Céu escrita por Liminne


Capítulo 49
Diário Celeste – Parte 9




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Quarta-feira, 22 de junho, às 13h20min

 

 

Estrelado diário!

Ai, já to cansando de escrever isso, acho que vou mudar meu bordão.

Enfim, vamos terminar logo as aventuras do Canceriano-san e da Capricorniana-san na missão das correntes! Já estou enrolando demais!

E hoje eu tenho muitas coisas pra fazer. Daqui a pouco tenho que ir cortar o cabelo, depois receber uma cliente para uma consulta astrológica, escrever quatro cartas estreladas, analisar uns casos, jogar um jogo novo que o Tessai comprou... Vida de Celeste-sama não é fácil não, babies.

 

 

Missão Extra – Corrente do Destino [parte final]

 

 

Então. Chegou a parte mais legal da missão. A madrugada sinistra do Canceriano-san. Eu tive que rir, não deu. A Pimentinha-san Capricorniana-san, sem estar dopada, é uma minhoca elétrica dormindo! Ela começou a puxar a corrente do Canceriano-san e ele acabou acordando. Não dava para ouvir o que ele falava. Mas dava pra ver que ele não estava nada feliz. E com toda razão! Levou a Encrenquinha jovenzinha de olhos azuis pra patinar, ficou o dia todo para ela aprender, e como recompensa tem ela puxando sua corrente na hora de dormir. Então, ela saiu de cima da corrente e ficou tudo bem. Mas alguns minutos depois, lá estava ela puxando de novo. E a cara do Kurosaki-san estava ficando cada vez mais azeda. Tudo bem. Voltou a dormir e uma hora depois, a coisinha enjoada garota o acordou para ir ao banheiro. Lá foi ele com a cara mais emburrada do mundo. Deitou na cama finalmente, dormiu e o que aconteceu em seguida? É! Ela puxou a corrente com toda força e derrubou ele no chão!

Hahaha! É isso que eu falo. Se ela não fosse tão fresca e deixasse que ele juntasse de vez as camas, nada disso teria acontecido. Então o resultado foi um ruivo puto da vida irritado demais tacando a cabeça na quina do criado mudo. E pelo visto, ainda tomando bronca da Minhoquinha culpada. Hahahahaha! Eu voltei tantas vezes nessa cena. Coloquei mais lento. Mais rápido. Mais lento. Mais rápido. Normal. Nunca ri tanto em toda minha vida. Esse Kurosaki-san é a pessoa mais vítima que eu já vi na história do Céu.

No final das contas a Ukitake-san teve o bom senso de fazer um curativo nele e então os dois voltaram a dormir em paz.

No outro dia, aconteceu uma coisa surpreendente. De noite, eles pularam o muro do jardim fechado e ficaram vadiando conversando lá. Mas tem gente que gosta de ser pisada, não é não? Bem... Tenho que admitir que a cena foi muito bonitinha e eu vi aquela garota sorrir muitas vezes. Mas como eu não faço idéia até agora do que eles estavam falando, não vou arriscar um palpite. Só sei que como o Céu estava colorido de estrelas e com aquela Lua enorme e cheia brilhando acima deles, eu podia ter certeza que a sintonia estava começando a existir de forma inesquecível. Depois de horas ali, vi os dois saindo quase de mãos dadas e o ruivo roubando pétalas de flores para ela. Ai, ai... Se eu tivesse uma mulher menos durona, eu ia aprender a ser romântico com esse moleque. Ele tem futuro, pena que seja tão fraquinho e suscetível a humilhações. Quero dizer. O cara parece o tal do príncipe encantado que as mulheres tanto procuram. Mas é tão frouxinho, tão passivo, que aí enfraquece. E não adianta ele espernear, fazer bico e gritar. Ele continua sendo um capacho, coitado. E eu definitivamente não quero isso pra minha vida.

Mas voltando ao que interessa... Depois disso ele até que conseguiu um pouco mais de atenção e tolerância da Capricorniana-san. Eles passaram dias tranqüilos desenhando, conversando, passeando pela cidade... Ela até deu um presente para ele! Fiquei muito grato por aquela Lua cheia. Muito mesmo.

Então, achei que já estava na hora de soltá-los. Fui bonzinho, pensei: Não, vou deixar o fim de semana da Golden Week para eles serem livres, felizes e fazerem o que o corações mandarem. Aí o que acontece? É isso mesmo. Eles se rebelam contra mim! Vou te dizer, são um bando de ingratos esses meus clientes.

Chegaram aqui na loja gritando, exasperados, irritados, cheios de razão, atirando acusações no pobre de mim como se fossem espadas afiadas. Perguntando por que eu parei de pagar o hotel se eles ainda tinham o resto da Golden Week para ficarem juntos.

Mas aí que eu tive a prova. Aí que eu tirei a conclusão de que eu sou bom mesmo. Eu soube a hora certinha de juntá-los e separá-los. É sempre assim que sei quando estou certo: quando discordo deles.

Então naquela vontade de não se separarem mais eu os soltei e os deixei livres e (quase) desimpedidos.

E nada vai se igualar às caras de bobalhões que os dois fizeram para mim quando eu perguntei se eles queriam continuar com a corrente ou voltar para casa.

Ai, ai... Por essas e por outras que eu amo meu trabalho.

Vou ficar por aqui, diário. Estou atrasado pra cortar o cabelo.

 

Beijos estrelados do Celeste-sama.

 

 


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