I'm not insane, I'm not insane

I'm not insane, I'm not Not insane

(Mother) Come back to me, it's almost easy

(Sad it all) Come back again, it's almost easy

Eu não sou louco! Eu não sou louco!

Eu não sou louco! Eu não... Não sou louco

(Mãe) Volte pra mim, é quase fácil

(Totalmente deprimido) Volte novamente, é quase fácil

(Almost Easy - Avenged Sevenfold)

Meus próximos dias não foram fáceis. As pessoas pensavam que eu tinha enlouquecido de vez. Cedo ou tarde todos enlouquecem. Mas eu sabia que eu não estava louca. Eu realmente tinha visto meus pais mortos. Mas não encontraram os corpos na floresta, nem o carro amassado, muito menos o assassino. Então eu era louca até que provasse o contrário.

Mas eu estava sem forças para lutar, para resistir. Porque eu estava abalada, deprimida, acabada. Eu queria aquelas pílulas. Elas me ajudavam a esquecer. Toda noite eu tinha pesadelos, e isso já era suficiente. Eu não queria estar na minha mente mais do que o necessário. E sempre eu tinha visões, pessoas morrendo ao meu redor. Eu queria gritar.

Jack às vezes queria me ajudar, mas eu não deixava. Ele não acreditava em mim, então ele era um inimigo, como todos os outros. Nos meus raros momentos lúcidos, eu o mandava embora. Eu não era eu mesma. Eu era um fantasma, perdido e sem esperança. Eu nunca saia da minha prisão. Eu nunca conseguiria viver denovo.

Essa fase desespero durou várias semanas, ou meses, não sei. Não se tem noção de tempo num lugar como esse. Você só espera até o momento de sua liberdade, que acontece quando você morre. Antes disso, você só sobrevive. Era isso que eu tava fazendo, deixando o tempo passar.

Mas ai eu comecei a resistir. Meu subconsciente me disse pra eu não deixar a morte de meus pais ser um mistério. Eu precisava mostrar ao mundo a verdade. E eu queria vingança. Comecei a parar de tomar as pílulas, escondê-las. E comecei a formar teorias. Por que uma pessoa mataria minha família? E como essa pessoa conseguiu me ver? E como eu tive uma visão tão real?Respostas sem pergunta. Mas eu estava certa que tinha algo a ver comigo. E eu precisava descobrir o que.

Jack ainda vinha me trazer comida. Mal nos falávamos. Ele era meu único amigo, e agora me tratava como uma aberração. Parecia estar com medo de mim. E meu orgulho não me permitia falar com ele, contar a ele minha história. Ele que decidiu fazer isso comigo, se tornar apenas meu enfermeiro, um completo estranho. Ele estava mais sombrio, mais misterioso. Eu também estava ficando assim.

E eu estava perdendo minha esperança de que tudo um dia voltaria ao normal...