Nova Vida escrita por Bells


Capítulo 4
Capítulo 4 Sonho


Notas iniciais do capítulo

O sonho da Luce



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POV LUCE.

Eu estendi as mãos tentando tocar no anjo e no bebê em seu colo, mas eles estavam distantes naquele cenário escuro e molhado, frio, ele ainda sorria olhando para mim com os olhos calorosos de tom violeta, e o bebê em seu colo se mexia, mas não desviava os olhos avelã do que parecia ser eu. Mas como sempre quando olhei novamente para o anjo suas asas e esquivaram para frente protegendo o pequeno bebê seu olhar se tornou sombrio, com medo e sofrimento ele se impulsionou para cima, lançando voo, e depois voltou o bebê não estava mais com ele, estava apenas ele, e ele me abraçou quando tudo que eu vi foi fogo, a explosão.

Acordei com os olhos molhados eu abracei as cobertas como se elas fossem o anjo, e em cima de mim estavam as sombras eu bati nelas com o travesseiro até elas saírem de perto, eu enterrei minha cabeça nas mãos e chorei silenciosamente. Para onde foi aquele bebê? Porque acontecerá aquela explosão? Por que sempre acontece? Porque o anjo voltou para me proteger? Esse sonho parece tão real. Como se tivesse acontecido, ou como se quisesse me dizer algo.

As sombras voltaram ao meu redor, tremi, elas quase me tocavam, eu me encolhi no canto da cama, elas se aproximaram.

-O que vocês querem? – Perguntei em um sussurro irritado.

Elas apenas zumbiam, eu não conseguia entende-las, e eu acho que é até melhor que não as entenda.

Elas chegaram mais preto, a que estava mais perto tremia, eu botei a mão dela, e por um minuto ela se estendeu como uma tela de cinema me mostrando novamente o anjo com o bebê, que deveria ter 2 anos, no colo em uma cena diferente o anjo estava preocupado e ele agarrava o bebê como se ele corresse perigo. Eu joguei o travesseiro na sombra e a visão e elas sumiram, deixando apenas eu e Callie, adormecida, no quarto.

Escorei a cabeça no travesseiro e respirei fundo fechando os olhos, implorando para nunca mais ver aquelas sombras.

Acordei no outro dia cansada, mas eu não reclamei de nada estava feliz em ver o sol, botei uma jeans com all star vermelho e uma blusa vermelha sangue. Callie estava acordada com seu sapato de salto roxo, jeans claro, e blusa roxa. Ela emanava felicidade. O que me fez sentir melhor.

-Vamos tomar café? – Ela me perguntou.

-Claro. – Penteei meu cabelo e a segui para fora do quarto.

-O sonho de novo? – Ela perguntou.

-É, dessa vez teve algo a mais, antes da explosão o anjo levou o bebê para longe voltou e me abraçou até tudo se tornar nada.

-Seus sonhos são tão distintos dos meus. Eu sonho com compras, e uma casa grande com um marido rico.

Nós rimos, e eu a invejei por ter sonhos divertidos.

Chegamos no refeitório e eu me servi de um suco de laranja e omelete e Callie pegou panquecas e um café forte. Sentamos-nos em uma mesa afastada das outras.

-Sabe o Jason? – Ela me perguntou.

-Sei.

-Me convidou para sair. Eu me fiz de difícil e disse que tinha que ver senão tinha nada para fazer.

Eu ri.

-Callie! – Falei – Você é realmente mestre nisso.

-Sou – Ela jogou o cabelo para trás se gabando.

Dei uma garfada na minha omelete ela tomou um gole de café.

-Como está o lance com o Trevor? – Me perguntou ela.

-Ele é mais simpático do que você imagina, temos física juntos, ele sentou do meu lado e foi muito receptivo.

-O que ele falou?

- Ficou fazendo piadas da física.

-Senso de humor, confere – Ela fingiu estar checando uma lista.

Eu ri.

-Que aula você tem agora? – Perguntei.

-Ainda não memorizou meu horário? Sei o seu de cor. – Ela se fingiu de ofendida. – Tenho inglês e você também!

Callie levava tudo na brincadeira, era divertido estar com ela.

-Qual seus planos para esta noite de sexta doutora Callie? – Perguntei.

-Vai ter uma festinha de Jason e nós fomos convidadas.

-Fomos?

-Fomos. Mas é claro que a escola não permite, então a aventura se aproxima.

Sorri.

-Você vai de vestido? Por que não quero ser a única de vestido. – Ela falou

-Eu achava melhor ir de jeans.

-Saia?

-Tudo bem! – Concordei. – Mas não muito curta.

-Fale por você.

-Sua idiota! – Eu baguncei o cabelo dela.

-Retardada – Ela falou,

Rimos.

-Eu vou com minha saia de cintura alta preta, no caso, ela vai até em cima dos joelhos e acho que minha blusa azul se encaixa com ela – Falei.

-Eu vou com minha minissaia vermelha que combina com minha blusa preta e meu salto preto. – Ela falou alegre.

-Mas temos que levar algo? – Perguntei.

-Nossa energia para pista de dança – Ela falou fazendo uns movimentes de dança com a mão.

Abaixei sua mão.

-Tem gente vendo, imagina se me internam com você?

Ela riu e empurrou minha cabeça. Eu ri junto dela.

O sinal tocou, nós nos levantamos e seguimos em direção a aula de Inglês.

POV DANIEL

-Eu, Gabbe e Ariane vamos para Sword and Cross, você fica aqui, Annabelle, e cuide de Henry – Falei.

-Certo – Disse Annabelle.

-E nós fugimos sempre que preciso para dar um olá! – Falou Ariane, não contestei, eu mesmo não ficaria longe do pequeno Henry.

-E Cam? – Perguntou Gabbe

-O que tem ele? – Perguntei.

-Se ele nos seguir, temos o esconderijo aqui e só.

-Ele não descobrirá sobre Henry, se nos descobrir tudo bem, Henry está seguro aqui.

Ela assentiu.

-Quando vamos? – Perguntou Ariane.

-Amanhã.

Henry repousou a cabeça em meu ombro, eu passei minha mão em seu cabelo.

-Daniel alguém já lhe disse que Henry é sua replica? – Perguntou Gabbe.

-Não, mas eu já percebi – Sorri. – Exceto pelos olhos...

Ficamos em silencio.

-Eu vou arrumar minha mala – Disse Ariane quebrando ele.

-Eu te ajudo! – Disse Annabelle, essas duas são unha e carne.

-Vou arrumar a minha - Falou Gabbe – Se precisar de mim, estou no meu quarto.

-Obrigado, Gabbe – Falei.

Eu segui para o quarto de Henry e o botei no chão ele caminhou até o urso e o trouxe até o tapete.

-Você vai passear? – Ele perguntou para mim.

-Vou, mas eu volto e você vai ficar com a Tia Ana, enquanto isso.

-Não posso ir com você?

Sorri.

-Não, você precisa ficar aqui. Se não sua tia destrói a casa.

Ele riu.

-Eu vou cuidar dela. – Disse ele.

Baguncei seu cabelo.

-Esse é meu garoto. – Eu disse.

Ele sorriu para mim. Nunca havia percebido, mas além dos olhos o sorriso dele era parecido com o dela.

Henry perguntou algumas vezes por ela, apenas falei que ela iria voltar, e não revelei mais nada, era doloroso de mais.


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Notas finais do capítulo

espero reviews