Love Rollercoaster escrita por Dani California


Capítulo 4
Capítulo 4




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/210423/chapter/4

- Alô
- Christie, tudo bem?
- Tudo sim Anthony.
- Pensou no assunto.
- Sim e adivinha a resposta.
- Ah Christie, por favor. Eu ia ir lá sozinho, mas qual a graça de ir a um aquário sozinho, depois eu a levo num parque, assim você pode fazer seu trabalho sossegada. – eu até abri a boca para falar algo, mas ele continuou – Prometo que te ligo, avisando que está tudo bem.
Eu não sabia se deveria confiar ou não, no fundo não via tanto mal, mas eu estava tentando evitar o fato dele ser o Anthony Kiedis, e pensar que fosse qualquer um outro eu já descartava uma resposta positiva.
- Christie?
- Não sei Anthony.
- Por favor. – por um momento achei que estava falando com uma criança do outro lado da linha.
- Está bem – não acreditei em mim mesma quando respondi.
- Ótimo - sua voz parecia realmente animada. – eu passo ai as 10h amanhã pode ser?
- Pode.
- Brigado Christie.
- Ok.
- Até amanhã. Beijos.
- Até.

8h da manhã, eu tinha acabado de acordar, me troquei e fui preparar o café. Fiz panquecas, eu sabia que June gostava e decidi fazer um café mais reforçado já que ela ia sair. E essa ideia ainda me deixava preocupada. Se minha mãe soubesse dessa historia, além de eu ter que ouvir até ficar surda, ela nunca mais ia deixar Junne vir pra minha casa. E não é exagero, quando ela fala algo ela faz, e já tinha ouvido umas mil vezes dela para não deixar a Junne com estranhos, ou sozinha, enfim ela me falava isso quase todo dia, e agora eu estava prestes a deixar ela ir com alguém que era um estranho até pra mim.
Tentei ficar mais tranquila e parar de pensar nisso, já que Anthony, pelo que eu ouvia falar, era uma boa pessoa. E o que eu ouvia falar não era exatamente na mídia, minha amiga Vanessa, era namorada do Flea, o qual eu tinha algumas vezes, e sempre ouvia as historias que ela me contava sobre ele e a banda, muitas vezes falava do Anthony, e dizia que ele era gente fina e essas coisas como todos os outros, mas ela o conhecia, não eu.
Subi e fui acordar Junne antes que ela se atrasasse.
- Junne levanta! – ordenei enquanto acendia a luz.
Ela se enfiou embaixo do travesseiro, por causa da claridade.
- Vai embora.
- Não, não, levanta e vamos tomar café.
- Não quero! Me deixe dormir.
- Está bem, fique ai dormindo e eu vou ligar pro Anthony e dizer que você não vai mais. – Falei enquanto saia do quarto e apagava a luz.
Sai do quarto só ouvindo o barulho que ela estava fazendo, logo apareceu atrás de mim.
- Eu posso ir com ele?
- Huhum.
Ela grudou na minha perna e me agradeceu.
Descemos e fomos tomar café, e eu falando pra ela como ela deveria se comportar e todas essas coisas, e ela cansada de me ouvir falar.
Subimos e eu arrumei a pequena mochila dela, que ela insistiu em levar.  Ainda estávamos no quarto quando eu ouvi a campainha tocar.
- Não demore a descer! – alertei enquanto saia do quarto.
Desci e abri a porta, ai Senhor, o que estava acontecendo comigo. Eu grudei os olhos nele e minhas pernas ficaram até bambas, como ele podia estar tão lindo. Afastei os pensamentos e tentei parecer normal, mesmo encantada com aquele sorriso.
- Oi – disse ele sorrindo.
- Oi Anthony.
- Tony.
- Quem?
- Pode me chamar de Tony.
- Ah, Ok Tony. Quer entrar?
- Não, não precisa.
- Está bem, ela já está descendo. – eu ouvia ela descendo a escada.
- Não precisa se preocupar Christie.
- Falar é fácil.
- O que?! Não confia?
- Não é isso, não sei explicar, sei que você é confiável, mas deixa-la sair sem estar comigo... é complicado.
Percebi que ela chegou do meu lado, sorrindo de orelha a orelha, logo ela já estava do lado dele.
- Se comporta hein moça.
- Está bom Christie.
- Não vai dar trabalho pra ele.
- Christie, eu já sou grande sabia?!
- Nossa, que medo dessa grandeza toda. – falei e ela fez sua típica cara feia – Me avise se ela der trabalho. – falei dirigindo meu olhar a Anthony.
- Qualquer coisa deixo ela lá com os peixes.
- Boa ideia.
- Você vai encontrar a gente na praia?
- Que horas?
- Final da tarde, eu te ligo.
- Ok.
Eles então foram, eu nem perdi tempo, fui direto pro quarto, e fiquei fazendo meu trabalho, ou pelo menos tentando já que não parava de pensar nos dois.
Mas depois de horas eu estava quase terminando, e estava gostando muito do resultado. Parei para almoçar rapidamente e logo voltei a dedicar minha atenção ao trabalho, ou não já que observar o passarinho fazendo o ninho na arvore que tinha na frente da janela do meu quarto era mais interessante, ele buscava pequenos gravetos e os trazia fazendo um delicado ninho.
Quando eu conseguia afastar meus pensamentos de alguma coisa que tirara minha atenção eu voltava a fazer o trabalho.
Eu finalmente tinha terminado, mal podia acreditar, e eu realmente tinha gostado do resultado, me certifiquei eu estava salvo, e passei uma copia para o pen drive. Estava exausta, fui direto pro banho. Esta lá no bem bom na minha banheira quando começo a ouvir meu celular tocar. Eu achando que era cedo nem imaginei que pudesse ser o Anthony, sai do banho passei pelo quarto molhando tudo e peguei meu celular.
- Alo
- Oi Christie – falou com voz animada- Conseguiu terminar suas coisas?
- Acabei de terminar
- Que bom, então tem como você vir encontrar a gente?
- Claro.
- Sabe aquela sorveteria que fica do lado daquele restaurante que a gente foi ontem?
- Sei.
- A gente se encontra lá ok?
- Combinado, agora?
- É, daqui a uns 10 min pode ser?
Eu estava no meio do banho, nem estava arrumada nem nada mas concordei.
Finalizei a ligação, me troquei e sai.
Chegando a sorveteria, eles não estavam lá, me sentei em uma das mesas na calçada e fiquei esperando.
- Oi – a pequena estava ao lado da minha mesa, olhei um pouco mais a cima e Anthony estava ali sorrindo.
- Não disse que não precisava se preocupar. – ele falou enquanto se sentavam.
Logo o garçom veio e nos fizemos nossos pedidos.
- Como foi lá?
- Foi muito legal, tinha um peixe bem grande e um tubarão.
- Aposto que você ficou morrendo de medo.
- Não fiquei não.
- Depois a gente foi no parque – continuou Anthony
- É, e eu fui numa roda gigante enorme, e depois ganhei dois ursos, e um balão de baleia – aquilo explicava a orca que chegou junto a eles.
- E você não ganhou nada Tony?
- Não – fez uma cara de dó que me fez rir – Você acredita que ela tem a mira melhor que a minha.
Ficamos mais um tempo conversando depois eu voltei pra casa com Junne. A gente conversou mais em casa e fiquei indignada quando perguntava alguma coisa e ela falava que era segredo, como assim ela sai um dia que volta cheia de segredinhos como se fosse melhor amiga dele. Talvez eu estivesse sendo curiosa de mais com minhas perguntas, mas qual era o mal?
Já era quase o horário do jantar, então eu a chamei para comer.

- Então, gostou mesmo?
- Muito. Ele é muito legal.
- É?! Mais o que vocês fizeram lá?
- Muita coisa – nossa ela podia pelo menos compartilhar isso.
- Você sabe que não pode contar isso a ninguém.
- O que? Eu nunca tenho nada para contar para minhas colegas, agora que fiz algo legal eu vou contar.
- Só não deixa chegar à mamãe.
- Ela vai ser a primeira para quem eu vou contar.
- Você não pode contar pra ela! Você não gosta de vir pra cá?
- Gosto.
- Então não conte a ela.
- Está com medo de levar bronca da mamãe?
- Eu não me chamo Junne.
- Eu não estou com medo por isso vou contar.
- Junne, é serio, ela nunca mais vai deixar você voltar aqui.
- Até parece.
- Parece que você não a conhece.
- Ela não vai fazer nada, quando eu chegar em casa ela vai com certeza perguntar o que eu fiz e eu vou dizer tudo.
- Inclusive os seus segredinhos com o Anthony?
- Logico que não.
- Esses segredos são sobre quem?
- Não sei, talvez sobre alguma coisa, sobre ele, eu, você...
- A sua pirralha o que você andou falando de mim?
- Segredo.
Fiquei quieta antes que eu me estressasse mais, só era o que me faltava, ela sair contando da minha vida para os outros.
Mas minha preocupação era sobre o que a Junne ia falar para minha mãe, ela não entendia que se ela falasse isso com certeza ela nunca voltaria aqui. Eu tinha tido uma ideia, mas precisava esperar até o dia seguinte.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Love Rollercoaster" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.