Capítulo Quarenta e Seis.

Emily POV.

Durante minhas horas de voo eu fiz o Zayn contar tudo para mim, ele ficou enrolando, gaguejando, mas ele iria contar, fiquei um tempo insistindo até que ele contou.
Bom, como eu não desconfiei de tudo isso? Meu pai, meu próprio pai. Eu sei que ele não gostava de nada disso, mas eu achei que quem fosse capaz disso seria minha mãe e não ele. Mas eu não iria me estressar por pouca coisa, o que importa agora é que o Zayn tinha voltado comigo, e eu não ia me preocupar com isso agora. Mas eu também não ia deixar quieto.

– NIAAAAAAAAALL. – gritei quando o vi nos esperando, mas a Abby foi mais rápida e saiu correndo. Ela abraçou e beijou ele e ficou de nhem, nhem, nhem por um bom tempo. – Posso abraçar meu irmão? – falei como se estivesse brava mas logo comecei a rir.

– Vem aqui irmã ciumenta. – ele me puxou e me abraçou muito apertado. – Como eu posso não aguentar ficar tão poucos dias longe de vocês duas em. – ele falou assim que me soltou.

– Você nos ama né! – falei rindo e o Zayn estava parado atrás de mim sem falar nada.

– Ei cara. – ele foi cumprimentar o Zayn e deu um abraço. – Não faça mais isso, eu não vou aguentar mais as reclamações da Emi. – ele riu. – Por um momento eu achei que você não viria, porque a Emi estava muito estranha quando me ligou.

– Pode deixar Niall. – riu também. – Eu nunca mais vou sair daqui, a não ser que sua irmã vá junto comigo. – ele me olhou e me abraçou de lado e eu envolvi meus braços em sua cintura. – E quase que Emi vai embora sem mim mesmo.

– É.. – olhei para ele. – Mas não quero falar sobre isso.

– Bom, vamos que eu preciso da minha casa, da minha cama. – Falou Abby. – E matar a saudades do meu namorado. – Ela ficou na ponta dos pés e deu um selinho em Niall.

– Vamos, eu estou com saudades de todos. – peguei na mão de Zayn e ia puxando mas ele não se mexeu e me puxou de volta.

– Vamos para minha casa? – perguntou e eu olhei confusa. – Quero ver meus pais, e hoje você dorme lá, amanhã cedo nós vamos encontrar todos.

– Não vai ter problema? – perguntei.

– Problema algum. – ele sorriu.

– Vocês não vão vim não? – gritou o Niall e olhamos para ele, rimos e começamos a andar.

...

Chegamos na casa de Zayn, ele olhou a entrada e respirou fundo. Ele ficou parado por uns minutos e eu só deixei ele ali, não atrapalhei. Ele acordou do transe e olhou para trás a minha procura e quando me achou sorriu fraco. Eu andei até ele.

– Vamos. – abracei ele por trás e dei um beijo perto de seu ombro, ele me virou me fazendo ficar de frente pra ele.

– Estou com medo do que eles vão falar. – me olhou diretamente nos olhos.

– Eles não vão falar nada. – sorri pra ele tentado lhe passar segurança. – Eles só vão ficar felizes por você estar de volta, confia em mim? – perguntei e ele assentiu. – Então vem. – entendi minha mão para ele e ele a segurou e fomos caminhando em direção a porta. Apertei a campainha e logo escutamos uns passos se aproximando seguido do barulho da tranca da porta, eu apertei a mão de Zayn mais forte assim vi que a porta iria se abrir.

– Zayn. – era sua mãe, ela sorriu e olhou pra mim e logo saiu para abraçar ele. – Você esta de volta. Estava com tantas saudades.

– Sim mãe, eu voltei. – ele a abraçava do mesmo jeito que ela.

– Obrigada Emily. – ela se soltou dele e olhou para mim. – Obrigada por trazer meu filho de volta.

– Não precisa agradecer. – sorri pra ela.

– Mãe, o pai está em casa? – perguntou.

– Não, ele só chega à noite. – falou sem tirar o sorriso do rosto e seus olhos estavam molhados. – Mas entrem, vamos guardar essas coisas. – Entramos e o Zayn levou as suas coisas e as minhas para o seu quarto.

Zayn POV.

Fui guardar as malas no quarto e quando entrei ele estava igualzinho eu deixei, minha mãe não deveria querer mexer nele. Deixei as coisas lá em cima, depois de um tempo ali respirando aquele ar novamente e desci.

– Mãe! - A chamei e ela me olhou. – A Emily vai dormir aqui hoje, dai amanhã cedo nós vamos encontrar o pessoal. Tudo bem?

– Tudo filho, por mim tudo bem. – Era incrível como tudo mudou, a alguns dias atrás minha mãe não podia ouvir falar no nome de Emily, agora ela já pode até dormir em casa.

Sorri para Emily que me retribui o mesmo, fui em direção a elas e me sentei ao lado de Emi, ficamos ali conversando, até que eu reclamei de fome e minha mãe fez questão de fazer alguma coisa, por mais que eu insisti que eu poderia fazer, ela disse que ela queria fazer, e não é muito bom você discutir com a minha mãe, ela sempre ganha. E como sempre ela ganhou dessa vez e foi fazer algo na cozinha. Fiquei com a Emily na sala, porque nem ajuda dela a minha mãe quis, e olha que ela se ofereceu.

– É tão bom estar em casa. – me encostei no sofá e olhei ao meu redor.

– E você não precisava nunca ter saído daqui. – ela sorriu.

– Foi uma experiência bem louca. – comecei a rir lembrando de tudo, do quão eu fui idiota.

– Eu não vi graça nenhuma nisso Zayn. – ela tinha ficado brava.

– Desculpa amor. – disse com dificuldade tentando recuperar o ar. – Só estou rindo do quão idiota eu fui em fazer tudo isso. – A abracei.

– Sim, muito idiota. – ela riu. – De um escala de 1 a 1000, você foi infinito.

– Nossa! – eu ri. – Não é pra tanto.

– Sim. – ela me abraçou e se aconchegou em meu peito. – é sim. – fechou os olhos.

Não demorou muito para minha mãe nos chamar para comer, nos movemos em direção a cozinha e nos sentamos na mesa, começamos a comer e passamos a tarde conversando, até meu pai chegar e dar um susto quando me viu na mesa. Todos riram da expressão dele e logo ele veio me abraçar, assim como minha mãe fez quando me viu. Conversamos, e conversamos, mais e mais. Nem percebemos que estava ficando tarde e já havia escurecido. Olhei para Emily e ela estava quase fechando seus olhos de cansada. Não era tarde, ainda eram 8h da noite, mas o dia foi cansativo, com muita emoção e digamos que viajar cansa demais.

– Emily, quer subir? – perguntei para ela.

– Não, estou bem! – ela disse e logo bocejou.

– É, estou vendo mesmo. – comecei a rir. – Vamos, a gente toma um banho e descansamos.

– Isso, vão. – disse minha mãe.

– Mas você não quer ajuda pra guardar as coisas? – perguntou Emily.

– Não se preocupe com isso. – eu falei.

– É querida, pode ir. – respondeu meu pai. – Vocês dois estão cansados, tomem um banho e durmam bem, e amanhã vocês vão estar descansados. – Nós assentimos, falamos boa noite e subimos.

Deixei Emily tomar banho primeiro, ela não demorou muito e saiu enrolada na toalha, eu olhei ela ali, caindo de sono e então sorri. Ela ficava linda de qualquer jeito. Ela me olhou e eu não percebi.

– O que está olhando? – falou me tirando do transe.

– Só como você é linda. – falei.

– Bobo. – ela riu.

– Nossos filhos tem que puxar você. – falei.

– Filho? – ela perguntou assustada.

– Sim. – eu ri da cara que ela fez. – Vamos ter um casal, se você quiser não me importo de ter um time de futebol, você sendo a mãe, por mim tudo bem.

– Ah claro. – ela deu uma gargalhada. – Eu fico escolho ter um “casal”. Mas tem que puxar você.

– Lógico que não. – eu me levantei e fui até. – Vão todos ter a beleza da mãe. – eu acariciei seu rosto e ela ficou na ponta do pé e me deu um selinho.

– Está muito cedo para falarmos disso. – ela riu. – Vai tomar seu banho pra gente dormir.

– Eu não acho cedo. – falei. – Por mim, eu casava com você amanhã mesmo.

– Por favor, não vamos falar de casamento tão cedo. – ela se sentou na cama. – Já não basta toda aquela história, e foi exatamente esse assunto que causou tudo isso.

– Mas nem se for comigo? – perguntei fazendo bico, ela se levantou de novo e veio até mim.

– Você sabe que eu casaria com você meu amor, é o que eu mais quero. – ela sorriu. – Mas só não quero falar disso agora, está muito cedo.

– Está bem. – A beijei.

– Agora vai tomar banho que eu vou por uma roupa que estou com frio com essa toalha molhada. – Eu me virei e ela de uma tapa na minha bunda.

– Hey. – falei e ela começou a rir e começou a colocar seu pijama. Tomei um banho rápido e quando sai ela já estava deitada. – Está dormindo já? – perguntei.

– Não. – ela se virou. – Estava te esperando. – Me deu um sorriso, e eu entrei em baixo da coberta e me aconcheguei e abracei beijando seu pescoço.

– Boa noite amor. – falei.

– Boa noite meu amor. – respondeu e isso foi a ultima coisa que eu me lembro.