Uma jovem com triângulos invertidos no rosto, abriu a porta colocando a cabeça para dentro. Ao perceber o idoso sentado a mesa, um sorriso traquinas surgiu em seu rosto.

- Sofu... – ela murmurou, algumas vezes. Percebendo que ele não havia escutado, praticamente berrou. – OJIICHAN!

- Tomoyo, quantas vezes eu já lhe disse para não gritar? – Hiashi ergueu a cabeça, ligeiramente irritado. Os documentos que estavam a sua frente requeriam a sua atenção, porem a má criação da jovem era mais urgente.

 - O senhor não disse, que se aquela moça chamada Aya aparecesse, ou alguém procurando por ela, deveria ser informado?

- é ela?

- Não... é aquele cara de cachorro que cheirou a bunda do outro e não gostou.

- Tomoyo!

- Quem insulta o meu sofu-chan, também merece ser insultado!

Hiashi suspirou. Tomoyo tinha o gênio rebelde da avó Tsume. Por um impulso, ele havia permitido que hanabi se casasse com aquele... cafajeste... para não descer ao nível do maldito Inuzuka... que era o ex-companheiro de time de Hinata.

- Antes de trazer Sasuke Uchiha até aqui, traga sua mãe.

Hiashi instruiu, antes de, aparentemente voltar sua atenção aos documentos. Quando sua caçula entrou, Hiashi colocou os papeis de lado, sem hesitação. Fez sinal para que a filha se sentasse a sua frente.

- Sasuke Uchiha está aqui. – o homem falou, sem rodeios. Hanabi que estava pálida, ergueu levemente as sobrancelhas.

- Mandou chama-lo, chichiwe?

- Obviamente que não. Ele veio procurando pela jovem que encontramos antes.

As sobrancelhas da mulher de quase quarenta anos ergueram-se um pouco mais. Antes que mais alguma coisa pudesse ser dita, a porta abriu-se. O uchiha passou o olhar por ambos, antes do homem entrar sem ser convidado na sala. Hanabi ergueu-se, quando a filha, passando pelo Uchiha, colocou-se ao seu lado, cruzando os braços, enquanto fitava o moreno.

O companheiro canino de Tomoyo, havia entrado com a jovem, ficou ao lado de Hanabi, encarando Sasuke enquanto rosnava baixinho, disposto a atacar a menor ordem.

- Uchiha... entendi errado ou voce está procurando por uma jovem loira, vestida como se fosse uma cigana?

- Como se fosse não. Aya é meio cigana, portanto tem todo o direito de vestir-se daquela forma.

- Uia... – Tomoyo falou, sorrindo de maneira perigosa.

Sasuke a encarou com frieza.

- Eu pedi no portão se haviam visto alguma jovem com a descrição da minha nora. Se me fizeram entrar aqui apenas para perder tempo...

- Entao ela é sua nora mesmo? – Tomoyo apertou os punhos que estavam escondidos pelos cotovelos. Hanabi abriu a boca com espanto, antes de forçar-se a falar alguma coisa.

- Parabéns pelo casamento de seu filho. Com certeza, logo voce se tornará sofu.

- Se for para ter uma criança mal educada parecida com sua choujo, prefiro não ter mais nenhuma descendência.

- Insolente! – Hiashi ficou mais irritado pelo fato que Sasuke possuía a razão, que qualquer outra coisa. – encontramos a  moça a quem esta procurando por volta de três e meia da tarde. Trocamos algumas palavras e ela continuou seu caminho.

- Disse se estava indo a algum lugar em especial? – Sasuke ignorou a pequena batalha que imaginava estar no meio.  Até mesmo ele estava começando a preocupar-se com o sumiço da nora.

O medalhão

O medalhão

Aya abriu os olhos lentamente, sentindo a nuca doer. Tentou levantar o braço para passar a mão la, porem, não conseguiu. Os braços estavam amarrados, ela estava deitada em uma cama que rangeu quando ela se mexeu. Suas pernas estavam livres, uma tira de pano a amordaçava. Estava em um aposento escuro, porem, sem nenhum cheiro que irritasse seu nariz.

Estava quase conseguindo sentar-se, quando uma porta começou a abrir. A cigana ficou paralisada, o coração disparado. Quando o homem entrou pelo quarto, a loira conseguiu fita-lo apenas...