Seja Como For escrita por Juliiel Sz


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Obg pelos elogios minhas leitoras lindas e perfeitas ! *u* '



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Não sabia o que fazer, não tinha reação, eu estava paralizado, pensando em uma boa.. OTIMA disculpa para isso... O pai da Julie cruzou os braços, esperando minha resposta.

– O que está fazendo aqui na cozinha ?? - Pergunta ele, ainda me encarando.

– É... eu...eu tava...

– Vamos, Diga!

– Tava com fome.

O pai da Julie continua olhando para mim, sem resposta.

– Ahh, eu vou ligar para a polícia. - Ao ouvir aquilo, fiquei surpresso, não sabia o que fazer. - Venha comigo rapaz, você está encrencado. - Ele puxa meu braço até a sala, e chega no telefone.

Olhei para baixo, decepcionado, não sabia que ser vivo daria tantos problemas assim. Meus pensamentos foram interrompidos por uma voz doce e perfeita.

– Não pai ! - Grita Julie, descendo as escadas, ela estava usando aquele pijama, e com o cabelo solto. Quase fiquei olhando tempo demais para ela. - Não faz isso ! - Diz Julie, nervosa. Ela pega o telefone da mão de seu pai, e o desliga.

– Me explica isso Juliana, eu achei um sem teto aqui em casa, e você não quer deixar eu ligar para a polícia...

– Hey ! Sem teto ?! Esse terno aqui é de marca, você acha que um sem teto teria um terno caro ?! - O respondi mal. Julie me jogou um olhar de '' Cala a boca seu grosso! ''.

– Ele não é sem teto pai. - Diz Julie, tentando ao máximo ser educada, tal dom que eu não tinha. - Ele é meu amigo. - Juliana tenta explicar.

– hum... - O pai de Julie volta a me olhar disconfiado. - E o que ele está fazendo aqui ?

Julie estava pensativa, ela precisava achar um boa disculpa para isso.

– Trabalho de escola. - Respondi, sabendo que Julie demoraria horas para achar uma disculpa convicente.

– É! Isso mesmo... - Concorda Julie. - Trabalho de escola.

– Mas, a essa hora ? São três horas da madrugada...- O pai dela encara o relógio da sala.

– Ahh, sabe como estão esses trabalhos escolares pai, nós alunos não temos muito tempo para fazer durante o dia... - Ela tentava dialogar.

– Ok, Ok. Então você é da sala da minha filha ?

– É sou sim. - Dei um sorriso, eu precisava ser simpático.

– Huum, Ahh Sim! Você é o Nicolas... - Meu sorriso some, eu o encarei com a cara fechada ao ouvir o nome desse infeliz. - Julie fala muito de você. - Olhei para Julie com cara de '' Desencana dele. '' Ela logo ficou com as bochechas coradas.

– Pai... o nome dele é Daniel. - Responde Julie, ainda vermelha.

– Ahh, Daniel... Hum... minha filha nunca falou de você antes. - Cruzei os braços e continuei a fitar Julie. - Bom, eu preciso voltar pra cama, podem continuar fazendo o trabalho. - Diz ele, subindo as escadas. - Boa noite.

– Boa noite. - Eu e Julie respondemos juntos.

Julie andava pela sala, um pouco impaciente, esperando seu pai chegar no quarto.

– VOCÊ ENDOIDECEU FOI ?! - Grita Julie ao ver que seu pai já estava longe.

– Mas o que eu fiz ?!

– O que você acha que o meu pai pensaria te vendo na cozinha ?!

– Para de gritar, eu só estava com fome !

– Ahh, me poupe. Você me acordou !

– Juliana, não grita ! Vai acordar seu pai e seu irmão... - Tentava a acalmar, mas eu também gritava.

– Não me importo, eu grito MEEESMO ! - Julie estava muito nervosa - Você é louco. - Ela foi até a cozinha, a segui. - Olha que bagunça ! - Novamente ela grita.

– Cala a Boca! - Estava cansado de ouvir tanto falatório, gritei apenas para soltar toda a raiva que estava acumulada em mim, pois, eu não gostei de ouvir do seu próprio pai que Julie não parava de falar no cretino...

– Eu não to acreditando, te ajudei a sair de uma encrenca, e você ainda me manda calar a boca ?! - Ela me olha perplexa.

– É, cala a boca.

– VEM CALAR ! - Grita Julie furiosa.

Meu sangue ferveu e meu coração disparou ao ouvir sua resposta, me aproximei rapidamente de Julie, que me encarava de braços cruzados, no meio da cozinha, segurei seu rosto com força, e encostei meu nariz no dela, estava pronto para cala-lá. Porém, sabia que jamais seria retribuido, pois Juliana amava Nicolas. Me afastei de seu rosto, e o soltei lentamente. Julie respirou fundo, tentando se acalmar.

– Está com fome ? - Pergunta a morena.

– Estou.

#Julie :

Depois de meia hora na cozinha, fazendo um lanchinho para o Daniel, eu estava exausta, precisava muito dormir. Subi as escadas, e deixei ele na cozinha, fui para o meu quarto e me joguei na cama, fechei os olhos e respirei fundo, finalmente iria descansar.

Acordei, era umas nove horas da manhã, a essa hora, meu pai já devia estar no trabalho, meu irmão me avisou ontem que iria passar o dia na casa do Patrick, me levantei da cama, e fui tomar um banho, troquei de roupa e fui até a cozinha, me deparei com Daniel sentado na mesa, com a cabeça baixa, dormindo, ele estava todo sujo de pão, até achei engraçado.

– Ohh, Acorda! - Gritei, ele olhou para mim assustado.

– Po, vai gritar com a mãe. - Responde ele.

– Deixa de ser grosso.

– Disculpa. - Sinceramente, não esperava um pedido de desculpas. - Isso é estranho...

– O que é estranho ?

– Sou fantasma há 30 anos, e agora, estou 'vivo'... Não consigo me adaptar.

Não consegui conter minha risada, ele estava com o rosto sujo de lanche.

– Ei, do que está rindo ? Sou palhaço agora ?! - Ele perde a paciência.

– Calma, olha... tem um pedacinho de pão bem aqui. - Toquei seu rosto com delicadeza, e tirei o pedaço de pão.

Ele segurou minha mão, que ainda estava no seu rosto, nos encaramos por alguns segundos... A pele de Daniel era quente e macia, seus olhos me encantavam, e eu não conseguia para de encara-los.

– Você... quer sair comigo ? - Perguntei, sem tirar a mão de seu rosto, e ainda o encarando.



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Notas finais do capítulo

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