Para Sempre Shadow-Kissed escrita por liljer


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Olá!! Gentê!! O capítulo que eu escrevi ficou muito grande, e eu tive que cortar ele... Então, esse ficou pequeno, mas... A continuação dele, eu posto no domingo, mesmo. Ou seja, amanhã.
Então, boa leitura.



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Eu podia sentir a amargura das lágrimas virem para mim, antes mesmo que eu alcançasse meu quarto. Lutando contra a vontade de cair no chão e me enrolar numa bola e soluçar, imersa às lágrimas, eu fechei a porta do quarto com força.

Eu esfreguei as costas das minhas mãos contra meu rosto, enquanto borrava potencialmente minha maquiagem que me dera tanto trabalho para fazê-la e deixava meus olhos vermelhos. Eu funguei, como se aquilo pudesse, pelo menos, me ajudar com alguma maldita coisa.

Eu me joguei, covardemente, sobre a cama, me enrolando, tal como eu queria, como uma bola. Esperando poder dormir o quanto antes. Mas sempre havia aquela nota na minha mente, a voz de Lissa estridente ali, dizendo; “Como você está? Eu preciso de você...”, mas eu havia feito meu melhor para ignorá-la. Uma parte de mim, tão desonestamente, culpava Lissa, em uma parte, pelo o que estava me acontecendo naquele momento. Porque diabos ela havia armado uma maldita busca para me encontrar? Não bastava eu ter que senti-la todo o tempo na minha mente, como parte de mim? Nós nem éramos tão amigas assim, como havíamos sido um dia. E então, eu me permiti estapear mentalmente, por ter pensado aquelas coisas.

– Você é forte. – eu murmurei para mim mesma, enquanto eu me sentava na cama, depois de secar toda a água no meu corpo de tanto chorar. – Você já passou por muita coisa... Você não pode culpar Lissa pelos seus erros-

Foi exatamente quando eu escutei uma pancada sobre a porta. Eu xinguei baixo, enquanto me levantava e olhava pelo olho mágico, quem era. E me permiti xingar, novamente, quando notei Dimitri.

– Vá embora! – eu gritei para a porta. Então, em resposta, teve outra batida sobre ela.

– Abra a porta, Rose! – a voz dele soou perigosa e ao mesmo tempo, preocupada. Diabos, como se eu precisasse de alguém se preocupando comigo. Depois de suspirar e travar uma batalha mental, eu entreabri a porta, espremendo meu rosto ali na brecha.

– Eu estou bem. Melhor?! – eu resmunguei.

– Abra a porta. – dessa vez, sua voz foi mais suave, mas ainda não deixou de ser poderosa. Eu saí do caminho da porta, enquanto ele adentrava, com todo o seu poder e aquela expressão dura, que se dissipou no momento em que ele olhou para o meu rosto. – Eu sinto muito, Rose...

– Não sinta. – eu disse, minha voz dura. Eu cruzei meus braços sobre meu peito, enquanto com uma careta, encarava ele. – Eu vou embora dessa merda.

– O que? – sua expressão dura se foi de vez. – Porque você faria isso?

– Porque eu não pertenço aqui. Não é obvio?! Eu não sou uma guardiã. Eu nunca vou ser boa aqui. Eles sempre vão me olhar com aquela expressão de nojo, e vão cochichar entre eles o quão vaca eu sou, que eu provavelmente estive escondida com algum Moroi, servindo de uma meretriz de sangue, deixando milhares de homens sujos me morderem, tocarem a mão em mim. – eu surtei, sentindo as lágrimas de novo. – Eu não sou boa para ficar aqui. Eu não sou como você!

– Você não é o que eles dizem, então, não se importe com o que eles dizem... – me espantou que sua voz soasse mais calma, que ele estivesse calmo, de nós dois. Mas de alguma forma, falar calmamente, não havia me acalmado. As lágrimas continuaram descendo, molhando o meu colo, a caminho do vestido que Lissa havia me dado. Meus ombros estavam balançando, enquanto eu chorava, como se eu pudesse me quebrar a qualquer momento, foi quando eu senti seus braços ao meu redor. Eu abri meus olhos, para ver um Dimitri sereno, com aqueles grandes olhos escuros me encarando com tremenda ternura. E eu não me afastei, pelo contrário, eu me afundei ainda mais no seu peito, enquanto chorava ainda mais. – Vai ficar tudo bem...

– Como você sabe? – eu solucei.

– Eu não sei. Eu só acredito. – ele sussurrou, encostando seu queixo forte sobre minha cabeça. – Se você dormir, vai ser mais fácil...

Eu sorri sem humor. Enquanto Dimitri sentava na cama e batia ao seu lado, no espaço vago. Não consegui não bufar. Então, tão assustadoramente bonito, Dimitri sorriu. Mesmo que não tivesse sido aquele sorriso que iluminava os dias, foi o suficiente para eu me arrastar para seu lado.

Ele envolveu seu braço ao redor do meu ombro, o que me fez estremecer. Dimitri era tão poderoso que fazia com que qualquer mulher estremecesse em apenas olhar para ele. Eu tentei deixar esses pensamentos de lado, enquanto me aconchegava em seu peito largo, sentindo o cheiro de colônia pós-barba, que fez com que eu inalasse tão profundamente.

– Você tem um cheiro bom. – murmurei, enquanto ele deitava sobre os lençóis limpos, me levando consigo, com o ato. Num abraço quente.

– Eu tomo banho. – ele murmurou de volta, fazendo assim, eu poder escutar o eco em seu peito. Eu me permiti rir, mesmo que fazê-lo fosse estranho, após tanto chorar. Eu me aconcheguei mais ali, enquanto eu sentia seus braços me apertarem mais contra si.

– Eu tomo banho, e não cheiro a pós-barba. – sussurrei, minha voz estranha. Eu levantei meu rosto o suficiente para ver Dimitri sorrir. Um sorriso suave que o deixou ainda mais bonito.  Ele fechou seus olhos, ainda sorrindo.

– É melhor você ir dormir, Rose... – ele disse, sua voz grossa. Eu me senti corar instantaneamente, era como ser pega bisbilhotando. E não era como se eu não bisbilhotasse o suficiente. Mas naquele instante, eu me senti de guarda baixa, enquanto era pega de surpresa por ele. Eu suspirei, enquanto abaixava minha cabeça de volta ao seu peito.  – Boa noite, Roza...

Eu não precisei responder, eu apenas me permiti vagar no mundo dos sonhos, sem ser incomodada por mais ninguém. Nem laço, nem sonhos ruins com minha mãe e meu passado. Apenas havia a calmaria de ter Dimitri me segurando a noite toda em seus braços. E por aquele instante, aquilo me bastou.


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