“ – Quanto a vocês dois, talvez queiram saber a minha teoria antes de eu a expor.”

– Bom, que pensa que aconteceu? – Hermione apressou – se a perguntar assim que ficaram sozinhos.

– Eu penso, sinceramente, que vocês estariam destinados a serem os escolhidos no vosso mundo…

– Ah, agora já acredita! – Draco interrompeu indignado.

– Por favor, senhor Malfoy, não me interrompa. Acontece que alguns objetos mágicos, como é o caso do cálice, anda por aí, viajando entre mundos impedindo a sua destruição. No vosso mundo vocês teriam colocado os vossos nomes no caldeirão e seriam os escolhidos. Mas como vocês estão cá e não lá. Partindo do princípio de que os vossos nomes foram colocados cá e lá teriam de imediato o dobro da probabilidade de serem os escolhidos. O cálice apenas tratou de vos escolher aqui, pois era aqui que estavam.

– E nós também somos objetos viajando?

– Não, mas o objeto que vos trouxe até aqui é um desses. Por si só são inofensivos, mas deve haver alguma espécie de condutor.

– Condutor?

– Sim, algo vosso e com o qual tenha enorme afinidade. Algo que faça a ligação entre vocês e o objeto. Normalmente são animais mágicos, corujas ou sapos. Coisas assim. Mas tendo em conta que vocês não trouxeram nada assim, não entendo o que se passou.

– Nagini! – Ambos exclamaram.

– Quem?

– Nagini, a minha cobra, eu trouxe-a!

– Isso poderia explicar muita coisa. Mas ainda assim seria necessário um poder infinitamente maior… Esperamos descobrir em breve. Miss Granger?

– A sua cobra está em Hogwarts?

– Sim, mas garanto – lhe que não irá magoar ninguém.

– Isso. Agora deveriam ir dormir. Boa Noite.

**********

– Mione, até quando vamos ficar assim?

– Sei lá, tu é que decidiste desaparecer.

– Achei que precisarias de tempo.

– Tudo bem, acho que já chega. Eu simplesmente exagerei.

– Awn, pois foi. Mas eu deveria ter tido mais atenção. Perdoa.

–Tudo bem, sabes que te amo.

– Sim, sei. Mas nem penses que também vou dizer que também te amo.

– Tudo bem. – Ele disso beijando-a na boca e ao longo do pescoço. – Posso viver com isso.

– Boa noite Malfoy.

– Boa noite.

***

O dia do baile de Inverno aproximava – se a passos largos. Arya iria com Fred e Helene iria com certeza com Draco. Com um deles. Hermione iria com o outro. Uma das Hermiones. Porque a outra estava sem par até à data.

– Porque não andas logo e vais convidá-la? Vamos Weasley, és melhor que isso. No fundo gostas dela, sempre gostaste. – Hermione tentava convencê-lo a convidar a amiga.

– Talvez, mas não teria coragem de a convidar.

– Se tu não o fizeres, alguém o fará.

– Sabes, tens razão. Eu vou lá.

Tudo nas rodas! Pelo menos este já estava encaminhado. Agora, decidindo o vestido. Provocar ou não provocar? Talvez não. Era comprometida e não estava com vontade para olhares menos próprios.

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O verde caía – lhe na perfeição. Sempre caíra.

– Estás linda.

Virou – se e viu Draco, parado na porta admirando-a.

– Obrigado. Tu também.

– Tenho algo… espera…

Ele levou a mão ao bolso e retirou uma linda corrente com uma Estrela Vespertina na ponta. Era a joia mais bela que ela alguma vez tinha visto.

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– Sei que detestas ouro. É prata.

– Draco… eu nem sei que dizer… é linda.

Ele aproximou – se dela e colou o colar. Era perfeito. Assim como ela.

– Deve ter sido uma fortuna.

– Dinheiro não é problema para mim. Mas este colar é mais que isso. Comprei – o há alguns anos. Pertence – te. Assim como o meu coração. Sempre pertenceu.

– Amo-te, mas agora é melhor irmos indo. Antes que eu desate a chorar.