Love Rollercoaster escrita por Dani California


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

cap grandinho hein, mas nada de mto óóó. espero q goste e review



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– Você disse que a gente iria à praia!
Ai droga, ela já tinha acordado.
– Parece que você nunca viu o mar! – falei dirigindo meu olhar a ela - ele não vai fugir de lá.
– Não me importo!
Eu tinha acordado bem cedo aquela manhã, logo para poder adiantar o trabalho e durante a tarde ir à praia com Junne. Eu, bobinha, achei que ela ia acordar só na hora do almoço.
– Junne, eu tenho que pelo menos adiantar uma parte. Quando eu acabar a gente vai à praia, mas você vai ter que esperar.
– Eu não quero esperar Christie! – falou jogando seu baldinho no chão, é, ela sabia irritar quando queria. – Vou arrumar alguém para me levar.
– Essa eu quero ver! Vai pedir pra quem? Pro Max? – Max era um filhote de pug.
Ela pegou o baldinho e saiu bufando, descendo as escadas, eu queria leva-la a praia, nunca neguei isso a ela, mas estava preocupada com meu trabalho.
Voltei meu olhar para a janela que estava aberta, permitindo assim que a brisa entrasse e balançasse levemente a cortina do quarto.
Comecei a digitar algumas coisas, voltando a minha concentração ao notebook, quando começo a ouvir uma conversa. Isso não me chamaria atenção, se não tivesse a voz de Junne envolvida e vinda do quintal.
Me levantei e me inclinei sobre a mesa, olhando pela janela, e pude avista-la na calçada conversando com um homem, o qual eu não conhecia.
Desci as escadas correndo, no momento que eu abri a porta os dois me olharam, me aproximei dela.
– O que você esta fazendo?
– Eu disse que eu ia conseguir alguém pra me levar na praia.
Nossa e você foi pedir logo pro Anthony Kiedis?
– Olha me desculpe por isso. Ela parece que nunca viu praia na vida. – Falei olhando para ele enquanto segurava com força a mão dela, antes que ela fugisse.
Ele apenas riu com meu comentário.
– Sem problemas.
– O único problema aqui é minha irmã. – murmurou baixo, mas eu entendi muito bem o que ela disse.
Respirei fundo e evitei responder algo.
– Ela está desesperada para ir à praia, mas eu falei que logo que terminar meu trabalho eu a levo.
– Mas ela não gosta de esperar – completou.
–Exato!
– Sei como é, tenho um irmão mais novo também.
Junne continuava com a cara fechada pra mim.
– Hey mocinha, tenha paciência! – Anthony disse pra ela e ela sorriu, a então é assim? Pra ele você é legal né.
Ela me olhou e entrou ainda nervosa.
– Vê se eu posso com isso. – falei indignada com tão pequeno ser humano fazendo tanto drama.
– Irmãos mais novos né – seu comentário me fez voltar a olhar pra ele. – Sou Anthony – se apresentou.
Avá!
– Christie. E aquela miniatura de gente é a Junne.
– Prazer Christie.
– Eu tenho que voltar lá pra dentro antes que ela derrube a casa, me desculpe por isso.
– Não há o que desculpar. – sorriu – Até mais.
– Até.
Me virei e entrei em casa, fui para o quarto de Junne e ela estava sentada com os braços cruzados no canto da cama, me sentei ao lado dela e ela evitava me olhar.
Respirei fundo e comecei.
– Eu te prometi levar a praia e vou levar. É o primeiro dia que você está aqui, tenha paciência ok?
– Mas você fica fazendo esse trabalho, em casa não tem nada para fazer, ainda mais sozinha, e você sabe que faz tempo que não venho para cá.
– Sei Junne, mas estou tentando adiantar esse trabalho logo para poder ficar com você.
Eu falava com calma, estava mal por dentro por não leva-la, eu sabia como era a vida dela, ela mal tinha amigas, acho que tinha uma e fora da escola mal se viam. Minha mãe queria que ela fosse o que eu não fui, então ela dividia seu tempo entre escola, cursos de ballet, violino e teclado. Ela até que gostava já que mal teve a chance de conhecer outras coisas, mesmo porque era apenas uma criança que não estava preocupada com isso. Mas não tinha ninguém que colocasse na cabeça da minha mãe. Ela queria que ela fosse diferente de mim, mas qual o problema na mina vida? Eu conclui minha faculdade e agora estou fazendo pós graduação, já trabalhei em algumas agencias, mas no momento estou desempregada por vontade própria, e pretendo só trabalhar quando terminar meus estudos, assim posso dar mais atenção a eles. Eu gostava de viajar, então sempre que eu podia estava em um estado diferente ou outo pais. Nunca gostei de violino que era o sonho da minha mãe, que eu fosse uma violinista. Eu sabia tocar guitarra, baixo e fazia um barulho na bateria. Mas voltando ao que interessa.
– Olha, por favor arrume alguma coisa para fazer enquanto eu termino o trabalho, mas dentro de casa, vê TV, brinca com o cachorro, você tá liberada para comer o que quiser, mas se você ficar me atrapalhando vai demorar mais, está bem?
Ela apenas concordou com um aceno.
– E por favor, deixe as pessoas na rua em paz.
Me levantei e estava saindo do quarto. Quando voltei só para dar um aviso.
– E é bom você ser mais bem educada mocinha, se não o máximo que você vai ter é um banho de mangueira.
Voltei, finalmente ao meu quarto, e fiquei organizando algumas ideias, tive que parar já que era hora do almoço, mas depois voltei direto para lá, e perdi noção das horas que fiquei lá, eu apenas parava para ver o que Junne estava fazendo, e ela decidiu me dar paz, eu tinha finalmente terminado uma boa parte, eu poderia aproveitar o resto do dia com ela, e a manhã seguinte também, mas isso não significava que eu tinha terminado todo meu serviço.
Me certifiquei que estava tudo certo e salvo, desliguei o laptop e fui pro quarto de Junne, ela estava assistindo Tarzan sentada no tapete ao lado de Max.
– Vamos à praia? – falei animada
– Essa hora?
– Qual o problema, ainda são... Caramba já passam das 19h.
– Pois é.
Eu tinha perdido noção do tempo, não fazia ideia que já era tão tarde. Me sentei ao lado dela, enquanto o pequeno cão vinha me lamber.
– Amanhã, prometo que vou te levar na praia.
– Está bem.
– Está com fome?
– Um pouco.
– O que quer jantar?
– A gente pode pedir comida chinesa?
– Uhum. – falei me levantando. - Vou pedir, você quer do que?
– Camarão.
Desci e fiz os pedidos, um de legumes e outro de camarão, mal desliguei o telefone e ele já começou a tocar outra vez.
– Fala dona Angelina.
– Christie, sua irmã ainda está com você né?
– Não, troquei por uma calopsita. Onde ela estaria mãe?!
– Ótimo, e viva também né?
– O que você quer?
Ela riu, pois percebeu que tinha me tirado do serio.
– Só saber como vocês estão.
– Tá tudo bem mãe, não se preocupe.
– Christie, qualquer coisa você me liga, ok?
– Está bem.
– Eu ainda não sei ao certo quando eu volto, mas isso é antes de suas aulas voltarem.
– Ok.
– Vou desligar, tenho que sair agora. Beijos e se cuida.
– Você também mãe.
Desliguei o telefone, e fui atender a porta. Peguei os yakisoba e os coloquei sobre a mesa. Gritei para Junne descer enquanto eu arrumava a mesa. Ela tinha respondido um ‘já vai’ mas demorou para descer e eu estava com fome.
Subi e fui chama-la
– Junne, vem logo!
– Calma, eu quero ver o filme.
– Mas você sabe que o macaco morre.
– Christie?!
– Eu pauso o filme.
– Perai, dois minutos.
Era até estranho ver como ela estava concentrada no filme, parece que nuca viu. Desci peguei os yakisobas e fui até o quarto, tinha uma mesinha lá, onde ela ficava desenhando, eu a puxei e a fiz virar nossa mesa de jantar, assim comemos no quarto vendo o herói da selva.
No final do filme, já tínhamos acabado de comer, eu desci para levar as coisas para a cozinha e arrumar lá. Depois que ela tomou banho e escovou os dentes eu a coloquei na cama.
– Janne, me conta uma historia?
Revirei minha mente tentando me lembrar de uma, então passei apenas alguns minutos contando uma, já que logo ela dormiu.
Fui para o meu quarto e tomei um longo banho, exausta de ter passado o dia naquele computador, durante o banho não pude deixar de pensar no que aconteceu naquele dia. De tantas pessoas que passam naquela rua ela conseguiu parar bem o Anthony Kiedis, eu às vezes o via passando por ali, ele nunca me viu, mas enfim, ele não morava naquela rua, não era sempre que estava por perto.
Sai do banho, coloquei meu pijama e fui dormir, eu pretendia acordar bem tarde e depois ir para praia, o que seria ótimo para esfriar a mente. Em pouco tempo já estava dormindo.


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