Love Rollercoaster escrita por Dani California


Capítulo 3
Capítulo 3




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/210423/chapter/3

-Christie? Acorda Christie!
- 5 minutos.
- Christie?!
- O que foi Junne?!
- Você prometeu.
Me estiquei na cama e olhei para o relógio, 7 da manhã, como ela conseguiu acordar essa hora.
- Essa hora?
- Sim – falou decidida.
A olhei e vi a pequena garota sorridente, já devidamente vestida, e com seu tão amado balde na mão.
Mesmo contra minha vontade, me levantei naquela hora mesmo, preparei o café para ela, como era muito cedo eu não conseguia comer, então tomei um pouco de café. Enquanto ela terminada o cereal dela, subi, coloquei o biquíni, uma regata, shorts, chinelo, e peguei meus óculos, desci depois de lavar o rosto e escovar os dentes.


-Pare com isso! – resmungou enquanto lhe passava protetor
- Não, você sabe que o sol está forte lá fora! – coloquei a pequena embalagem sobre a mesa. – Vamos! – estendi a mão e ela logo se juntou a mim.
Fomos caminhando até a praia, já que era próxima de casa, chegado lá, me sentei na areia e ela se sentou ao meu lado.
Perdemos um bom tempo fazendo castelos de areia, ficamos competindo quem fazia o mais alto, e eu ganhava, já fazia apenas uma montanha de areia enquanto ela tentava falar com o balde um por cima do outro.
- Vamos no mar?
- Ok. – ela se levantou e deixou o baldinho na areia, junto com seu pequeno par de chinelos, eu deixei os meus também, junto com minha regata.
Eu me divertia em ver ela se divertindo, se jogando nas pequenas ondas, que mal passavam do tornozelo.
- Vem vou te ensinar alguma coisa.
- Tá.
A peguei no colo e deitei na água, ainda a segurando, tentando lhe ensinar a boiar, ela até que foi bem, mas preferiu que eu a segurasse enquanto ela tentava nadar e assim eu fiz, até ela se cansar. Coloquei-a no meu ombro e fui um pouco mais pro fundo com ela.
- Trouxe o peixinho pro mar?
Me virei e vi Anthony ali nos encarando, achei que ele nem ia lembrar da minha cara. Sorri com seu comentário, não porque achei graça, e sim porque estava sendo simpática.
- É, falei que era só ela ter paciência.
-E então, está gostando Junne?
- Ela respondeu animadamente que sim. E começou a falar o que já havia feito.
- Quer dar uma volta aqui? – ele indicou a prancha pra ela.
Ela abaixou o rosto até se encontrar com o meu, pedindo minha permissão pelo olhar.
- Vai lá.
Ela se animou de imediato, a tirei de cima de mim e já fui coloca-la na prancha, mas Anthony a pegou e a ajeitou.
Ele foi com a prancha mais pro fundo, não dava para entender o que ele estava tentando mostrar pra ela, mas era clara a diversão de ambos. Eu observei por uns minutos e depois voltei para a areia e fiquei observando de lá. Logo eles voltaram para onde eu estava. Achei que Anthony ia ir embora, mas a cada minuto eu estava me surpreendendo mais, ele simplesmente se sentou ao meu lado.
Não sei se aquele silencio estava sendo mais constrangedor pra mim ou pra ele, talvez para ambos, apenas Junne se divertia com seus castelos. Eu apenas mexia na areia levemente, com o olhar fixo para baixo tentando evitar Anthony, já que aquela roupa grudada em seu corpo estava chamando minha atenção.
- Então você vem sempre aqui?
Eu ri com o modo que ele começou o assunto, e não sabia se ele estava apenas brincando ou falando serio.
- Sempre que tenho tempo. – falei, mas ainda não tinha levantando meu olhar.
- Você faz faculdade? – sentia seu olhar me encarando
- Pós. – respondi levando meu olhar ao seu que parecia curioso, mas logo voltei para a areia.
- Do que? – ainda sentia ele me olhando e dessa vez ele se virou um pouco mais de lado, como se estivesse querendo chamar minha atenção para conversar com ele.
- Cinema. – respondi o olhando no rosto, tentando não descer o olhar.
- Bem interessante.
Eu estava péssima aquele dia para puxar assunto ou continua-lo, então logo o silencio voltou. Eu pensei em perguntar sobre o trabalho dele, mas eram coisas meias obvias.
- Tem ideia de que horas são? – nossa eu não podia ter pensado em coisa melhor.
- 13h45min
- Sempre perco noção da hora quando estou na praia.
- Também. – ele foi se levantando.
- Junne , pega suas coisas. – falei indo em sua direção
- A gente já vai?
- Mais tarde a gente volta.
- Tem um ótimo restaurante aqui perto, a gente podia almoçar lá. – caramba, ele ainda estava ali e eu nem tinha percebido.
- Pode ser.
Fomos até o restaurante, que era realmente perto da praia, nos sentamos e logo fizemos nossos pedidos.
- Vocês moram juntas? – Anthony perguntou depois que o garçom trouxe a comida.
- Não, ela só está passando uns dias comigo. Ela mora com minha mãe em Beverly Hills.
- E você gosta de vir pra cá? – perguntou pra Junne.
- Huhum . Principalmente por não ter que ir a escola.
- Você não gosta de lá? – perguntou e deu uma garfada em sua comida.
- Não muito, gosto do ballet.
- Então você é uma bailarina? – falou depois de um gole em seu suco.
- E futura violinista e pianista – completei.
- Nossa, tudo isso nessa idade.
- Dependendo da minha mãe ela já tinha nascido dentro de uma escola.
- E você gosta de tudo isso?
- Gosto! – falou decidida. – Bem... antes eu não gostava muito de violino, mas é legal.
- Pelo menos você gosta.
- E você, toca alguma coisa? – essa foi pra mim.
- Guitarra – tomei um gole de suco. – também sei um pouco de baixo.
Ficamos um tempo conversando, depois que saímos de lá, voltamos para a praia, eu e Anthony ficamos apenas sentados perto de um quiosque enquanto Junne ainda não enjoava de brincar com a areia, eu não reclamei já que ia deixar ela aproveitar o quanto quisesse.
- Vão ficar o dia todo aqui?
- Vou ver até que horas ela aguenta, e outra, vou deixar ela aproveitar bastante, já que amanha não vai ser assim.
- Ah Christie, você vai ficar de novo fazendo aquele trabalho. – ela estava perto da gente então ouviu claramente.
- Eu te avisei! Não vai ser o dia todo, no final da tarde a gente vem.
- Mas e durante o dia, eu não quero ficar sem fazer nada.
- Eu penso em algo para você brincar.
Anthony apenas observava com um leve sorriso, talvez se divertindo com a cena, até que decidiu dar ideias.
- Amanhã eu vou em um aquário, você podia ir comigo, assim não ficava sozinha.
Ela se animou de imediato com a ideia, balançando a cabeça positivamente.
- Pede para sua irmã.
Virou seu olhar para mim me implorando com o mesmo.
- O que?! Não! De jeito nenhum.
Ele não deixava de ser um estranho pra mim, tira o fato dele ser famoso, e imagina uma pessoa normal, um estranho.
- Ah qual é Christie, deixa ela ir comigo. Eu vou cuidar dela.
- Anthony, sem chances. – eu estava decidida, no fundo eu sabia que ele não iria causar nenhum mal a ela, porem mesmo assim eu não iria deixa- lá com ele.
- Tá vendo, ela é chata. – disse June. – Por favor, Christie.
- Eu não vou sequestrar ela, pode ficar tranquila.
- Não estou dizendo isso.
Junne para ajudar estava grudada na minha perna, implorando. Eu a olhava e olhava Anthony os dois esperando uma resposta e eu já tinha dito uma vez e não mudou, balancei a cabeça negativamente.
- Christie! – Junne continuava.
- Sei que sou estranho para você, mas pode confiar. Pensa bem e depois me fale, pode ser.
Eu não ia deixar, mas para encerrar o assunto concordei com ele.
- Está bem.
- Me passe seu número.
Passei meu número, ele disse que no final do dia iria me ligar para saber minha resposta. Depois que o assunto se encerrou, voltamos a conversar, mas Junne ainda me olhava com raiva.
- Continue me olhando assim que te coloco para dormir com os tubarões.
- Chata.
- Pirralha.
- Boba.
- Fedida.
- Feia.
- Banguela.
- Tem certeza que só tem uma criança aqui? – Anthony nos interrompeu. Ele ainda ria com a cena, como se fosse engraçado. – Eu tenho que ir. Vou te ligar mais tarde.
- Está bem. – falei enquanto ele se levantava
- Até mais.
- Até.
- Tchau Junne.
- Tchau!
Ficamos mais alguns minutos ali, depois voltamos para casa. Depois que tomamos banho e jantamos ficamos na sala vendo TV.
- Me ensina? – falou apontando para minha guitarra encostada no canto da parede.
Me levantei e peguei o instrumento, tentei lhe mostrar algumas coisas, mas ela não estava indo muito bem, para começar a guitarra parecia ser um mostro perto dela, já que era pequena e magrinha.
Fomos interrompidas pelo telefone, tanto eu quanto ela sabíamos quem estava ligando, ela me lançou um olhar animado, mas eu respondi um não, o que fez ela sair com todo o drama que ela tinha, subiu as escadas quase fazendo um buraco no chão e foi pro quarto. Então eu atendi o telefone.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Love Rollercoaster" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.