Dont Forget escrita por breech_


Capítulo 3
03. Um presente especial.


Notas iniciais do capítulo

Oi queridas!
Nem demorei tanto dessa vez :)
Mais um capítulo, espero que não me abandonem, viu? HUASHUAHSUA
A história vai começando a melhorar. :)
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/211287/chapter/3

<!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } -->

“Selena e Demi estavam sentadas uma olhando para a outra em frente a lareira da casa dos Teefy, era Natal e as meninas abriam seus presentes.

— Olha Sel! Minha vó mandou uma colcha de retalhos com minhas fotos!

Demi ficou em pé e desdobrou a colcha para que Selena pudesse vê-la. Era uma junção de fotos impressas no pano com pedaços de tecidos de estampas diferentes.

— Ela é muito linda Demi...- uma Selena de 12 anos abriu um pacote endereçado a ela.- Olha! É uma caixinha de música!

As garotas abriram a caixa e uma suave melodia preencheu o ambiente, enquanto uma delicada bailarina girava na caixinha.

— Ela é linda! Quem te mandou?

— O meu avô... Sinto saudades dele.- Selena suspirou.- Dele, da minha avó, das minhas primas, aqui é muito diferente do Texas.

— Eu sei, eu estranho também. Mas eu lembro que você está aqui e não posso não ficar feliz.

As meninas sorriram e se abraçaram, era bom disfrutar da companhia uma da outra.

— Falando nisso, tenho um presente para você!

Sel levantou, foi até o outro lado da árvore e pegou um pacote preto com pequenas estrelas cor de rosa. Ela mesma escolhera o embrulho só porque sabia que a melhor amiga ia gostar. Voltou a se sentar na frente de Demi e estendeu o presente para a outra garota que o pegou e abriu com entusiasmo.

Era um álbum com fotos das duas desde que haviam se conhecido, muitos anos atrás. Havia elas na fila do Barney, no primeiro dia de gravação, no parque perto de suas casas, o primeiro dia de educação em casa, algumas no shopping com as mães, num parque de diversões, na comemoração do teste de Selena para a Disney, o aniversário de 12 anos de Demi, o primeiro dia na casa nova em Los Angeles.

— Eu nem sei o que dizer, é muito lindo... Foi a coisa mais especial que eu já ganhei!

Sel sorriu satisfeita por seu presente ter sido aprovado.

— Ainda tem algumas folhas sem nada aqui no final, você pode colocar fotos novas quando a gente tirar.

— A gente pode tirar uma agora!- ela foi até a mesa de centro e pegou a Polaroide.- Quer dizer, acho que preciso dar o seu presente primeiro!- Demi foi até a árvore e pegou uma caixinha vermelha.- Toma, esse é seu!

Selena abriu a caixa e encontrou lá dentro duas pulseiras prateadas.

— Uma é minha e a outra é sua...- Demi falou enquanto a amiga continuava a admirar o presente.- E aqui... -ela abriu um compartimento embaixo da caixa e dois pingentes também prateados apareceram. -Estão os pingentes. São símbolos do infinito, porque você sabe, eu vou te amar infinitamente. Você é minha melhor amiga!

Sel pulou no pescoço da outra e fez as duas caírem no chão e começarem a rir.

— Você é a melhor pessoa do mundo, eu te amo Demi, eu sempre vou ser sua amiga, não importa o que!

A garota deu um beijo na bochecha da outra, era a sua forma de selar uma promessa.”

 

Eu girei a pulseira de Demi na mão algumas vezes enquanto esperava a porta do elevador abrir. Já fazia uma semana desde que ela acordara, eu não a havia visto depois do estranho dia em que ela não me reconhecera. Não que eu não quisesse, eu só sentia que devia dar a ela um tempo.

Quando as portas se abriram andei até a última porta do corredor, mas antes de entrar voltei a olhar para a pulseira de Demi. Será que as coisas melhorariam? Eu esperava que sim. Bati na porta.

Não muito tempo depois Dianna apareceu na minha frente, me recebendo com um sorriso.

— Olá querida. Entre!

Ela me deu um beijo na minha bochecha e me deu espaço para entrar, meus olhos foram automaticamente para a maca, minha melhor amiga lia um livro tranquilamente. Era “O Menino do Pijama Listrado” um de nossos favoritos.

— Olha quem está aqui filha!

A menina olhou para mim e uma expressão confusa nasceu em seu rosto. Aparentemente não havíamos tido muitos progressos.

— Oi Demi...

Eu dei um passo mais para dentro do quarto mas não me atrevi a me aproximar ainda mais, eu estava com medo da sua rejeição.

—Oi.

Ela me olhou de cima a baixo com se me avaliasse, o que me fez ficar ainda mais nervosa. Não muito tempo depois ela voltou a olhar os meus olhos.

—Selena, não é?

Eu balancei a cabeça afirmando, feliz que agora Demi pelo menos sabia meu nome. Nessa hora parei para olhar ao redor. Algumas fotos da famila Lovato/De La Garza foram espalhadas pelo quarto e pude ver até umas duas minha e da Demi.

— Eu contei algumas histórias para ela durante esses dias... Estou feliz que tenha vindo vê-la. Talvez seja melhor deixá-las a sós. Você se importa filha?

Ela virou para Demi que negou com a cabeça. Outra vez me senti feliz, ela não tinha mais medo de mim.

—Ótimo então... Vou aproveitar e dar uma passada em casa para ver a Maddie. Qualquer coisa pode ligar no meu celular Selena.

Dianna veio até mim e me abraçou, depois se despediu da fillha, deixando-nos sozinhas. Confesso que num primeiro momento eu não soube como agir, eu estava nervosa, torcendo as mãos.

—Obrigada pela visita. Minha mãe também disse que foi a única dos meus amigos que esteve aqui enquanto eu estava inconsciente.

Ela sorriu tímida para mim e eu achei graça do seu jeito. Demi já estava na minha vida há tanto tempo que eu não lembrava como era não conhecê-la. Por algum motivo, a maior parte das minhas lembranças de infância tinham alguma relação com ela.

— Eu estava preocupada, com medo de que você pudesse morrer.

Olhei para longe, eu ainda queria muito um abraço. Eu sabia que no fundo não fora suficiente para mim saber que ela estava bem, eu precisava de mais do que isso. Eu sentia falta da minha melhor amiga. Balancei a cabeça querendo afastar aqueles pensamentos, eu precisava me controlar.

Quando a olhei de novo, ela olhava para a capa do livro em dúvida. Isso fez um sorriso aparecer um meu rosto.

— Esse é um livro muito bom, você sabe? Eu particularmente adoro histórias dessa época.

Ela olhou para mim sorrindo.

— Embora eu não consiga adivinhar a história, sinto como se já o tivesse lido.

Eu ri.

—Pode apostar que você já o leu algumas vezes.

Seu sorriso não sumiu e eu tomei isso como um ponto positivo para mim.

—Você não quer se sentar? Não me parece muito confortável ficar em pé.

—Claro, obrigada.

Fui até a cadeira ao seu lado e me sentei analisando detalhadamente seu rosto. Os cortes de antes já haviam praticamente sumido e seus olhos escuros fitavam a mim com interesse, um deles sendo coberto pela franja. Com delicadeza, coloquei o cabelo dela atrás da sua orelha.

—Eu senti sua falta. Estou feliz que esteja melhor.

Demi sorriu para mim um pouco envergonhada e puxei minha mão. Olhei para minhas mãos no meu colo e percebi que ainda segurava sua pulseira.

—Trouxe algo para você. Na verdade já é seu, mas sua mãe me entregou depois que eles a tiraram para fazer a cirurgia.- Estendi minha mão para ela lhe mostrando o objeto.- Tenho uma igual... Você me deu no primeiro Natal que passamos em Los Angeles. Até onde sei, nenhuma de nós havia tirado elas antes, são como nossos objetos da sorte.

Ela pegou a joia da minha mão e passou a observá-la, passando a mão pelo pingente.

—Demi e Lena...

—São os nossos apelidos... Você costumava me chamar assim.- Ela continuou a olhar para o pingente.- Esse é o símbolo do infinito... Sempre dissemos que nossa amizade iria ser assim, nos amaríamos infinitamente.- Demi olhou para mim e eu lhe dei um sorriso fraco lembrando do dia que ela havía me dado aquele presente e desejando que pudéssemos cumprir nossas promessas.- Você não precisa colocar se não quiser sabe? Eu só achei que precisava devolver.

—Você disse que tem uma igual... Está com ela?

—Claro! -Estendi meu braço e ela olhou minha pulseira com olhos curiosos. Ela leu a minha inscrição “Lena e Demi” baixinho.

—Elas são realmente muito bonitas.- Ela olhou para mim de novo e recolhi minha mão.- Aparentemente, eu tenho bom gosto para presentes.

—E também é muito modesta!

Nós duas rimos e eu me senti feliz, quase completamente feliz. Ali rindo era como se nada tivesse acontecido e fôssemos apenas melhores amigas outra vez.

Demi encostou a cabeça nos travisseiros bocejando, parecendo cansada, o que me fez pensar se por acaso ela não preferia que eu fosse embora e a deixasse em paz. Antes que eu pudesse colocar meus pensamentos em palavras, voltou a falar comigo.

—Minha mãe me contou algumas histórias sobre você...

—E o que ela disse?

—Que é minha melhor amiga e alguns momentos engraçados, mas estava pensando, já que está aqui pode me contar outras coisas, não é?

Ela olhava para mim tímida e eu sorri com isso. Coloquei meus braços na beirada da cama e apoiei minha cabeça neles olhando para Demi ainda esperançosa.

— E o que exatamente você quer que eu conte Senhorita Lovato? -Pareceu pensar um pouco antes de responder.- Que tal começar falando sobre quando nos conhecemos?

Meu sorriso aumentou ao lembrar daquele dia.

—Sabe, essa é uma história bem engraçada na verdade...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Hey, desculpa se houverem erros de digitação, mas não revisei.
Para quem ficou imaginando os presentes ai vai mais ou menos uma explicação sobre o da Demi: não sei se alguém já assistiu Stepmom/Lado a Lado com a Julia Roberts e a Susan Sarandon. No filme o personagem da Susan faz para a filha uma colcha como a que descrevi. É um dos filmes mais lindos que já vi e se alguém se interessar, assista! É lindo, mas é triste.
E para quem não sabe, Polaroide é aquela câmera de anos atrás que a foto já era revelada (quem lembra dessa expressão? kkk) quando era batida. Acho que no Google tem imagens dela :)
Enfim, espero que tenham gostado.