Quatro meses se passaram. As coisas não estavam muito bem, desde que Karin sumiu Hinata tinha recebido varias ligações e vários “trotes”.  A morena estava redondamente inchada, sentindo contrações a todo o momento. E ela não podia nem ao menos se levantar, foi por isso que ela ficou sem trabalhar desde o cinco meses de gravidez. A barriga estava baixa, o que significava que os gêmeos chegariam em qualquer semana, a qualquer hora. Gaara também tinha recebido folga do trabalho nos últimos 2 meses e usou seu tempo para investigar o sumiço de Sandy e o que Karin estava planejando, alem do que, também podia ficar de olho em Hinata.

A gravidez dela estava sendo bastante agitada e seus desejos eram os mais bizarros possíveis, desde amoras silvestres a Pedaços de tijolos; e o pior, apesar da preocupação do Ruivo com coisas que Hinata poderia passar mal, ele cedia e ia atrás dessas coisas estranhas, tudo com medo dos filhos nascerem com uma mancha pelo corpo.

Era uma segunda, a casa estava quieta... Hinata dormia tranquilamente e Gaara também, quando um estrondo interrompe o sono dos dois e atravessa o ar da manhã como um tiro em cego.  Os dois dão um pulo da cama, mas é o ruivo quem vai até a janela e olha para fora com um ar suspeito, sem aquilo que ele estava pensando se confirmasse então o melhor que poderia fazer era pegar uma arma que estava guardada numa mala que a morena nunca havia mexido, pois ele havia escondido dela e esperar. Sim, eles estavam atrás dele, e o que o levava a crer isso? A mensagem sublinhar que mandaram na semana passada. Ele lembrou - se então.

Gaara Pov’s on:

Flash Back on.

Eu estava sentado na cozinha lendo as dicas para um casamento feliz e sobre como um pai de primeira viagem vai reagir quando seus pequeninos chegarem. Ta legal que eu não gosto desse tipo de leitura, mas eu estava desesperado porque nunca havia pegado um bebê no colo, muito menos tinha sido um pouco familiar. Realmente esses pensamentos começaram a fazer parte da minha rotina e ler livros assim nesses últimos quatro meses havia se tornado um habito. Eu ainda tinha a Temari, a quem sempre perguntava as coisas femininas, esses assuntos sobre desejos de grávidas, e nunca entendi muito bem o que realmente é isto. Claro, Temari me confortava dizendo que poderia ser pior, porque algumas mulheres quando está tendo uma gravidez difícil como a qual Hinata estava passando se tornam depressivas, sempre reclamando, de mal com a vida. Mas ela não, sempre tinha um motivo pra sorrir, especialmente quando trazia algo que ela estava com vontade de comer. E me dizia somente que estava preocupada com a reputação da vizinhança... É os vizinhos também achavam que ali estava ficando cada vez mais perigoso para viver, mesmo sendo um lugar pequeno e calmo, estavam tendo fichas diárias sobre assaltos e assassinatos. Exclusivamente, recebemos uma noticia que importunou varias noites de Hinata, nossa vizinha havia sido esfaqueada e seu corpo encontrado numa dessas vielas escuras que se encontram espalhadas pelo nosso bairro. Mas eu estava sentado na cozinha quando um papel amassado, amarelo com algumas coisas escrita por cima passou no vão da porta. Fiquei estupefato encarando o papel com um olhar de quem vai levar um tiro a qualquer instante. Minha segunda reação foi deixar o livro que eu estava lendo em cima da mesa sem nenhum marcado de pagina, resultado: Perdi a parte em que estava, teria que folhear as penúltimas páginas à procura de onde estava, mas isso não levava tanta consideração naquele instante.

Minha terceira reação foi me levantar; encarar o papel como se fosse um assassino e em seguido pega-lo para lê-lo. Acho que estes tributos de reação levaram cerca de meia hora para me tirar do transe. Depois fiquei mais um tempo paralisado com o conteúdo daquele pedaço de nada, vindo na minha casa de uma maneira nada convincente. Mas as intenções “Deles” eram bastante claras para mim e isso de certa forma me deixou nervoso, suei frio e minha cabeça começou a latejar.

Isso na verdade, era um mau sinal, encarnado seja lá de onde for. A carta dizia:

Preste atenção a sua volta, sua preciosidades estão ai agora, com você... Mas suponha que se em um momento delicado elas estivessem bem longe, onde você nunca poderia chegar, só se você tirasse a vida... Você tirou algo de nós, e nós tiraremos algo de você. Tome cuidado, quem muito tira dos outros, pouco no futuro terá... Olho por olho, vida por vida... Está avisado Gaara Sabaku, seu merda.

Gaara Pov’s off.

Flash Back off.

Ele continuou andando até a mala preta que estava encostada no armário nem nunca ter sido aberta.

- Gaara, o que esta fazendo meu amor? – a voz de Hinata soou como um pequeno sino. Sua voz estava rouca e ela estava gemendo baixinho de tanta dor. Logo Gaara olhou para a cama e viu esta encharcada. Logo em seguida entrou em desespero. Qual seria o numero do Hospital? – Ahhhhh! Hinata! Você está bem?Fale comigo, conte até três!

Na imensa pressa de achar o numero de Hospital, Gaara foi correr até a cozinha quando em meio do corredor entre o quarto e o banheiro, ele não viu um fio esticado e tropeçou, levando consigo um quadro a qual foi o único a qual conseguiu se agarrar. Resultado: O ruivo com as pernas enroladas no fio enquanto se equilibrava para manter o quadro seguro em sua mão. Mas ele estava muito esganado para se preocupar com os fios. Por sorte Temari apareceu por ali, e era assim sempre que ele precisava dela. Ela estava com os cabelos bagunçados e com um pijama preto de bolinhas vermelhas, parecia uma criança e ainda por cima estava rindo da minha cara.

- Já sei Gaara, já sei... Bom o numero da ambulância esta aqui... Mas creio que não vá precisar, porque eu já chamei... Eles chegam a qualquer minuto – ela encarou-o e depois franziu o cenho – Eles estão atrás de você Gaara... Fique de olho na Hinata e eu e Kankurou e a Gang dele ficaremos de olho Neles.