Piloto De Fuga escrita por Blue Butterfly


Capítulo 36
Capítulo 36


Notas iniciais do capítulo

Olá ^^
Boa leitura, nos vemos lá embaixo ^^



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-Na vida tudo passa, não importa o que tu faça, o que te fazia rir hoje já não tem mais graça, tudo muda, tudo troca de lugar, o filme é o mesmo, só o elenco que tem que mudar, que alterar pra poder se encaixar, se não for pra ser feliz é melhor largar. Então se ligue e busque felicidade, pra

existir história tem que existir verdade.

         Sorri, eu conhecia aquela música e aquela voz. Apesar da voz estar mais grave e rouca. Me aproximei, a escuridão da casa em ruínas não deixava ver nada muito a minha frente. Não que eu precisasse.

         -Numa estrela cadente – eu continuei a música – O sonho se faz presente no compasso do batuque de um coração doente, a fera tá ferida, mas não tá morta, Deus fecha a janela, mas deixa aberta a porta.

         -Então se ligue, busque felicidade, pra existir história tem que existir verdade. Então se ligue, pra existir história tem que existir verdade – ele cantou elevando a voz uma oitava acima, sem, contudo, retirar a rouquidão da voz.

         -Porque o sol não se tampa com a peneira, pra quem já tá molhado um pingo é besteira. Renovo minha força vendo o sol se pôr, pensamento longe renovo meu amor; minha voz faz eco, tristeza que eu veto, não importa qual o papo, o papo aqui tem que ser reto.
         -E cada chaga que a gente traz na alma é a confirmação de que a ferida sara. E se restaura, já foi cicatrizada, eleve as mãos pros céus que a tua alma tá blindada, pois ninguém vive conto de fadas, prefiro meu degrau do que sua escada

         -Então se ligue, busque felicidade, pra existir história tem que existir verdade. Então se ligue, pra existir história tem que existir verdade – cantei na minha voz suave e aguda, sentando ao lado dele no escuro.

         Estranho, eu me lembrava bem do perfume de Edward, era algo mais a ver com pele e suor. Mas agora ele cheirava menta e algodão. Ele continuou cantando, sem dizer nada para mim.

         -Que por sinal é pra subir e pra descer um degrau de cada vez, é assim que tem que ser. Tá entendendo o que eu tô falando? Caiu a ficha ou ainda tá boiando? Minhas palavras pairam pelo ar e o meu show tem que continuar. Por isso eu continuo, no rap eu destruo, como dizia Ali dou ferroadas e flutuo. Que nem no ringue tem que ter molejo, na minha criação a força vence o medo.

         -Sem querer controlar o que sinto, vivo sem deixar sombras no tempo, então se ligue busque felicidade, pra existir história tem que existir verdade. Então se ligue, pra existir história tem que existir verdade – eu terminei dando uma mudada no final, entoando numa nota mais alta do que havia na música.

         Ri, divertida com aquilo. A última vez que eu cantara daquele jeito, cantara a música que eu gostava, dando entonações que eu queria nela foi quando eu estava no carro esperando meus amigos fazerem compras.

         -Fazia tempo que eu não cantava assim – contei para Edward ainda rindo.

         Deitei minha cabeça em seu ombro, encostando o lado esquerdo do meu corpo em seu braço.

         -Está de vigia hoje? – perguntei.

         Ele não respondeu, mas eu pude ver o vulto de sua cabeça fazer um sim.

         -Te faço companhia – decidi.

         Ele não disse nada. Era estranho, Edward era quieto, mas nem tanto.

         -Não acho uma boa idéia ir com a gente – eu falei, ainda estranhando seu silêncio – Nós podemos ir numa boa, não tem que fazer isso.

         Ele não respondeu.

         -Você acabou de sair de Concluán, não vai ser mandado para lá de novo – prometi furiosa – Não vou te colocar em perigo.

         Mas ele nem se quer me contestou.

         -Edward, está tudo bem? – perguntei preocupada.

         Ele balançou a cabeça num sim.

         -Não vai falar comigo? – perguntei confusa.

         Ele fez um não e riu.

         -Vai nessa então, me ignore, seu chato – reclamei dando um leve tapa em seu braço, voltando a me encostar nele.

         Fiquei séria, precisava falar com ele, deixar as coisas bem claras entre nós.

         -Edward, não quero que você corra perigo, mas não vou mandar em você. Só pense bem antes de ir, não posso te perder de novo. Não posso ficar longe de você – ele não falou nada, então eu continuei – E não é por que você foi da família, por que foi meu melhor amigo ou por que preciso de um lugar para morar. E sim por que eu preciso… ficar com você, é a única maneira que eu encontrei para ser feliz. Eu te amo Edward.

Esperei em silêncio, ao meu lado ele parecia uma estátua.
-Pensa nisso, por favor – pedi – E, se tiver uma resposta, por favor, venha me dizer.

         Ele fez novamente seu sim frio. Beijei seu ombro e me levantei, indo para o quarto. Não fora assim que eu planejara minha noite, eu queria que ele dissesse alguma coisa. Melhor, eu queria que ele dissesse que me amava.

         Senti medo, Edward lutara por mim por muito tempo, agora ele podia ter desistido, justamente agora que eu sabia que o amava.

         Fui para o quarto e me espremi na cama, meu irmão deitado todo esparramado no colchão duro, seu semblante suave de quem não sonha ou tem pesadelos. Deitei sua cabeça no meu braço, cobri os dois com o lençol rasgado e busquei o sono, pois só ele me ajudaria. Não me daria esperança, uma vez que eu não conseguia sonhar, e nem me daria desilusão, uma vez que eu também não tinha pesadelos. Tudo que poderia acontecer era ter recordações.

         E minhas lembranças envolviam Edward ao meu lado, falando comigo. Fechei os olhos sorrindo…

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-Bom dia – eu falei quando Edward passou por mim.

         -Oi Bella.

         Edward deu ummeio sorriso, ele não estavamuitofelizpor eu continuar ali correndoperigo de ser pega.

         -Dormiu bem? – ele perguntou.

         -Dormi – respondi desconfiada.

         Na noite anterior ele nem falara comigo, hoje ele perguntava como eu itnha dormido?

         -Então hoje é o dia de levar as crianças para o Dino? – ele perguntou mais sério.

         -Sim, Seth diz que temos um tempo mínimo para atuar, Alice já ligou para o Dino e ele está nos esperando.

         -Tem certeza que não quer que outra pessoa os leve? Eles devem estar procurando por vocês no país inteiro.

         -Não, nós já decidimos.

         -Bella, é perigoso – ele me alertou.

         -É só isso que tem para me dizer? – perguntei frustrada.

         -É – ele respondeu confuso.

         -Então me dá licença que eu não tenho tempo para isso.

         Saí de perto dele, furiosa. Eu prometi a mim mesma que aceitaria sua decisão, independente se ela fosse o que eu queria. Mas falar e agir eram duas coisas bem diferentes.

         No refeitório, Alice estava terminando de servir Laura e Erick, eles comiam um grande pedaço de bolo de chocolate e tomavam leite.

         -Tudo pronto? – Alice me perguntou.

         -Sim, as coisas já estão dentro do carro, só faltam as crianças. Seth já achou um caminho alternativo, não vamos ter que passar pela barreira e vamos chegar mais rápido.

         -Quando?

         -Se tudo der certo, depois de amanhã já estaremos lá.

         -Vai dar certo – ela garantiu – Está com a corrente do Dino?

         -Sim, a quer de volta?

         -Não, só quis saber para garantir. Sabe como é: sorte nunca é demais.

         Ri e concordei com ela.

         -Pronta para ficar loira? – e mostrei o tubo com água oxigenada.

         -Não, mas já que é necessário… Dino vai odiar.

         -Eu acho que ele prefere você loira do que morta – brinquei – Fica tranqüila, eu já descolori os cabelos do Seth, ficou muito legal.

         -Sério! – Alice ficou de pé, os olhos brilhando de ansiedade – Eu preciso ver isso.

         -Ha ha – alguém riu irritado atrás de mim.

         Seth entrou, loiro. E irritado.

         -Seth! – e Alice desatou a rir.

         -Nossa tio, você tá igualzinho ao Erick – Laura elogiou tentando agradar.

         -Situações drásticas exigem decisões drásticas – ele filosofou friamente – Alice, eu fico com as crianças, agora é sua vez de mudar. Tá na hora da morena ficar loira – ele provocou.

         Era isso que eu mais amava neles. A situação estava feia, nós podíamos ser invadidos, achados, caçados, procurados, mortos. Mas mesmo assim eles ainda podiam brincar, podiam sorrir. Estavam nervosos, tão tensos como eu, mas ainda sim conseguiam melhorar o ambiente. Viveram no limite a vida toda, estavam acostumados com a tensão, sabiam lidar com ela. E eu estava aprendendo a lidar com isso também.

         -Vamos lá Alice, sua hora chegou – e dei uma gargalhada imitando uma bruxa.

         Até as crianças riram com isso.

         Como um cordeiro indo para o matadouro, Alice me seguiu para a enfermaria.

         Quando estávamos lá dentro, sozinhas, ela me perguntou:

         -E o Edward? Vocês conversaram depois da reunião conturbada de ontem?

         -Mais ou menos Lice.

         -Quer contar para mim?

         Bufei, irritada, e recontei o que tinha acontecido na noite passada e hoje cedo.

         -Nossa, mas ele nem disse nada?

         -Não, era como se eu não tivesse dito nada para ele ontem… Eu não sei, mas acho que demorei de mais para me decidir.

         -Se ele te ama, ele vai te esperar. Talvez ele só precise de tempo.

         -Se eu tivesse tempo…

         -Nós vamos ter tempo! Vai dar certo, Bella, precisa acreditar mais na nossa capacidade. Nós já fizemos coisas fabulosas.

         -Eu sei, mas, mesmo assim… Às vezes eu me pergunto como conseguimos fazer tudo isso – e sorri de leve.

         -Eu também vivo me fazendo essa pergunta. Conversei sobre isso com o Seth, sabe o que ele me disse?

         -Que foi tudo uma questão de planejamento? – sugeri.

         -Não, mas foi quase. Na verdade ele disse que tudo deu certo por que ele tinha o plano perfeito, e mais ninguém tinha, nós tínhamos o armamento necessário, e isso ninguém tinha. E, principalmente, nós tínhamos a decisão e a vontade que eles não tinham. É praticamente o triângulo da invencibilidade – ela brincou, franzindo o nariz com o cheiro do líquido escorrendo em seus cabelos lindos e castanhos.

         -Tomara que esse triângulo continue assim até as crianças estarem em segurança.

         -Vai estar Bella, eu sei que vai.

         Eu continuei tingindo seus cabelos, transformando a mancha negra em uma massa branca e desidratada. Terminei, peguei um pote de creme e passei no cabelo dela, deixando ele um pouco mais hidratado.

         -Sinto muito pelo cabelo – pedi com sinceridade.

         -Tudo bem, quem nunca teve o sonho de mudar de visual pelo menos uma vez na vida. E meu cabelo cresce rápido, seis meses e eu já vou estar morena de novo. E você?

         -Eu?

         -É, não vai ficar loira também?

         -Não, eu serei a morena do grupo. Digamos que eu sou a mãe da Laura e de Erick, Seth e eu somos um casal, você e Emmet são casados e pais de Esperança.

         -Por que eu tive que ficar com o rabugento? – ela perguntou mais curiosa do que brava.

         -Por que Edward botou na cabeça que tem que ir com a gente e Emmet não vai deixar ele ir sozinho, por que não confia em mim. Como somos um grupo grande, teremos que nos dividir, eu, Seth, Laura e Erick vamos na Ferrari, você, Edward, Esperança e o rabugento vão no carro dele.

         -Uma viagem inteira com um rabugento, ai não! Me leve para Concluán, me leve para o Partido, mas não me deixe com aquele rapaz, por favor – ela pediu fingindo desespero.

         Rimos da brincadeira, juntamos as coisas e saímos, indo para a parte de cima.

         Carlisle, Peter, Charlote com Esperança no colo, Edward, Jasper e Emmet esperavam nós lá, Seth estava do lado de fora colocando a sobrinha e meu irmão no carro. Dessa vez, a lataria era amarela. Minha Ferrari amarela! Eu devia ter tirado uma foto de cada uma das cores, daria um álbum fabuloso.

         -Carlisle – eu cumprimentei recebendo seu abraço apertado.

         -Se cuida garota, e volta viva hein.

         -Cuida deles – pedi.

         -Pode deixar – Carlisle concordou e bateu continência me fazendo rir.

         Alice ia na minha frente e, agora conversava com Charlote, ouvindo com paciência as recomendações da mãe. Ela decidira ficar com o marido, mas pediu para que a filha fosse levada para a casa de Dino. Como nossa missão demoraria no máximo uma semana, Logo Esperança estaria com a mãe. Eu tinha que acreditar nisso.

         O próximo era Peter.

         -Não vai parar de arrumar confusão? – ele perguntou sorrindo.

         -Alguém tem que agitar isso daqui – eu brinquei.

         Nos abraçamos.

         -Cuide de minha filha, por favor – ele pediu com medo.

         -Eu vou cuidar. Ela vai ficar bem, tem minha palavra. Meu irmão está nessa também, pode ter certeza que eu vou fazer tudo para mantê-los em segurança..

         -Eu sei, não deixaria minha filha ir com outra pessoa que não fosse você.

         Fiquei comovida com sua confiança em mim, então segui para frente. Jasper se adiantou, Alice ainda conversava com Charlote.

         -Que Deus cuide de vocês nessa empreitada – ele desejou com sinceridade.

         -Obrigada. E agente se vê em breve.

         Emmet estava ao lado dele, ele me olhou sombriamente, sem dizer nada. Eu também não disse nada, dei um beijo em Charlote e me despedi dela, deixando um ruivo para o final.

         -Você é louca – ele disse assim que me aproximei dele.

         -Estou protegendo quem eu amo. Isso, para mim, não é loucura.

         -Existe um meio de proteger Erick que não envolve sua vida correndo perigo – ele contestou bravo.

         -E seria…

         -Voltar para os Black – ele respondeu friamente.

         -Aí está uma tremenda loucura – revidei secamente.

         Dei as costas para ele e caminhei para fora, sem esperar que ele me acompanhasse.

         -Bella, espere. Merda!

         Edward correu para me alcançar.

         -O que foi? – perguntei olhando para frente, sem encará-lo.

         -Só quero que se cuide, está bem? Eu quero que você continue viva.

         -Vou fazer o possível – respondi ainda magoada.

         Ele bufou, exasperado, eu ia entrar no carro quando ele segurou minha mão.

         -Bella.

         Olhei para ele.

         -Vem comigo?

         Eu sabia o por quê dele me dizer aquilo. No fundo, ele estava pedindo para que eu me mantivesse segura, independente de como ou onde eu moraria para conseguir isso.

         -Se está achando que eu vou mudar de idéia, eu não vou – falei sem enganá-lo.

         Seus olhos profundos ficaram angustiados. Sua boca se abriu num grito mudo e, se eu não estivesse tendo uma alucinação, poderia jurar que era uma lágrima se formando em seus olhos.

         -Entra Edward, está na hora de irmos.

         Me afastei dele com pressa e dei a volta, sentando no banco do motorista. Alice entrou com resignação no carro de Emmet, indo para o banco de trás com Esperança em seu colo, Peter fechou a porta dela e se afastou, Charlote abraçada a ele, chorando enquanto se despedia do bebê.

         -Prontos? – perguntei.

         -Nós nascemos prontos – Seth respondeu com seriedade.

         E o carro ganhou a estrada, a poeira apagando um pai, uma mãe, um amigo, uma cópia de Seth, e levando consigo o triângulo da invencibilidade, três anjos em forma de crianças, um rapaz irritante e Edward.

         Quem um dia foi meu.

         Mas agora não era mais!

         Sequei a lágrima que nascia no meu rosto e pisei fundo, acelerando sem me importar com a velocidade.

         -Mais calma Bella, o carro do Emmet não vai conseguir nos acompanhar desse jeito – Seth avisou.

         -Ele quis vir com a gente, não quis? Então ele que consiga nos acompanhar – mas, apesar da mal criação, eu diminuiu a velocidade – Está bem agora?

         -Acho que para ele está. E para você? – ele perguntou tentando me deixar menos tensa e furiosa.

         -Para mim, é só o começo. Com essa velocidade vamos levar um dia a mais para chegar. Eu agüento. Ele? Duvido!

         -Cada um na sua especialidade – ele brincou tentando ser apaziguador olhando para o retrovisor – Olha só a cara da Alice!

         Eu olhei, minha amiga parecia uma ovelha caminhando para o matadouro, literalmente.

         Sem querer, acabei rindo da cena e Seth me acompanhou. As crianças ficaram quietas, sem entender o que estava acontecendo. Com a mão direita eu procurei no porta CD o disco conhecido que era nossa salvação pessoal.

         -Crianças, se segurem, Seth, fica firme aí – eu mandei, um olhar perigoso e febril invadindo meus olhos.

         -O que você vai… Ah, deixa para lá – ele se rendeu rindo e se segurando melhor nas extremidades do banco – Você e a Alice sempre fazem o que querem.

         Acelerei o carro até chegar na velocidade desejada, contei até sete e virei o volante tudo para a esquerda, o carro dando um giro completo de 180 graus, voltei a direção quando estava no angulo certo e acelerei mais ainda, freando bruscamente ao lado do carro de Emmet. Naquele momento, ele tinha parado de dirigir e olhava chocado e assombrado para nós. Baixei o vidro do lado de Seth e estendi o CD para ele.

         -Hei, esqueci de te dar isso antes. Tome, vai te manter acordado – e pisquei sorrindo.

         Pela cara dele, se eu ficasse muito tempo ali ele diria coisas tremendas e horríveis para mim. E, pela risada de Alice, eu já tinha conseguido o que eu queria: ele estava furioso.

         -E anda mais rápido, sua lerdeza está nos atrapalhando – eu provoquei, sem conseguir evitar.

         Antes que a torrente de palavrões começasse, eu ergui o vidro, girei o carro rapidamente e acelerei, rindo e tremendo.

         -Eu me pergunto se as crianças estão lá atrás ou ao meu lado – Seth alfinetou contrariado.

         Eu apensa ri e acelerei.


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Notas finais do capítulo

SPOILER!!!!!
kkkkkkkkkk
Bem, queria que vocês prestassem atenção em alguns detalhes: na noite em que a Bella foi falar com o Edward,o cheiro e a voz dele estavam diferentes,além do fato dela não ter visto ele de verdade.
Quem adivinhar quem estava com ela naquela noite se fingindo de Edward ganha um capítulo bônus.
Comentem ^^