No colégio, na manhã seguinte, quase todos já estavam na sala, e as duas ultimas que chegaram, estavam discutindo.

–Não vou falar com ele, já disse!-

–É só mandar um oi, ele não vai te morder. -

–Vai parecer que estou desesperada para conhecer um menino legal. - Sakura jogou sua mochila em cima da mesa, quase perdendo a paciência.

–E não está?- Tenten perguntou irônica, recebendo uma exclamação indignada da amiga. - É apenas um oi, nada de mais. - A chocolate tentou insistir.

Quando a Haruno ia negar mais uma vez, o toque de mensagem de seu celular tocou. Ao checar seu celular, uma expressão incrédula tomou conta de seu rosto, e ouvindo sua amiga questionar quem era, mostrou o texto que havia recebido.

“Bom dia. Desculpe, não consegui esperar até o meio dia para falar com você. Sou o Oreki, podemos conversar?”

–Pelo menos não precisou mandar oi. - Tenten disse com um meio sorriso nos lábios.

–Cala a boca. - Sakura retrucou séria e voltou sua atenção ao celular, para responder o rapaz.

Quando o professor entrou na sala, os alunos se organizaram, e Gaara e Naruto, que conversavam sozinhos em um dos cantos da sala, sentaram em seus lugares, tendo seus movimentos acompanhados pelos olhos de uma Hyuuga.

Ao decorrer do dia, a Haruno se grudava cada vez mais em seu aparelho telefônico, estando completamente entretida em seu mundo.

E na última aula do dia, Tenten sentiu sua cadeira ser chutada.

–Pergunta com quem ela está falando!- Sasuke ordenou num sussurro.

–Pergunta você, não sou eu que quero saber. - A Mitsashi respondeu fazendo pouco caso, mas sentiu sua cadeira ser chutada com mais força.

–Pergunta logo!-

A “discussão” durou mais alguns minutos, até a Haruno notar a movimentação e olhar para trás, encarando os dois.

–Ahn... Com quem você tanto conversa?- Tenten a questionou após o Uchiha apontar para si.

–Com o Oreki, o menino que a Ino falou ontem. Ele é um amor. -A rosada sorriu e se voltou para frente, e quase no mesmo instante, as feições de Sasuke endureceram.

As aulas terminaram e todos já estavam na frente do colégio, decidindo o que iriam fazer.

–Naruto-kun, como as meninas vão comprar as cortinas novas, e eu não tenho talento algum pra essas coisas, não quer passar a tarde comigo hoje?- Hinata perguntou meiga, se aproximando do loiro.

–Claro meu amor. - O Uzumaki abriu um largo sorriso. - Eu adoraria. - Roubou um selinho de Hinata e pegou sua mão.

Durante o trajeto, o silêncio reinou. A perolada sabia que havia algo estranho com o namorado, mas não se sentia confiante para perguntar o que era.

Depois que chegaram ao apartamento, Naruto sentou no sofá e ligou a televisão, enquanto a garota ia trocar de roupa. Quando voltou, sentou ao lado do rapaz e respirou fundo.

–Eu quero te perguntar uma coisa. –Olhava para os joelhos, e quando notou que estava sendo encarada curiosamente, fitou aqueles maravilhosos olhos azuis. –Você se incomoda com o fato de ter de tomar todas as iniciativas?- Soltou num fôlego só, sentindo seu rosto corar.

–Claro que não Hina. Eu te amo do jeitinho que você é. - O loiro sorriu e acariciou a bochecha rosada com seu polegar, voltando seu olhar novamente para a TV.

Hinata sabia que era mentira, assim como sabia que ele era gentil demais para admitir isso em sua frente. Mais uma vez, tomou todo o fôlego que conseguiu. Pegou o controle do aparelho, e a desligou. Antes que o Uzumaki pudesse perguntar o que tinha acontecido, a morena já subia em seu colo, apoiando os joelhos em cada lado do corpo do garoto. Sentia seu rosto pegar fogo, enquanto depositava uma mão na nuca e outra nas costas de Naruto, o puxando para um beijo apaixonado. Assim que sentiu duas mãos em seus quadris, a puxando para perto, e pressionando para baixo, o ósculo se tornou urgente. Com os lábios ainda unidos, a Hyuuga passou a rebolar contra o membro do loiro, ouvindo gemidos abafados que este soltava durante o beijo. Quando o ar passou a ser necessário, se afastaram e sem esperar muito, Hinata tirou a camisa que o garoto vestia, distribuindo beijos, mordidas, lambidas e tímidos chupões pela região do pescoço e colo.

A perolada grudou os lábios em seu ouvido e um sussurro rouco saiu de sua garganta.

–Assim é melhor? –Logo que terminou a frase, mordeu o lóbulo de sua orelha.

E Naruto perdeu as ultimas porções de juízo que tinha quando um arrepio passou por todo seu ser, fazendo seu baixo ventre formigar. Em um movimento rápido, se jogou em cima do pequeno corpo, fazendo-os virar de modo que ele ficasse por cima dela. Atacou o pescoço delicado, e quando sua mão se dirigia para a barra da blusa feminina, sentiu seu cabelo ser puxado com força. Ao olhar para a Hyuuga, que ainda estava apertando as madeixas loiras, encontrou a melhor visão que poderia pedir. A garota estava com uma coloração rosa, mordendo o lábio inferior e acenando a cabeça negativamente. Acharia extremamente fofo o fato de ela estar envergonhada, se não estivesse banhado de tesão.

Hoje, ela não seria dominada. Assim, empurrou o peitoral do Uzumaki para trás, fazendo-o ficar deitado na outra extremidade do sofá, se colocando em cima dele. Tirou a própria blusa, deixando o sutiã preto à mostra. Pegou uma das mãos de Naruto e a colocou em cima do seio direito o estimulando a apertar a região, enquanto se remexia em cima de seu quadril. Pouco tempo depois, a garota foi descendo, fazendo uma trilha de beijos em sua barriga. Chegou no cós da calça, abriu os botões, e tirou a peça de roupa, enquanto suas unhas arranhavam as pernas do loiro. Sem qualquer aviso prévio, abaixou a cueca do parceiro e lambeu a sua glande, se deleitando ao ver o Uzumaki se contorcer de prazer com a surpresa, soltando um gemido rouco.

Colocou o membro na boca, fazendo movimentos extremamente lentos, o provocando com seus dentes e sua língua. Quando se cansou e levantou a cabeça, antes que pudesse reagir, seu short já tinha sido tirado, e sentiu dois dedos quentes e ágeis brincando com sua intimidade por baixo na calcinha. Naruto se sentou, encostando as costas no braço do móvel e a deixou de joelhos em sua frente, sentindo arrepios preencherem o rastro dos arranhões que as compridas unhas deixavam em suas costas. Com muito esforço, a Hyuuga se levantou, pegou o preservativo na mochila do namorado, e se sentou em sua coxa. Começou a colocar a camisinha enquanto mordia o pescoço másculo, sentindo sua bunda ser apertada com força, enquanto o loiro revirava os olhos de prazer.

Finalmente, Hinata tirou sua calcinha enquanto o outro tirava seu sutiã, e sentou em cima do membro rijo soltando um suspiro de prazer quando sentiu a boca do Uzumaki sugando seu seio. Puxou o rosto do garoto para um beijo desesperado, aumentando a deliciosa luxuria que dominava seu corpo. Ela apoiou os braços nos ombros largos, e em conjunto às duas mãos que seguravam firme sua cintura, ditou os movimentos daquela dança carnal. Naruto a estocou forte e precisamente, delirando com o grito de deleite que escutara.

Após algum tempo, a perolada chegou ao seu ápice, mas continuou rebolando em cima do membro do loiro, até que ele chegasse ao seu orgasmo. O garoto deitou no sofá, encostando a cabeça em seu braço e a Hyuuga caiu sobre seu corpo, aconchegando-se em seu peito.

–Eu te amo. – A voz rouca saiu fraca, enquanto ele tentava controlar a respiração. Afastou alguns fios de cabelo da testa suada da garota e ali depositou um selar inocente.

–Eu também te amo. –Havia um sorriso meigo em seus lábios. Estava contente com o que tinha feito. Afinal, não sabia o quão maravilhosa seria a cena de Naruto se entregando ao prazer de seus toques.

Quando seus fôlegos voltaram ao normal, vestiram a roupa intima, pegaram suas coisas e se dirigiram para o quarto da morena, onde ficaram deitados um bom tempo, apenas curtindo suas presenças.

Não muito longe dali, Sakura abandonou as amigas para se encontrar com Oreki na lanchonete que sempre freqüentava com os amigos.

Chegando ao local, encontrou um garoto alto, com olhos verdes e cabelo castanho desarrumado, deixando sua aparência ainda mais convidativa. Tinha músculos sutilmente definidos e usava uma calça jeans escura, em conjunto com uma camisa xadrez cinza por cima de uma blusa verde.

–Oreki?- A rosada perguntou se aproximando da mesa onde o rapaz sentava sozinho.

–Sakura!- Abriu um largo sorriso enquanto se levantava. Beijou sua bochecha, deu a volta na mesa e puxou a cadeira para que a menina sentasse, esta que agradeceu com um sorriso tímido.

A Haruno se desculpou pela demora, fizeram os pedidos e a partir daí, o assunto fluiu livremente. Mesmo que estivessem se conhecendo, os dois conversavam com extrema naturalidade. Passaram boa parte da tarde rindo, não notando que estavam sendo observados por olhos frios.

Por volta das sete da tarde, resolveram deixar o local, antes que escurecesse. Oreki queria acompanhá-la até em casa, mas Sakura o convenceu que seria desnecessário, pois morava perto dali e não queria ser um incomodo.

–Mas então na próxima vez, eu te levo. E não quero reclamações. –O moreno sorriu divertido, arrancando uma risada da Haruno. –Você é tão linda sabia?- Sua voz saiu num murmuro, enquanto depositava sua mão direta na bochecha da garota. –Mais bonita do que eu poderia imaginar. – Quase cortando a ultima palavra, ele a beijou. Foi um beijo calmo, quase tímido, se não fosse a agilidade de Oreki. Ele deu um ultimo selar em seus lábios, e se despediram, indo para lados opostos.

Sakura andava com um sorriso bobo nos lábios quando se assustou com uma voz grave e fria atrás de si.

–Já estão aos beijos no primeiro encontro, não sabia que você é tão fácil assim de conquistar. -

–Sasuke! –A rosada exclamou surpresa. –O que você está fazendo aqui?- Voltou a caminhar, parelha ao Uchiha.

–Estava na nossa lanchonete, fazendo um lanche, quando vi você chegar ao seu encontro. -Ele frisou bem a palavra “nossa” e colocou um toque de ironia no “encontro”.

–O que quer dizer com isso?- Questionou, não gostando muito do rumo que aquela conversa levaria.

–Quero dizer que, de milhares de lanchonetes nessa cidade, você tinha que escolher essa. E quero lembrar que ninguém é obrigado a te ver de rolo com alguém. –O tom de sua voz continuava frio, quase expressando irritação.

–Então devo perguntar o porquê você insistiu ficar olhando, sendo que tinha outras mil lanchonetes para ir. –Retrucou ríspida, aumentando um pouco o passo.

–Porque como eu disse, essa é a nossa lanchonete, não um canto onde você pode levar um qualquer. –

–Ele não é um qualquer. –Sakura parou e o encarou irritada. –Fomos ali pois é perto para nós dois. E outra, se isso lhe incomoda, não é assunto meu, arranje seu próprio jeito de lidar com isso. –

–Então porque você não para de ser mimada, e vai para um lugar mais longe, mais romântico pra você e seu príncipe encantado? –O Uchiha alterou um pouco seu tom de voz, que ficou mais cínico.

–Pare de se intrometer na minha vida, que merda! –O corpo da Haruno começou a tremer pelo nervosismo que começou a sentir.

–Faço isso por ser seu amigo, como qualquer outro iria fazer. – E antes que ela retrucasse outra vez, a interrompeu. –Você gosta dele?- Perguntou quase que com nojo.

Sakura parou alguns segundos para pensar na pergunta. Seu coração gritava, pedindo que ela contasse a verdade a ele, implorando para que aquele sofrimento acabasse e finalmente fosse sincera. Mas sua mente era mais autoritária e estava cega pela frustração que sentia.

–Sim. –Finalmente respondeu, firme. –Eu gosto dele. -

–Como pode gostar de alguém que conheceu a menos de um dia? –Sasuke questionou aflito.

–Porque esse alguém que eu conheci a menos de um dia, conseguiu me dar a atenção que eu precisava e não recebia em anos. –A Haruno se esforçou para não tremer a voz, e mesmo que se mostrasse forte por fora, estava frágil por dentro.

Ela se virou, voltou a andar e virou a esquina, seguindo o caminho de casa. Abaixou a cabeça, sentindo as lágrimas rolarem por seu rosto e caírem de encontro ao chão.

Gostaria de berrar o quanto ele era idiota, o quanto o jeito indiferente que a tratava a machucava como ninguém mais conseguia e o quanto seu peito doía por não estar ao lado dele como queria.

Mas lembrou-se de Oreki. Lembrou do quão gentil era e de como lhe tratara como gostaria. Não iria estragar uma oportunidade como essa por um amor platônico, mesmo que isso significasse enganar seu coração.

Já Sasuke, ficou parado depois de alguns segundos que ela partira. Lentamente, deu meia volta, indo para o ponto do ônibus, para voltar para casa. Sentia uma vontade tremenda de se enfiar em baixo de um carro, ou socar sua face, pelo jeito que tratou a rosada e principalmente, por não ser bom o suficiente para ela. Assim como sentia vontade de agarrá-la pelos ombros e gritar o quanto gostava dela, o quanto queria ser o seu príncipe encantado e o quanto o machucava ver outro beijando seus lábios rosados.

Pegou seu celular e discou alguns números quase que automaticamente, esperando a pessoa atender do outro lado da linha.

–Tenten? Faz um favor pra mim? Dorme lá em casa hoje. Por favor... –Não estava chorando, mas a Mitsashi pôde notar a agonia que aquele coração de pedra estava.