Catarina queria esquecer, sumir, por isso foi ao único lugar de Londres que conhecia, “Black Cat” era um pub famoso entre trouxas, ficava ao lado de uma badalada boate a ‘Moonlight’, onde somente a Elite pode entrar.

A ‘Black Cat’ tinha seu charme, tinha pouca iluminação, reduto de artistas e músicos. O lugar perfeito para se esconder do resto do mundo.

Num canto perto do palco sentado numa mesa havia um jovem bem vestido de cabelos loiros que observava a jovem que subirá ao palco e estava cantando.

Só eu sei tudo que eu vivi com você

Tudo que eu temi em perder

E o que agora eu tenho que deixar passar

Esqueci tudo que eu precisava esquecer

Mas guardei o que é bom de você

Pra minha mente eternizar

Aprendi que o caminho mais perto está

Eu não sei o destino, mas, tenho que continuar.

Ela tinha lindos cabelos negros, que ia até um pouco abaixo dos ombros, usava uma boina na cor vinho, calça jeans azul bem escuro, colada no corpo, botas de cano curto preta, uma blusa preta transparente sobre uma regata bem justa também na cor preta, a maquiagem era pesada.

Tem horas que o coração sente mais

A dor de alguém que já ficou pra trás

São perdas e ganhos que sempre vem sem avisar

Já era a terceira música que ela cantava, era como se cantar fosse seu alimento, e ela parecia estar com muita fome.

E assim vou buscando o melhor que há em mim

O vazio não é tão ruim

E depois sempre há outra história pra contar

Esqueci tudo que eu precisava esquecer

Mas guardei o melhor de você

Pra minha mente eternizar

Aprendi que o caminho mais perto está

Eu não sei o destino, mas, tenho que continuar.

Ele era como um predador, não tirava os olhos dela. Acompanhava cada movimento dela, como se desviasse o olhar ela escaparia.

Tem horas que o coração sente mais

A dor de alguém que já ficou pra trás

São perdas e ganhos que sempre vem sem avisar

            Após terminar a música, ela desceu do palco e foi em direção a uma mesa vazia e sentou. O jovem se levantou e foi até a mesa dela.

-          Posso te oferecer uma bebida? – disse mostrando a cerveja que segurava.

-          Eu não bebo! E não falo com estranhos.

-          Thomas. Muito prazer!

Catarina não respondeu, fez uma negativa com a cabeça, como se dissesse: “Ninguém merece!”.

-          Se ainda não entendeu, eu quero ficar sozinha e não estou nem um pouco a fim de conhecer ninguém!

-          Nossa que gatinha arisca! – disse com um sorriso cínico.

-          Qual é o problema de vocês ingleses? Por acaso eu tenho cara de algum felino? Tenho rabo comprido, orelhas pontudas ou coisa parecida? – disse ríspida.

-          Está certo você não gosta de gatos! – riu.

-          E só porque não caio nessas cantadas baratas, nem me derreto toda com o seu charme de “sou O cara” eu sou arisca? Vai perturbar o juízo de outra! – disse levantando-se e indo para a saída.

O jovem ficou olhando ela ir embora e com um sorriso que chegava aos olhos meneou a cabeça como se tivesse gostado. Voltou ao seu lugar e finalizou a sua cerveja, saindo em seguida.

oO.Oo

Todos ficaram preocupados com o sumiço de Catarina, já era dez da noite e ela ainda não havia aparecido e por algum motivo havia comensais atrás dela, era perigoso andar sozinha. Dumbledore chamou alguns integrantes da Ordem para ajudar na busca.

-          Tem certeza que não sabe onde ela possa ter ido?

-          Tenho! Não faço idéia de onde ela possa estar, não até essa hora. – respondeu Vivian a Tonks.

Estavam prestes a sair à procura dela, quando a porta se abriu e por ela passou Catarina com uma sacola de compras.

-          Eh... Quem são vocês? – perguntou assim que viu aquele mar de gente no hall da casa.

-          Onde estava? Estávamos preocupados!

-          Relaxa Vi! Estou sã e salva! Só precisava espairecer um pouco.

-          Poderia ter nos avisado que iria sair, um de nós poderia te acompanhar! – disse Lupin num tom rígido.

-          Eu... Deixei um bilhete. Não viram? – Disse tentando se fazer de desentendida.

-          Mas você é muito irresponsável mocinha! – disse uma senhora ruiva e muito brava.

-          Desculpa, e a senhora é...

-          É a senhora Weasley, ela e a família vieram para ajudar a te procurar. – disse Dumbledore num tom calmo e paciente, quase divertido.

-          Muito prazer! – disse, agora entendendo o porque daquele mundo de gente à sua frente.

-           Desculpem por preocupá-los! – falou sem graça. – Mas eu precisava ficar sozinha.

-          O que você comprou? E o que você fez no cabelo? – perguntou Vivian.

-          Coisas para fazer brigadeiro e coca-cola. Fiz um mega-hair, gostou? (é assim que se escreve????)

-          Brigadeiro? – disse um rapaz ruivo.

-          Ronald Weasley! – brigou à senhora Weasley.

Catarina riu como a muito Vivian não via.

-          Se ficarem mais um pouco, podem comer. – disse sorrindo. – Faço rapidinho. – Disse indo a cozinha.

oO.Oo

Após o susto e de fazerem Catarina prometer que não sairia sozinha novamente e sem falar com alguém primeiro, estavam todos na sala se estar onde haviam conjurados vários almofadões e estavam todos espalhados pela sala, comendo brigadeiro e tomando coca-cola, que havia sido multiplicada para que todos pudessem tomar à-vontade.

-          Preciso aprender esse feitiço! – disse Catarina rindo.

Parecia que se conheciam as vidas inteiras, até Dumbledore estava se divertindo. Foi quando o senhor Weasley disse que precisavam ir, já era tarde.

O que não deixava de ser verdade! Já era duas da manhã.

-          Lupin poderia levar as meninas amanhã à tarde ao beco diagonal?

-          Desculpe diretor, estamos de serviço amanhã.

-          Entendo, terei de... – foi interrompido por Fred e Jorge. – Nós podemos acompanhá-las. – disseram.

-          Se seus pais concordarem... – disse Dumbledore.

-          Eu não sei... – disse a senhora Weasley.

-          Temos de ir a loja de qualquer jeito. – Disse Fred.

-          É mãe, já vamos estar lá! – completou George.

-          Está certo! – disse e mãe. – Mas comportem-se!

-          Pode deixar! – Disseram.

-          Se não se comportarem, me avise! – Disse a senhora Weasley que já tinha se afeiçoado as meninas.

-          Pode deixar! – disse rindo.

oO.Oo

Depois de todos irem embora, Vivian e Catarina estavam sozinhas na casa, apenas com os elfos domésticos.

-          Agora me conta, o que aconteceu de verdade!

-          Não aconteceu nada, Vi!

-          Não vem com essa Cathy! Você some e volta horas depois com um monte de coisas pra fazer uma festa do pijama? Conta outra.

-          Festa do pijama????

-          É... Como você fazia antigamente quando queria conversar ou quando fazia besteira...

-          Você me conhece melhor que ninguém, não é? – disse com um sorriso triste.