Seja Como For escrita por Juliiel Sz


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Divirtam-se !



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#Daniel:

Estava tudo escuro, sem cor, sem vida. Quando, derrepente, dispertei, ainda estava na loja de instrumentos, Julie estava com o seu rosto contra a minha barriga. '' Não faz isso ... Acorda. '' Ouvia sua voz, fraca, pois ela precionava seu rosto sobre mim. Olhei para os lados, ainda um pouco atordoado, me sentia estranho, diferente.

– Julie, estou aqui. - Ao ouvir minha voz, Juliana logo levanta seu rosto. Ela o esconde, e seca algumas lágrimas que o contornavam.

– Daniel. - Diz ela, ainda olhando para o lado, e secando as lágrimas. - DANIEL! - Grita ela, agora, olhando fixamente para mim.

– Calma, eu estou bem. - Disse sorrindo.

– Não... - Julie sussurrou, ainda me encarando.

– O que ?

– Você... você está. - A morena mal conseguia falar, não sei porque tanto nervossismo da sua parte. - Está... - Por algum motivo ela não completava a frase. Decidi não ser grosseiro, já que eu curtia o momento, pois Julie estava quase em meus braços, e ainda me encarava. Dessa vez, com um sorriso tímido.

#Julie:

Já que o lugar estava quase escuro, ainda tinha duvidas do que eu via, Daniel estava diferente, ele não estava mais pálido, seu rosto estava um pouco mais corado do que o normal, ainda pensava que era por causa da pouca iluminação na loja, mas os seus olhos... não estavam pretos, como sempre foi... seus olhos estavam mais destacados e bonitos, não se via mais a sombra preta que os contornavam. Ele me encarava, um pouco confuso e disconfiado pela minha atitude, eu ainda o fitava, ele deu um sorriso torto e timído por ser o alvo da minha atenção, percebi que seus lábios não estavam sem cor, como deveriam estar, eles estavam da cor dos meus. Nesse momento, me lembrei do que Demétrius havia mencionado, '' Eu fiz um favor a ele. ''

– Não pode ser... - Sussurrei.

– O que foi Juliana ?! Já está me deixando confuso... - Pelo menos a arrogancia e o jeito irritante de Daniel continuava sendo o mesmo.

Antes que o respondesse, vi que minha mão estava contra seu peito direito, resolvi ir até o peito esquerdo, senti seu coração bater forte. Isso não era normal, não para um fantasma.

– Você está vivo. - Afirmei.

– Oque ? - Ele ri. - Julie ... não diga besteiras... - Daniel estica sua mão, pois ele só acreditaria vendo, seu sorriso e risada de deboche se calam quando ele percebe que sua mão não estava pálida. - Não é possivel. - Ele susurrou. O '' fantasma'' deu um grande suspiro... - Estou respirando... - Diz Daniel, para ele mesmo, mas acabei ouvindo.

– Agora você acredita que está... -- Ele me interrompeu.

– ESTOU VIVO ?!

– Dá pra parar de gritar... seu louco... doente... - Ele novamente me interrompe, mas não com palavras, e sim com atitudes, ele me puxa e me abraça com força, ele me levanta e me gira. Daniel estava animado. - Me solta. - Disse eu sorridente, ao ver seu entusiasmo, enquanto ele me descia, aos poucos, eu não conseguia parar de fitar seus olhos castanhos. Ele me pôs no chão, e eu acabei nem percebendo que estava com a minha mão em sua nuca.

Nossos rostos estavam próximos, o lugar estava escuro, e Daniel me olhava de um jeito estranho, como se quisesse ler meus pensamentos, ele olhava fixamente para os meus olhos, sem ao menos piscar, ele parecia estar concentrado em mim. Senti meu rosto levemente corar. Daniel nunca havia me encarado por tanto tempo, e com um jeito tão diferente, dessa vez, ele não me encarava com desprezo, como sempre fazia quando nós dois discutiamos, ele me fitava de um jeito doce, e inexplicavel.

–... é... então... vamos pra casa ? - Disse eu, me desviando de seu olhar, que estava começando a me hipnotizar.

#Daniel:

Cheguei em casa, um pouco cansado, ainda não conseguia entender como foi que isso aconteceu, '' Estou vivo, de novo. '' Isso não conseguia sair da minha cabeça, porém, eu sabia que isso era obra de Demétrius, mas ainda não sabia o motivo.

Levei Juliana até o seu quarto, queria ter certeza de que Demétrius não estaria a seguindo ou coisa assim. Queria protege-lá;

– Tem certeza que vai ficar bem ? - Pergunta Julie, parada na porta de seu quarto. Ela se mostra preocupada comigo.

– Tenho - Menti, nesse momento minha mente estava repleta de pensamentos, sobre Demétrius, e até mesmo sobre Julie, ela podia estar em perigo, já que o alvo de Demétrius, não era eu.

Ela sorriu, e se aproximou.

– Boa noite. - Disse Julie, ela beijou minha bochecha de um jeito meigo e doce, como se estivesse agradecendo pela noite que passou, comigo.

Fui até a edicula, já exausto do longo dia e noite que passei. Porém, a noite foi perfeita. Cheguei lá, quase dei de cara com a parede, esqueci que não iria mais conseguir atravessa-lá. Abri a porta, como os vivos fazem, e entrei, a edicula estava escura e vazia, já que Martim e Félix eram fantasmas, eu não conseguia vê-los.

Me deitei no sofá, e olhei para o teto, mesmo morto de sono, não iria conseguir dormir com tantos pensamentos em mente.

– Vivo... estou vivo, isso é estranho. - Falava comigo mesmo.

Enquanto colocava os pensamentos em ordem, ouvi meu estômago roncar, estava com muita fome, coisa que eu não sentia há mais de 30 anos. Me levantei, nada melhor do que fazer um lanchinho de madrugada, fui até a geladeira da cozinha da Julie. Eu estava tão confuso e distraido, que acabei derrubando o copo de vidro no chão. O barulho ecoou pela casa. Não liguei muito, e voltei para a geladeira.

– Ei, mas que barulho é esse ai na cozinha... - Ouvi o pai da Julie descer as escadas. - Juliana, Pedro... São vocês?

Me escondi atrás da geladeira, o pai da Julie não me conhecia, e concerteza não iria gostar de um estranho assaltando a geladeira.

Ele chegou na cozinha. Enquanto eu continuava tentando me esconder... nesse momento desejava ter o dom de sumir ou simplismente ficar invísivel.

– MAS QUEM É VOCÊ ? - Ele grita assustado, o pai da Julie me achou.





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Notas finais do capítulo

Continuação só com Reviews !