permitiu pensar em todas as coisas que haviam acontecido naquela manhã. Na verdade ela não sabia muito bem o que pensar. Ela havia acordado, ido pra escola, foi recebida com menos apreço do que esperava, Mercedes foi inesperadamente solidária para com ela e depois levou slushies na cara. Até aí tudo normal. Mas então Quinn entrou em cena. E tudo virou uma bagunça molhada. Ela já havia conversado e pedido conselhos a Quinn antes. Elas já haviam estado em banheiros e em corredores antes. Mas hoje, por um motivo que fugia a mente de Rachel, ela havia tentado beija-la. Ela quase beijou Quinn Fabray. Deus, dizer que ela estava confusa era um eufemismo. Ela sentia uma coisa por Quinn sim. Mesmo quando eram arqui-inimigas, ela sentia uma estranha ligação pela loira. Mas ela achava que não passava apenas de uma profunda admiração pela garota e seu desejo de ser como ela, mas nunca passou por sua cabeça que seu desejo fosse algo mais como tê-la. Ela então recordou do quase beijo e da impressão suave dos lábios de Quinn nos seus. De repente sentiu uma onda de pulsação do seu estomago até suas partes baixas. Rachel então agitou a cabeça numa tentativa falha de fazer esses pensamentos saírem de sua cabeça. Jogando o que quer que ela sentisse por Quinn Fabray para o fundo de sua mente. Ela amava Finn, realmente. Mesmo que ela ainda estivesse muito brava com ele. Seu coração ainda palpitava pelo grande garoto. Mas então o pensamento de Quinn e Finn a fizeram recordar de uma junção dos dois. Luke Fabray. O perfeito e adorável Luke Fabray, que havia entrado em sua vida mal fazia uma semana e já havia bagunçado sua vida de tantas formas. Ela simplesmente não acreditava que um garoto como Luke houvesse se interessado nela. E ele lembrava Quinn de tantas formas. Seu sorriso, seu jeito, seus olhos que eram exatamente da mesma cor dos de Quinn, seu cheiro. A morena então se lembrou do casaco do garoto e se levantou pra pega-lo, sentindo ainda nele o perfume de Luke. Ele ainda era mais. Era um cavalheiro, um verdadeiro príncipe. E ele tinha Rachel como sua princesa. A garota estava ainda mais incrédula do que quando finalmente consegui-o namorar Finn. Ela realmente ainda se sentia muito insegura consigo mesma em alguns aspectos. Então quando garotos como Luke se sentiam atraídos por ela, bem, ela não podia se conter além de se sentir extremamente lisonjeada e de ego massageado. Ele ainda era tão doce e gentil. Rachel então se lembrou das alegações de Kurt, de que Luke era muito bem vestido para um garoto hétero e que talvez ele quisesse Rachel, por ela ser uma perfeita beard para gays. Rachel então começou a rir pensando em como o gaydar de Kurt enlouquecia às vezes, por Deus, até Sam Evans ele havia pensado que fosse gay. E ela sentia o interesse sincero irradiando de Luke. Ela então se lembrou de novo do seu sorriso tão parecido com o de sua prima. A morena então sentiu seu coração aquecer. Jogou-se novamente na cama, o casaco de Luke entre os seus braços. Ela se sentia ainda mais confusa. Ela podia gostar de tantas pessoas ao mesmo tempo? Será que ela era algum tipo de vadia? Com um suspiro, Rachel se acomodou ainda mais na sua cama e esperou o sono chegar. Talvez ela tivesse alguma coisa para com os Fabray’s afinal.