Para Sempre Shadow-Kissed escrita por liljer


Capítulo 35
Capítulo 33


Notas iniciais do capítulo

Oláa!! Bem... Vamos lá. Eu realmente gostei particularmente desse capítulo. E espero que vocês gostem também. >.<'
Bom... Estamos bem no finalzinho. Não sei ainda quantos caps. nos restam, mas... É bom avisar que estamos quase lá. Enfim. Boa leitura, e até a próxima!!
Se cuidem. ;3



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Eu não sabia muito o que fazer. Eu apenas sabia que minha mãe estava morta. E aquilo havia me matado potencialmente. As coisas aconteceram tão rapidamente. Em seguida, eu apenas sabia que Dimitri havia matado Marcus. Claro... Eu sabia pelo corpo estendido e em decomposição no chão.

Eu não conseguia me lembrar de muito mais. Tudo parecia uma verdadeira lacuna em minha mente. Ou bem... Eu sabia que eu havia apagado.

Quando acordei, as luzes quase me impediram de abrir os olhos. Mas assim que consegui, notei que eu estava na enfermaria. Diferente da St. Vladimir, haviam mais médicos e feridos do que eu poderia contar. Ao que parecia, guardiões em peso haviam sido internados.

– Hey... – eu escutei, alguém se mexeu na minha visão periférica, e então, eu vi Dimitri ali, sentado. Seu rosto bonito contorcido em preocupação. Dimitri usava uma camisa de mangas, preta e seu casaco estava pendurado nas costas da cadeira. Ele tinha um livro sobre o colo. Seus cabelos soltos e um pouco úmidos. Provavelmente, ele havia acabado de sair do banho e vindo para cá, para me esperar acordar.

– Hey, Camarada... – balbuciei, tentando me levantar um pouco, mas tudo o que consegui foi um gemido de dor e um Dimitri em pé, me reencostando contra os travesseiros.

– Como você está? – murmurou ele, sentando-se de volta na cadeira, e colocando uma mexa do seu cabelo atrás da orelha. Eu sorri, ou bem... Eu tentei.

– Horrível. – admiti, com um pequeno sorriso.

– Lissa prometeu vir aqui, lhe ajudar... – ele sorriu, se inclinando para frente e apanhando minha mão. – Mas ela teve um pouco de problemas... Já que segundo ela, os usuários do espírito estão tendo uma reunião...

– Eu entendo... – eu sorri, sentindo que se eu não estivesse tão ruim, eu teria gargalhado. Dimitri lançou um olhar significativo para as nossas mãos entrelaçadas. Parecia que algo difícil de ser dito estava por vir.

– Rose... Eu- Eu sinto muito sobre o que aconteceu. Com a sua mãe e... Com tudo. – ele disse, parecendo tão mais difícil de escutar do que se dizer. Eu funguei, pedindo internamente para que as lembranças da morta da minha mãe não voltassem para a minha mente.

– Está tudo bem. – eu menti, mas a quem eu queria enganar? Mas embora Dimitri soubesse que se tratava de uma mentira, ele apenas sorriu, ainda que de uma forma fraca.

– E... – ele coçou a garganta, e umedeceu os lábios. – Você se lembra da missão? A que mandariam guardiões para fora por algumas semanas? – eu apenas me limitei a acenar rapidamente com a cabeça. Ele fez uma careta, antes de continuar – bem... Ela ainda irá acontecer. A rainha Tatiana irá para a Turquia. Eu irei com eles. Ela convocou os melhores guardiões de toda a Corte...

– E você está incluído nessa. – completei. Ele apenas assentiu, colocando outra mexa de cabelo atrás da orelha. Era algo bom, Dimitri ser tão bom no seu trabalho. Era a vida dele, o trabalho dele era uma espécie de mantra para ele. E eu entendia... Salvar pessoas era uma coisa boa, embora eu não passasse pela mesma situação. – Eu não vejo problemas. Nós já conversamos sobre isso... Eu vou continuar aqui, como eu tinha dito antes.

– Sim. Mas as circunstancias eram diferentes. – ele disse.

– Eu sei. – concordei, soltando um som estranho. – Mas ainda é válido. Vai ficar tudo bem por aqui. Com Lissa, também. Eu vou tomar conta dela. Não como de mim, claro... Mas como de alguém que realmente tem de ser tomada conta.

Dimitri se levantou outra vez, se sentando na cama do hospital e se inclinando para frente, para me beijar. Meus dedos foram para seu cabelo, sentindo a maciez ali. Seus lábios não vieram com toda a força que tinha quando normalmente nos beijávamos. Claro... Normalmente, eu não estava numa cama de hospital. Eu o puxei um pouco mais para baixo, deslizando minha mão por seu ombro até seu braço. Sentindo o braço rijo, com algumas curvas musculosas. Algo que eu sentia muita, mais muita, saudade. Foi então que alguém coçou a garganta.

Dimitri se afastou, e eu apenas permaneci ali, relutante. Amaldiçoando quem quer que pudesse vir a ser. Foi então que eu o vi. O moroi que mais se parecia com um gangster ou um cafetão. Repleto de guardiões. Abe Mazur se aproximou, não havia um sorriso em seus lábios, mas seus olhos ainda eram um pouco divertidos, embora ainda fossem mesclados com o perigo que sempre havia neles. Ele olhou de mim para Dimitri, que parecia um tanto sem jeito. Eu teria rido, se não fosse as circunstancias.

– Sr. Mazur. – ele acenou em respeito.

– Guardião Belikov. – Abe acenou de volta. Dimitri virou-se para mim.

– Eu vou dar um minuto para vocês. – ele disse, e então, marchou para longe. Eu o observei cruzar a porta, e então, voltei minha atenção para Abe, que se sentou onde Dimitri esteve sentado quando acordei.

– É bom ver você, Rose. – ele começou. Não parecia ser tão bom em coisas daquele jeito, assim como eu. – Eu não sei se você sabe quem eu sou...

– Abe Mazur. Meu pai. – eu balbuciei. Seus olhos pareceram, por um instante, surpresos, mas logo, voltaram ao normal brilho perigoso.

– Suponho que o Guardião Belikov tenha lhe contado ou Marcus durante o sequestro.

– Não – murmurei. – Eu soube através de Lissa. Através do laço, quando você se apresentou à Hans Croft. E por sinal, obrigada.

– Não há pelo o quê. – ele soltou um pequeno sorriso torto. Alisando com a ponta dos seus dedos, sua barbicha. – Eu preciso lhe contar algo, Rose... Algo realmente importante.

– E o que seria?

– Sobre sua mãe. – ele me estudou por alguns instantes. – Janine...

– Hey! O senhor não pode entrar assim! – alguém exclamou do lado de fora do quarto.

– Desculpe, mas eu preciso resolver algumas coisas e... – Adrian Ivashkov entrou em caravana com Lissa, Christian e Avery. Eles marcharam até onde eu estava, mas pararam abruptamente quando notaram Abe ali. Adrian sorriu ainda mais, assim como Christian e eu pude escutar suas engrenagens gritarem uma piada maldosa.

– Oh, um momento em família. – Christian soltou, não conseguindo de conter. Lissa corou um pouco, enquanto caminhava até mim e me dava um leve beijo sobre a testa.

– Um momento interrompido sem qualquer delicadeza. – Abe soltou, com um sorriso sarcástico. Christian sorriu em resposta. Pelo visto, os dois haviam se dado muito bem.

– Eu sinto muito. – Lissa se desculpou por todos eles, cumprimentando Abe com um respeitoso aceno. – Nós encontramos Dimitri lá fora. Mas bem... Ele ficou...

– Desarmado demais para dizer qualquer coisa. – uma outra voz completou. Nós viramos nossos rostos para ver o dono da voz. Janine Hathaway. Ela sorriu, enquanto se aproximava em passos largos. Eu senti meu queixo cair potencialmente.

– Mas... Como isso...?! – as palavras mal saíram.

– Bem, era isso que eu queria lhe contar, querida. Antes de nos interromperem.  – Abe disse, lançando um olhar mortal por cima do ombro, para Christian. – Nossos amigos, usuários aqui, conseguiram trazer sua mãe de volta.

– Na realidade, Adrian conseguiu. – Lissa disse.

– Após muitas discussão de que eu não conseguiria – o próprio completou, enfiando suas mãos dentro do bolso, à procura de um cigarro. Eu queria me levantar e ir até lá, e abraçá-lo. Agradecendo por ele ter salvado minha mãe. E pela forma como eu sorri para ele, ele soube disso.

– O importante é que está tudo bem – Avery se manifestou. – O resto, a gente dá um jeito. E é bom saber que você está bem, Rose.

– Obrigada. – agradeci.

– Bem... – Lissa coçou a garganta, se levantando da cama, e caminhando até Christian e os outros. – Vamos dar um espaço para a Guardiã Hathaway e Rose conversar.

Eu agradeci mentalmente, recebendo um sorriso em resposta de Lissa. Ela encaminhou os outros para a porta, e antes de fechá-la, piscou para mim. Abe havia ido com eles, me deixando sozinha com a minha mãe. No início, Janine pareceu sem jeito, até que eu bati num espaço vago na minha cama, e ela se sentou, ainda que relutante, ali. Eu vasculhei minha mente, à procura de qualquer coisa para dizer, mas eu apenas soube que eu poderia começar com as palavras certas.

– Eu sinto muito. – nós dissemos em uníssono. Meus olhos se alargaram, então, nos encaramos. Ela foi a primeira a sorrir, antes de continuar. – Eu sinto muito sobre ter sido uma mãe tão ruim. Sobre ter deixado você de lado todos esses anos. De ter deixado você partir e ainda me fazer de indiferente. Isso não faz a culpa diminuir, mas... É apenas um começo.

– Eu também sinto muito... Eu- eu envergonhei você. Muitas vezes. Eu coloquei a culpa de eu não ter sido melhor em você. Do fato de você ter me deixado sozinha por status. De não ter me procurado nesses últimos anos. Eu só... Senti sua falta. Todos esses anos. E... Ver você morrer, na minha frente. Foi a pior sensação do mundo. Você sempre será minha mãe. E eu sempre vou querer o melhor para você... Afinal, Dimitri estava certo...

– Sobre? – ela murmurou, se deitando nos travesseiros e me puxando contra seu peito.

– Sobre você me amar. E eu ser dura com você.

– Ele estava certo. – ela riu baixo. Eu lutei contra a vontade de chorar. O que foi bastante difícil.

– Hey, mãe... – chamei, levantando minha cabeça para fitá-la. Ela murmurou um “o que”. – Bem... Se você voltou à vida, isso faz de você, também uma Shadow-Kissed?!

Minha mãe me encarou por um longos instantes. Seus olhos significativos. Sabíamos bem o que aquilo significava. Eu abri um pequeno sorriso triste, e ela um sombrio.

– Eu acho que vou precisar de alguma ajuda para lidar com isso... Adrian é realmente difícil. – eu acenei com a cabeça e nós duas gargalhamos.

– É. Você vai precisar muito da minha ajuda. – concordei.  


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