Nova Vida escrita por Bells


Capítulo 17
Capítulo 18 pô maninho!


Notas iniciais do capítulo

Cara o Daniel é um cabeça-dura lindo



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POV LUCE.

Tateei a mão a procura do corpo de Daniel, com os olhos ainda fechados, mas não o encontrei.

Abri os olhos.

Ele realmente não estava na cama.

Na cama.

Com um jeans e uma camisa desabotoada Daniel estava um pouco afastado da cama encostado na parede olhando para baixo.

Eu não via seu rosto, portanto não podia ler sua expressão.

Eu me levantei, botei um roupão e caminhei até ele.

—Tudo bem? –Perguntei tocando em sua mão.

Ele, lentamente, ergueu o olhar e o par de olhos violetas me fitou. Seus olhos violetas eram tristes a expressão era angustiada.

Seu olhar mudou de mim para a cama onde eu havia estado, acompanhei o olhar.

Vi a mim mesma em um sono inacabável

Acordei assustada.

Procurei Daniel do meu lado, mas ele não estava.

Como no sonho estava em frente a cama, afastado e de cabeça baixa.

Eu levantei, assim como no sonho peguei o roupão e caminhei até ele.

Eu toquei sua mão.

—Tudo bem? – Pronunciei as mesmas palavras que havia pronunciado no sonho.

E ele levantou os olhos violetas para mim, e como no sonho eles eram tristes na face angustiada.

Olhei para cama de relança, só para ter certeza de que eu estava viva e voltei a me concentrar nele.

—Daniel... - Não sei porque, mas minha voz não passava do sussurro.

—Não devíamos, Luce. – Foi o que ele falou.

Essa me pegou de guarda baixa.

—Por que não? Eu te amo, você me ama. Não vejo erros...

—Não tem nada a ver com amor. – Ele fez uma pausa- Na verdade tem sim. Te amo demais para lhe perder, quando achei que a teria. De novo.

—Eu não entendo.

—Eu lhe contei como você... Se foi. Da ultima vez.

—Sim. Quando Henry nasceu...

Ah! Era isso que o sonho queria dizer. Ele achava que ia morrer.

—Eu não podia repetir esse erro de novo –Falou ele, não sei se para mim ou para si mesmo.- Da ultima vez, quando nasceu Henry, você se foi. E isso não pode ocorrer de novo.

—Mas eu “me fui” porque minha alma... “brilhou mais forte”, pois foi quando Henry nasceu, E para Henry nascer eu tive de ficar grávida, coisa que não vai acontecer desta vez.

—Como você sabe?

—Eu só sei.

— Lei de Murphy – Ele disse e riu sem humor.

—Pare Daniel! – Eu estava ficando irritada. Ele não podia aproveitar um pouco? –Não da para viver o momento? Além de que eu não entendo o que teria de mau, além de minha provável morte. Da ultima vês ganhamos Henry. Ele é uma benção, não uma maldição.

—É, mas nessa vida você não foi batizada.

—Esqueça isso! – Minha voz começou a se elevar – Não dá para esquecer tudo por um momento?

—Eu esqueci. Por um momento longo de mais. E me permite errar novamente.

Eu quase acertei um tapa nele. Quase.

Será que ele não via?

Era amor! Só amor! Aquele sentimento complicado que quando se torna correspondido se torna a coisa mais simples do mundo.

Ao invés de um tapa eu o beijei como ele havia me beijado noite passada. Mas ele me afastou.

—Eu estava falando sobre ter errado e você quer tentar de novo – Perguntou.

—Não posso mais lhe beijar?

Ele revirou os olhos.

Fiquei mais irritada ainda.

—Pare Daniel. Eu estou me irritando com isso! Aconteceu da ultima vez, não vai acontecer de novo. Agora pelo amor de... Digo, por favor, da para parar com o lance emo e pelo menos fingir que gostou.

—Acha que eu não gostei?

—Suas atitudes demonstram isso.

—Luce... – Começou ele

—Tudo bem – Cortei. – Eu vou me arrumar.

Eu sai em direção ao banheiro e tomei um banho depois me vesti e ajeitei o cabelo.

Eu não gosto de discutir com Daniel, mas ele tem mania de levar tudo para o lado ruim.

Saí do banheiro e fingi não reparar quando ele se endireitou e fez menção de ir atrás de mim.

Fui ver alguém que me acalmava.

Meu bebê. Meu filho. Meu anjo.

—Bom dia, anjinho – Cumprimentei ele com um beijo na testa.

—Bom dia, mamãe. – Ele disse sonolento.

—Dormiu bem?

Ele fez que sim com a cabeça.

—Então agora vamos vestir você e brincar.

—Eba! – Ele falou acordando.

Eu mal prestei atenção. Apenas o vesti com uma roupa confortável.

POV DANIEL

Pude ver em seus olhos que ela havia ficado magoada.

Ela não esperava essa reação minha.

Mas ela não imaginava como foi da ultima vez.

Ficamos felizes em saber da existência de Henry. Tínhamos planos.

Mas foi tudo por água abaixo. Deixando a dor. O sofrimento.

Eu havia me culpado tanto.

Afinal eu nunca culpava Henry, o erro foi meu ao ceder á Luce.

E na noite interior foi igual.

Eu fechei os olhos e me lembrei do prazer que mais parecia pecado.

E ela achou que eu não havia gostado.

Ri seco.

Ter Luce era como ter tudo. Cada simples toque de sua pele. E cada beijo tão... Profundos.

Era tudo tão bom – Perfeito.

O mundo parava e éramos apenas nós. Como devia ser.

Exatamente isso é que me leva ao erro.

Eu não posso ficar pensando assim.

Os olhos decepcionados de Luce vieram em minha mente.

Ela não entende, não é?

Tão ingênua.

Tudo um ato de amor.

Era um ato de pecado. Porque esse mesmo ato a matou da ultima vez,

—Daniel – Olhei para que me chamava

—Está tudo bem? – Ariane se sentou na cama.

Voltei a fitar o chão.

—Cometi o mesmo erro de novo. Eu sou fraco para isso. E se acontecer novamente...

—pare com isso Sr.Emo! – ótimo vou levar sermão da minha irmã de mentalidade de 8 anos – Aconteceu uma vez. E Henry nasceu, Agora temos ele e é ótimo! E a Luce voltou! Mais rápido que o normal. Por que? Por causa do laço sanguíneo com Henry. Se ela morrer, volta. E ainda teríamos outro ser com nos.

—Ninguém sabe se ela voltaria. A alma dela está desprotegida. E não precisamos de outro ser para botar em perigo.

—Daniel você virou uma coisa muito chata. Pare. Pela Luce. Ela não me parecia feliz quando perguntei o que houve ela me respondeu com uma simples palavra.-Qual?

—Daniel. – Ela riu.

—Ariane você não sabe o que é ter que passar de vidas em vidas e perdê-la sempre. E dessa vez temos uma chance.

—É, Daniel. Mas não adianta ter a chance e desperdiçá-la! A Luce também quer aproveitar a chance!

Era verdade. Tanto quanto eu ela queria aproveitar.

E-E ela nunca vai aproveitar se você continuar sendo esse cabeça-dura que você é! Se você ficar assim ela cansa! Pô maninho ela deve lhe amar mesmo, porque eu não aguentava!

Ela saiu do quarto rindo e eu ouvi quando ela chegou no quarto de Henry.

—Aah! Ai está minha pestinha dos 17 bichos! ( N/A: ideia de Luna Angel)

Ouvi Luce e Daniel rirem.

É Ariane estava certa.

Mas mesmo assim. Não vamos repetir isso. Se bem que eu não devia pegar tão pesado.

Melhor eu conversar com Luce. Vou esperar ela esfriar a cabeça e clarear as ideias.


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Notas finais do capítulo

reviews? indicações quem sabe?