-Agora tudo fica mais fácil!

Eu estava falando ao Jack sobre minhas deduções. Vampiro. Agora tudo parecia se encaixar. Expliquei a ele sobre minhas teorias.

-Tem alguma ideia de como o matamos? Estaca de madeira no coração? Colocá-lo sobre a luz do Sol?

-Eu não acho que isso vá funcionar Alice. -ele parecia divertido de um jeito mórbido.

-Nós temos que achar um jeito de matar uma criatura abominável dessas. Um vampiro. Assassino. Besta fera que é uma praga no mundo. Uau. Vamos lá, pensa comigo. O que dois humanos podem fazer para matar um vampiro? Você está nessa comigo, não está?

-Dois humanos? Hã, um, é, certo... -ele parecia surpreso, quase aliviado- Eu não acho que você deveria nem pensar na possibilidade de matá-lo. Ele a mataria muito antes de você saber o que te atingiu. -Agora preocupado. Que bonitinho.

-Meus pais merecem vingança! E você mesmo disse, ele está atrás de mim. Você se sente culpado por isso, porque você é meu enfermeiro e chamou meus pais aqui, quando eu estava na minha fase depressiva abandonada. A solução é perfeita: matar a besta. Assim você me ajuda! Pensa, essa é a minha missão: salvar o mundo de criaturas más. É por isso que eu tenho minhas visões!

Eu estava empolgada com essa nova ideia. Um destino feito para mim. Fazia sentido. Eu era abençoada, não uma aberração. Salvar o mundo. Fantástico!

-Você não faz a menor ideia do que está falando. Matar um vampiro? Impossível para humanos. Principalmente uma humana como você, Alice. Agora vamos a realidade: você não sabe como matar um vampiro. Você morreria no processo. E eu preciso de você viva.

Talvez ele tivesse razão, mas eu não ia desistir tão fácil. Afinal, eu tinha minhas visões. E eu estava determinada a me focar no canal vampiresco nesse mundo de microondas mentais. Eu me sentia preparada para isso. Impulsionar uma visão em mim: fácil. Descobrir sobre o vampiro loiro: difícil. Eu já tinha tentado, mas não conseguia descobrir nada sobre seus planos. Eu tinha uma pequena teoria: eu só conseguia enxergar humanos, pois eu era só uma humana.Jack se foi. Eu fiquei deitada, tentando de todo jeito obter alguma visão como pista. Lembrei de caçadores vampiros, que eram lendas, e tentei tirar alguma verdade disso. Nada.

Passei a noite sem visões. Talvez não fosse tão fácil assim ser uma vidente...

Até que eu acordei. Meu primeiro pensamento foi que aquilo não era real. Eu estava em uma cabaninha, no meio de um deserto ensolarado. Estranho.

Andei pela cabana. Cheguei em uma porta e entrei. Lá tinham dois homens conversando. Eu parecia não existir, como uma espécie de fantasma espectral. Cheguei mais perto para ouvir o que eles estavam dizendo.

-John, eles são os Volturi. Não há como lutar contra eles. Até eu reconheço que esta é uma batalha perdida. Eles estão recrutando os melhores vampiros do mundo todo. Eles querem criar um exército para livrar o mundo do poder dos humanos. E usando no processo vampiros com poderes! É um desastre, mas está fora de nosso alcance.

Quem disse isso era um homem alto, bem vestido. O que mais me chamava a atenção nele eram seus cabelos e bigodes ruivos. Ele aparentava ter quarenta anos.

-Mas Valentino, nós somos os diplomatas. Mantemos os vampiros longe dos olhos e ouvidos da sociedade em troca de nossa proteção, e precisamos tomar providências. Conversar com os Volturi talvez, mas não deixá-los tomar o mundo humano. Não desistir. Você é o governador dos Estados Unidos! Homem, você tem poder. Não se assuste com vampirinhos superpoderosos que podem andar a luz do dia. Não podemos matá-los, mas podemos expô-los para alguém que possa. Filhos da lua, metamorfos, e outras espécies desse mundo subrenatural. Eles odeiam os vampiros, fariam um extermínio dessa espécie com nossa ajuda.Esse segundo homem era baixo e gorducho. Ele tinha cabelos cor de carvão e olhos parecendo besourinhos brilhantes e ameaçadores.

Eu estava tentando me localizar. Vampiros com poderes? Humanos não podem matá-los, mas outras espécies podem? Guerra dos vampiros contra os humanos? E que diabos eram os Volturi?

E de repente eu fui tirada de minha visão. Estavam me chacoalhando. Acordei com um doutor iluminando meus olhos com uma luz. O que?

-Pensamos que a tivéssemos perdido... -Jack disse.