O Medalhão escrita por Tina Granger


Capítulo 10
Capítulo 10




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Aya respirou fundo, com as duas mãos no peito. Soltas. Finalmente o homem sem rosto que havia colocado um pano em seu nariz, com um cheiro forte, que a fizera desmaiar, saíra do local onde a havia aprisionado.

Aya tremia, um pouco pela temperatura que havia caído, mas principalmente pelo medo que ainda sentia. O pânico inicial, havia sido quebrado quando ela vira o rosto do captor. Olhos perolados, cabelos negros... Ela diria que ele possuía um rosto gentil, se não estivesse naquela situação.

Ao iniciar a conversa entre eles, ela percebeu que havia alguma coisa errada com ele... e mesmo agora, dois dias depois, ela ainda não conseguira definir.

Ele lhe trouxera comida varias vezes, alem de cobertores e água. Depois que a fizera prometer que não gritaria, ele a deixou sem a mordaça. Em seguida, com a promessa que não sairia dali, ela ficara com as mãos livres... Ele não tentara nada, porem...

Ele a havia acompanhado ate o banheiro, lhe permitindo privacidade para utiliza-lo. Ao ver o tamanho da janela do aposento, ela quase chorara, pois, tinha em mente tentar escapar pela janela... coisa que uma crianca de tres anos não conseguiria fazer.

Ela sentia-se suja. Ela precisava de um banho. Ele vinha com bastante frequência ao pequeno quarto que a mantinha cativa. Quando questionado, por qual razão a havia preso, ele dava de ombros, como se não soubesse responder.

Ela tentara escapar, em um momento de distração dele. Porem, não conseguira dar dois passos fora do quarto, antes que ele a pegasse pela cintura, abafando seus gritos com a mão. Embora ele não batesse nela, o medo dele a sufocava.

A loira levantou-se, caminhando de uma ponta a outra do aposento iluminado por velas. Ele as trouxera, depois que ela falara que ali era muito escuro. A possibilidade de tentar fazer um incêndio passara por sua mente, porem ela logo a descartara. Como não conseguia escutar sons da parte externa, ela concluira que estava isolada.

Se causasse um incêndio, a única que sofreria seria ela... Aya parou a frente de uma mesinha, que ele havia trazido em uma das suas vindas. Serviu-se de água fresca de uma jarra e pegou um biscoito com gotas de chocolate. Raras vezes antes, ela havia comido daqueles biscoitos antes.

Manter-se fraca era dar uma vantagem ao moreno, que a fitava sempre de maneira tão estranha. Assim que ela saísse dali, falaria com Sanosuke sobre sua descoberta. A descoberta que a deixara tão feliz e distraída, para que não percebesse as intenções daquele homem.

A descoberta, que nada mais era... que a família de sua okaa-chan, como seu bato lhe dissera para falar, quando se referisse a sua dai de sangue.

O medalhão

O medalhão

Sanosuke agachou-se, pegando um pouco de água em suas mãos em forma de concha. Lavou o rosto, enquanto estremecia levemente pela temperatura baixa. Havia passado por boa parte dos clãs, mas nenhum sinal da sua mulher. Em casa, havia sido a mesma coisa...

Ele comecara naquele dia a procurar pelos rios e lagoas de Konoha. Embora sua mulher fosse uma excelente nadadora, Aya poderia ter caído em algum lugar, machucado-se de tal forma que não conseguia chamar por ajuda. E como, pelo visto a reputação cigana não havia mudado muito na vila, ele temia que alguém pudesse ter feito algo a ela. Relembrando os olhos inocentes da sua calin, Sanosuke jurou. Se algum desgraçado tocara na sua mulher... o inferno seria o lugar mais aprazível de todos os mundos para a criatura.

O medalhão

O medalhão

Aya cruzou os braços, erguendo o queixo.

- voce pode achar graça, mas eu não. Não sou porca. Alias, não fazer isso é totalmente contra tudo o que devemos fazer para ter uma boa saúde.

Os olhos sem expressão do homem piscaram, como se ele acordasse.

- Voce disse que quer tomar banho?

- Quero tomar banho, lavar meus cabelos, lavar minhas roupas, colocar roupas... LIMPAS – ela frisou. –  pentear meus cabelos...

- E o que o que voce precisa?

Aya estreitou os olhos. Dificilmente ela perdia a razão. A raiva que dominava seu corpo, nesse momento, era terrível. Mas o seu captor definitivamente ou era muito estúpido ou zombava da sua cara abertamente sem medo da morte.

Sanosuke nunca a tinha totalmente zangada... e mesmo ele a tendo visto, apenas um pouco irritada, esse outro pedia uma correção que apenas sua dai Soraia dava a ela.

- Eu preciso de um banheiro com chuveiro, banheira, com água quente e fria.. – bem, ele tinha pedido o que ela precisava não pedira? Entao que mal fazia em inventar um pouco as coisas? – sais de banho, xampu, condicionador, creme de pentear, sabonete de morango, três toalhas com o meu nome escrito, muito grandes, creme para o corpo, uma escova de dentes, creme dental, um pente e também...

- Voce é muito fresca para tomar banho. – ele falou, dando de ombros. Olhou-a com atenção. – Se voce não fugir eu trago tudo isso, ta bom?

Antes que ela conseguisse abrir a boca, ele já saia pela porta, trancando-a. Aya olhou para a porta por alguns instantes, antes de pegar um prato de plástico que ele havia deixado ali jogando-o na porta. Infelizmente o prato não se quebrou, mas serviu para  amenizar um pouco o que sentia.

-   Hyuuga gadjo estúpido...

O medalhão

O medalhão

- Essa é a situação, Konohomaru-sama. Ela desapareceu após estar...

- Seu pai já havia me informado da situação, Sanosuke. – o hokage falou, suspirando. – acredite, já tenho vários homens a procura da sua mulher, a quase uma semana. E não temos o menor sinal dela.

- O QUE? COMO ASSIM ESTAO PROCURANDO AYA JÁ A UMA SEMANA E NÃO TEM O MENOR SINAL DELA!

Konohomaru deixou que Sanosuke berrasse, colocando-se de pé. Entao sem alterar-se o hokage fez sinal para que ele se sentasse. Depois que o moreno, contrafeito obedeceu, o hokage foi franco e direto.

- Sanosuke, que espécie de inimigos você fez durante o tempo que esteve fora?


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