Vampire Heart escrita por Nessan C


Capítulo 24
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Gente!!! Desculpa... Esse cap ficou meio ruim pq escrevi ele com um pouquinho de pressa >.
E foi mal por não ter postado a fic ontem, Eskilinha!! É que tive que desligar o PC correndo, se não eu ficava de castigo! XD

Bjs e Enjoy ;D



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         ****

         Em meus sonhos ele contava-me sobre sua vida. E é claro, eu dormia ao dia agora. Durante a noite, nós saímos pelas ruas de Londres... E aí ele contava-me sobre mais coisas que havia presenciado... Sobre os perigos que enfrentaríamos estando ali. Assim era a Europa, afinal! Não pude deixar de notar o pesar em sua voz cada vez que ele lembrava-se de que estávamos juntos.

         Como odiava a minha presença, às vezes... Odiava cada momento em que se lembrava ao que estava me expondo. E odiava o fato de não podermos fazer nada quando era dia, o melhor momento para passear.

         A primeira semana, embora com todo esse paradoxo de sentimentos, foi maravilhosa. Nunca estivemos tanto tempo juntos e isso me deixava extremamente feliz. Já a segunda semana não foi tão boa assim. Ele passava muito tempo longe, não aparecia todos os dias. Fiquei preocupada e tudo que ele disse foi:

         -Não é nada.

         -Como assim... “nada”? – perguntei.

         -Não se preocupe. O que estou fazendo não é nada.

         Fiquei me perguntando se eu deveria mesmo ter vindo. Quando chegava ao hotel em que estávamos, ele aparecia ainda mais pálido que o normal... Mal falava comigo e depois saia de novo...

         A partir da quarta semana eu mal o via. Não dizíamos praticamente nada um ao outro, pois ele sempre estava longe e eu sempre ficava  no hotel. Eu sofria demais com tudo aquilo. Ficava me perguntando: será que ele não me amava mais? Será que estava se encontrando com alguém? E por que eu tinha vindo então? Essa história de Vlad devia ser uma farsa! - Foi essa a teoria que tomei para mim mesma, a fim de acalmar o sofrimento em meu coração. Tudo que eu mais queria, na verdade, era estar ao lado dele. Não nos falávamos nem mesmo em nossa conexão mental que costumava sem inabalável.

         Certa vez ele chegou ao hotel dizendo que partiríamos no dia seguinte.

         -Pra onde vamos? – perguntei.

         -Rússia. Leve uns casacos.

         -Ta bem...

         Ele levantou-se da cadeira onde estava sentado e andou em direção a porta.

         -Você vai embora outra vez? – choraminguei.

         Nenhuma resposta.

         Todas as dores que já senti na vida, vieram até meu corpo nesse momento. Comecei a chorar.

         -Não. – ele disse.

         Olhei para ele sentindo um alívio profundo.

         -Mas... Eu preferiria não ficar muito perto de você. – completou.

         -Por quê? Tem algo de errado comigo?

         -Não. Sou eu.

         -O que houve?

         -Não bebo ninguém há um mês.

         -Sério?

         -Sério.

         ...

         -Não poderia ter me contado antes? – perguntei revoltada.

         -Não.

         Eu queria tanto abraçá-lo, mas algo me disse que não seria uma boa idéia.

         -E por que não bebe alguém agora?

         -Você não me pediu pra ficar aqui? E se eu for sair, vou fazer outra coisa.

         -Que outra coisa?

         -Você não se cansa de fazer perguntas? E quer fazer o favor de tirar essa camisa!

         Ele estava brigando comigo! Se eu não estivesse chateada e solitária, até acharia sexy, o que é muito normal no caso dele.

         -E pare de pensar nessas coisas! – ele disse.

         -Qual o problema com a camisa? – perguntei, interrompendo-o.

         -Ela é minha. Eu quero que tire. Ela fica grande em você.

         -Ah! É mesmo!

         Pode até parecer uma coisa boba, mas eu estava vestindo uma camisa dele. Não reparei anteriormente.

         -Você nunca reclamou sobre isso antes...

         -Eu sei. TIRA LOGO!

         Comecei a chorar. Aquele definitivamente não era o meu dia...

         -O que é que você está fazendo, Jess? É tão difícil assim tirar uma camisa?

         -Você não entende! Não é camisa... Ela é bonita, mas não é isso... Eu... Eu te amo!

         Eu estava ajoelhada na cama, usando a camisa preta dele e mais nada, fora minha calcinha. Qual era o problema nisso?

         -Ville... Você está me traindo? – perguntei.

         -O QUÊ?

         -É. Pode dizer... Eu sei que está acontecendo algo muito estranho... mas...

         Ele gargalhou. Eu chorei mais ainda.

         -Isso não tem graça! – gritei irritada.

         -É claro que tem! Isso foi absurdo demais... Até mesmo pra você!

         E começou a rir outra vez.

         -O que quer que eu pense? Você fica fora o dia todo... Eu mal te vejo... E você nem está bebendo gente! O que é que deu em você? Talvez...

         -Talvez o quê? – disse agora mais sério. Mas ele sabia o que eu ia dizer.

         -Talvez eu não devesse mesmo ter vindo com você. Eu nunca quis que o nosso amor acabasse... Eu não queria...

         -O nosso amor acabou por acaso? – perguntou nervoso.

         -Você está me tratando como se tivesse!

         -Mas não acabou, está me ouvindo? O nosso amor nunca vai acabar por mim!

         -E por mim você acha que vai acabar? – agora ele estava conseguindo me irritar.

         -Eu não faço a menor idéia! Está vendo o porquê de eu não ter te transformado? É só passar por um problema e a gente já começa com isso! – e deu um soco violento na parede. Aquilo deixou uma marca e com certeza não foi em sua mão! – Eu acho que deveria ter te dado todos aqueles CDs idiotas pra você se distrair.

         -Então você acha que...

         Não consegui completar a frase. Como é que uma pessoa deveria se sentir, estando longe dele? Ele é tudo que importa pra mim! Por ele eu morreria! Por ele... E ele faz isso comigo... Ele sempre some! Ele... E ainda acha que músicas idiotas iriam me distrair. Isso é muito insensível! Levantei-me da cama.

         -Quer saber? Fica com a sua camisa idiota! Eu não preciso de você! Você é quem precisa de mim! Por que me trouxe, afinal? Pra me fazer sofrer? Eu não quero sofrer, ta legal? Foi por isso que me separei daquele Mogli lá! Eu... Eu te amo! Mas eu realmente não quero que me faça sofrer desse jeito... Pensei que ao seu lado, nada disso jamais aconteceria.

         Tirei a camisa e joguei no chão. Eu não estava vestindo mais nada agora, só a calcinha.

         -Eu vou embora, ta legal? Não quero mais ser um problema pra você... Eu nunca quis ser um problema, Ville... Eu só...

         Ele não fazia nada, a não ser olhar chocado para mim.

         -Eu sou tão feia assim? – disse por fim, ainda chorando.

         Seus olhos começaram a mudar de cor. O verde maravilhoso tornou-se vermelho-sangue e os caninos ficaram ainda mais pontudos. Ele pulou em cima de mim e nós dois caímos violentamente em cima da cama. Nosso primeiro contato corporal em semanas! Senti um mix de dor e prazer vindos do meu pescoço... Aquele sentimento era um tanto estranho: me fez ter vontade de gritar para que ele parasse e mesmo assim eu queria mais.

         Aquilo era uma mordida.

 


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Notas finais do capítulo

Tenso, né? XD



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