– Bem eu preciso que você faça um favor para mim. – Ele falou se sentando ao meu lado.

– Que tipo de favor? – Falei desconfiada.

– Preciso que ache... Uma coisa, mais especificamente um diário. – Ele falou tentando escolher as palavras.

– Quer que eu ache um diário? Mas porque eu? Você tem vários filhos que adorariam te ajudar! – Falei, tentando me esquivar da pequena missão.

– Sim um diário! Ana eu preciso que seja você! Pois esse diário é tão importante para você quanto pra mim! –Apolo falou com angustia.

– Por quê? Que eu saiba, nem diário eu tenho! – Disse apreensiva.

– Bem, vamos dizer que esse diário foi seu... Em outra vida. – Ele falou tentando ser cuidadoso, como se alguma coisa que ele me falasse poderia me matar.

– Outra vida? Então, esse diário foi meu, e você quer que eu o ache... ? – Perguntei e ele assentiu. – Mas por onde eu devo começar a procurar? – Perguntei.

– Bem, se eu soubesse já teria achado! – Ele falou sarcasticamente. – Mas na sua outra vida, você viveu no acampamento meio sangue! – Apolo falou antes de sumir.

Assim que Apolo sumiu do sonho a imagem começou a sumir junto até tudo ficar escuro.

[...]

Tive um pouco de dificuldade de abrir os olhos, me sentei no colchão, olhei ao redor e vi uma sombra.

– Tem alguém ai? – Perguntei com a voz rouca.

Não ouve resposta, então peguei a lanterna e iluminei o sótão, a sombra não estava mais lá, provavelmente deveria ser fruto da minha imaginação.

Mesmo eu ainda estando com sono, não conseguiria dormir novamente e nem queria sonhar com outro Deus, para me dar mais dor de cabeça.

Me levantei do colchão, sentindo uma dor terrível nas costas, troquei a blusa preta suja, por uma laranja com o desenho de um centauro e com os dizeres “Acampamento Meio-Sangue” em grego, que Quíron me deu. Além de colocar meu all star preto, continuei com o mesmo short jeans, uma blusa de frio fina que peguei emprestada da Milly.

Assim que terminei de me arrumar, chamei Sleeper, que veio correndo para o meu colo, abri a pequena portinhola no chão e desci as escadas.

Quando cheguei à sala, estava tudo escuro ainda, olhei para o relógio nele marcava 3: 50 da madrugada, suspirei e decidi ir dar uma volta pelo acampamento.

Deixei Sleeper na sala mesmo, e sai da casa grande sem rumo.

Passei pela quadra de vôlei, enquanto eu passava em frente aos chalés, vi somente um com a luz acessa. Quem falou Hades? Ganha um dracma!

Como a minha curiosidade era grande, eu fui espiar. Cheguei perto da janela, agachada, e me levantei o suficiente só para ver.

O Chalé de Hades era lindo, com as paredes pretas, uma cama de casal e uma de solteiro, também pretas e tudo que havia era preto ou cinza.

Vi Nico deitado na cama de casal, ele estava tão... Sexy, usando somente a calça jeans. Ele estava deitado de barriga para cima, mudando freneticamente os canais da TV de tela plasma, que só agora eu tinha percebido.

– Eu sei que você está ai! – Ouvi Nico dizer, o que me assustou, será que ele estava falando de mim?

Assim que olhei para a cama de novo, Nico não estava mais lá, será que eu estava ficando pirada, ele não podia ter sumido de uma hora para outra...

– Buh! – Alguém sussurrou no meu ouvido, me fazendo assustar.

Assim que me virei, dei de cara com o Nico, nossos rostos ficaram a cinco centímetros, um do outro, nossas respirações estavam em sintonia, e nos olhávamos profundamente.

– Deu pra ficar me espionando mocinha? – Ele perguntou sussurrando, o hálito dele tinha cheiro de menta.

– Eu sou muito curiosa. – Falei provocando ele, que sorriu.

– Sabia que são três e quarenta da manhã? – Nico perguntou ainda sussurrando.

– Perdi o sono. – Falei na mesma altura que ele.

– Pesadelo? – Ele falou calmamente.

– Pode se dizer que sim. – Respondi, ainda sem tirarmos os olhos um do outro.

– Então vem. – Ele falou levantando e me estendendo a mão. Eu excitei em dar a minha. – Venha eu não mordo... Só se você quiser! – Ele falou sorrindo maliciosamente, e eu coloquei a minha mão sobre a dele.

Quando nossas mãos se tocaram, eu senti um arrepio, aquele toque era tão familiar, e elas se encaixavam perfeitamente.

Ele me ajudou a levantar e me levou para dentro do chalé de Hades.

– Está com frio? – Ele perguntou, e só agora eu percebi que estava com os dentes batendo.

– Um pouco. – Falei tentando parar de bater os dentes, o que foi um fracasso.

Nico foi até o armário e pegou um casaco grosso preto.

– Aqui! – Ele falou me dando e eu o coloquei. Nico se sentou na cama e bateu de leve na cama com a palma da mão, para que eu me sentasse ao lado dele. – Senta aqui e me conta, titio Nico vai ouvir tudo! – Ele falou num tom engraçado me fazendo rir.

Me sentei ao lado dele e comecei a contar para ele do meu sonho, Nico parecia ouvir tudo com muita atenção, para não perder nenhum detalhe. Assim que eu terminei, ele me olhou com cara de pensativo.

– Apolo deu em cima de você? – Ele falou como se estivesse com raiva do Deus do Sol.

– Não... Sim... – Falei indecisa.

– Deus do Sol idiota! – Ele falou baixinho, mas o suficiente para que eu ouvisse, e o Deus também, pois deu para ouvir um raio cortar o céu. – A você sabe que eu te odeio! – Nico esbravejou olhando para cima.

– Nico esqueça Apolo! – Falei. – Eu tenho um problema aqui!

– Ah claro, o diário de sua “eu-passada”. – Ele falou fazendo aspas. – Como você pretende encontra-lo? – Perguntou.

– Apolo falou que o meu “eu-passado”, viveu aqui no acampamento, então deve estar por aqui! – Falei tranquilamente.

– Ok, mas podemos começar essas buscas depois? – Ele perguntou de deitando na cama, fazendo cara de safado.

– O que quer fazer? – Perguntei imitando o tom de voz dele.

Ele chegou perto de mim e sussurrou no pé do meu ouvido: – Que ta brincarmos de pega- pega?

– Hey senhor safado! Eu sou uma garota de respeito! – Falei sarcasticamente.

– Respeito? E olha quando respeito. – Ele falou me encarando de cima a baixo.

– Ah safado! – Falei dando vários tapinhas no peitoral dele.

Ele pegou as minhas duas mãos, me tacou na cama, ficando por cima de mim. Aqueles olhos negros estavam me deixando louca.

Ele veio se aproximando , e quando nossos lábios se tocaram, uma explosão de emoções aconteceu dentro de mim, o beijo não era calmo e nem selvagem, a boca do Nico tinha sabor de menta com chocolate, nossas bocas se encaixavam com perfeição.

Nico soltou meus pulsos, ele começou a me puxar para mais perto e a passar a mão pela minha coxa, minhas mãos alternavam entre puxar o cabelo dele, arranhar suas costas ou passar a mão no seu abdome definido.

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(N/A Autora)

Oii Meninas, e ai gostaram? Me veio esse cap. hoje, eu apaguei tudo o que tinha e fiz ele!

Curtiram a nova capa? Mereço Reviews? E Recomendações?                                                     Sexta no globo reporter!