Sanosuke fechou a cara, perante a gargalhada do homem a sua frente. - Hokage-sama, isso não é nada divertido. - Eu ainda não acredito que você passou os últimos cinco anos perseguindo uma família, só para se casar com uma garota... - Konohomaru-sama, o meu padrinho desafiou um clã inteiro pelo amor da sua vida. Acha que eu não teria coragem para fazer o mesmo? Konohomaru ainda sorria quando sentou-se. - Bem, quem sou eu para criticar um suicida? O que Naruto-nii-san fez, foi loucura. Afinal, Hinata-onee-sama era a mulher mais bonita da vila... - Meu pai não concordava com isso. - E eu passei a discordar depois que comecei a apreciar os belos atributos da Moegi. – A risada cafajeste do hokage fez Sanosuke refletir que fizera muito bem em deixar Aya em casa, não trazendo-a junto para a sua apresentação perante ao hokage. – Mas não importa. Quando você pode trazê-la? - Trazer quem aonde? - Sanosuke, não se faça de idiota. Se você ficou cinco anos longe de Konoha por essa garota, o mínimo que pode fazer para tentar se desculpar com a autoridade máxima da vila, que por acaso sou eu, é apresentar essa joia rara. - Aya é uma pessoa muito tímida... Eu não tenho culpa se, demorei dois anos para convencer o chefe do clã, ou tribo, como eles se chamam, para que me aceitasse... E mais três para conseguir... bom... – Sanosuke sentiu-se indignado quando viu a cara do hokage. – Eu não vou deixar a minha mulher chegar perto do segundo maior pervertido de Konoha! E eu estava falando da permissão para namorar com ela e casar! - Segundo maior pervertido? Quem é o primeiro? - Kakashi-sensei. – Sanosuke respondeu sem hesitar. Konohomaru fez um muxoxo. - Bem, você escolhe, Sanosuke... Ou traz a sua garota para eu conhecer ou eu vou ir jantar na sua casa, quando voce menos esperar... Jantar, almocar, tomar o café... Tomar banho... você não vai ter a mínima ideia de quando... do que... Eu posso até resolver ir dormir na sua casa! - DE JEITO NENHUM! –, konohomaru estava com os olhos arregalados, por conta do berro que Sanosuke deu. – voce vai ficar é bem sentado nessa cadeira ai, que eu vou trazer a aya... amanha. Hoje ela resolveu fazer pão e eu... - Adoro pão fresco! – Konohomaru levantou-se. – E se a sua mãe e nem a Moegi não estiverem cozinhando, gosto ainda mais! - Se o senhor der um passo em direção a porta, chamo sua mulher e conto que não gosta da comida dela. - Sanosuke... Faz quase vinte anos que eu casei com a Moegi. E você realmente acredita que ela já não sabe disso? O medalhão O medalhão O medalhão Mariko estava sentada em um balcão na cozinha, observando Aya lavar a louça. A Uchiha, assim como os irmãos, haviam herdado os negros cabelos e olhos negros de Sasuke... Porem, o comportamento dos três, era mais parecido com o de Sakura. Ela cansara de escutar do pai o quanto ela era... irritante... como a mãe dela. Os pais haviam sofrido muito, quando, a cinco anos atrás, haviam recebido a bandana de Sanosuke, juntamente com o pagamento da missão que ele havia ido fazer. Como sabiam que filho mais velho jamais se separaria da sua bandana, por sua vontade, SAsuke e Sakura haviam assumido que o filho falecera... Os funerais sem o corpo haviam sido feito. Sakura chorara por vários meses, sem conseguir consolo. Sasuke não vertera uma lagrima em publico... E nem na intimidade da família. O ex-ninja foragido escapara para local desconhecido, por dois meses, quando a situação para ele se tornara insustentável... E ao voltar, ele obrigara a mulher a sair daquele estado lastimoso. O ressurgimento de Sanosuke, era um verdadeiro milagre. Mariko não conseguia compreender, ainda, porque razão o pai de Aya relutara tanto em permitir o casamento entre seu irmão e a incomum cigana loira. Sanosuke podia ser um tanto atrapalhado algumas vezes... Metido e ligeiramente galinha, mas esse ultimo defeito, parecia ter sido curado, visto que a única mulher que parecia importar ao seu irmão, era a esposa. - Aya, a casa não vai desmoronar se voce deixar um copo sujo. – Mariko proferiu, vendo que a loira havia pegado um copo que a Uchiha de nascimento havia colocado na pia, logo depois de beber água. - Mariko, se a cozinha não estiver organizada, – aya virou-se para falar com a cunhada, fechando a torneira. Os gadjos não tinham noção de quanto eram afortunados por possuírem coisas que eles achavam tão triviais. Água encanada era uma delas. – a deusa da fortuna quando resolver passar se encontrar a cozinha desorganizada, é capaz de retirar toda a sorte da família! - Voce acredita numa bobagem dessas? – Mariko pediu, cética. - Claro que sim! Vocês gadjos, não acreditam em tantas outras coisas? Como um inocente gato negro... Mariko começou a balançar os braços. - Isso não tem nada a ver! E depois, eu estou morrendo de curiosidade para saber como foi que o meu irmão conseguiu convencer seu pai a deixar vocês se casarem... Um intenso rubor cobriu a face de Aya, fazendo que a loira se virasse. - É uma longa historia. - Eu estou de folga... E já que não tenho nada que fazer... O medalhão O medalhão Perante a anciã, ela tremia. Aya estava parada, esperando pela surra que sua avó tinha todo o direito de lhe dar, em especial depois de ter mentido que iria dormir junto a suas irmãs... para ir ao encontro do ninja. Eles haviam ficado apenas olhando a lua, as mãos dadas... Sanosuke lhe roubara alguns beijos, ele contentara-se com isso. Sabia que se tentasse alguma coisa alem, não seria toda a tribo de Aya, mas sim ela mesma, que o mataria. Quando perceberam que a noite já estava avançada, Sanosuke insistira que ela dormisse em sua tenda. Ele a acordaria antes que seu pai levantasse... ele lhe jurara. Sanosuke ate tentara cumprir a promessa... mas permanecer nos colchões que ele dormia, sentindo o cheiro dele... Sonhando com ele. E quando o moreno a chamara, a única coisa que Aya conseguira fazer, fora abrir os olhos... e puxar a cabeça do Uchiha para um beijo. E outro... e outro... Nem Sanosuke nem Aya conseguiam ter o suficiente... até que a tenda que ele havia montado com o passar dos anos, fora invadida pelo pai de Aya e seus irmãos. O uchiha havia conseguido evitar que os homens batessem em Aya, fazendo um bushin e a levara para a tenda da sua mamibaridai... que depois da explicação da moça, ficara mais que furiosa com a neta. Mas tivera presença de espírito para castigar a moça depois que enfiasse juízo no filho... Coisa que havia demorado a acontecer. - E então? Aya? O que voce acha que vai acontecer agora? - Mamibaridai, eu... - Bem eu lhe digo o que vai acontecer agora. O gadjo vai ser expulso daqui. E quanto a voce... A anciã suspirou. Aya era a sua neta preferida, embora ela não demonstrasse. - E voce vai acompanha-lo. - o que? – Aya ergueu a cabeça. - Seu gadjo lhe pediu todos esses anos em casamento... Já que ele produziu a sua desgraça, ele deve leva-la junto. Aya ficou olhando por vários momentos para a idosa. Ela não conseguia acreditar no que seus ouvidos estavam a escutar. - Quando? - Depois de amanha, Aya, voce já não será apenas minha neta e filha de seu pai... Depois de amanha, sua dai terá o desejo que sempre teve, desde o dia que seu pai lhe trouxe... pequena como um gatinho recemnascido... - Mamibaridai... – Aya sentiu uma grande opressão no peito. – Sanosuke e eu não... - Aya. – a anciã ergueu a mão. – Seus olhos continuam tão puros quanto no dia que voce conheceu Sanosuke. Porem, minha criança, a duvida que tenho agora, é se voce irá querer continuar a procurar os parentes de sua dai de sangue. - Claro que quero! – Aya tinha os olhos azuis brilhando. – Eu jurei por Santa Sara que desistiria apenas dessa procura quando os encontrasse!