Just In One Direction escrita por CostaSalazar


Capítulo 118
Capítulo 118


Notas iniciais do capítulo

Um capítulo muito especial para a Débora...
Obrigada por tudo loira ♥
Ly



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Despois do desfile todos foram para casa contentes por Eleanor. Tinha conseguido um lugar na Hollister como modelo. Niall não conseguira passar naquela fase, mas ele tinha ganho muito mais do que isso. Aquele beijo de Débora era a melhor conquista que poderia adquirir. Ao longo da noite, quando os rapazes, Danielle e as portuguesas vizinhas dela, estavam a festejar com Eleanor no Funky Budhha, ele mantinha-se distante, pensativo. Se não conseguisse agora ficar com ela, então nunca mais. A loira não os quis acompanhar na festa, afirmando estar com uma enorme dor de cabeça. Niall imaginva que a dor de cabeça era apenas uma desculpa e que a verdadeira razão tinha algo a ver com o que se tinha passado. Estava agora a fugir de uma possível conversa, era óbvio. Mas ele não deixaria passar. Tinha de falar com ela.

Gina estava lá contrariada. Não queria olhar para a cara de Harry. Ao longo da noite, ele olhava para ela, tentando comunicar com o olhar, mas ela desviava-lhe o rosto. Ele, tal como o amigo irlandês, estava pensativo. Só tinha em mente Gina e a possibilidade de ela estar grávida. Sentia que tinha de ter uma conversa séria com ela, mas, estando ela a fugir dele e tendo em conta o local onde estavam, que não era de todo o mais apropriado para uma conversa dessas, preferiu não insistir.

Já Eleanor estava felicissima. Tinha conseguido alcançar um sonho. Agora era modelo! Ela e Danielle estavam a dar-se cada vez melhor. Falaram ao longo de toda a noite com Liam também sempre por perto. Não tardou para que a nova modelo reparasse e comentasse com a recente amiga que achava que o rapaz sentia algo mais por ela do que uma amizade. A dançarina riu-se e corou um pouco.

- Achas? Somos apenas os melhores amigos. É por isso…

- Não. Não me parece que um melhor amigo olhe para a melhor amiga da forma como ele olha para ti.

- Oh! Não… Não sei. Mas acho que não.

- E tu também não lhe és indiferente…

Danielle continuava a desviar o olhar, envergonhada, rindo-se.

- Tu gostas dele! Nota-se. Que fofinhos!

- Shh! Ele vem aí! – Alerta-a a rapariga dos caracóis.

-x-x-x-

Niall e Harry passaram a noite em branco. Harry porque já imaginava uma criança a caminho. A ideia assustava-o mas ao mesmo tempo deleitava-o. Amava crianças e ter o seu próprio filho com a rapariga que amava era algo simplesmente divinal. Porém era ainda muito novo para assumir uma responsabilidade dessas e um acontecimento desses só viria estragar os planos de vida futuros tanto dele, como dela.

Noutra cama, Niall estava ansioso pelo novo dia. Só queria estar com Débora. Sentia que era o seu momento de intervir. Ela tinha feito tudo aquilo para o defender! Todos tinham razão afinal quando diziam que ela o amava. A felicidade não lhe dava lugar ao sono. Já Débora, adormecera a pensar no que fizera. Não tinha sido, se calhar, o mais correto, mas foi mais forte do que ela. Agora não sabia como reagir perante ele. Pelo menos as outras estúpidas não se meteriam mais com ele, de certeza.

-x-x-x-

Amanhecera e cedo Niall se levantou. Tomou um bom banho e saiu. Depois de um bom pequeno-almoço procurou pelo presente certo para a loira dos seus olhos. Tinha de lhe agradecer por lhe ter defendido. Estava um pouco perdido. Não sabia muito bem do que ela gostava, mas acabou por se decidir. Só tinha de esperar pela hora certa para ir ter com ela.

-x-x-x-

Depois do almoço, em que à mesa o único tristonho era o rapaz dos caracóis, o irlandês não quis saber de mais nada se não arranjar-se para ir ter com Débora. Os outros estranhavam o comportamento do amigo, mas ele não revelava nem um pouquinho da história. Preferia agir primeiro e depois contar. Estando vestido e perfumado, pegou na chave do seu carro e pôs-se ao caminho. Só que à medida que ficava mais perto, a coragem era menor. Tudo aquilo que pensara em dizer-lhe, tudo o que tinha ensaiado na sua mente para pôr em prática na presença dela, tinha sido esquecido. Tinha agora medo de sair dali derrotado como das outras vezes. Quando deu conta, estava a passar pelo prédio da sua melhor amiga. Estacionou o carro e pensou ainda algumas vezes se deveria ou não falar com ela. Decidiu-se por fim. Depois de ele lhe contar toda a história, Sofia não via razão para ele ter medo. Tudo o que fez foi encorajá-lo. Algum dia ela iria amolecer e acabar por ceder. Quiçá não fosse esse o dia? Ele não perderia nada em tentar. Além do mais, só estava a lutar pelo que queria, por isso, nem Débora nem ninguém o poderiam julgar ou gozar por isso. Depois de algumas horas de conversa e apoio, para além de um lanchezinho, Niall voltou ao seu carro e percorreu os poucos metros que faltavam até à casa dela. O coração batia forte, mas agora não era hora de desistir. Tocou à campainha e aquele pouco tempo que esperou para lhe abrirem a porta pareceu uma eternidade. Felizmente foi a própria Débora que lhe apareceu.

- Débora…

- Niall?

A loira já suspeitava do que ele estava ali a fazer. Ficou sem ar.

- Desculpa se vim incomodar mas eu precisava de te agradecer.

- Não, não incomodas. Mas agradecer? De quê?

- Por ontem… Aquilo lá com as aquelas duas lá no casting…

- Niall, eu…

Ele interrompeu-a.

- Trouxe até um pequeno miminho. Acho que gostas de chocolate…

- Oh! A sério Niall? Claro que adoro chocolate! Nem sei o que te dizer… Não era preciso.

- Era! Claro que era. Toma. Não aceito uma rejeição.

A loira pegou na caixa de bombons um pouco sem jeito. Sentiu-se na obrigação de o convidar a entrar e assim o fez.

- Na verdade eu queria falar contigo a sós e aí dentro devem estar a Raquel e a Mónica… Isto é, se puderes falar comigo… E se quiseres…

Ela não podia ser má para ele naquele dia. Acabou por sair e fechar a porta. Ficaram ambos ali, fora de casa.

- Diz lá então Niall.

- Débora, eu sei que não deves querer falar disso, mas é-me muito complicado simplesmente esquecer o que se passou ontem…

- É Niall, eu não quer…

Ele chegou-se um pouco mais a ela continuou a falar sem a deixar acabar a frase.

- Quando vais entender que eu te amo? Débora… Eu amo-te.

Ela ficou imóvel de olhos fixos nos dele. No momento vieram-lhe à cabeça as conversas com Zayn, a conversa com Sofia, o beijo do dia anterior… Ela também o amava.

Ele aproximou-se ainda mais dela. Era aquele o momento. Nunca a vira tão recetiva. Envolveu os seus braços à volta da sua cintura e beijou-a. Beijou-a quente e docemente. Um beijo mútuo, sem as confusões e atrapalhações de todos os anteriores. Ela não conseguiu evitar pôr os seus braços envoltos no pescoço dele. Foi um ato involuntário. Pela primeira vez se deixava levar completamente e sentia-se feliz.

O beijo acabou, mas eles não se soltaram. De olhos nos olhos, o irlandês fez a pergunta que há tanto tempo desejava fazer-lhe.

- Namoras comigo?

Ela riu-se.

- Eu… eu… na… não sei… sim. Sim.

Um grande sorriso iluminou a face do irlandês. Era sem dúvida o melhor dia da vida dele. Abraçou-a e prometeu-lhe fazer-lhe feliz. Ela continuava sem saber o que dizer. Tudo aquilo tinha sido muito esquisito. Sentia-se confusa. Foi tudo muito rápido. Há minutos era solteira, agora tinha namorado… Mas não queria pensar. Estava feliz porque o amava. Agora a vida dela iria mudar um bocadinho e aos poucos habituar-se-ia à ideia.

Depois ele quis sair, dar uma volta. Conversarem sem as habituais discussões. Ela achou boa ideia. Pediu para que esperasse e foi vestir algo mais apropriado. De resto, ao longo da noite, ele não a largava. Continuava a mesma resmungona e a mesma rapariga cómica, mas também tinha agora o seu lado muito doce e carinhoso para com ele. Depois do jantar a dois, caminharam pela margem do rio. Niall estava agora em pulgas para contar a toda a gente a grande novidade. Quando recebeu uma chamada de Sofia ficou super contente. Tinha ali a oportunidade de começar a dividir a sua felicidade com o mundo. A amiga estava a telefonar-lhe precisamente para saber como correra a conversa com Débora. Aproveitara o facto de estar com o namorado, também apoiante da relação daqueles dois, para saber em primeira mão o resultado. O rapaz de Mullingar conseguiu disfarçar bem. Aparentava estar normal, como se nada de mais tivesse acontecido.

- Mas normal, como assim? Foi uma conversa como as outras?

- Não… Foi uma conversa.

- Niall! Não estou a entender nada do que estás para aí a dizer! Queres ser mais específico, por favor?

- Está bem, pronto. Eu vou ser específico.

Niall passou o telemóvel a Débora.

- Olá pequenina!

- Loira?

Zayn, ao lado de Sofia, ficou tão entusiasmado quanto a namorada:

- Ela está com ele?

- Espera lá… Vocês estão finalmente juntos? – Questiona Sofia a Débora.

- Parece que sim. – Confirma-lhe a loira por entre risos.

- Waaaah! Eles estão juntos Zayn! Eles estão juntos! – Ouviu o casal de loiros do outro lado.

- Tem calma pequenina, tem calma…

- Estás a pedir-me calma? Impossível! Estou tão contente!

- Não tanto quanto eu! – Afirma Niall com o telemóvel já em altifalante.

- Eu só espero que vocês sejam muito felizes. Vocês merecem.

- E tu vê lá o que fazes aí à minha maninha ó inglês pervertido! – Tenta alertar Zayn que não estava a ouvir a conversa, estando a namorada com o telemóvel ao ouvido.

- Não te preocupes que está bem entregue.

Sofia passou o recado.

- Vamos deixar-vos gozar a primeira noite de namoro à vosa vontade. Não vamos atrapalhar mais. Fiquem bem e muitos parabéns! Estou mesmo muito feliz por vocês.

- Obrigada. – Agradece Débora.

- É… Isso são desculpas… Não é para nos deixares a nós a gozar a noite, é para ires tu gozá-la com o Zayn. A mim não me enganas… - Brinca o loiro.

- Tarado! Também é verdade… Mas também estou a pensar em vocês.

- Sim, sim… Claro!

Riram-se todos.

- Fiquem bem. – Diz-lhes Débora.

- Vocês também.

- Juízo! Portem-se bem! – Goza ainda o muçulmano.

- O que é que esse ‘tá para aí a dizer?

- Nada, nada. Não ligues. Xauzinho. Beijinhos para os dois.

- Nada de chegar tarde a casa ó irlandês! – Continua ainda Zayn.

- Fode-te Zayn! – Brinca Niall.

- Também te amo! – Persiste no gozo o namorado de Sofia.

De seguida, desligaram a chamada. Estavam todos muito felizes com aquela notícia. 


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