A noite com elas havia sido animada. Falamos sobre filmes, garotos, lendas, dançamos, cantamos e se divertimos. Não que estivessem ligados meus sentimentos, mas não era tão monótono assim ser “amiga” delas, era surrealíssimo e melancólismo, porém diferente.  Sabia que se Lexi estivesse por aqui, ficaria feliz por mim. Claro se não soubesse de minhas convicções.

Haviam levado elas para casa depois de termos andado sem rumo. Dei o carro para Elena dirigir, disse que amanhã bem cedo a buscaria em casa para ensina-la. Bonnie não pode ficar, teve que ir para casa, ajeitar as coisas da avó, havíamos a encorajando-a, afinal fazia um ano que sua vó havia morrido, e tudo estava exatamente como ela deixou.

 Estava deitada sobre a cama pensativa. Escutei o celular vibrar ao meu lado, estiquei a mão colocando-o sobre o ouvido.

____:- Ao menos que você queira morrer, por que está me ligando as 1h00 da manhã? Murmurei, sem observar o visor.

____:- Oh me perdoe senhorita, apenas queria chama-la para tomar chá de ervas comigo no Grill. Há corrigindo-a são 1h30. Sua voz rouca e brincalhona fez com que o reconhecesse rapidamente.

____:- Perdoe-me, achei que fosse garotos passando trote. Sorri. Que mentira mais idiota.

_____:- Está tudo bem, não se preocupe. Perdoe-me por acorda-la.

_____:- Mas não o fez, estava apenas deitada. Insônia. Falei sincera.

_____:- Ah sim, então aceita sair comigo, sem hora pra voltar? Perguntou. Ele parecia sorrir. Bom, não faria mal a ninguém certo?

_____:- Hm... Tudo bem, daqui alguns minutos nos encontramos lá. Desliguei antes que ele pudesse responder. Troquei-me, e sai rapidamente.

(...)

Entrei tranquilamente no bar, passo por passo, sangue por sangue. Senti o cheiro ardente de bebidas misturadas ao ar, o sangue fazia parte do tempero. Minha sede estava cada vez mais explicita, ao aproximar-me das pessoas. Meu controle estava baixo, minhas veias pulsavam abaixo dos meus olhos, enquanto meu sangue gélido circulava aflito dentro delas. Mal cheguei e já queria correr dali, mas não entregaria os pontos... Não agora que conseguirá em menos de duas semanas conquistar um Salvatore, e seus amigos. Estava sedenta, precisava de álcool, muito álcool, afinal ai está mais uma das vantagens de ser uma vampira: você simplesmente pode beber equivalente á um oceano de vodka e não ficar bêbada, nem se quer cambalear.

Sentei-me no balcão, batucando sobre a mesa, e sentindo um cheiro forte de perfume... E verbena.

____:- É errado desligar o telefone, sem ao menos deixar o outro terminar de falar. Sua voz sedutora soou em minha mente, como melodia... O que estou pensando? Estava mais para algo estridente, mas o garoto tinha jeito para coisa. O fato de ser sexy simplesmente não me convenceria de sua sanidade interna.

____:- Gosto do mal. Sorri, sentindo seus lábios pairando sobre minha bochecha... Que escasseeis e insuficiência.

_____:- Ora, o que irá pedir? Vodka ou Uísque. Optaria por Vodka, afinal é mais ardente. Murmurei sorridente. Não seria como Katherine ou até mesmo Sage, oferecidas e sedentas por atos sexuais.

 ____:- Que decadência, e seu chá gelado? Sorriu animado.

____:- Oras é pra você, não pra mim, ou esqueceu que sou menor de idade? Ele sorri estranhamente.

____:- Hey, por favor, me dê duas garrafas de Vodka e dois limões, e um chá gelado. O Garçom assentiu, saindo dali logo em seguida.

____:- Hm limão, primeiro rodada vencido Sr. Salvatore. Sorri timidamente.

____:- Ganharei todas.

____:- Vamos ver. Gargalhei estranhamente. Damon me lançou um olhar de duvida, e riu calmamente.

____:- Aqui estão senhores. O loirinho sorriu pra mim, ficando desconfortável ao ver Damon, saindo dali em seguida.

____:- Matt. Ele pronunciou, ao ver-me observando o garoto de longe. Conhecia-o da escola.

____:- Hm, as pessoas daqui não são tão encantadas por você assim, não é? Sorri, observando os olhares repulsivos das pessoas ao lado. Encarei uma ruiva um pouco atrás de nós, ela possuía um olhar amedrontam-te. Sorri sínica, virando-me para frente.

 ____:- Olha que legal você percebeu. Falou com ironia, joguei um palito que estava ao meu lado em sua direção. Rindo, ao acertar sua bochecha.

_____:- Não seja chato. Ele olhava-me me incrédulo, tentando controlar a vontade de sorrir. Ajeitei-me sobre a cadeira, bebendo o liquido gelado do copo.

_____:- Vamos apostar quem chupa todo esse limão primeiro? Disse pegando seu limão, e apoiando no meu copo. Ele arregalou os olhos, mordendo os lábios.

_____:- Tudo bem, só espero que não passemos mal depois. Sorri, dando de ombro.

_____:- 1, 2... Antes que pudéssemos falar o três, já esta chupando o limão. Agarrei minhas presas sobre a superfície, sugando tudo rapidamente, e as escondendo logo em seguida.

____:- GANHEI. Berrei animada, dando um pulo da cadeira e batendo sobre a mesa. Lambi os lábios, sentindo minha garganta arder, fazendo uma careta um tanto mais perplexa pelo gosto arrebatante e azedo. As pessoas olharam pra mim assustadas, dei de ombros gargalhando, observando Damon perplexo.

____:- Isso foi golpe baixo, você começou primeiro. Fez um biquinho, um tanto que eclético. Gargalhei junto a ele, ainda sentindo o gosto amargo em meus lábios.

____:- Oras, sem regras Damonzinho. Não me lembro de ter as colocado sobre a mesa. Ele fez um careta ao ouvir o apelido, um tanto que engraçado. Fechou a cara fingindo estar emburrado.

____:- Assim não dá pra brincar com você, não aguenta perder. Mostrei a língua parecendo uma criança brigando após o coleguinha ter choramingado por ter sido pego no pega-pega. Virei-me com os braços cruzados, ignorando alguns olhares ao redor, rindo por dentro.

Ficamos em silêncio por um tempo. Não aguentando mais conter a risada, ele gargalhou ficando vermelho, logo em seguida eu já estava no mesmo ritmo frenético das risadas. O Som da sua risada era um tanto estranha, porém melodiosa. As pessoas nos observavam perplexas e algumas até riam junto, distanciavam-se ou até mesmo soltava uma palavra ofensiva.  Gravei bem os rostos, afinal ainda encontrava-me faminta.

_____:- Ok chega. Acho que já deu por agora. Ri, ao vê-lo sorri também. Estava sendo interessante ter uma conversa amigável e inocente com o Salvatore. Até que ele não seria um mal aliado, exceto é pelas pontadas de raiva que sentia ao lembrar-se de Lexi. Ahhh doce Lexi.

______:- Até agora nós só falamos bobagem, vamos lá, conte-me sobre a sua vida. Damon recuperou-se instantemente, debruçando-se sobre a mesa, e observando-me.  Mexi o copo quase que vazio, espreitando meus pensamentos.

Eu sou uma hibrida bruxa de mil e três anos, mês que vem os completos. Vim aqui para recuperar a confiança de Klaus e voltar a ser sua companheira. Quero matar você, e todos que cruzaram o meu caminho. Irei me vingar de Alexia, torturando-o e conquistando-o a ponto de que entregue sua própria vida para salvar-me. Não posso esquecer que antes de estar aqui, fui aliada do Pai Mikaelson que me traiu, deixando-me desamparada e fazendo com que Klaus me casasse como se fosse uma presa difícil, porém suculenta. Planejo matar Elena também, afinal ela só é mais uma Santinha idiota oprimida no mundo. Sei me controlar, mas é impossível que não tenha o prazer e o almejo de matar todos que me decepcionam e me traem.  Moro em uma casa qualquer, esperando a oportunidade certa de ir morar na casa dos Salvatores. Fui amiga de Stefan e sua confidente (Damon) á um século atrás, apagando suas memorias ao ir embora. Não posso me esquecer de que Stefan se lembrou de mim, mas logo o deixei como um velho esquecido. Não tenho medo de Niklaus, porém não quero vê-lo morto, afinal foi ele que me ajudou durante séculos, e espero que entenda que não estou fazendo isso só por que odeio você, e sim por que preciso de Klaus de volta. Gostou?

Sorri aterrorizante ao terminar minha reflexão, não diria, mas foi até que legal pensar sobre isso. Olhei para Damon com um olhar assustador. Fazendo com que o mesmo, desse um sorriso maldoso, porém aterrorizado.

_____:- Você é assustadora quando quer. Disse ele, virando-se para a mesa, bebendo sua Vodka, e ignorando qualquer coisa ao seu redor.

(...)

Abri os olhos lentamente, dando conta de não estar em meus aposentos. Arregalei os olhos, sentindo um olhar sobre mim. Apertei minhas pálpebras, tentando enxergar melhor o ambiente.

Senti um grande alivio ao perceber estar deitada sobre o duro sofá da sala.

Depois das varias rodadas e gargalhadas no bar, Damon me trouxe pra casa em um Porsche avermelhado às cinco da manhã. Sai para caçar, matei algumas pessoas; equivalente à metade do bar que estávamos ontem e eram as mesmas. Joguei seus corpos a frente da casa da primeira dama.

Queria provocar um pouco, afinal trazer um pouco de terror a cidade dos medos, não é nada incomum não é?

Escutei passos em minha direção. Aquele cheiro...