Marcada Por Erik Night escrita por Roberta Matzenbacher


Capítulo 17
Capítulo dezessete


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoas.
Pois é, rolou uma confusão de contradições nessa fanfic, e se eu ainda tiver leitores, vou dizer algumas palavrinhas. Eu meio que desisti dessa história há algum tempo, sabem? Ela nunca me deu um retorno favorável, mas só me dei conta disso quando as reformas do Nyah surgiram, e eu vi a quantidade de leitores que eu tinha. Espero, do fundo do coração, que vocês não tenham noção do que é ter 80 leitores e menos de 10 comentários, pois não desejo isso a ninguém. É horrível.
E o número cresceu, se querem saber. Agora, eu tenho 97.
Sabem, eu sou uma ótima leitora (sim, me considero ótima sim) porque eu sempre comento nas histórias que leio, além de ajudar os autores e tudo o mais, mas quando eu me volto para minhas próprias histórias, vejo que isso não é recíproco, o que me deixa mil vezes triste. Cansei de pedir solidariedade, de apelar, pois não vai adiantar, eu sei que não. Cheguei até a excluir a história, mas hoje tive uma vontade repentina de retornar, pois não consigo deixar nada inacabado. Esse sentimento é o pior de todos para mim. Não faço isso por vocês, e sim por mim.
Ah, não, mentira. Tive duas leitoras maravilhosas que me apoiaram, mas já faz um tempo. Uma delas até me deu uma recomendação! Desculpe por isso, Calíope, eu fiz um descaso enorme contigo, mas sei que tu vai me entender, certo? E quanto à Mockingjay, - YES, EU SEI ESCREVER AGORA PORQUE EU LI THE HUNGER GAMES E AMEI! - Foi ótimo conversar, mas a mensagem se foi... afe. Gostaria que retomássemos isso, sim? Nem sei porque eu parei... Vai me entender ¬¬
Enfim, esse capítulo é dedicado às duas lindas citadas - se elas ainda estiverem aí, é claro - e a mais ninguém.
Boa leitura a quem ainda quiser.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/209488/chapter/17

Eu só poderia dizer que nunca me diverti tanto na vida.

A partir do momento em que todos finalmente nos reunimos em frente à televisão, que zunia sons distintos e luzes coloridas, esqueci-me de tudo. Afrodite e seu bando de vacas foram, certamente, as primeiras a sumir do mapa; todos os trabalhos pesados e extensos que eu tinha de fazer eram os meus menores problemas; e, o melhor de todos: Zoey, com sua gigantesca bagagem repleta de dúvidas e incertezas, pareceu descer aquela densa névoa em minha mente para me permitir, enfim, pensar.

Ter a chance, ao menos momentânea, de esquecer todas as minhas maiores preocupações e refletir com clareza sobre coisas até mesmo banais me deixou com uma sensação de leveza, como se um enorme peso fosse tirado de minhas costas em questão de segundos. Eu me sentia tão... Normal. Eu mesmo novamente. E isso se revelava algo extremamente magnífico. E inédito.

Nunca parei para pensar com exatidão em como andava estranho ultimamente, e não era à toa que meus amigos mantivessem aquela preocupação com a minha sanidade mental – que me irritara tanto durante a semana, diga-se de passagem. Porém, eu tinha de concordar que me comportei como um lunático. E somente agora eu podia entendê-los bem o suficiente, e reconhecer, com cada sílaba de certeza, que eu não me encontrava sendo eu mesmo durante esse pouco tempo. Diria, inclusive, que, para quem visse de fora, um completo estranho havia dominado meu corpo.

Como eu disse, um lunático de carteirinha.

Apenas fiquei um pouco – tudo bem, muito – surpreso com o fato de que a simples chegada de uma garota qualquer pudesse ser tão incisiva na minha vida, modificando-a de forma tão radical em poucos dias. Ok, certamente, não algo extremo ou fora do comum, pois eu seguia minha rotina da mesma maneira que antes, entretanto, eu sentia que estava diferente de tempos atrás. E eu quebrava a cabeça, tentando decifrar quais as razões por trás disso. Afinal, Zoey não poderia ser a única chave para abrir a caixa de todos os meus mistérios! Eu não podia admitir isso, claro que não.

Porém... Tinha alguma coisa.

Eu não sabia dizer com certeza, mas... Havia algo bom em estarmos juntos, algo certo. Que me fazia sentir como se ela me tornasse uma pessoa melhor (mesmo tendo falado comigo apenas uma vez). Mais útil, ao menos. Eu percebia que minhas tendências egoístas e egocêntricas estavam mais baixas ultimamente, ao contrário de quando Afrodite fazia parte da minha vida.

Argh, Afrodite!

Antes que eu estragasse minha noite ao pensar muito sobre ela, decidi voltar a prestar atenção ao filme. Já estávamos praticamente no final do segundo, mas parecia que tempo algum havia se passado. Inferno. Mesmo com todos os volumes inesquecíveis e lendários de Star Wars a minha mercê e meu desejo de esquecer, por pelo menos uma noite, meus problemas, meu cérebro maldito permitiu que pensamentos infames me invadissem e, para piorar, fazendo-me perder a melhor parte.

Sério, obrigado, cérebro!

Porém, eu tinha de admitir que, depois de tanto pensar sobre a minha vida e todas as mudanças radicais que eu fizera, era óbvio que tudo serviria como um excelente aprendizado, mas eu não permitiria que aquilo me atingisse novamente, não mesmo. Eu necessitava de apenas um tropeço para aprender a lição e pretendia continuar com aquela linha tênue entre minha real personalidade e aquilo que eu almejava melhorar ou alcançar.

E eu só esperava não fraquejar.

Como uma demonstração de que eu falava sério, empenhei-me em tornar aquela noite inesquecível, tanto para mim quanto para meus amigos, mas confesso que o que menos fiz foi assistir aos filmes. Eu acabei pensando bastante em algumas coisas, sim – mesmo a contragosto –, porém, isso não afetou meu bom humor da maneira que, provavelmente, seria em outra situação. Eu finalmente concluí que mudei, só que para melhor, e isso acabou me animando mais até do que a própria seção Star Wars.

Ok, isso era mentira. Talvez, a seção tenha ajudado um pouco sim, pois, graças a ela e aos meus parceiros inseparáveis, consegui enxergar o que estava errado. E corrigir a tempo, é óbvio. Eu sabia que meus amigos queriam apenas me animar, portanto, eu faria por merecer. E é claro que aproveitei a noite como um bom nerd faria: comi tanta pipoca que eu podia sentir os grãos em minha garganta, de tão estufado que fiquei, comecei uma guerra de comida no Hall, fiz inúmeras piadas sobre o que me lembrava de mais engraçado e imitei várias vezes o Chewbacca, mesmo que isso fosse a coisa mais ridícula do mundo. Mas, hey, eu estava entre amigos, certo? Tudo era liberado nessas condições! Inclusive as gargalhadas idiotas e todas as lutas com os sabres de luz invisíveis.

E, obviamente, sempre havia aquele que dormia a partir do quarto filme.

– Devemos acordar o Keith? Ele me parece tão lindo dormindo. – Disse Cole, com uma gargalhada alta, enquanto esfregava as palmas das mãos uma na outra e nos olhava como se possuísse um plano magnífico. – Eu me sentiria meio culpado por estragar sua noite de sonhos encantados.

Entreolhamo-nos devagar, pensando que aquele plano não seria nada mal, ao mesmo tempo em que abríamos um sorriso malicioso ao constatar que ele era unânime.

Sem uma única palavra, Cole foi até o armário da cozinha e, de lá, tirou alguma coisa que eu não consegui enxergar a princípio - por conta da escuridão -, mas, rapidamente, identifiquei como sendo chantilly. Ele despejou o conteúdo em cima de Keith, cuidando para colocá-lo em locais estratégicos, como mãos, cabelos, queixo, pescoço e peito. A esta altura, lutávamos para segurar as risadas, que eram altas, mas Keith parecia nem se importar, já que levou o dedão à boca e começou a chupar o creme como um bebê.

– Ah, meu Deus. – Exclamou Thor, soltando uma gargalhada. – Olha isso! Puta merda, eu não acredito que ele chupa dedo!

Rimos tanto que minha barriga protestava de dor, mas não era possível parar, já que bastava encarar Keith para que a vontade surgisse mais uma vez.

– Porra, que comédia. – Disse TJ.

– Tá, agora é sério. Fiquem quietos que eu vou acordar a Cinderela. – Cole sussurra.

– Não seria a Bela Adormecida? – Contrapõe TJ, o que nos faz rir mais.

Cole o olha com irritação.

– E faz diferença?

– Bom, faz sim, – Ele diz, nos surpreendendo. – se você considerar que a Cinderela perde o sapato e a Bela Adormecida fica dormindo numa torre e Keith está dormindo... Bem, não numa torre, mas isso é...

– Cala a boca, TJ. – Dissemos todos juntos, o que fê-lo arregalar os olhos em ultraje.

– Ai, tá bom, seus ignorantes. Fiquem aí com as suas porcarias de chantilly idiota que eu vou... – Ele nos vê com expressões impacientes e imediatamente se cala. – Ok. Parei.

O suspiro foi coletivo.

– Finalmente! – Exclama Thor, empurrando TJ para o lado. – Vai logo com isso, Cole.

Sorrindo em expectativa, Cole avança sobre Keith e aproxima os lábios do seu ouvido. E, antes que eu possa fazer uma piada sobre ele ter tendências homossexuais, Cole dá um berro tão alto que quase estoura meus tímpanos:

– SOCORRO, KEITH! TÃO MATANDO O JUSTIN BIEBER!

A cena a seguir foi digna de Oscar, com certeza.

– O JUSTIN BIEBER? AONDE? – Keith praticamente salta longe e corre para a porta, esfregando os cabelos para tirá-los dos olhos, mas isso o deixa todo melecado com chantilly. Quando percebe o fato – além de nos ouvir gargalhando, enquanto estamos praticamente rolando no chão de tanto rir –, ele olha para baixo, mas encontra mais um pouco do creme branco no queixo, além da blusa e um pouco da calça.

Então, ele nos olha com uma expressão homicida.

– MAS. QUE. PORRA. É. ESSA? – Ele diz, mas ninguém dá ouvidos. Estamos muito ocupados perdendo nossos rins para prestar atenção a algo que ele diga. – Eu vou matar vocês, seus filhos da puta. Eu juro!

– Cara, Justin Bieber? Sério? – Eu digo, rindo cada vez mais. É impressão minha, ou posso morrer asfixiado agora mesmo sem nem me importar? – Eu não sabia que tinha um amigo “biba”. Pelo jeito, não erramos na escolha do chantilly branquinho.

Todos rolaram no chão mais uma vez, de tanto rir. Eu podia ouvir seus sussurros baixos, em que repetiam "Keith amaria chupar o dedo do Justin Biba" e "chantilly é coisa de viado", além da impressão de ter escutado Thor engasgando com a própria saliva.

– Há, há. Piada engraçada essa, hein, Erik. Morri rindo. – Ele revida.

– V-você, eu não sei... – TJ diz em meio ao riso. – Mas eu, sim! Com certeza!

Eu não conseguia mais me controlar. Batia meus pulsos no chão e rolava de um lado a outro. A expressão de Keith era impagável.

– Querem calar a boca, seus merdas? – Ele me taca uma almofada na cara. – Eu não gosto do Justin Bieber, porra!

– Mentira! – Aponta Cola. – Eu vi o seu CD lá no quarto! Você tava cantando uma música dele esses dias!

– Não tava nada! – A esta altura, ele já estava chutando qualquer parte de nossos corpos que ele conseguisse encontrar, porém, ao ver que não surtia efeito, ele sorriu sacana. – Alguém tá a fim de um abraço em grupo?

– Ah, nem vem! – Grita Cole. – Eu não te lambuzei pra sair eu mesmo lambuzado. Se eu quisesse chantilly, teria colocado no meu próprio dedo pra chupar.

– Oh. Então, o filho da puta foi você? – Seu sorriso aumenta. – Pois eu faço questão de te agradecer, amigo.

– Não. Sem chances. – Ele se esquiva, usando o sofá para escapar. – Calminha aí, Keith, foi uma brincadeira. O que você está fazendo...? Não, o sofá não! Sai daqui, seu viado! CARALHO, KEITH, SAI DE CIMA! Alguém me ajuda, por favor!

Eu já não conseguia nem mais me mexer. Meus músculos estavam duros, mas continuava rindo como um imbecil. Keith acabou pulando no sofá e encurralando Cole na parede, e, agora, esfregava-se nele sem pudor. Pode parecer gay, mas a cena era hilária. Cole gritava para ele sair de cima, mas Keith parecia obstinado a se vingar, fingindo que iria beijá-lo, enquanto sussurrava "Se eu fosse seu namorado, nunca te deixaria ir, Cole". A cara de apavorado de Cole era mais do que engraçada.

Quais eram mesmo os meus problemas? Eu tinha problemas? Sei lá. Eu juro que não me lembrava. A única coisa que me recordava era da cena que se desenrolava diante de mim, e mais nada. E eu sabia, com toda certeza, que jamais iria esquecer. Acho que seria difícil mesmo, principalmente, quando se tem a melhor noite de sua vida. E, cara, eu jamais admitiria isso alto, mas...

Como eu amo meu amigos!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado.
Não fiz o capítulo na maior das empolgações, mas ele estava mofando no meu word e eu decidi que não vou deixar trabalhos meus incompletos, pois, consequentemente, eu me sinto incompleta. E se alguém quiser saber, eu excluí minhas outras histórias também, mas pretendo retomá-las quando tiver mais tempo.
Não vou pedir reviews. Deixem se quiserem, ou não também. Não me importo. Vocês já me destrataram o suficiente e, se querem saber, conseguiram matar a autora super empolgada e de bem com a vida que eu era. Também não quero saber de sermão, falou? Eu demorei a postar porque eu estava de saco cheio. Além disso, não se encham de moral para me cobrar quando vocês mesmos não fizeram por merecer. Eu disse que esse é um lance recíproco.
Até mais.

Roberta Matzenbacher.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Marcada Por Erik Night" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.