Meu humor não está muito bom hoje, sei lá, só acordei ruim. Coloquei uma roupa qualquer e fui pra escola. Cheguei lá e os olhares pararam em mim, droga, se ele falou daquilo pra alguém ele tá ferrado. Procurei por ele e o vi com seus amigos lá do outro lado, fui até ele.

– Justin, preciso falar contigo - ele assentiu e veio em minha direção.

– Qual é Bieber, vai falar com a esquisitinha? - Brayan falou e Justin deu uma recuada. Logo vindo até mim.

– Desculpa por isso - falou olhando pra baixo.

– Tudo bem, já me acostumei com esse tipo de coisa.

– O que queria falar? - perguntou.

– Eu quero te pedir para que não conte nada à ninguém, por favor.

– Por que? Isso seria feio pra mim e não pra você. Mas eu não contaria pra ninguém mesmo, ninguém precisa saber disso.

– Eu não preciso explicar nada, mas okay, ainda bem que me entende. - falei e ele assentiu saindo e indo em direção aos amigos dele. Fui pra minha sala.

As aulas foram todas chatas como sempre. Última aula, Ed. Física, que por incrível que pareça cai no mesmo horário da de Justin, ás vezes acho que ele me persegue.

E esse uniforme, um dia ainda troco ele. Argh, coisa pequena, me sinto um balãozinho aqui dentro. Elas tem as pernas torneadas, eu não, sou gordinha. Já sei, não... não posso. Já parei com isso, há um bom tempo, mas... Não. Espantei esse pensamentos ruins da minha mente e me sentei na arquibancada, não iria jogar de novo, como sempre.

– Hey, quer jogar com a gente? - era Justin.

– Tá tirando com a minha cara? Eu? Jogar no meio de um monte de meninos? Não, não quero. - falei.

– Qual é Les - falou.

– Quantas vezes tenho que te dizer para parar de me chamar de Les? Caramba Justin, não aprende né - falei saindo dali. Meu humor hoje está maravilhoso né, nota-se. Ele não veio atrás de mim, isso é ótimo.

Troquei aquele uniforme ridículo e peguei o material que eu precisava pra fazer as tarefas e ajudar Justin, com Química. Coloquei dentro da minha bolsa, colocando celular e tudo mais. Logo o sinal bateu e todos vieram fazer o mesmo. Fiquei olhando algumas coisas no meu armário, até perceber que não havia ninguém no corredor. Eu desligada, imagina, que isso. Tranquei o mesmo e sai dali em passos largos. Passei pela grande porta indo em direção ao portão, até que alguém puxa meu braço.

– O que quer Justin? - perguntei para aquele infeliz.

– Quero saber se vai me dar aula hoje - falou.

– Sim né, tenho escolha? - falei rude - Agora solta meu braço. - puxei-o e fui indo em direção ao portão.

– Espera Leslie - falou e parei me virando, suas mãos pousaram rapidamente em minha cintura e ele veio se aproximando. Virei a cara. - Para Leslie, não vem dizer que você não gosta. - falou.

– Justin para, o que é isso? Seus amiguinhos estão aí, fazendo alguma coisa? O que você tá fazendo, é uma espécie de aposta? - fiz milhões de perguntas. Ele tocou meu rosto fazendo um carinho em minha bochecha e as malditas borboletas começaram a aparecer. Puxou meu queixo fazendo-me encarar seus olhos.

– Não tem aposta nenhuma, eu não sei o porquê disso, eu só sinto uma necessidade tremenda de ter teus lábios nos meus. - falou e abaixei minha cabeça. Ele logo levantou-a novamente e foi se aproximando. Eu também precisava de seus lábios nos meus, não tinha motivo para aquilo, até porque eu o odeio. Mas seus lábios, chamam os meus.

Ele me deu um selinho rápido e eu sorri encarando seus olhos, ele logo sorriu também, se aproximando. Pediu passagem e eu cedi, ele me beijou calmamente. Seu beijo é incrível, foi como se milhões de correntes elétricas passeassem pelo meu corpo, enquando ele me beijava. Ele se afastou me dando mais alguns selinhos e me abraçando forte.

– Eu não sei porque, está bem? Não me pergunta mais nada, só me abraça. - falou e pude ver que ele sentia algo por mim. - Pode me passar teu número? Para que possamos conversar? - perguntou se afastando um pouco, trocamos números e ele pegou em minha mão. - Vem, eu te levo em casa - falou sorrindo me dando mais um selinho.

Por que estou no mesmo carro que ele? Droga o que eu fiz? Ele vai me usar que nem fez com elas.

Logo, o carro dele parou em frente da minha casa e ele ia me dar outro selinho, mas tapei sua boca.

– Que foi agora? - perguntou me encarando.

– Eu não sei porque fiz isso, Justin, eu tenho medo, eu já sofri muito por conta disso. Eu sei que você jamais diria na minha cara, "estou te usando". Mas espero que você seja cavalheiro sulficiente para não me decepcionar. - falei e ele sorriu.

– Eu não estou te usando e eu não vou te decepcionar, não se eu puder. Eu não sei o que é isso, mas você me faz tão bem. Eu não sei só quero ter você perto. Pelo menos por enquanto, se você não quiser eu me afasto, tudo bem. Mas eu peço, não se afasta. Pelo menos até eu descobrir o que é isso que estou sentindo. - assenti e ele saiu do carro, eu ia abrir a porta mas ele abriu antes e eu sorri pegando minha bolsa. - Posso te mandar sms ou te ligar essa tarde? - pediu.

– Não dá, eu trabalho, esqueceu? Me mandar sms você pode, vou tentar arranjar um tempo, quando não tiver ninguém pra atender pra te responder.

– Então a gente se vê às 18:00hs - falou e sorri assentindo. Ele me deu outro selinho.

– Tchau - falei.

– Tchau - falou sorrindo e entrando no carro. Fiquei fitando o chão que nem uma idiota. Mas logo entrei em casa.

– Hmm, que sorriso é esse - Mary, perguntou.

Justin Pov

Fui falar com minha mãe, ela deve saber o que é isso.

– Mãe quero falar contigo.

– Fala meu filho - ela falou sorrindo.

– É sobre uma garota.

– Conta logo menino. - assenti começando.

– Eu não sei porque eu quero ela, mas ela me chama muito atenção. Ela pode ser esquisita para muitos e rude de vez em quando. Fria, também. Mas ela é um pessoa linda, tanto por fora tando por dentro. Ela não precisa de maquiagem pra mostrar a beleza dela. Dá de ver que ela é uma garota incrível e sei que ela é, eu posso ver, nos olhos dela. Hoje, eu a beijei, foi como se diversas correntes elétricas passeassem pelo meu corpo. Mãe, o que é isso?

– É paixão, filho você está apaixonado por essa garota, mas quem é ela? - perguntou e sorri. - Hmm, como é o nome da garota que fez você dar esse sorriso lindo. - sorri mais ainda respirando fundo.

– A Leslie - falei.

– A que te ensina?

– Essa mesmo, mãe, ela é incrível - falei.

– Aiin que lindo, me abraça - me abraçou afagando meus cabelos - agarra ela com todas as forças, não deixa-a fugir.

– Eu não vou deixar - falei e nem precisei olhar pra ela pra saber que ela estava dando um sorriso orgulhoso de mim.

Eu amo minha mãe e ela sempre sabe o que fazer.