Acordei e me vi deitada na cama totalmente torcida, coisa que acontece quando eu sonho muito durante a noite e costumo a lembrar logo ao acordar, porém eu não conseguia achar nem traços do que eu havia sonhado. Olhei no meu despertador e os números estavam piscando nas zero horas, imagino que deve ter estragado. Olhei em direção a janela e o sol entrava no quarto por uma brecha deixada na cortina. Eu queria saber que horas eram, mas não me importava quais fossem, a noite anterior foi ótima e agora eu não teria nada a fazer. Estiquei meus braços de forma com que ficassem alongados e me levantei da cama. Percebi que minha perna quebrada não estava como ontem, não doía nada. O médico havia me falado que eu tiraria o gesso mais rápido que o esperado porque eu estava me recuperando rápido. Eu acho que tenho que remarcar uma consulta para ver quando vou tirar logo esse gesso que só me atrapalha. Quer saber de uma coisa? Quebrar a perna é uma porcaria. Quer saber de outra?  Vale a pena quando você conhece Zayn Malik por causa dela. Voltando ao gesso, já está na hora de tirar. Eu operei a minha perna no hospital, sendo assim fico com o gesso só até cicatrizarem os pontos, depois fico livre, porém como o médico disse, tudo depende. Já é sexta feira e meu acidente foi faz o que, uns 15 dias? Vou tentar me lembrar de telefonar mais tarde. 

Fui para a cozinha para tomar meu café da manhã. Verifiquei se havia café na garrafa, mas não tinha o suficiente para encher uma xícara. O jeito agora é partir para o café instantâneo. Eu não via tanta diferência entre o café instantâneo com o de garrrafa quanto minha mãe, para mim café é café. Peguei minha xícara que ganhei de aniversário da Katie escrito "I love 1D" e enchi e leite e a coloquei na caneca que estava encima da pia e coloquei-a no fogo. Eu podia ter colocado no microondas, mas ele parecia estar ocupado com um pote, e eu tenho preguiça de guardar as coisas na geladeira. 

Enquanto eu esperava o leite esquentar, eu fui buscar o jornal que já deveria ter chegado. Fui até a porta e girei a chave que estava na tranca, destrancando a porta. Abri a porta já olhando para o céu para ver a intensidade do sol, costume meu. Dei um passo para fora e esbarrei em algo. Olhei para o chão e tinha um homem deitado ali. Um mendigo, novamente? Duas vezes nessa casa já vi mendigos dormindo na varanda, acho que só acontece comigo, é meio estranho. Desembaçei meus olhos e olhei novamente, mas aquele mendigo estava com roupas que eu bem reconhecia.