O Sol Adormecido E A Lua Crescente escrita por Angel Salvatore


Capítulo 18
Flagrados


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiii, gente linda. Me desculpe pela ENORME AUSÊNCIA.

Serei sincera. Estava com preguiça de passar o capítulo do papel para o computador, mas hoje eu acordei inspirada e o fiz. Ah, o capítulo 18 deve estar amanhã aqui, vou colocar na postagem automática. *---*

Espero que não tenham me abandonado.

Aproveitem.



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Eu acordei encostada á uma árvore. Qualquer pessoa que passasse diria que eu estava dormindo. Quando encontrasse Alec de novo diria a ele para parar de mexer com meus sentidos. Balancei a cabeça.

O que eu estava pensando? Não vou encontrar Alec de novo.

Pelo menos é o que eu espero.

Levantei devagar e caminhei lentamente até em casa. Era irônico que, quando eu estava procurando o caminho de casa correndo, não havia achado. Mas agora eu sabia perfeitamente o caminho certo.

Seth estava na porta me esperando. A sua expressão era de preocupação. Quantas horas eu havia ficado fora? A expressão dele pareceu se tranquilizar assim que me viu e foi me dar um abraço e um beijo.

Me senti culpada na mesma hora. Nós entramos em silêncio e tudo estava apagado. Todos deveriam estar dormindo. Olhei para o relógio. Eram três de manhã.

Seth ficou ao meu lado apenas me observando e não disse nada desde que entramos em casa. Era o namorado perfeito. A culpa encheu meu coração e as lágrimas encheram os meus olhos.

Seth me embalou como uma criança até que eu parasse de chorar. Era muito errado deixar Seth me tranquilizar, mas eu não conseguia afastá-lo.

Ele continuou me embalando até que meu choro se reduzisse a apenas soluços e fungadas. Me segurou pelos ombros e me olhou dos pés á cabeça, depois só nos olhos. Ele franziu o nariz antes de perguntar:

“Por que você está cheirando á vampiro?”

Droga.

O que eu diria agora?

Eu estava caçando e Alec Volturi, que por acaso é meu ex-namorado, me raptou e me beijou. Ah! Eu sei segredos sobre os Volturi que ninguém sabe e tem um traidor na minha família. Está bom?

Só de pensar nisso, eu tremi. Seria suicídio. Eu poderia contar a verdade, mas não toda. Omitir fatos de novo. Isso me causou um apertou no coração.

“Eu encontrei Alec Volturi quando estava caçando”, e ele me beijou, acrescentei mentalmente. “Ele e Jane me falaram para ter cuidado com algum traidor na minha família.”, isso depois de me raptar e me beijar. “E Aro disse para eu ficar de olhos abertos”

Seth tremia enquanto eu contava a história. Ele parecia estranho, como se soubesse de alguma coisa que o machucava.

Colocou a mão no bolso da calça jeans em silêncio e retirou um bilhete, que parecia ter sido dobrado e desdobrado inúmeras vezes. Ele me entregou ainda sem dizer uma palavra. Quando abri o bilhete, senti minha pernas dobrarem e Seth me segurou, ainda tremendo. Eu reli cada palavra com cuidado.

Tem certeza que ela te contou tudo?

Eu engoli a seco e olhei para Seth que havia parado de tremer depois de respirar fundo inúmeras vezes. Ele estava confuso e (infelizmente) desconfiado.

“O que isso significa, Lethycia?”, eu podia sentir na voz dele que não estava desconfiado, mas estava magoado.

“Eu-eu não sei.”, me senti culpada de novo.

Dessa vez não estava omitindo, mas sim, mentindo.

“Bem, isso não importa agora.”, Seth me puxou para o sofá e me colocou sentada ao lado dele. “Você vai contar para Carlisle?”

Eu não precisava. Certamente quando eu chegasse, ou Edward leria a minha mente, ou Alice teve uma visão. Mas, mesmo assim...

“Sim”, não tudo, mas ia. “Seth, eu...”

“Shh”, ele me interrompeu e colocou o dedo sobre os meus lábios. “Eu confio em você. Não se preocupe.”, ele tirou o dedo e colocou a mão em minha bochecha. “Eu te amo.”

Eu corei.

Seth me beijou e eu sentia a culpa de novo.

Ele notou e me soltou.

Nesse momento notei a olheiras bem escuras, quase roxas debaixo dos lindos olhos castanhos- achocolatados de Seth.

“Eu não sou Alice, mas sabia que você iria ver as olheiras.”, ele disse e riu.

Ri.

“Finalmente um sorriso.”, Seth disse sorrindo. “Quer ir dormir ou vamos ficar aqui mais um pouco?”

Eu senti o duplo sentido das palavras de Seth.

“É melhor nós irmos dormir.”, eu disse e sorri. “Você parece que vai dormir aqui mesmo, no sofá. Se eu te beijar, vai acabar desmaiando sentado.”

Nós dois rimos.

“Quer apostar?”, ele perguntou com a voz rouca.

“É melhor não.”, eu disse me levantando.

Seth segurou meu pulso e me fez cair sentada no sofá. Já era a segunda vez que faziam isso comigo. Eu estava começando a ficar com raiva disso. Estreitei meus olhos para Seth, que estava sorrindo abertamente.

“Você não vai me soltar se eu não te beijar, não é, Seth?”, eu perguntei.

“Não.”, ele riu.

Eu me ajeitei ao lado dele no sofá e mesmo assim ele não me soltou. Acho que estava com medo que eu mudasse de ideia e saísse correndo para o quarto. A mão de Seth que estava livre acariciou minha bochecha. E como sempre, eu corei.

Primeiro Seth riu e se aproximou. Nossos narizes se tocaram e Seth soltou meu pulso e escorregou a outra mão para minhas costas. Eu fiquei me sentindo como uma bêbada por causa do efeito que o cheiro de Seth tinha sobre mim. Floresta e almiscarado.

Ele sempre dizia que eu tinha cheiro de morango. Essa era nova. Eu ainda estava hipnotizada pelo cheiro de Seth. Estávamos de olhos fechados e a um centímetro um do outro. De repente, senti uma claridade muito forte por cima de minhas pálpebras.

Só pelo cheiro deduzi quem tinha acendido a luz.

Nessie.

Parecia que eu e Seth havíamos tomado um choque e pulamos casa um para um canto do sofá.

“Desculpe.”, Nessie disse e deu de ombros. “Eu não sabia.”

“Não precisa se desculpar, Nessie.”, eu disse e depois sorri. “Nós já estávamos indo dormir mesmo.”

“Desculpe mesmo, Léthy.”, Nessie disse de novo. “Já aconteceu isso comigo inúmeras vezes. Sei como é constrangedor.”

Eu sabia que ela tinha falado constrangedor por conta das minhas bochechas coradas. Eu apenas dei de ombros.

“Bem, boa noite, Nessie.”, eu disse e sorri.

Peguei a mão de Seth e o acompanhei até o quarto de visitas que ele dormiria. Seth ficou quieto o caminho inteiro. Senti que ele estava mais quente (se isso fosse possível) no trajeto até o quarto.

O quarto de Seth ficava em frente ao quarto do meus pais e ao lado do meu. A direita do meu quarto ficava mais um quarto de hóspedes, onde Leah e Nessie estavam dormindo. E tinha mais dois quartos que pertenciam aos meus irmãos. Jonathan e Lucas estavam dormindo em um e Júnior e Luíz em outro.

Seis quartos.

Deixei Seth na porta do quarto dele e quando eu estava me virando para ir embora, Seth me puxou e me abraçou pela cintura. Minha respiração falhou por um momento e meu coração bateu mais rápido.

Senti minhas bochechas ficando quentes.

“Será que a Nessie vai nos atrapalhar de novo?”, Seth perguntou.

Eu abri minha boca para responder, mas não saiu nenhum som. Seth colocou sua bochecha na minha e sussurrou com a voz rouca:

“Eu sinceramente espero que não.”, e riu.

Eu senti um arrepio involuntário e Seth levantou a cabeça para poder me encarar. Nós ainda estávamos juntos. Eu podia sentir o entusiasmo dele comigo. Deveria me afastar, mas não conseguia. Não porque ele era mais forte (porque eu que era), mas porque meu corpo não obedecia.

Ele me beijou e eu senti que se Seth não estivesse me segurando, eu iria cair. Senti nossos corpos virando e eu estava bastante ciente que estava de costas na porta do quarto dele.

Eu me vi querendo abrir a porta do quarto de Seth para entrarmos, mas me controlei por um momento colocando a mão no cabelo de Seth. Se Nessie passou ou não no corredor, eu não sabia responder.

Eu não consegui mais segurar a vontade de abrir a porta de Seth. Coloquei uma das minhas mãos na maçaneta, em seguida senti algo quente por cima da minha mão. Era a mão de Seth. Ele também queria entrar no quarto comigo.

Eu achava que, ou a porta estava trancada, ou nosso desejo era tanto que tirou nossa coordenação motora. A porcaria da porta não abria. Eu sentia vontade de rosnar, mas algo me impediu.

Alguém pigarreou.

E eu sabia exatamente quem era, por ouví-lo inúmeras vezes. Quando meus lábios se separaram dos de Seth, fez um barulho de estalo. Seth parecia congelado na minha frente e sua mão parou de se mover por cima da minha na maçaneta.

Eu arrisquei olhar por cima dos ombros dos meu namorado.

Me arrependi.

Meu pai estava em frente a porta do quarto dele, de braços cruzados e os olhos castanhos cobertos de ódio. Seth voltou a si e saiu da minha frente. Ele ficou ao meu lado, mas sua mão permanecia sobre a minha.

Eu suspirei.

“Boa noite, pai.”, eu disse e arrisquei sorrir.

Meu pai continuou com a cara fechada e seus olhos ainda estavam com ódio. Eu apostava que se meu pai fosse um transfigurador e não dependesse da lua cheia para virar lobo, ele já estaria pendurado no pescoço de Seth.

Meu pai olhou para meu namorado com um olhar que dizia É melhor você ir para o seu quarto, antes que eu te mate. Mas ao invés de ir para o quarto como qualquer medroso faria, Seth continuou ao meu lado.

Meu pai apenas balançou a cabeça e foi para o quarto, mas antes de fechar a porta, sussurrou:

“Vão dormir, antes que eu mude de ideia.”

Eu tremi e Seth também.

Tirando o fato de ser lobisomem, meu pai era como qualquer pai normal. Eu arrisquei dar um beijo leve em Seth e ouvi um rosnado vindo do quarto dos meus pais. Voltei correndo para o meu quarto, troquei de roupa e dormi.

Como?

Eu não sei.

Mas dormi.


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Notas finais do capítulo

Comentem, se ainda acompanham, amores *--*



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