Um Amor Pra Se Recordar escrita por Marry


Capítulo 11
Reencontro de lembranças.


Notas iniciais do capítulo

Um capitulo a mais, proximo capitulo mais surpresas, não perca.



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Eu desabava em lagrimas no meio da madrugada; Uma garota quando sofre não vê mais nada em sua frente, não liga se os outros podem ouvir seus soluços, ela só quer desabafar consigo mesma, sem receios de voltar a sofrer. Meu choro foi interrompido por passos pesados do lado de fora do casarão dos Haruno. Alem de passos, era possível se ouvir vozes de adultos e repetidamente ouvi “Elas tem de ir embora, logo!”. Apressada coloquei meu sobretudo e calcei meu chinelo, arrumei a cama em que estava deitada e tudo isso sem fazer barulho para não acordar Sakura, depois fui até a biblioteca; Não tinha ninguém lá, nem a avó de Sakura que ia ler seus livros de feitiçaria enferrujadas as duas horas da manhã. Também não havia ninguém na cozinha e nem nos quartos, provavelmente todos estariam lá fora conversando, sobre a minha partida e a da Sakura; Isso não era bom...

“Deve ser porque eu quebrei o abajur de ‘Besteiras’ da Suelen Keiko Haruno, prima da minha amiga” eu pensei comigo mesma, a casa estava escura, e eu só estava enxergando os moveis pela luz do celular, a velas do casarão estavam todas apagadas. Fui dar mais um passo e acabei caindo em um lugar mais escuro ainda, tive arrepios na espinha, tive a menção de sair correndo, mas pra onde? Meu celular também caiu e eu não sei muito bem onde. Agachei-me ficando de coque e fui passando a mão pelo chão, logo encontrei uma coisa que picou doidamente meu dedo, por fim consegui achar meu celular, e dei de cara com dezenas de escorpiões. “Isso ta pior que perseguição” pensei novamente “Agora sim eu corro ou eu morro”. Desesperadamente corri até onde conseguia enxergar á luz do celular e aquelas coisas asquerosas me perseguindo pelo porão... Enfim achei a escada, quase que aqueles bichos me alcançam, quando sai de lá a avó de Sakura “Dona Menina como era chamada” me encarava com os olhos grudados nos meus olhos, parecia até que estava querendo me hipnotizar!

– Desculpe senhora Haruno – eu disse pasma – Estava apenas procurando por você!

– E o que eu estaria fazendo no porão antigo minha jovem? – Respondeu dona Menina – E alias por que estava a minha procura?

Tentei achar uma bela resposta pra mentir descaradamente, mas não deu. Eu tentaria “é que tinha um bicho no meu quarto que está me dando o maior medo” mas com certeza não iria colar, não com ela. E só consegui responder o que se formulou (Falando tecnicamente em algo chamado Verdade):

– É que eu ouvi vozes e passos do lado de fora, parece que alguém não está querendo nos ver por aqui! – Resmunguei feito uma velha muito chata – E além do mais, todo mundo está dormindo. - “Ok, eu menti feio dessa vez, confesso” pensei, enquanto ela falava “Vamos ali à biblioteca, que quero te contar um ‘segredo’ que só posso contar a você” eu a segui calada, sem nem ao menos resmungar. Chegamos à sala e ela acendeu um lampião, velhinho e caindo aos pedaços. Ouvimos um estrondo vindo do jardim:

– Liga não, eles estão cavando uma cova! – ela riu ironicamente – fica tranqüila que não é pra tu, meu cavalo preferido morreu e por isso abriram a cova.

– ahh.... Então se é assim, melhor não é mesmo? – Eu também dei um meio sorriso falso, mas só para não demonstrar o tanto que eu estava com medo – o que a senhora queria me falar?

– O José Haruno, a Matilde Haruno e o Alencar Haruno... (ta eu inventei esses nomes) – Ela fez uma tremenda pausa antes de continuar – Eles descobriram que estão atráis dos Cês.

– Quem está atrás de mim? – eu perguntei sentido minha corrente sanguínea bombear sangue muito frio – Quem está atrás de nós?

– Os homem minha fia, os homem e tem uma mulher também! – está bom, tem hora que eu fico irritada com esse povo tentando imitar a língua caipira, não dá e olha que a família da Sakura é toda Italiana – Eles tão aqui procurando por você e pela minha netinha querida, saiam daqui antes que algo ruim aconteça, vão logo.

Sai correndo em disparada, nem vi que a porta atrás de mim se fechou em um único ruído, muito irritante, e ouvi coisas se quebrando. Fui correndo até o quarto, acordei Sakura e arrumei a minha mala e a dela. Rapidamente saímos de lá, buscando Konoha para nos abrigar como nunca faríamos , era uma situação de vida ou morte. Chegando a nossa querida cidade, o transito estava caótico, quase não conseguimos atravessar a rua, de tanto movimento que tinha. Tive vontade ir buscar meu amado no Hospital, mas seria muito cedo agora e talvez muito arriscado também, e eu não colocaria sua vida em risco de Novo, eu suportaria sua amnésia não sua morte. Sakura chegou ao meu lado, ela estava ofegante, também o único restaurante perto de casa ficava a oitocentos metros dali, e ela foi ver:

– Tudo bem Hinata, a gente pode ir ao restaurante, pois não tem ninguém que ofereça ameaça lá, e sei que você está com vontade de ir buscar o cabeça de fósforo no hospital, eu até te apoio a essa idéia, mas só depois de tomar um café da manhã, pode ser ? – ela fez um sinal de positivo para mim e sorriu, apesar de estar com medo, nada poderia me impedir de ir vê- lo... Repito nada! Fomos ao Ichiraku e pedimos uma rodada de Lamen de porco, mas infelizmente aquele tipo de comida bem naquela hora da manhã não me caiu bem, passei aproximadamente 20 minutos de desespero total; Eu, meu estômago e o gosto ruim na boca. Já estava bem quando voltei a me sentir mal, mas passou. Fui para casa e Sakura para a dela, ela me disse para ligar por qualquer coisa que estivesse a acontecer. Deitei-me um pouco exausta pelo percurso do ônibus até Konoha e pela madrugada infeliz. Fechei meus olhos e me deixei levar pelo cansaço até um sono profundo e relaxante;

Acordei ao meio dia em ponto, vesti uma roupa qualquer e sai, já que estava de férias da escola e do trabalho resolvi me dedicar a minha pintura e também ao reenlace de namorados entre mim e Gaara. Fui direto á uma lojinha mais conhecida como floricultura e minha querida segunda melhor amiga Ino estava lá, vendendo as flores e jogando charme com suas lindas e dóceis orbitas azuis. Fui ate lá, ela me parecia uma pessoa tão triste, mas quando um lindo garoto de cabelos negros e orbitas pretas que as vezes ficavam com umas luzes avermelhadas a loira sorriu. Ele era Sasuke Uchihe; Seu namorado galanteador, felizmente ele só tinha olhos para a garota. Sai de lá antes que o clima esquentasse mais, e afinal não recebi mais ligações da suposta Ladra de namorados, pelo menos não hoje a não ser de madrugada.

Seguindo pela calçada, supostamente “Vazia” com lagrimas nos olhos, e pensei “por que as coisas tendem a ser assim, não vêem que isso dói?”. Depois segui sem nexo até o hospital, como se meu dever fosse somente ir até lá e mais nada. Qual não foi minha surpresa ao ver Sandy entrando no hospital, meus nervos me subiram a cabeça, não consegui controlar, sai correndo igual a uma louca desvairada quando quer ingressos para um show que tanto economizou para assistir, eu e a garota começamos a brigar dentro do Hospital, foi um massacre total, somente alguns fios de cabelos meus pelo chão, já o dela tinha um tufo (o que uma garota apaixonada, quando está enciumada não faz hein?). Apesar de tudo, Sandy só parecia uma criança mimada, não teve coragem pra me falar mais besteira, ela sumiu.

Ok, eu sou politicamente incorreta, pode dizer eu não ligo. Fui até o balcão e a moça me indicou que Gaara só estava conversando com o medico e já estava de alta. Eu tinha uma surpresa para ele, eu reconquistaria seu amor, com certeza, se ele se lembrasse daquilo. Quando ele enfim chegou não agüentei corri para abraça – lo, ele estava quente e com um aroma de morango.

– Oi pra você também estranha – ele disse, confesso que me senti mesmo uma estranha ao meio de tantos cheiros deliciosos; o do café do outro lado da sala, o do seu creme de morango, o do seu perfume cítrico e confesso que já estava ficando louca sem ele. – Você fica três dias sem vir falar comigo, nem me diz o seu nome e ainda se acha no direito de me dar um abraço?

Confesso que vi no olhar dele que na verdade ele queria rir, nós fomos abraçados andando pelas ruas, mas era por que ele não conseguia andar direito ainda por que a batida do carro foi muito forte. Mas eu sentia que de um jeito ou de outro ele se lembrava de mim, não sei como, mas se lembrava e perfeitamente, mas sempre me retratando como outra garota, idêntica a mim. Eu e meu meio sorriso de canto e mil neurônios sendo queimados em minha cabeça só de estar perto dele, eu me sinto uma tonta sentindo isso.

– Gaara o que você acha de passar essa semana lá em casa? Seus irmãos estão viajando mesmo! – Lembra que eu falei que ele se lembrava de todos menos de mim, então? Ele se lembrava de todos menos de mim – E outra assim você não vai ser acometido a mais um acidente, eu cuido de você.

– Tudo bem, Srta... - ele disse como se forçasse sua mente a se lembrar do meu nome – Srta?

– Hyuuga Hinata é meu nome, lembre – se disso Sr. Sabaku no Gaara –eu disse de novo me desapontando – Bom, chegamos à minha casa, fique a vontade.


‘Gaara pov’s on’


Entrei numa casa muito estranha, na verdade bem perto da minha....

Sinto – me um estranho na casa dela, e isso é por que nós não nos conhecemos direito, mas me lembro dela... de algum lugar, olhei para um canto e vi uma guitarra, pensei comigo “Que legal, essa garota toca” quando estava me distanciando daquele objeto, me lembrei detalhadamente de cada traço daquela garota e também me lembrei que já havia acariciado aquele rosto quente e aqueles lábios finos. Por um instante aquelas memórias foram irreais, mas quando me lembrei que a garota era ela acabei me precipitando e agarrando a garota que nada fez para me deter, labios unidos em uma só sincronia, nós juntamos nossos corpos e deixamos que a lua nos observasse com certa estranheza, eu me doava a seu amor e ela se doava ao meu amor, completados de corpo e alma....


Continua no próximo capitulo....



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Notas finais do capítulo

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