POV LUCE.

—Vamos Luce!Acorda! – Falou Callie jogando um travesseiro em mim.

—Hm? – Perguntei.

—VAMOS! É o dia da festa!

Mais uma festa, eu havia ido a muitas festas escondida nesses meses aqui na Dover, mas essa era especial, quem havia me convidado era Trevor.

Eu pulei da cama.

—E você só me acorda agora?

—A festa é só de noite. – Ela falou quando eu peguei o vestido.

—Ah, certo.

—E ai, você e o Trevor?

—Não sei, mas to tão ansiosa! Eu nem acredito que foi ele que me convidou.

Ela riu.

—Pois acredite, E eu tenho certeza que ele vai implorar por um beijo de Lucinda Price.

Joguei uma almofada nela.

—Mas é verdade.

—Eu não me lembro de como é beijar, nem sei se já beijei. Maldito coma. – Falei.

Rimos.

—Você vai se sair bem, Luce!

—Eu espero que sim, eu estou nervosa.

—Não fique! Vem vamos almoçar. Sua dorminhoca.

Eu ri e segui-a.

Nós almoçamos cachorros quentes e refrigerante ela comeu mais que eu, eu já estava um poço de nervosismo!

—Vamos Callie! – Eu disse – Chega de comida se não você não vai conseguir dançar de tão gorda que vai estar.

Ela riu.

—Ta bom! – Ela se levantou e nós saímos conversando até o quarto.

—Me empresta seu sapato preto? – Ela perguntou.

—Claro! – Eu disse.

—A Dani vai. – Ela falou.

—E daí?

—Ela é a ex do Trevor lembra?

—Sim, mas ela não me incomoda.

—Essa é minha garota.

Eu ri.

POV DANIEL.

—Nós vamos hoje. – Falou Ariane no telefone vibrando.

Ela falava com Annabelle que esperava nossa visita hoje. Eu sentia que havia algo estranho, os anunciadores estavam inquietos ao nosso redor.

Eu me preocupei imediatamente com Henry.

—Como está ele? – Perguntou Ariane, sem querer falar o nome de meu filho para que Cam ou qualquer outro não ouvisse.

Cam, Roland e Molly estavam na Sword & Cross.

—Ele está bem. – Ariane falou para nós. – E ela disse que é para ele parar de trazer animais para dentro de casa.

Eu e Gabbe rimos.

—Tudo bem, Anna, até depois – Ela desligou o telefone e se virou para nós.

—Ele acabou de trazer um veado, ou como ele chama “bambi” para dentro de casa.

—Ele ainda não sabe controlar – Disse Gabbe.

—Quando tiver idade deverá ir para Shoreline – Disse Ariane.

Assenti.

—Vamos logo – Eu disse.

Nós estávamos no cemitério da Sword & Cross abrimos as asas e voamos em direção ao céu até o esconderijo onde estavam Annabelle e Henry.

Pousamos na frente da cabana e entramos na sala de estar fechei a porta a mantendo trancada.

—Papai! – Henry gritou e correu até mim, eu o peguei no colo.

—Eu disse que ia vim te visitar. – Falei.

Então olhei para sala Annabelle estava espantando alguns passarinhos, digo vários, 17 na verdade, parece que tudo na vida é 17.

Eu não pude evitar rir.

—Foi você que fez isso? – Me virei para ele.

—Foi. – Ele admitiu um pouco encabulado, mas começou a rir depois.

—Você pode os tirar daqui agora? Antes que sua tia tenha um ataque? – Perguntei.

—Posso.

Ele chamou os passarinhos até ele e depois apontou as janelas os 17 passarinhos saíram e Annabelle correu para fechar as janelas.

—Tudo bem, Henry, chega de animais – Ela falou.

Botei Henry no chão.

—Ele faz isso todo o dia? – Perguntei.

Ela se jogou no sofá.

—Às vezes são bichos maiores, ele já chamou uma pantera, e não queria manda-la embora. – Ela falou um pouco irritada.

—Henry – Chamei, ele se virou para me olhar – Chega de panteras, ou “bambis” apenas pássaros.

—Daniel! – Falou Annabelle.

—O que? Quer a pantera de volta? – Perguntei.

—Tudo bem. – Ela falou.

—Você entendeu Henry? – Me virei para ele.

—Sim papai.

—Muito bem.

—Você quer comer alguma coisa Henry? – Perguntou Gabbe – Posso fazer para você.

Ele balançou a cabeça em forma de sim.

Gabbe sorriu e foi até a cozinha.

—E ai meninão! – Disse Ariane abraçando ele – Eu morri de saudade suas, andou enlouquecendo muito sua tia?

—Sim! – Falou Annabelle.

Nós rimos.

—Eu quero ver como isso funciona! – Falou Ariane abrindo a porta.–Henry chame algum animal.

—Ariane... – Comecei.

—Um animal que não seja perigoso – Ela falou.

Tudo bem assim.

Henry esticou sua mão e fechou os olhos e em questão de segundos via-se 17 corujas na sala.

—UOU! – Falou Ariane pegando uma coruja branca – Isso é de mais!

—Tudo bem Henry, mande isso embora- Disse Annabelle.

—Papai? - ele me olhou com esperança.

—Pode ficar com uma. – Falei, aqueles olhos me convenciam.

Ele sorriu.

—Essa aqui! – Disse Ariane como se tivesse a idade de Henry.

—Ariane! – Falou Annabelle.

Henry fechou de novo os olhos e mandou 16 corujas embora, Ariane fechou a porta.

—Vou chama-la de Duque! – Falou Ariane.

—Não seria mais próprio Henry escolher o nome? – Perguntei – Foi ele que as chamou.

—Tudo bem. – Disse Ariane manhosa.

—Edwiges! – Falou Henry.

Virei-me para Annabelle.

—Você andou mostrando os filmes do Harry Potter a ele?

—Ei, eu não posso fazer nada fora desse lugar, e então fui até a locadora.

—Com Henry?! – Perguntou Gabbe

—Eu não poderia deixa-lo sozinho – Se defendeu Annabelle.

—E se Cam tivesse visto vocês? – Falei.

—Eu escondi Henry, Ok?

—Como? – Perguntou Ariane.

—Bem, as mães levam os bebês para passear em carrinhos e os cobrem de panos, foi o que fiz.

—Se Cam o achar... – Não terminei a ameaça.

—Eu não vou mais fazer isso. – Disse Annabelle. – Prometo.

—Ótimo – Disse Gabbe. – Henry sua janta está pronta.

Ela deu a mão para ele e desapareceu na cozinha.

—Alguma noticia? – Perguntou Annabelle.

—Cam, Molly e Roland estão na Sword and Cross- Ariane pareci animada ao falar, eu esqueci a queda que ela tem por Roland.

—Por quê?! – Perguntou Annabelle.

—Talvez estejam nos seguindo.

—E se eles descobriram de Luce? – Perguntou Annabelle.

Eu não tinha pensado nisso.

—Então temos que mantê-la em segurança. – Falei.

—Ele não sabe que ela está na Dover. – Falou Ariane.

—Nada o impede de descobrir. – Falei

—Nós.

—Não podemos chamar atenção – Disse Annabelle.

—E não vamos. – Falei.

Ficamos em silencio por alguns minutos.

—Annabelle. – Comecei. – Eu reparei que todos os animais que Henry chama estão em numero 17, engano meu?

—Não – Ela falou. – 17 panteras, 17 “bambis”, 17 pássaros, 17 corujas... Tudo em 17.

—Por quê? – Perguntou Ariane.

—Ele me falou que gosta de 17.

—Parece que tudo gira em torno do numero 17 – Falei. – Luce sempre se vai aos 17, é o dia em que Henry nasceu... – Falei mais para mim do que para elas.

Elas só assentiram.

—Não Henry. – Disse Gabbe. – Você precisa dormir agora.

—Mas e o papai?

—Ele vai estar aqui quando você acordar. Quer ir da boa noite á ele?

—Quelo.

Gabbe apareceu com Henry no colo e o botou no chão ele correu até mim e me abraçou.

—Boa note, papai – Falou.

—Boa noite, Henry – Eu disse e beijei sua testa.

—Boa noite tia Ana, e tia Ari. – Ele falou abraçando elas.

—Boa noite, querido – Disse Annabelle.

—Boa noite, pequeno Henry. – Falou Ariane.

Ele voltou ao colo de Gabbe que o levou até o quarto.

POV LUCE.

—Vamos Luce – Falou Trevor pegando minha mão, fiquei vermelha. – Vamos lá fora.

Sorri para ele.

—Vamos.

Levantei-me e ele me puxou até lá fora até o lago bem longe da festa.

Ele me pegou pela cintura enquanto eu corria dele.

As sombras estavam ao redor, mas eu não me importei.

Era muito bom estar com Trevor.

—Peguei! – Disse Trevor.

Eu ri.

—É você me pegou. – Falei.

—E o que você vai fazer? – Ele me desafiou.

—Fugir.

Eu corri de novo dele contornando o lago, parei do outro lado e me escondi atrás da árvore.

Ele me achou e me puxou de novo pela cintura.

—Você não é boa em se esconder – Ele observou.

—Nem um pouco – Concordei.

Então ele passou a mão em meu cabelo o botando para trás da orelha, eu ainda ria e ele também, ele inclinou a cabeça para trás e pressionou seus lábios nos meus.

Algo aconteceu ai, ele me soltou e as sombras começaram a nos rodear.

—O que é isso? – Ele perguntou.

Ele estava vendo as sombras.

Eu tentei esticar o braço para pegá-lo, mas então o clarão, tudo explodiu a floresta estava em chamas.

—Trevor? – Gritei tossindo por causa da fumaça. Achei melhor correr – Corra Trevor!

Eu sai correndo em direção a festa onde todos gritavam.

—Luce! – Gritou Callie – O que aconteceu.

—Eu não sei!

A gente correu e a pouco tempo os bombeiros, policiais e pais estavam ao redor.

E foi ai que tudo desandou.

A policia me condenou pela morte Trevor embora eu não tenha cometido ela, ou espero não.

E eu fui transferida para o reformatório: Sword and Cross.

Obrigada a me despedir de Callie e da vida feliz que eu tinha em Dover.

POV DANIEL.

—Daniel! – Ariane atravessou voando a sala onde eu estava com Annabelle.

Levantei-me.

—O eu foi?

—É a Luce....

—O que tem ela? – Perguntei desesperado.

—Ela foi transferida de escola...

—Onde ela está?

—Pare de me interromper. Ela foi transferida... Para Sword and Cross.