Eu me virei para encarar Dimitri que corria até mim. Eu me senti sorrir antes que eu pudesse remediar.

– Me deixe te acompanhar até seu quarto. – ele disse e eu assenti quando ele me alcançou, nós andamos silenciosamente pela Corte.

– Eu pensei que quisesse ficar lá. – eu disse, sentindo minha cabeça doer.

– Não. – ele sorriu, olhando para baixo, para me ver – e eu achei que você me esperaria do lado de fora do restaurante.

Eu sorri. Um calafrio passou por mim. Cara, eu estava congelando. E como se Dimitri pudesse ler minha mente, ele me puxou para debaixo do seu casaco de couro sem nenhum aviso. E eu não reclamei. Deus, ele era tão quente. Em todos os sentidos da palavra.

Eu senti o tempo passar rápido. E logo avistamos o prédio onde eu ficava, Dimitri me apertou contra seu corpo quente. Nós dois paramos, nos observando cuidadosamente. Nossos olhos fixos um no outro, como se pudéssemos ver nossas almas. E talvez pudéssemos.

Foi naquele momento em que a chuva começou. A princípio eu pensei que fosse apenas minha imaginação, mas logo, eu percebi, assim como Dimitri, que realmente chovia. Nós dois rimos, enquanto corríamos para o prédio, por abrigo enquanto a chuva apenas engrossava.

Nós paramos de gargalhar, quando notamos o Moroi que havia estado ali, dormindo de boca aberta em sua cadeira. Provavelmente, imaginando que não haveria mais ninguém ali. Então, eu fiz um “Shhh” com um dedo nos lábios e fiz um sinal para Dimitri me seguir.

Ele estava logo atrás de mim. Nós dois molhados pela chuva. Seu cabelo molhado pingando sobre seu casaco também encharcado. Eu sorri para ele, enquanto eu parava na porta do meu quarto. Nós ficamos alguns longos e maravilhosos instantes nos encarando.

Eu senti minha pele formigar, ele levou um dedo para o meu rosto, tirando uma mexa molhada do meu cabelo dali. Todas as gargalhadas e sorrisos se dissiparam, à medida que nos encarávamos.

Então, Dimitri aproximou seu rosto do meu, sem nunca tirar seus olhos dos meus. Eu fechei meus braços ao redor do seu pescoço, o puxando mais para baixo, enquanto ele segurava minha cintura e nossos lábios se encontraram.

Eu não precisei de nenhum aviso sobre o que estava prestes a acontecer. Eu quase havia me esquecido o quão bem Dimitri beijava. Seus lábios perfeitos, sua língua habilidosa pedindo passagem para minha boca, e nossas línguas travando uma batalha extremamente excitante. E, por Deus! Dimitri beijava tão bem...

Então nós nos separamos, quebrando o beijo, à procura de ar. Seus olhos estavam escuros de ternura e desejo. Eu sabia que eu não estava tão diferente. Então, eu me abaixei, tomando minha decisão e pegando a chave debaixo do tapete que ficava ali. Eu me levantei, me virando para a porta e a abrindo. Enquanto orava internamente. E quando eu abri a porta, Dimitri permaneceu ali, parado. Então ele hesitou.

– Boa noite, Roza. – ele disse, dando um pequeno sorriso. Eu pisquei duas vezes, ainda o fitando.

Você não terá outra oportunidade como essa... A voz na minha mente soou. Ele dava as costas e caminhava pelo corredor, quando eu senti minha voz dizer:

– Dimitri... Espere... – ele se virou, me encarando ainda confuso. Travando uma batalha, assim como eu havia feito. Eu caminhei até ele e toquei seu braço, encarando-o tão intensamente. – Fique.

– Você tem certeza...? – ele murmurou tão baixo que quase eu não escutei, então eu me coloquei na ponta dos meus pés, com seu rosto em minhas mãos e o beijei. Seus braços se fecharam ao redor da minha cintura, me puxando contra si.

– Eu tenho... – eu suspirei contra seus lábios. Ele sorriu, enquanto nós ainda nos beijávamos e caminhávamos para o quarto. Eu sabia que logo amanheceria. E quando alcançamos o quarto, Dimitri fechou a porta cuidadosamente atrás dele.

Eu deslizei seu casaco de couro por seus ombros largos. Ele caiu no chão pesadamente, logo ele me puxava novamente contra seu corpo, intensificando o beijo. Outra vez eu me livrei de sua camisa com seu consentimento. Eu deslizei minhas mãos por seu peito quente, seu coração batendo forte.

Os dedos dele deslizaram pelas minhas costas, abrindo o fecho do vestido que eu usava, mandando ondas de choque pela minha pele. Devagar, as mãos dele se moveram pela minha pele exposta, acariciando-a, enquanto o vestido deslizava por meu corpo, caindo no chão como seu casaco de couro. Eu me desfiz das sandálias, jogando-as em qualquer lugar, enquanto sua boca deslizava por baixo da minha orelha, eu senti seus lábios se pressionando contra meu pescoço em um beijo, deslizando e deslizando...

Os lábios dele se moveram do meu pescoço em direção a minha bochecha e então finalmente encontrou minha boca. Ele beijou, nos enrolando mais perto um do outro. Meu sangue ferveu, e eu me senti mais viva naquele momento do que eu jamais havia me sentido. Enquanto Dimitri me movia para a cama logo atrás de nós.

Parecia que eu iria explodir a qualquer momento. E então ele me deitou ali, enquanto eu o ajudava a se livrar do restante de suas roupas.

Ele voltou a me beijar, enquanto eu me sentia formigar sob seu corpo quente. Suas mãos me acariciando tão intimamente quanto ninguém mais havia feito.

Eu havia feito sexo antes, mas nada havia sido como ter feito com Dimitri. Ele era habilidoso, parecia me conhecer tão bem a cada suspiro que eu soltava. Ele sabia onde tocar, onde acariciar.

Ele acariciava meus seios, enquanto eu suspirava e arfava com sua boca na minha orelha, falando coisas baixas e em seu idioma original. Então, nossos olhos se encontraram, transmitindo exatamente o que acontecia. E eu apenas assenti, enquanto eu sentia Dimitri me penetrar tão lentamente, enquanto eu desfrutava da sensação, assim como ele. Ele continuou me penetrando lentamente, enquanto eu gemia, sentindo seu corpo se movimentando contra o meu, enquanto minhas unhas se cravavam em suas costas. O que eu sabia que deixaria marca ali.

 – Você é tão linda... – ele sussurrou quando eu me deitei em seu peito, me sentindo exausta e completamente feliz. Eu sorri.

– E você o guardião estrangeiro mais quente que eu já conheci alguma vez. – eu disse, me sustentando em meus braços e olhando para ele. Suado, com um sorriso fantástico em seu rosto. O sol já havia nascido e brilhava lá fora.

– É mesmo...? – ele sussurrou, nos trocando de posição, seu corpo quente pressionado contra o meu.

– É. – eu sorri, enquanto me inclinava para cima, para beijá-lo. Os dedos dele se moveram na minha pele, para o lado do meu estomago para finalmente descansar nas curvas do meu quadril.

 Uma vez eu havia ansiado por uma conexão como a de Lissa e Christian. Algo tão certo e bonito. Eu havia querido aquilo para mim. E eu havia procurado com Braddy anos atrás. Mas eu nunca poderia imaginar que tudo aquilo pudesse vir a existir com um cara estrangeiro, o cara à minha frente que me encarava com aqueles incríveis olhos castanhos como os meus. Tudo pareceu tão certo... Tão bonito – e assustador.

Dimitri se abaixou um pouco, acariciando seu rosto no meu, beijando meu rosto lentamente, e quando chegou abaixo da minha orelha, ele sussurrou.

– Acho melhor dormirmos um pouco, Roza.

Eu assenti, me sentindo feliz e me deitando de volta em seu peito, onde seu coração batia forte.

Eu não acreditava em almas gêmeas, mas pela primeira vez, eu cogitei aquilo, enquanto eu dormia nos braços de Dimitri.