Welcome To The Hell. escrita por Butterfly


Capítulo 2
Apresentações.




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Os pingos de chuva escorriam pela janela, o vento tão forte a abriu e imediatamente a garota se levantou para fechá-la, porém sentiu o vento se acalmando aos poucos e aquela chuva era apenas trazida pelo vento, fechou o único olho sentindo a brisa batendo em seu rosto, sabia que não poderia ficar ali pra sempre, fechou a janela com medo de ser vista daquele jeito.

Sentou-se novamente na cama passando os dedos nos fios cacheados e longos do cabelo da cor branca, quase prata, percebeu que a pele morena estava levemente molhada por causa da chuva trazida pelo vento, secou-se com uma toalha, tirou do pescoço um broche, estava tão bem cuidado que o ouro parecia mais um espelho que refletia o rosto da morena de cabelos brancos e seu único olho de cor vermelho escarlate, o olho direito, pois o esquerdo estava coberto por bandagens.

O olho escarlate tinha um brilho fraco, quase vazio quando a garota olhava aquela foto daquele broche que acabara de abrir, estava abraçada a um rapaz de cabelos castanhos quase arrepiados e olhos azuis clarinhos, imediatamente fechou o broche o guardando quando ouviu som de passos que ficava mais alto alguém estava indo em direção a seu quarto.

Escondeu o broche por baixo da camisa branca que usava debaixo do colete com um desenho de uma caveira com asas, estava escrito em cima do desenho e também nas costas “Avenged Sevenfold”, da lateral o zíper estava aberto e no peito que tinha um botão que prendia juntamente com uma pequena correntinha, calças brancas e estava descalça, pois estava sentada na cama.

–Posso entrar?-Uma voz feminina foi ouvida.

–Claro. –A morena respondeu.

Entrou no quarto uma garota de cabelos bem curtos num tom verde escuros quase negros, estava mais para negros esverdeados, os olhos eram tinham uma cor levemente arroxeada, tinha o corpo magro como o de uma modelo usava uma blusa branca chinesa e um short meio curto.

–Me disseram que você foi transferida da base asiática pra cá. –A exorcista falou estendendo a mão. –Prazer, sou Lenalee Lee.

–Stephanie Ryman. –Respondeu apenas isso nem apertando a mão da chinesa.

–O que houve com seu olho?-A chinesa perguntou percebendo que Stephanie tinha bandagens que cobriam seu olho esquerdo, a morena imediatamente virou o rosto nem encarando Lenalee.

–Nada que seja da sua conta. –Falou, não gostava que falassem do seu olho.

Desde a base asiática até ali ninguém sabia o que tinha debaixo das bandagens de Stephanie, poderia ser muita coisa, mas o que chegava mais perto ali da opnião do pessoal que já comentavam quando ela chegou a ordem foi “um olho ferido.”

–Veio me dizer uma coisa interessante ou veio fazer perguntas sobre a minha pessoa?

–Komui Nii-San me pediu pra te mostrar o lugar. –A garota de cabelos curtos respondeu. –Ele me disse que quando você chegou veio diretamente pro seu quarto apresentado por Reever.

–Se eu conhecer o lugar vocês vão parar de me encher?-Stephanie perguntou pondo as botas de vinil cor preta.

–Sim, poderia aproveitar pra comer com o pessoal no refeitório.

As duas garotas saíram do quarto andando pelos corredores da Ordem, a chinesa apresentava cada canto pra morena de cabelos brancos, desde o salão ao refeitório que por sinal estava cheio, os Finders que conversavam pararam e observaram a garota de cabelos brancos apenas por um segundo, tinha muita coisa estranha ali nela não se perguntavam em tom baixo só pelas bandagens e sim também pelo cabelo branco e olho vermelho.

“-O que pode ser?Acho que ela tem pacto com demônio.”

“Será que ela é parente de Allen Walker?”

“Deve ter tentado a mesma coisa que ele.”

Muita discussão surgia do pessoal ali, dava-se pra ouvir, pois a morena passava ali com uma bandeja em direção a cantina e a cada mesa que passava todos resmungavam sobre ela.

–O-O que deseja menina?-Chefe Jerry o cozinheiro da Ordem negra perguntou com um pouco de medo por causa do olho escarlate da jovem.

–Já não basta o Moyashi agora mais uma?-Uma voz foi ouvida entre os Finders.

–Meu nomie éh Allhen. –Falou com a boca cheia de arroz um garoto de cabelos brancos, não se podia ver direito por causa da enorme pilha de pratos em sua mesa, usava um terno inglês, uma fita listrada branca e vermelha, calças pretas e botas, engoliu a comida falando mais claramente. –Meu nome é Allen.

–O que me irrita é que agora são dois amaldiçoados. –Falou um rapaz de descendência japonesa, os cabelos eram longos azulados presos num rabo de cavalo por uma corda vermelha, usava uma camisa preta colada ao corpo deixando a mostra parte de uma tatuagem negra no ombro, a calça era preta e na cintura uma faixa branca que prendia como cinto, e as botas eram de vinil.

–Kanda também não sabemos se é isso. –Lenalee falou.

–Por que cria um caso se nem me conhece? –Falou Stephanie de costas percebendo que o japonês apareceu atrás dela. –Quem é você pra falar que sou uma amaldiçoada?-Falou com um tom sereno e calmo.

–Tsc. –Estalou a língua. –O que esconde debaixo das bandagens, vai ver que é um pentagrama como aquele outro.

–Talvez seja uma punk. –Lenalee sugeriu fazendo expressão de dúvida com o dedo no queixo.

–Vê se não piora a situação. –Stephanie resmungou. –E não eu não sou punk apesar de eu adorar as músicas, mas só porque eu tenho o cabelo branco e retina vermelha não quer dizer que eu seja uma punk, eu nasci assim.

A morena saiu andando do refeitório deixando a comida de lado, não lhe agradava nada a idéia de que teria que alguma hora lutar ao lado deles, em suas experiências na Base Asiática ela detestava missões em grupos, mas não estava mais lá e sim na Ordem Negra nos confins da Europa e o que viesse pela frente estava preparada e daria conta.

Entrou em seu quarto e já estavam lá seu uniforme em cima da cama e ao lado uma espada de mosqueteiro cor de ouro embainhada com uma cruz de cristal entalhada, e ao lado na cômoda duas pistolas douradas com uma cruz desenhada na arma e no cabo uns pequenos buracos em forma de cruz com uma redoma de vidro posta ali, por incrível que pareça, aquelas armas são dela e as trouxe quando chegou na Ordem negra.

–Nova Sede, vamos ver até onde isso vai. –Suspirou.


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Os ventos soprando podiam ser ouvidos da janela fechada, fazia frio no quarto assim como em toda parte mesmo com o aquecimento, porém, ela não ligava.

Uma última mecha longa de cabelo negro cortado caia sobre a penteadeira que tinha um espelho na frete e dos laterais, o que permitia uma boa visão; a garota de pele alva se encontrava sentada em uma cadeira a frente do móvel, no momento, deixando a tesoura de lado e finalizando o corte de cabelo com uma navalha.

Surpreendeu-se por conseguir corta tão bem o próprio cabelo.

Seu cabelo (antes todo comprido e com uma franja reta) estava com mechas longas nas camadas de baixo a na parte de trás e ao mesmo tempo curto e repicado na parte da frente, laterais e camadas superiores; que fazia os fios lisos virarem um para fora justamente pela maneira que foi repicado em camadas. Para completar uma franga irregular, com uma mecha mais comprida na linha do nariz, a parte acima dos olhos mais curta e pedaços de cabelo mais curto que emolduravam seu rosto virando para dentro. Um estilo de cabelo bem Visual Kei.

Terminou finalmente de usar a navalha, vendo que o corte estava exatamente como queria nos amplos espelhos. Ainda usava aquela roupa que parecia mais algo que uma pessoa doente usaria, uma camiseta branca e uma calça de moletom da mesma cor.

Queria mesmo se livrar daquilo, agradeceu internamente por ter suas coisas de volta.

Uma batida na porta foi ouvida, sendo imediatamente respondida.

– Entre. – A garota disse, limpando os cabelos da roupa.

– Me falaram que já poria receber visitas. – O exorcista, no momento estava usando uma calça preta e uma blusa branca de botões a não o uniforme que sempre usava, seus cabelos pretos e longos estavam presos em um rabo de cavalo alto como sempre, com uma corda vermelha desfiada nas pontas que usava como prendedor.

– Ah, então é você Kanda. – Os olhos castanho claro, com reflexos que hora pareciam vermelhos, hora dourados se fixavam nele.

– Não sei exatamente como te chamar... – o japonês revelou, realmente tinha se passado muita coisa.

“Kareta Hasu” foi o que te disseram, não ? – ela novamente falava – A “Lótus Morta” foi o codinome que os cientistas da Ordem te usavam.

– Tsc, é um codinome de muito mau gosto. – O moreno virava a cara.

– Também acho, por isso eu prefiro ser apenas “Marina Tardit” por enquanto. – A garota novamente se pronunciava – É o nome que usei nos últimos anos, pode me chamar por ele.

Ela tinha, assim como Kanda sido parte do projeto “Segundo Exorcista”, mas, com muita dificuldade conseguiu fugir do laboratório, na época devido ao “crescimento artificial”, deveria ter por volta de uns oito anos, pelo menos era a idade de seu corpo. Deu sorte de ser encontrada por uma família que não tinha filhos e a criou por alguns anos, dando-lhe educação em diversas coisas como línguas estrangeiras, música, artes e tudo que lhe era necessário, inclusive o nome de Marina Tardit.

Até alguns meses atrás. Em uma missão oficial da Ordem, akumas atacaram a cidade onde vivia matando as pessoas que a acolheram; nesse dia foi a primeira vez que viu Kanda Yuu.

Ao primeiro momento os dois se estranharam e muito, suas feições eram muito parecidas, tinha até o mesmo cabelo na época. Depois de alguns exames que coparavam o DNA, perceberam que eles tinham a compatibilidade de “irmãos”, até mesmo irmãos gêmeos.

Como os Segundos Exorcistas eram seres quase ressuscitados, era praticamente certo que eles teriam sido mesmo irmãos em sua vida passada; isso só se confirmava com os relances de memória a mesmo de sentimentos que ambos demonstravam.

Como se já se conhecessem há tempos.

Como ela não tinha despertado sua innocence em uma situação de pressão estrema como as outras duas cobaias, assim que sua identidade foi descoberta foi levada pra a Ordem Negra pra ter sua innocence inserida diretamente no corpo (assim com antigas experiências fracassadas, só que dessa vez era diferente já que se tratava de uma exorcista que foi trazida de volta a vida).

Foram experiências dolorosas que quase destruíram seu corpo, mas, no fim tinham conseguido sobreviver e mais.

Sua innocence era diferente de todas as outras, não era de um tipo equipamento, nem de tipo parasítico. Era um tipo cristal, porém, “intracelular”, partículas microscópicas dos cristais de innocence estavam por todo o seu corpo, até mesmo em cada fio de cabelo, sendo marcada apenas com dos estigmas em formato de cruz que tomavam todo o espaço de seus dos antebraços.

Podia moldar a innocence da forma que fosse mais conveniente de acordo com sua vontade.

– Entendo... – Kanda continuava – Afinal esse é o seu nome agora, já que nunca soube qual era antes. – Voltou seus olhos até a penteadeira coberta de fios de cabelo – Você mesma cortou?

– Sim. – Respondia, o corte estava incrivelmente bom – Eu não queria que todos me olhassem como uma cópia. – Ela mudava de assunto, sentando-se sobre a cama – Pode me passar aquela bolsa com as minhas coisas?

– O que vai fazer? – Pegou uma grande bolsa do chão, colocando-a sobre a cama a se sentando do lado.

– Me falaram que eu vou ganhar uma uniforme, pelo que eu entendi personalizado. – Pegou um bloco de papel grande com vários desenhos na bolsa junto com um pequeno estojo – Se eu terei que ficar aqui, essa coisa será como eu quero.

O lápis deslizava pela folha branca, começando a criar um rascunho.




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Notas finais do capítulo

Achei legal por uma introdução, na verdade uma amiga minha deu uma idéia e achei um máximo...
Espero que gostem aí depois o Capitulo um...
Aproveitem o/
bye ^_^



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