–Hayley-

Eu me perdi em meus pensamentos, então ouvi a voz de Jeremy:

– Hay, onde você estava?

– Aqui.

Ele suspirou – se quiser podemos continuar outra hora-

– Seria bom- respondi.

Eu me levantei e fui para o meu quarto enquanto eles tocavam e conversavam na sala. Eu sabia que aquilo não estava certo, então me obriguei a não pensar em Josh, mas meu coração continuava a acelerar. Mesmo que eu não pensasse nele, eu podia senti-lo em meu coração, e isso doía. Deitei na cama e puxei um caderno e uma caneta debaixo de meu travesseiro, enquanto as lágrimas de raiva –ou de dor- caíam, eu escrevia freneticamente até que peguei no sono.

–Hayley, Hayley!

Uma voz baixa me chamava, eu quase não conseguia distinguir o som. Aos poucos acordei e pude perceber que Dakota me sacudia na tentativa de me acordar.

– Ei, eu quero dormir- disse quase sussurrando.

– Haha querida! Você não vai dormir, já são 10:30

– Tá cedo ainda!

– Pode até ser, mas eu estou suuuper curiosa! O que tá acontecendo contigo? Os meninos me disseram que você está bem estranha, e acabou de chegar uma carta pra você muuito estranha também, eu quase abri, mas me segurei. E você tem que me agradecer porque peguei essa carta antes dos garotos!

Eu quase pulei da cama – CARTA?!- percebi que demonstrei muito entusiasmo – Quer dizer... Ah, uma carta?

– Para Hayley, pode começar a me contar!

– Tá. – suspirei me rendendo – Bom, eu recebi um email do Josh e ainda não abri, uma parte de mim está morrendo de curiosidade pra saber o que está escrito e está torcendo para que ele queira voltar para banda, mas a outra parte está morrendo de raiva e não se importa com o que está escrito no email.

– Ou seja, você está com muita saudade dele e louca pra abrir o email, mas o seu orgulho não deixa.

– Não é isso... – Dakota me interrompeu.

– Claro que é! Eu te conheço Hay, e acho que você deveria deixar esse seu orgulho de lado, você sabe que o Josh é super orgulhoso, e se ele deixou o orgulho de lado para escrever o email, porque você não pode fazer o mesmo? Você só precisa ler e se não quiser responder não tem problema.

– Mas eu não quero ler, porque eu tenho medo de que ele queira voltar, e apesar de que eu queira que isso aconteça, eu sei que eu preciso ser forte, e eu tenho medo de fraquejar, correr pros braços dele e perdoá-lo tão facilmente.

– E porque você tem medo Hay, isso não seria bom?

– Ele me machucou muito, e no momento minha dor é mais forte do que o que sinto por ele.

Ouve um silêncio no quarto até que Dakota perguntou:

– Então, você não quer abrir a carta?

– Talvez, quem mandou?

– Não tem remetente, como eu disse, muito estranho! Quem escreveu pôs diretamente na sua caixa de correio.

– Hm, abro ou não?

– Abre!

– E se for dele?

– Você só vai saber se abrir. – Dakota estendeu a mão entregando a carta a Hayley e ela a pegou.

Eu abri cuidadosamente a carta. Minhas mãos tremiam e meu estômago revirava.

Dakota perguntou impaciente – Então, é dele?!